AVIBRAS
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Re: AVIBRAS
Bom, só não vê quem não quer todas as muitas possibilidades de modernização do vetor original, e os sistemas que ele pode derivar atualmente em diferentes tamanhos, formas de guiamento, peso, cabeças de guerra, vetores de lançamento, e por aí vai.
Talvez até uma versão de infantaria AC pudesse sair disso aí.
Mas parece que ninguém nas ffaa's considera tais questões. Ou se o fazem, guardam para si. OU simplesmente acham que ele é só mais uma peça de museu a ser visitada nos estandes da empresa.
Fazer o que se o pessoal gosta mesmo é de gastar com importados de marca.
Talvez até uma versão de infantaria AC pudesse sair disso aí.
Mas parece que ninguém nas ffaa's considera tais questões. Ou se o fazem, guardam para si. OU simplesmente acham que ele é só mais uma peça de museu a ser visitada nos estandes da empresa.
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- pewdiepie
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Re: AVIBRAS
Certa vez ouvi que o FOG-MPM foi apenas um engodo da Avibras para desviar a atenção do público de outros projetos que estavam/estão em desenvolvimento.FCarvalho escreveu: ↑Qua Jan 18, 2023 3:17 pm Olha o FOG-MP ali de novo.
Uma lástima que não se queira reanimar este projeto com as soluções que a BID possa hoje oferecer a ele em termos de modernização.
Seria muito interessante pensar este míssil da Avibras em um container adaptado no Armadillo. Ou como vetor de ataque para VANT, navios, lanchas, e outros vetores que se possa eleger.
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Re: AVIBRAS
Colega, ao menos segundo palavras do Roberto Caiafa que esteve semana passada na Avibras e foi apresentado a este produto e todos os outros produzidos pela, o míssil FOG-MPM existe e teve toda sua tecnologia desenvolvida e dominada pela Avibras... Porém como sempre acontece no Brasil à respeito de produtos de defesa desenvolvido localmente, o EB não teve interesse em adquirir.pewdiepie escreveu: ↑Qui Jan 19, 2023 8:29 pmCerta vez ouvi que o FOG-MPM foi apenas um engodo da Avibras para desviar a atenção do público de outros projetos que estavam/estão em desenvolvimento.FCarvalho escreveu: ↑Qua Jan 18, 2023 3:17 pm Olha o FOG-MP ali de novo.
Uma lástima que não se queira reanimar este projeto com as soluções que a BID possa hoje oferecer a ele em termos de modernização.
Seria muito interessante pensar este míssil da Avibras em um container adaptado no Armadillo. Ou como vetor de ataque para VANT, navios, lanchas, e outros vetores que se possa eleger.
Para quem duvida da informação, abaixo a primeira das live do canal Caiafa Master realizada ontem a respeito da visita à Avibras (no último terço da LIVE, o Caiafa chega a comenta sobre o míssil FOG-MPM e as informações do mesmo que recebeu do Diretor de produção da Avibras.
- FCarvalho
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Re: AVIBRAS
O problema do FOG-MPM não foi tecnologia ou custo, mas o fato de que à época as ffaa's não terem pedido algo como este míssil, que não por acaso estava a frente de seu tempo, e sabemos a dificuldade que o EB tem para lidar com sistemas fora da curva do mínimo básico necessário.
Assim, a empresa deu uma cartada achando que as ffaa's iriam comprar a ideia e se deram mal. Essa e outras situações repetidas ao longo dos anos deixam claro o hiato que ainda existe entre a BIDS e o planejamento estratégico militar no país.
No Brasil não basta um produto ser bom, tem que ter a benção do Estado antes de tudo. Do contrário é tempo, esforço e dinheiro jogados fora. Algumas empresas da BIDS entenderam isso. Outras ainda precisam (re)aprender esta dura lição.
Assim, a empresa deu uma cartada achando que as ffaa's iriam comprar a ideia e se deram mal. Essa e outras situações repetidas ao longo dos anos deixam claro o hiato que ainda existe entre a BIDS e o planejamento estratégico militar no país.
No Brasil não basta um produto ser bom, tem que ter a benção do Estado antes de tudo. Do contrário é tempo, esforço e dinheiro jogados fora. Algumas empresas da BIDS entenderam isso. Outras ainda precisam (re)aprender esta dura lição.
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- Marcelo Ponciano
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Re: AVIBRAS
Assisti a última live do Caiafa agora. Além de encher todos de esperança sobre o AV MTC, ele detalha bem (e justifica com propriedade) os problemas no desenvolvimento do motor S50.
Como muitos aqui deduziram na época, as dificuldades todas foram em razão da tecnologia necessária para fazer o motor em fibra de carbono. Os detalhes que são dados a respeito desse assunto são impressionantes.
Do que concluo da Live é que não só já temos um míssil tático de cruzeiro, como também o nosso futuro míssil balístico começa a tomar forma, ainda que não seja um programa oficial (mas pelo menos já temos estrutura do motor e estão desenvolvendo a guiagem inercial, ou seja, a faca e o queijo)!!!
Como muitos aqui deduziram na época, as dificuldades todas foram em razão da tecnologia necessária para fazer o motor em fibra de carbono. Os detalhes que são dados a respeito desse assunto são impressionantes.
