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Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 2:10 am
por Marechal-do-ar
Isso é a minha principal preocupação com mísseis como o Starstreak, ok, eles acertam o alvo, mas vão abate-lo?
Quanto aos mísseis que carregam alguma carga explosiva, o quão perto do alvo eles detonam? Se for longe demais e a carga for leve não vão abater.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 9:10 am
por LeandroGCard
Marechal-do-ar escreveu:Isso é a minha principal preocupação com mísseis como o Starstreak, ok, eles acertam o alvo, mas vão abate-lo?
Quanto aos mísseis que carregam alguma carga explosiva, o quão perto do alvo eles detonam? Se for longe demais e a carga for leve não vão abater.
Exatamente.
Por isso minha preocupação com sistemas como o RBS-70 e o Bamse, que carregam ogivas pouco maiores que a de MANPAD's. Já li diversos relatos de aeronaves que foram alvejadas por mísseis ar-ar como o Sidewinder e conseguiram retornar para casa. E a ogiva dele tem cerca de 10 Kg.
Leandro G. Card
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 2:28 pm
por henriquejr
Mas só o fato de retirar o avião de combate já pode-se dizer que o míssil cumpriu sua missão.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 2:31 pm
por Mathias
Mas ele volta depois e joga uma bomba na cabeça de quem mandou o MANPAD, ou seja, sobrevive para continuar lutando.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 2:42 pm
por henriquejr
Volta? Duvido muito que um caça que tenha sido atingido lor um míssil continue combatendo. Tudo que o piloto vai tentar fazer é tentar retornar a base.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 2:50 pm
por Mathias
Bem, duvidar já deixa implícito que existe duvida, então tanto pode como não pode.
Só se tem certeza quando a aeronave cai, ou explode no ar. De resto pode sim ser restaurada e retornar ao combate, ou não.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 5:09 pm
por henriquejr
Mas um dos motivos para o RBS-70 e o BAMSE terem ogivas menores é justamente a comprovada precisão desses sistemas, onde geralmente contam que haja um impacto direto contra o alvo. Nos últimos conflitos, principalmente no Iraque e Servia, a quantidade de caças da coalizão que retornaram, após serem atingidos por detonação de proximidade, foi bem maior que a quantidade que foi derrubada. No conflito do Golfo, foi creditado ao RBS-70 o abate de alguns caças da OTAN.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 5:37 pm
por Bolovo
henriquejr escreveu:Mas um dos motivos para o RBS-70 e o BAMSE terem ogivas menores é justamente a comprovada precisão desses sistemas, onde geralmente contam que haja um impacto direto contra o alvo. Nos últimos conflitos, principalmente no Iraque e Servia, a quantidade de caças da coalizão que retornaram, após serem atingidos por detonação de proximidade, foi bem maior que a quantidade que foi derrubada. No conflito do Golfo, foi creditado ao RBS-70 o abate de alguns caças da OTAN.
Que conflito do Golfo? Só se for a Guerra do Irã-Iraque...
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 9:12 pm
por Marechal-do-ar
henriquejr escreveu:Mas só o fato de retirar o avião de combate já pode-se dizer que o míssil cumpriu sua missão.
Na segunda guerra eram comuns aviões continuarem no combate mesmo após serem alvejados por diversos tiros, as partes principais eram blindadas e as superfícies de voo continuam funcionando (mesmo com alguma piora no desempenho) depois de alguns furos.
E o que a segunda guerra tem haver com hoje? As balas deram lugar aos fragmentos, mas a ideia é a mesma, danificar a aeronave inimiga com pedaços de metal a grande velocidade, e, da mesma forma que as balas nem sempre tiravam aviões de combate, os fragmentos podem não serem suficientes, também.
