orestespf escreveu:Matheus escreveu:
eu já achei que vc superestimou a inteligência do autor.
Olá Matheus,
não superestimei e nem subestimei, apenas disse que uma releitura caberia, visto que esta frase não está a toa no texto do autor:
"A matéria, desafiadora até para refinadas seleções de especialistas, é decerto inacessível à análise de jornalistas leigos e políticos incultos".
Nem leigo, tolo, etc. ousaria usá-la sabendo que a mesma se aplicaria diretamente contra tudo o que foi dito pela própria pessoa. Claro, você (ou outra pessoa) poderia dizer que o cara fez uso de frase pronta justamente para confundir. Tá, tudo bem, aceito, mas assim sendo, ele mesmo diz, a quem é de direito, que não o leve a sério.
As besteiras ditas pelo autor não foram poucas, mas ele procurou as melhores, as mais polêmicas, concentrou tudo em um único artigo, insisto, não devemos subestimar as pessoas dizendo que são tolas simplesmente porque tais trabalhos são da imprensa não especializadas, não mesmo. Nenhum "patrocinador" seria estúpido de permitir que se falasse algo desta forma, na tentativa de ajudá-lo, sem antes ler o tamanho do estrago; se é pago, então é pago desde a primeira até a última ponta da corda. Não acredito em hipótese alguma em matéria paga, acho que realmente foi um escracho, inclusive atingindo os ditos especialistas, entre eles "nós" ("desafiadora até para a REFINADAS SELEÇÕES de especialistas...").
Grande abraço,
Orestes
Senhores,
dá-se que este jornalista, instado pelos seus editores a opinar de forma crítica sobre este assunto, de maneira clara, contra as ações do atual governo, dispôs insidiosamente na construção do seu texto, a pérfida mania, feminina diria o filósofo do povir, de fomentar a cizânia com a justificativa da própria ignorância para desqualificar aquilo que não pode entender, e muitos outros também. Desta forma, a decisão tomada, seja ela qual for, será de antemão errada.
O jornalista parte de uma premissa básica: os ventos da guerra se aproximam do Brasil. Elege, como não poderia deixar de ser, a Venezuela como contendor futuro. Aponta suas escolhas de fornecedores de armas, como corretas, enquanto que a escolha doméstica, que se destinam à França, é tida como ineficiente e cara. Assim, de forma tosca eu diria, consegue o autor dizer que os motivos para o equipamento das forças armadas brasileiras, na forma que aqui se dá, atende motivos mesquinhos, que só podem ser, por extensão políticos.
Ou seja, o autor tenta desqualificar todas as opiniões a favor das armas francesas, e as escolhas realizadas pelo atual Ministério da Defesa, bem como a aproximação geopolítica realizada com mesma República Francesa. E nesta tentativa, defensivamente, esgrime a polêmica havida, ilustrada pelas nossas discussões nos fóruns e blogs, como justificativa para a sua insidiosa argumentação. Algo torpe, típico de uma pena de aluguel, devo dizer.
Portanto, para aqueles, que ainda tinham a Folha de São Paulo como órgão informativo sério, digo aqui os meus pêsames. O mesmo para os que se alinham com as opiniões advindas das publicações das famílias Marinho, Mesquita e Civita.
Quanto ao torpedo auto-cavitante Shkaval (Esqualo, em russo): É uma arma de alcance curto, dependendo da versão atinge de 5 a 8 km (daí ser dito que sua função é a retaliação). A direção lhe é determinada antes do disparo, não é filo-dirigido, nem poderia, pois o projeto não permite isso. Atinge a velocidade impressionante aventada, cerca de 400 km/h. Isto, porque evita o atrito com a água, ao ser auto-cavitante. Americanos, suecos, austríacos dentre outros, tentaram até hoje obter armas equivalentes e falharam, mesmo tendo obtido alguns exemplares para execução de engenharia reversa, o que de forma irônica, liberou tal arma para exportação!
O detalhe interessante é que ela é antiga nos arsenais russos, cerca de 40 anos. Foi concebida para ser a arma principal dos submarinos do projeto 705 - Lira, conhecidos como "Alpha Class Submarine", submarino extremamente rápido, feito de liga de titânio e compacto. No entanto, extremamente caro de operar.