Do que concluo da Live é que não só já temos um míssil tático de cruzeiro, como também o nosso futuro míssil balístico começa a tomar forma, ainda que não seja um programa oficial (mas pelo menos já temos estrutura do motor e estão desenvolvendo a guiagem inercial, ou seja, a faca e o queijo)!!!
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- FCarvalho
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Re: AVIBRAS
Pergunta capciosa: alguém aqui pediu um míssil balístico
Não é por causa da tecnologia, que é bom desenvolvermos e ter quando e se precisar, mas, a partir do momento em que entramos em uma seara além da convencional para equipamentos militares, mesmo a menor suspeita alheia irá nos trazer uma série de imbróglios políticos, diplomáticos e mesmo militares.
O país, digo, governo, sociedade e classe política - e os militares também - estão preparados e dispostos a comprar esta briga pela nossa autonomia
Vejam o retrospecto dos programa espacial e nuclear nas últimas décadas.
O que será que mudou agora, se é que mudou
Não é por causa da tecnologia, que é bom desenvolvermos e ter quando e se precisar, mas, a partir do momento em que entramos em uma seara além da convencional para equipamentos militares, mesmo a menor suspeita alheia irá nos trazer uma série de imbróglios políticos, diplomáticos e mesmo militares.
O país, digo, governo, sociedade e classe política - e os militares também - estão preparados e dispostos a comprar esta briga pela nossa autonomia
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- Marcelo Ponciano
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Re: AVIBRAS
E quem disse que é um míssil balístico? É um veículo lançador de satélites
Acredito que seja a doutrina de ser um potência nuclear dormente. Não temos a arma e não precisamos ter, basta ter a condição de construir a arma antes que qualquer inimigo seja capaz de nos dominar (dada a extensão do nosso território e as capacidades de nossas forças).
Vietnã e Ucrânia estão aí de exemplos para provar que mesmo um país de dimensões medianas não é fácil dominar. Quem dirá um gigante como o Brasil.
Portanto, tendo um lançador de satélites, conhecimento para fazer um brinquedo nuclear, capacidade para resistir a uma guerra por pelo menos 8 meses, tudo isso junto e misturado é suficiente para fazer o inimigo comer radiação. Razão pela qual o inimigo sequer atacaria.
Acredito que seja a doutrina de ser um potência nuclear dormente. Não temos a arma e não precisamos ter, basta ter a condição de construir a arma antes que qualquer inimigo seja capaz de nos dominar (dada a extensão do nosso território e as capacidades de nossas forças).
Vietnã e Ucrânia estão aí de exemplos para provar que mesmo um país de dimensões medianas não é fácil dominar. Quem dirá um gigante como o Brasil.
Portanto, tendo um lançador de satélites, conhecimento para fazer um brinquedo nuclear, capacidade para resistir a uma guerra por pelo menos 8 meses, tudo isso junto e misturado é suficiente para fazer o inimigo comer radiação. Razão pela qual o inimigo sequer atacaria.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- Poti
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Re: AVIBRAS
Acho que demoraria bem mais amigo. Entre saber fazer e fazer existem percalços que surgem.Marcelo Ponciano escreveu: ↑Sáb Jan 21, 2023 9:17 pm E quem disse que é um míssil balístico? É um veículo lançador de satélites
Acredito que seja a doutrina de ser um potência nuclear dormente. Não temos a arma e não precisamos ter, basta ter a condição de construir a arma antes que qualquer inimigo seja capaz de nos dominar (dada a extensão do nosso território e as capacidades de nossas forças).
Vietnã e Ucrânia estão aí de exemplos para provar que mesmo um país de dimensões medianas não é fácil dominar. Quem dirá um gigante como o Brasil.
Portanto, tendo um lançador de satélites, conhecimento para fazer um brinquedo nuclear, capacidade para resistir a uma guerra por pelo menos 8 meses, tudo isso junto e misturado é suficiente para fazer o inimigo comer radiação. Razão pela qual o inimigo sequer atacaria.
E para lançar uma ogiva, você não precisa de 1 lançador e 1 ogiva e sim várias. Se tiver só 1, quem vira poeira somos nós.
Mas isso é outro papo. No fundo para ter uma dissuasão nuclear, no nosso caso, precisariamos de subs lançadores. Quem pode realmente nos ameaçar está longe e em geral com grandes cidades perto do mar.
- Marcelo Ponciano
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Re: AVIBRAS
Sou apenas leigo entusiasta, mas penso ligeiramente diferente.Poti escreveu: ↑Dom Jan 22, 2023 9:19 amAcho que demoraria bem mais amigo. Entre saber fazer e fazer existem percalços que surgem.Marcelo Ponciano escreveu: ↑Sáb Jan 21, 2023 9:17 pm E quem disse que é um míssil balístico? É um veículo lançador de satélites
Acredito que seja a doutrina de ser um potência nuclear dormente. Não temos a arma e não precisamos ter, basta ter a condição de construir a arma antes que qualquer inimigo seja capaz de nos dominar (dada a extensão do nosso território e as capacidades de nossas forças).
Vietnã e Ucrânia estão aí de exemplos para provar que mesmo um país de dimensões medianas não é fácil dominar. Quem dirá um gigante como o Brasil.