A diferença no tamanho da ogiva geralmente se deve a diferença na precisão dos mísseis, mísseis menos precisos compensam isso com ogivas maiores, se não consegue chegar tão perto então ao menos que jogue mais metal a maior velocidade para tentar acertar, em muitos casos a precisão é inversamente proporcional ao tamanho da ogiva, exceto MANPADs.
henriquejr escreveu:Mas um dos motivos para o RBS-70 e o BAMSE terem ogivas menores é justamente a comprovada precisão desses sistemas, onde geralmente contam que haja um impacto direto contra o alvo. Nos últimos conflitos, principalmente no Iraque e Servia, a quantidade de caças da coalizão que retornaram, após serem atingidos por detonação de proximidade, foi bem maior que a quantidade que foi derrubada. No conflito do Golfo, foi creditado ao RBS-70 o abate de alguns caças da OTAN.
MANPADs (inclusive o RBS-70) tem ogiva pequena porque PRECISAM ser leves, mas muitas vezes são imprecisos, sistemas como o RBS-70 são particularmente difíceis de mirar o que não ajuda muito com a precisão, e para piorar, os alvos, a "presa natural" dos MANPADs são helicópteros de ataque, mas esses, por sua vez, geralmente são blindados, o que significa que, a uma certa distancia, a blindagem vai parar os fragmentos das ogivas, e ele poderá continuar combatendo, o jeito é, disparar mais de um míssil, nenhuma novidade aqui, muitos já fazem isso.
O BAMSE tem uma vantagem aqui por reduzir o fator humano na guiagem, com um computador orientando o míssil aumenta as chances dele detonar próximo o bastante do alvo para abate-lo.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 10:32 pm
por Mathias
Mas o BANSE não é MANPAD, né?
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Out 19, 2015 11:47 pm
por Marechal-do-ar
Não, mas tem ogiva de MANPAD e existe uma preocupação em manter o míssil leve, a recarga é manual.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Ter Out 20, 2015 2:16 am
por Mathias
Putz, sem comentários!
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Ter Out 20, 2015 9:03 am
por LeandroGCard
Mathias escreveu:Putz, sem comentários!
Mathias, o Marechal está certo.
O Bamse é uma adaptação do RBS/70 (da versão com o míssil Bolide), que é sim um MANPAD, para estender seu alcance usando um Booster e automatizar sua guiagem retirando o homem do loop. Mas como todo sistema adaptado ele assume soluções de compromisso, e uma delas é usar uma ogiva com menos de 4Kg de peso total, o que é realmente muito pouco pelos padrões mais comuns.
Nenhum fabricante de mísseis com alcance acima de 6 km utiliza ogivas menores do que cerca de 10 Kg, alguns usam bem mais (como os 22Kg do Barak israelense), e com menos da metade disso o Bamse é de fato meio suspeito. Ou os suecos são grandes gênios que conseguem que seus mísseis tenham uma precisão muito maior que qualquer outro país do mundo, ou o sistema é de fato menos efetivo do que os concorrentes contra alvos maiores e/ou mais resistentes.
Leandro G. Card
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Ter Out 20, 2015 11:53 am
por Mathias
Sim, eu sei disso tudo, e é essa coisa aí que acham melhor que o Pansyr, e o lobis estão forçando a barra para encaixá-lo com argumentos do tipo "cabe no C-130".
Mas enfim, cada um tem aquilo que merece.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Ter Out 20, 2015 12:08 pm
por Luís Henrique
Mathias escreveu:Sim, eu sei disso tudo, e é essa coisa aí que acham melhor que o Pansyr, e o lobis estão forçando a barra para encaixá-lo com argumentos do tipo "cabe no C-130".
Mas enfim, cada um tem aquilo que merece.
Mathias, eu acho que não.
Eu acho que o lobby quer o Sea Ceptor abrasileirado pela Avibras.
Ou até o IRIS-T SL abrasileirado de alguma forma.
O BAMSE eu e outros foristas comentamos sobre seu custo/benefício.
O site da SAAB da a entender que ele é mais barato que os concorrentes.
Eu gostaria de saber QUANTO mais barato.
Mas acho que ele está fora dos planos e dos lobbys mais fortes.
Eu acho que a briga vai ficar entre o Pantsir e o Sea Ceptor da Avibras.
Se é que vai dar briga. Acho que nem isso. Acho que o Pantsir já venceu.