TEXTO DO SITE RESERVAER
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UFOs: UMA ANÁLISE ESTRATÉGICA
Este artigo não tem por objetivo analisar se existe ou não discos voadores, se o caso do ET de Varginha é devaneio ou realidade, se o acidente em Roswell, no ano de 1947, foi o destroço de um balão meteorológico próximo a uma Base Aérea Militar ou a queda efetiva de um UFO. Se fôssemos enveredar por esta linha, talvez melhor seria discutir dogmas religiosos como a crença ou não na reencarnação, ou se Jesus era o Cristo ou mais um profeta, ou então levantar questões políticas relativas a programas partidários ou ideológicos.
Todos esses temas gerariam posições apaixonadas que não fazem o nosso perfil, já que não somos especialistas ou pesquisadores em ufologia e muito menos possuidores de notório saber em assuntos teológicos.
A nossa reflexão está na direção da estratégia e da projeção do impacto mundial, quando a fenomenologia dos insólitos, na hipótese de sua existência, vir a público ou quando não houver mais como acobertar acontecimentos desta natureza.
Hoje, conversar sobre discos voadores em um círculo de pessoas sérias, não religiosa ou sem interesses investigativos, é algo preocupante, para não dizer temeroso. A chacota e a zombaria seriam a ressonância dos comentários, a partir da mediana sociedade, caso extravasasse questões da fenomenologia do meio pelo qual o assunto é tratado circunspectamente, ou seja, junto à comunidade de estudiosos sérios.
É, portanto, naturalmente, arriscado conversar sobre esse assunto onde o poder decisório aflora a partir de criaturas empossadas em funções relevantes ou influentes na opinião pública. Infelizmente, a prudência, na tomada de posições que não comprometam o “status” e a ordem institucional, é uma busca constante, a fim de evitar resvalo em matéria tão controvertida e contundente.
Cliffor Stone, Primeiro Sargento do Exército Americano (Army) e defensor da hipótese de que o Governo Norte-Americano conserva três corpos de alienígenas guardado, em instalações militares, resume essas considerações iniciais da seguinte forma:
“Sei que a ausência de evidência não é a evidência da ausência. É sim a evidência de que isso tem sido negado aos americanos”.
(ESCAMILLA, apud STONE, 2005 )
1 – O AVANÇO DA TECNOLOGIA ASTRONÁUTICA E TELESCÓPICA COMO PODER DE PENETRAÇÃO NO ESPAÇO
O avanço tecnológico, no campo da Astronáutica e da aparelhagem ótica astronômica, é algo inexorável. O desenvolvimento e a inovação em ambas as áreas têm proporcionado o alargamento da nossa percepção do Universo que nos circunda.
A corrida espacial e a chegada do homem à Lua foram o marco para americanos e soviéticos se aventurarem a outras metas maiores do entorno do Sistema Solar. A missão Mariner 9, o Projeto Viking, a Mars Observer, que se perdeu três dias antes de entrar na órbita de Marte, a Mars Global Surveyor, a Mars Pathfinder, a Mars Reconnaissance, a Mars Express e mais dois jipes robóticos (Spirit e Opportunity) traduzem a Epopéia da NASA e da Agência Espacial Européia junto ao Planeta Marte.
Já as sondas Pioneer e Voyager, nos anos 80, e mais recentemente a sonda Cassini e o veículo de superfície Lander percorreram as cercanias de Saturno revelando dados surpreendentes do mais lindo Planeta do Sistema Solar aos nossos cientistas.
Já o Planeta Vênus recebeu a visita de naves pertencentes a programas espaciais tanto de soviéticos como de americanos. Respectivamente, os programas Venera e Mariner colocaram em órbita e na superfície de Vênus satélites e sondas colhendo amostras do solo e fotografias daquele Planeta. Isso aconteceu nos anos 60 e 70. Com o avanço tecnológico americano, em 1978, a NASA retorna a Vênus com a sonda espacial Pioneer e, doze anos depois, em 1990, foi a vez da sonda Magellan, quando se obteve dados sobre sua geologia e atmosfera.
Avanço da Astronáutica na projeção do Homem ao Espaço Sideral
A proximidade de Mercúrio ao Sol, fez com que a NASA construísse uma sonda especial chamada Messenger com características robustecidas, a fim de orbitar regiões inóspitas do menor Planeta do Sistema Solar.