Portanto, tendo um lançador de satélites, conhecimento para fazer um brinquedo nuclear, capacidade para resistir a uma guerra por pelo menos 8 meses, tudo isso junto e misturado é suficiente para fazer o inimigo comer radiação. Razão pela qual o inimigo sequer atacaria.
E para lançar uma ogiva, você não precisa de 1 lançador e 1 ogiva e sim várias. Se tiver só 1, quem vira poeira somos nós.
Mas isso é outro papo. No fundo para ter uma dissuasão nuclear, no nosso caso, precisariamos de subs lançadores. Quem pode realmente nos ameaçar está longe e em geral com grandes cidades perto do mar.
Acredito que o mais difícil hoje é o veículo lançador, que apesar das pesquisas em curso, ainda estamos longe de conseguir.
Mas quanto à arma nuclear, penso que a tecnologia enriquecimento de urânio e conhecimento de dispositivos nucleares aqui disponíveis já estão no estado da arte. Ou se não está não da arte, o que o Brasil tem hoje já é muito mais do que os EUA tinham no fim da segunda guerra quando fizeram suas primeiras detonações. Quem não se lembra da crise gerada pelo livro "A física dos explosivos Nucleares"? Basta lembrar que para surpresa geral de todos ele sequer foi escrito por um militar da Marinha, mas sim por um do Exército.
E entendo que não precisamos atingir grande cidades inimigas, basta interceptar a frota inimiga a uma distância segura do Brasil. Só isso botaria um ponto final na guerra, o inimigo não ia querer apostar na quantidade de armas disponíveis do lado de cá.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: AVIBRAS
Bom, antes de mais nada, é preciso entender que os USA e UE desde sempre, com apoio velado da ONU, operam no sentido de tentar barrar qualquer desenvolvimento nacional que nos leve sequer à possibilidade de derivar conhecimentos para armamento nuclear, e pari passu, seus vetores de lançamento. Sejam eles quais forem. Até por isso aludi aos programa espacial e nuclear, ambos sofrendo até hoje todo tipo de pressão e negativas de parte daqueles países e da ONU.
Até hoje aquela explosão em Alcântara do VLS nunca foi explicada direito, e as respostas oficiais estão longe de serem minimamente convincentes. Assim também todos pedidos para insumos e implementos para os foguetes do programa espacial nos são peremptoriamente negados pelos norte americanos, e quando procuramos outros fornecedores estes são literalmente ameaçados, esta é a palavra correta para o que eles fazem, em não nos vender ou cooperar com nada, sob pena de prejuízo próprio. E isso é feito na mesma medida em relação ao programa nuclear da marinha desde 1979.
O que esperar agora que conseguimos desenvolver mais do que a duras penas nossas próprias tecnologias que possam nos levar a efetivamente adaptar ou desenvolver sistemas de mísseis balísticos a partir do programa de foguetes espaciais não é exatamente aplausos e tapinhas nas costas de quem quer que seja lá fora. Pelo contrário, isto será visto, como de fato já o é desde sempre, como uma ameaça direta, não apenas aos interesses estrangeiros, mas de muita gente aqui dentro que lucra, e muito, com eles. Este projeto da Avibras é um ponto de inflexão, mais um, na questão tecnológica que nos será apontado nas reuniões que ninguém aqui nunca sabe ou tem notícia entre os canais particulares entre governos. E sabemos a boca pequena as enormes pressões, e ameaças, que o pessoal aqui da área de ciência e tecnologia na área militar, e mesmo civil, sofre de parte de supostos "países amigos" do Brasil. E quais as consequências para os nossos projetos em função disso.
A realidade poderia ser outra nestas áreas, e também na cibernética, gestada pelo EB, se o poder político nacional tivesse mínimo interesse, e responsabilidade, não digo nem conhecimento, sobre estes assuntos na categoria geoestratégica e geopolítica, que vão muito além da alçada da mediocridade partidário-ideológica e pequenos interesse pessoais de cada um por aqui. Mas isso ainda depende de uma educação que nunca tivemos e não temos da sociedade, algo que é necessário, e indispensável para se pensar o futuro da defesa, e do país, sob qualquer ponto de vista, inclusive sobre a necessidade ou não de termos nukes e seus vetores em um futuro qualquer.
Só a título de esclarecimento, há muito tempo, com a tecnologia que se tem aqui e lá fora, nukes podem ser implementadas sem maiores problemas em diversos tipos de vetores, com tamanhos e capacidades diferentes, como o AV-MTC, assim como em torpedos, minas navais e vetores mais simples como morteiros, e até foguetes dos ASTROS 2020, como o SS-150 ou SS-60\80. Mísseis anti-navio e ar-superfície como o MICLA podem ser aquinhoados com pequenas cargas, mas fortes o suficientes para causar, no mínimo, precaução em qualquer eventual oponente contra nós. Lembrando que o MTC e futuras derivações pode ter o alcance que desejarmos. E os mísseis da mesma classe como o Tomahawk e Calibr podem chegar a mais de 2,5 mil kms em suas últimas versões.
Enfim, mísseis balísticos é uma questão de se antever nas HE que temos se eles de fato nos trariam alguma diferença efetiva em relação a dissuasão a outros países com nukes ou forças militares muito superiores as nossas. Na minha opinião, com a tecnologia que se tem hoje, é muito mais fácil deixar o pessoal na dúvida sobre nossas reais capacidades de desenvolver e manter nukes em uma ampla gama de vetores - que ainda não temos - do que ficar brincando com isso de ICMB BR só para dizer que tem ou pode ter. Primeiro temos que fazer o dever de casa que é gerar as tecnologias sensíveis e "proibidas" para nós, e a partir delas gerar os vetores de lançamento necessários as três forças. Depois é só deixar o pessoal coçar a cabeça lá fora antes de qualquer coisa. E nem precisamos necessariamente ter nukes para isso.
Até hoje aquela explosão em Alcântara do VLS nunca foi explicada direito, e as respostas oficiais estão longe de serem minimamente convincentes. Assim também todos pedidos para insumos e implementos para os foguetes do programa espacial nos são peremptoriamente negados pelos norte americanos, e quando procuramos outros fornecedores estes são literalmente ameaçados, esta é a palavra correta para o que eles fazem, em não nos vender ou cooperar com nada, sob pena de prejuízo próprio. E isso é feito na mesma medida em relação ao programa nuclear da marinha desde 1979.
O que esperar agora que conseguimos desenvolver mais do que a duras penas nossas próprias tecnologias que possam nos levar a efetivamente adaptar ou desenvolver sistemas de mísseis balísticos a partir do programa de foguetes espaciais não é exatamente aplausos e tapinhas nas costas de quem quer que seja lá fora. Pelo contrário, isto será visto, como de fato já o é desde sempre, como uma ameaça direta, não apenas aos interesses estrangeiros, mas de muita gente aqui dentro que lucra, e muito, com eles. Este projeto da Avibras é um ponto de inflexão, mais um, na questão tecnológica que nos será apontado nas reuniões que ninguém aqui nunca sabe ou tem notícia entre os canais particulares entre governos. E sabemos a boca pequena as enormes pressões, e ameaças, que o pessoal aqui da área de ciência e tecnologia na área militar, e mesmo civil, sofre de parte de supostos "países amigos" do Brasil. E quais as consequências para os nossos projetos em função disso.
A realidade poderia ser outra nestas áreas, e também na cibernética, gestada pelo EB, se o poder político nacional tivesse mínimo interesse, e responsabilidade, não digo nem conhecimento, sobre estes assuntos na categoria geoestratégica e geopolítica, que vão muito além da alçada da mediocridade partidário-ideológica e pequenos interesse pessoais de cada um por aqui. Mas isso ainda depende de uma educação que nunca tivemos e não temos da sociedade, algo que é necessário, e indispensável para se pensar o futuro da defesa, e do país, sob qualquer ponto de vista, inclusive sobre a necessidade ou não de termos nukes e seus vetores em um futuro qualquer.
Só a título de esclarecimento, há muito tempo, com a tecnologia que se tem aqui e lá fora, nukes podem ser implementadas sem maiores problemas em diversos tipos de vetores, com tamanhos e capacidades diferentes, como o AV-MTC, assim como em torpedos, minas navais e vetores mais simples como morteiros, e até foguetes dos ASTROS 2020, como o SS-150 ou SS-60\80. Mísseis anti-navio e ar-superfície como o MICLA podem ser aquinhoados com pequenas cargas, mas fortes o suficientes para causar, no mínimo, precaução em qualquer eventual oponente contra nós. Lembrando que o MTC e futuras derivações pode ter o alcance que desejarmos. E os mísseis da mesma classe como o Tomahawk e Calibr podem chegar a mais de 2,5 mil kms em suas últimas versões.
Enfim, mísseis balísticos é uma questão de se antever nas HE que temos se eles de fato nos trariam alguma diferença efetiva em relação a dissuasão a outros países com nukes ou forças militares muito superiores as nossas. Na minha opinião, com a tecnologia que se tem hoje, é muito mais fácil deixar o pessoal na dúvida sobre nossas reais capacidades de desenvolver e manter nukes em uma ampla gama de vetores - que ainda não temos - do que ficar brincando com isso de ICMB BR só para dizer que tem ou pode ter. Primeiro temos que fazer o dever de casa que é gerar as tecnologias sensíveis e "proibidas" para nós, e a partir delas gerar os vetores de lançamento necessários as três forças. Depois é só deixar o pessoal coçar a cabeça lá fora antes de qualquer coisa. E nem precisamos necessariamente ter nukes para isso.
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Re: AVIBRAS
Aproveitando o tópico que é sobre a Avibras, em minhas contas de padaria, a partir da organização dos GMF atuais, uma forma bastante simples, diria módica, de tirar a empresa da situação financeira precária em que vive de tempos em tempos, seria organizar mais GMF para o exército, reativar a artilharia de costa com GACst com mísseis anti-navio, artilharia anti-aérea a partir das soluções da engendradas pela empresa com o ASTROS MMA, e por fim, artilharia de campanha AP SR tanto nas AD como nas brigadas.
Falou-se muito esta semana sobre o encontro do PR com os cmtes das ffaa's e MD, e no investimento que o governo quer fazer na área de defesa, com apoio da BID.
A título de ilustração, mera opinião pessoal, a Avibras poderia ser apoiada no sentido de prover as soluções acima apontadas no que tange a estrutura presente nas forças, como segue:
> 2 GMF - completar a dotação das Bia de tiro a 8 LMU, com 4 baterias de tiro por grupo; criar, organizar e equipar as Bia de Busca e Observação e Bia Defesa AAe dos GMF conforme preconizado nos manuais destas OM;
> 4 GAC AP SR - 4 OM nas bgdas cav mecanizada - equipar OM com 4 Bia a 8 VBCOAP SR;
> 4 GAC AP SR - 4 OM nas bgdas inf mecanizadas - equipar OM com 4 Bia a 8 VBCOAP SR;
> AD 1, 3 e 5 - conforme manual, 2 GAC por AD equipados cada OM com 4 Bia a 8 VBCOAP SR; ainda temos as AD1, 6 e 7 que não existem no papel, mas que na teoria deveriam apoiar suas respectivas DE nas áreas de atuação; seriam mais 6 GAC AD a equipar com as VBCOAP SR;
2 GAC AP SL \ Bda Cav Blda - equipar OM com material veicular de apoio baseado nos veículos Tectran\Tatra como Viaturas de Transporte Especializado - VTE e Viaturas Blindadas Especiais - VBE conforme preconizado nos manuais, nas versões 8x8, 6x6 e 4x4;
Grupos de Exploradores e Bia de Busca e Observação Avançada na Artilharia de Campanha - criar, organizar e equipar em todas as OM de artilharia estas subunidades de acordo com o preconizado nos manuais, com veículos da família Guará 4WS;
Grupos de Artilharia AAe - 5 OM equipadas com 4 Bia de tiro a 8 LMU com veículos ASTROS MMA, com o engajamento das demais VBE e VTE de apoio de acordo com a organização das Bia Astros 2020, e acrescentando-se os veículos especializados necessários as funções de AAe;
Grupo de Artilharia de Costa - 8 OM a serem criadas, organizadas e equipadas com 4 Bia de tiro a 8 LMU com veículos ASTROS 8X8, com o engajamento das demais VBE e VTE de apoio baseadas na organização das Bia Astros 2020, acrescentando-se os veículos especializados necessários as funções de ArtCost;
Para deixar mais claro as possibilidades que o poder público tem de apoiar a Avibras no longo prazo, as demandas acima citadas podem ser arrumadas no próximo PPA governamental a ser disposto, dado que seria uma aplicação de recursos no médio e longo prazo. De preferência a duração deste processo deveria estar disposto em dois PPA em sequência. O planejamento a seguir será o PPA 2024 A 2027, sendo sucedido pelo PPA 2028 A 2031. Tempo mais que suficiente para respaldar a produção de todos os meios necessários para equipar as OM de artilharia com as soluções veiculares e sistemas operacionais da empresa brasileira sem soluções de continuidade no que tange a questão financeira e orçamentária.
Um GMF com 4 baterias de tiro a 8 LMU - números previstos nos manuais de artilharia do EB, não é invenção minha - significa 32 veículos lançadores por OM. Este número poderia ser o referencial para todas as demais OM de artilharia do EB.
Segundo a proposta da Avibras, cada Bia do GMF possui como veículos de apoio as LMU:
1 AV-PCC, posto de comando bateria;
1 AV-MET, meteorológico;
6(8) AV-RMD, remuniciadora*;
1 AV-OFVE, oficina mecânica e eletrônica;
1 AV-REC, recuperação;
1 AV-UAS, apoio míssil;
1 AV-UCF, unidade controle de fogo;
1 AV-SRR, remuniciadora carreta.
Uma Bia Astros 2020 contém, ou pode conter, até 23 veículos blindados.
* O EB já fez apresentações das suas baterias ASTROS com apenas 3 RMD por bateria. Não sei isso é previsto pela Avibras ou se é apenas o EB fazendo apenas mais do mesmo que é operar com o mínimo básico necessário. De qualquer forma, a empresa apresenta o sistema como sendo 1x1 a relação LMU-RMD.
No total um GMF na proposta colocada neste texto, considerando as 4 Bia de Fogo podem dispor de 92 veículos Tectran\Tatra nas versões 6X6 e 4X4. Se acrescentarmos os veículos necessários à Bia de Busca e Observação, e a Bia AAe, também equipadas com os mesmos veículos, cada GMF pode chegar a dispor de quase 200 veículos bldos baseados nos Tectran\Tatra 6x6 e 4x4, inclusive os Guará 4WS. Se levarmos em conta que cada GMF e suas subunidades também operam veículos de apoio especializados - VTE*, já descritos em vários ROB do EB, os números de chassis Tatra nestas OM pode facilmente ultrapassar a casa do milhar. Agora é só pensar nesta organização adaptada para todas as OM de artilharia que temos hoje.
* Viatura Transporte Especializada - VTE - de acordo com os RO emitidos pelo exército, temos: 1. Viaturas Porta Container; 2. Viatura Cisterna; 3. Viatura Tanque; 4. Viatura Recuperação; 5. Viatura Radar Contra Bateria. Além destas, cada OM possui também em seus inventários viaturas tipo Muck e guincho. As quantidades dependem do recursos, do tipo de unidade de cada OM, e da priorização que recebem em termos de provimento material.
Para finalizar, fazendo uma análise simplista da organização dos GAC, GAAe , AD e GMF que temos, é possível observar que uma adaptação destas OM aos veículos especializados e de apoio que poderiam ser baseados nos modelos Tectran\Tatra como visto acima, nos daria a possibilidade de aportar as linhas de produção não só da Avibras, mas de toda a sua cadeia logística industrial de apoio, com mais de 4 mil veículos. Se levarmos em consideração que cada veículo deste trás consigo uma enorme gama de tecnologia embarcada em diversas áreas, não estaríamos apenas comprando, ou investindo, em simples plataformas veiculares, mas em toda uma massa tecnológica de engenharia que é mais que suficiente para suportar ganhos em qualquer aspecto de análise que se faça nos próximos dez anos, pelo menos, e todas as suas consequências junto à BIDS e indústria nacional.
O poder público tem tudo na mão para elevar a Avibras a um patamar jamais alcançado em sua história, e quem sabe até, no mesmo nível que a Embraer alcançou hoje no mundo. Se vamos fazer isso ou não, é uma decisão que tem de ser tomada não apenas pelos militares, mas por todos os envolvidos e responsáveis por ela. É o primeiro passo para dar à Avibras o status de Empresa Estratégica Nacional de fato que sempre mereceu.
Falou-se muito esta semana sobre o encontro do PR com os cmtes das ffaa's e MD, e no investimento que o governo quer fazer na área de defesa, com apoio da BID.
A título de ilustração, mera opinião pessoal, a Avibras poderia ser apoiada no sentido de prover as soluções acima apontadas no que tange a estrutura presente nas forças, como segue:
> 2 GMF - completar a dotação das Bia de tiro a 8 LMU, com 4 baterias de tiro por grupo; criar, organizar e equipar as Bia de Busca e Observação e Bia Defesa AAe dos GMF conforme preconizado nos manuais destas OM;
> 4 GAC AP SR - 4 OM nas bgdas cav mecanizada - equipar OM com 4 Bia a 8 VBCOAP SR;
> 4 GAC AP SR - 4 OM nas bgdas inf mecanizadas - equipar OM com 4 Bia a 8 VBCOAP SR;
> AD 1, 3 e 5 - conforme manual, 2 GAC por AD equipados cada OM com 4 Bia a 8 VBCOAP SR; ainda temos as AD1, 6 e 7 que não existem no papel, mas que na teoria deveriam apoiar suas respectivas DE nas áreas de atuação; seriam mais 6 GAC AD a equipar com as VBCOAP SR;
2 GAC AP SL \ Bda Cav Blda - equipar OM com material veicular de apoio baseado nos veículos Tectran\Tatra como Viaturas de Transporte Especializado - VTE e Viaturas Blindadas Especiais - VBE conforme preconizado nos manuais, nas versões 8x8, 6x6 e 4x4;
Grupos de Exploradores e Bia de Busca e Observação Avançada na Artilharia de Campanha - criar, organizar e equipar em todas as OM de artilharia estas subunidades de acordo com o preconizado nos manuais, com veículos da família Guará 4WS;
Grupos de Artilharia AAe - 5 OM equipadas com 4 Bia de tiro a 8 LMU com veículos ASTROS MMA, com o engajamento das demais VBE e VTE de apoio de acordo com a organização das Bia Astros 2020, e acrescentando-se os veículos especializados necessários as funções de AAe;
Grupo de Artilharia de Costa - 8 OM a serem criadas, organizadas e equipadas com 4 Bia de tiro a 8 LMU com veículos ASTROS 8X8, com o engajamento das demais VBE e VTE de apoio baseadas na organização das Bia Astros 2020, acrescentando-se os veículos especializados necessários as funções de ArtCost;
Para deixar mais claro as possibilidades que o poder público tem de apoiar a Avibras no longo prazo, as demandas acima citadas podem ser arrumadas no próximo PPA governamental a ser disposto, dado que seria uma aplicação de recursos no médio e longo prazo. De preferência a duração deste processo deveria estar disposto em dois PPA em sequência. O planejamento a seguir será o PPA 2024 A 2027, sendo sucedido pelo PPA 2028 A 2031. Tempo mais que suficiente para respaldar a produção de todos os meios necessários para equipar as OM de artilharia com as soluções veiculares e sistemas operacionais da empresa brasileira sem soluções de continuidade no que tange a questão financeira e orçamentária.
Um GMF com 4 baterias de tiro a 8 LMU - números previstos nos manuais de artilharia do EB, não é invenção minha - significa 32 veículos lançadores por OM. Este número poderia ser o referencial para todas as demais OM de artilharia do EB.
Segundo a proposta da Avibras, cada Bia do GMF possui como veículos de apoio as LMU:
1 AV-PCC, posto de comando bateria;
1 AV-MET, meteorológico;
6(8) AV-RMD, remuniciadora*;
1 AV-OFVE, oficina mecânica e eletrônica;
1 AV-REC, recuperação;
1 AV-UAS, apoio míssil;
1 AV-UCF, unidade controle de fogo;
1 AV-SRR, remuniciadora carreta.
Uma Bia Astros 2020 contém, ou pode conter, até 23 veículos blindados.
* O EB já fez apresentações das suas baterias ASTROS com apenas 3 RMD por bateria. Não sei isso é previsto pela Avibras ou se é apenas o EB fazendo apenas mais do mesmo que é operar com o mínimo básico necessário. De qualquer forma, a empresa apresenta o sistema como sendo 1x1 a relação LMU-RMD.
No total um GMF na proposta colocada neste texto, considerando as 4 Bia de Fogo podem dispor de 92 veículos Tectran\Tatra nas versões 6X6 e 4X4. Se acrescentarmos os veículos necessários à Bia de Busca e Observação, e a Bia AAe, também equipadas com os mesmos veículos, cada GMF pode chegar a dispor de quase 200 veículos bldos baseados nos Tectran\Tatra 6x6 e 4x4, inclusive os Guará 4WS. Se levarmos em conta que cada GMF e suas subunidades também operam veículos de apoio especializados - VTE*, já descritos em vários ROB do EB, os números de chassis Tatra nestas OM pode facilmente ultrapassar a casa do milhar. Agora é só pensar nesta organização adaptada para todas as OM de artilharia que temos hoje.
* Viatura Transporte Especializada - VTE - de acordo com os RO emitidos pelo exército, temos: 1. Viaturas Porta Container; 2. Viatura Cisterna; 3. Viatura Tanque; 4. Viatura Recuperação; 5. Viatura Radar Contra Bateria. Além destas, cada OM possui também em seus inventários viaturas tipo Muck e guincho. As quantidades dependem do recursos, do tipo de unidade de cada OM, e da priorização que recebem em termos de provimento material.
Para finalizar, fazendo uma análise simplista da organização dos GAC, GAAe , AD e GMF que temos, é possível observar que uma adaptação destas OM aos veículos especializados e de apoio que poderiam ser baseados nos modelos Tectran\Tatra como visto acima, nos daria a possibilidade de aportar as linhas de produção não só da Avibras, mas de toda a sua cadeia logística industrial de apoio, com mais de 4 mil veículos. Se levarmos em consideração que cada veículo deste trás consigo uma enorme gama de tecnologia embarcada em diversas áreas, não estaríamos apenas comprando, ou investindo, em simples plataformas veiculares, mas em toda uma massa tecnológica de engenharia que é mais que suficiente para suportar ganhos em qualquer aspecto de análise que se faça nos próximos dez anos, pelo menos, e todas as suas consequências junto à BIDS e indústria nacional.
O poder público tem tudo na mão para elevar a Avibras a um patamar jamais alcançado em sua história, e quem sabe até, no mesmo nível que a Embraer alcançou hoje no mundo. Se vamos fazer isso ou não, é uma decisão que tem de ser tomada não apenas pelos militares, mas por todos os envolvidos e responsáveis por ela. É o primeiro passo para dar à Avibras o status de Empresa Estratégica Nacional de fato que sempre mereceu.
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- gabriel219
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Re: AVIBRAS
Com todo respeito, mas acredito que você imagina isso por não conhecer muito sobre o tema. Fazer ogiva, mesmo com todo conhecimento, em 8 meses é impossível, leva anos isso e não há como fazermos de forma secreta igual Indianos fizeram, nem Israelenses, pois em ambos os casos foi totalmente diferente.
Assim que virarmos alvo de alguém, vai haver uma penca de satélites mirando cada metro quadrado do País atrás de atividade suspeita em potencial testes nucleares. Precisa ser fabricado 5 ogivas para testes antes de produzir a primeira e isso leva, no mínimo, uns três anos.
Dá pra esconder parte dos rastros usando blockchain pra financiamento e testes subterrâneos, mas é impossível de esconder se você já é um alvo.
Assim que virarmos alvo de alguém, vai haver uma penca de satélites mirando cada metro quadrado do País atrás de atividade suspeita em potencial testes nucleares. Precisa ser fabricado 5 ogivas para testes antes de produzir a primeira e isso leva, no mínimo, uns três anos.
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- FCarvalho
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Re: AVIBRAS
Não entendi. Eu não disse que faríamos nukes em tempo algum. Isso nem é permitido legalmente por aqui. Um tiro no pé que nós mesmos nos demos em 1988.gabriel219 escreveu: ↑Dom Jan 22, 2023 8:47 pm Com todo respeito, mas acredito que você imagina isso por não conhecer muito sobre o tema. Fazer ogiva, mesmo com todo conhecimento, em 8 meses é impossível, leva anos isso e não há como fazermos de forma secreta igual Indianos fizeram, nem Israelenses, pois em ambos os casos foi totalmente diferente.
Assim que virarmos alvo de alguém, vai haver uma penca de satélites mirando cada metro quadrado do País atrás de atividade suspeita em potencial testes nucleares. Precisa ser fabricado 5 ogivas para testes antes de produzir a primeira e isso leva, no mínimo, uns três anos.
Dá pra esconder parte dos rastros usando blockchain pra financiamento e testes subterrâneos, mas é impossível de esconder se você já é um alvo.
Aludi ao fato de desenvolver por conta própria tecnologias que nos são cerceadas permanentemente por USA e UE no sentido de insumos, produtos, serviços e procedimentos que fariam muita diferença em termos de cronograma para atingir os objetivos propostos nos programas espacial e nuclear. Não fosse este tipo de "sansões" nos bastidores político e diplomático, estaríamos praticamente com tudo pronto há muitos anos. Mas não é assim que as coisas funcionam.
Quanto a virarmos alvo de alguém, entendo que já o somos desde sempre. O programa espacial nasceu nos anos 1980 e o programa nuclear nos anos 1970. Não é à toa que somos observados e "acompanhados" neste período por USA e europeus, via ONU e outras instituições correlatas influenciadas por aqueles países. Ou até diretamente, não raras vezes.
Nada que se faça abaixo da linha do equador e que possa gerar qualquer possibilidade, ou suspeita, de tecnologias que levem a nukes, seja pesquisa, teste ou outra coisa qualquer, é admitido. Isso é público e notório. É só ver o que a ONU\AIEA faz em relação ao Prosub há mais de 40 anos e o Departamento de Estado\Pentágono em relação ao programa espacial brasileiro e nuclear.
Enfim, do ponto de vista teórico já temos aqui dominado tudo o que precisamos para sabre como fazer uma nuke. Isso qualquer bom aluno de física na academia consegue saber. Colocar na prática é outra coisa muito diferente. O que a BID e os setor de P&D militar, e de certa forma acadêmico, estão fazendo é tentar garantir o conhecimento que nos torne mais autônomos em relação aos sistemas e vetores necessários ao desenvolvimento pleno do subnuc e dos foguetes do programa espacial. Nada mais. E para tanto, é necessário fazer o que a Avibrás está fazendo como descrito na matéria do Caiafa. Porque ninguém irá nos dar ou vender tal conhecimento. Nem pagando. Tomara esta iniciativa seja multiplicada por muitos outros projetos e áreas destes programas via BID e indústria nacional. Mas para isso, o poder público tem que querer, e apoiar estes projetos, e não simplesmente levar a pagode a coisa toda.
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Re: AVIBRAS
FCarvalho escreveu: ↑Seg Jan 23, 2023 12:57 pmNão entendi. Eu não disse que faríamos nukes em tempo algum. Isso nem é permitido legalmente por aqui. Um tiro no pé que nós mesmos nos demos em 1988.gabriel219 escreveu: ↑Dom Jan 22, 2023 8:47 pm Com todo respeito, mas acredito que você imagina isso por não conhecer muito sobre o tema. Fazer ogiva, mesmo com todo conhecimento, em 8 meses é impossível, leva anos isso e não há como fazermos de forma secreta igual Indianos fizeram, nem Israelenses, pois em ambos os casos foi totalmente diferente.
Assim que virarmos alvo de alguém, vai haver uma penca de satélites mirando cada metro quadrado do País atrás de atividade suspeita em potencial testes nucleares. Precisa ser fabricado 5 ogivas para testes antes de produzir a primeira e isso leva, no mínimo, uns três anos.
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Aludi ao fato de desenvolver por conta própria tecnologias que nos são cerceadas permanentemente por USA e UE no sentido de insumos, produtos, serviços e procedimentos que fariam muita diferença em termos de cronograma para atingir os objetivos propostos nos programas espacial e nuclear. Não fosse este tipo de "sansões" nos bastidores político e diplomático, estaríamos praticamente com tudo pronto há muitos anos. Mas não é assim que as coisas funcionam.
Quanto a virarmos alvo de alguém, entendo que já o somos desde sempre. O programa espacial nasceu nos anos 1980 e o programa nuclear nos anos 1970. Não é à toa que somos observados e "acompanhados" neste período por USA e europeus, via ONU e outras instituições correlatas influenciadas por aqueles países. Ou até diretamente, não raras vezes.
Nada que se faça abaixo da linha do equador e que possa gerar qualquer possibilidade, ou suspeita, de tecnologias que levem a nukes, seja pesquisa, teste ou outra coisa qualquer, é admitido. Isso é público e notório. É só ver o que a ONU\AIEA faz em relação ao Prosub há mais de 40 anos e o Departamento de Estado\Pentágono em relação ao programa espacial brasileiro e nuclear.
Enfim, do ponto de vista teórico já temos aqui dominado tudo o que precisamos para sabre como fazer uma nuke. Isso qualquer bom aluno de física na academia consegue saber. Colocar na prática é outra coisa muito diferente. O que a BID e os setor de P&D militar, e de certa forma acadêmico, estão fazendo é tentar garantir o conhecimento que nos torne mais autônomos em relação aos sistemas e vetores necessários ao desenvolvimento pleno do subnuc e dos foguetes do programa espacial. Nada mais. E para tanto, é necessário fazer o que a Avibrás está fazendo como descrito na matéria do Caiafa. Porque ninguém irá nos dar ou vender tal conhecimento. Nem pagando. Tomara esta iniciativa seja multiplicada por muitos outros projetos e áreas destes programas via BID e indústria nacional. Mas para isso, o poder público tem que querer, e apoiar estes projetos, e não simplesmente levar a pagode a coisa toda.
EDIT MOD - Túlio
É Tradição do DB que todo post público pode ser respondido por quem quer que seja; para coisas privadas há sempre a MP.
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