A Pioneer 9 e 10 e a Voyager 1 e 2 foram as naves americanas lançadas a Júpiter para investigar a sua misteriosa nevoenta atmosfera. Todavia, dos sensores de Galileo, em 1995, é que a humanidade tomou conhecimento do impacto do cometa Shoemaker na superfície do Planeta. Mas à sonda Galileo estava reservada outra missão: perscrutar as luas do maior Planeta do Sistema Solar, detendo-se em Europa, por ser uma lua cuja atmosfera tinha similaridade com a da Terra, apresentando, inclusive, um oceano congelado na superfície. Essa descoberta levou a NASA traçar uma estratégia, com o intuito de investigar os satélites congelados, a partir de Jimo, sonda muito mais sofisticada, a ser lançada depois de 2012.
A Voyager 2, que partira para Júpiter em proveito da missão, prosseguiu para Netuno e Urano e os fotografou na totalidade das suas regiões e hemisférios, oferecendo imagens das manchas e névoas que impregnam suas atmosferas, bem como dos anéis e satélites que circundam a ambos Planetas, na busca da revelação da gênese daqueles orbes e do próprio Sistema Solar.
O outro fator que ampliou o avanço do homem às regiões do espaço foi o desenvolvimento das estações espaciais. Estas, segundo a Enciclopédia Wikipédia, são satélites artificiais concebidos, para serem laboratórios em ambientes de microgravidade. Além da função primária de realização de experimentos em diversas áreas de pesquisa, também servem para a permanência humana no espaço por período de semanas, meses, ou mesmo anos, possibilitando assim o estudo detalhado dos efeitos no corpo humano, submetido à longa permanência no espaço. Por fim, imagina-se que uma estação espacial poderá servir de base avançada para tripulações terráqueas que seguirão a outros orbes. De acordo com o astronauta Marcos Pontes, das estações espaciais que circundaram a Terra, algumas pertenceram aos programas Salyut e Almaz. Tivemos ainda a Skylab e a Mir. Atualmente, temos apenas a Estação Espacial Internacional (ISS) na órbita de nosso Planeta, construída por um consórcio de 16 países. Ela é a maior obra de engenharia espacial já desenvolvida, sendo o melhor laboratório espacial disponível para a humanidade.
Continua Marcos Ponte informando que o Brasil participou do programa da ISS, em 2006, através da Agência Espacial Brasileira (AEB), único órgão responsável pelas decisões de políticas e orçamentos do Programa Espacial Brasileiro, a qual concebeu, definiu e contratou a Primeira Missão Espacial Brasileira: a Missão Centenário. Os objetivos da missão eram:
1. Realizar experimentos de instituições brasileiras em ambiente de microgravidade a bordo da ISS e assim incentivar esse setor de pesquisas no País;
2. Realizar experimentos educacionais para o incentivo de futuras gerações para as áreas de Ciência e Tecnologia;
3. Ser a maior homenagem internacional do Centenário do Vôo de Santos Dumont;
4. Divulgar o Programa Espacial Brasileiro.
Para tripular a missão, a AEB escalou o único astronauta profissional brasileiro, treinado completamente na NASA desde 1998, o Tenente-Coronel-Aviador Marcos Pontes.
O “backup” do Astronauta Marcos Pontes era o Cosmonauta Sergei Volkov, que realizaria a missão brasileira no caso do astronauta brasileiro ter qualquer tipo de problema de saúde, ou não obter nível adequado de aproveitamento nos treinamentos técnicos para a operação e a manutenção dos sistemas da espaçonave Soyuz e da ISS, realizados em língua Russa na Cidade das Estrelas, em Moscou.
Após 6 meses de treinamento intensivo, o astronauta Marcos Pontes decolou do Cazaquistão, a bordo do foguete Soyuz TMA-8 para levar a bandeira brasileira pela primeira vez ao espaço. A missão foi realizada sem nenhum erro operacional. Seu feito muito dignificou o País no processo da conquista espacial e sua história de vida serve de inspiração para milhões de jovens brasileiros.
O Astronauta Marcos Pontes foi transferido para a reserva da Força Aérea em 2006, como é natural para todos os astronautas de origem militar nos países desenvolvidos, para a continuidade normal das suas funções civis de astronauta, sem conflitos com a legislação militar. Atualmente, ele continua a residir em Houston, à disposição do Brasil para outros vôos que o País venha a definir e coordena suas atividades de astronauta com as atividades de empresário, contribuindo com o seu conhecimento para o desenvolvimento do setor aeroespacial e da educação no Brasil[1].
A falta de visão estratégica de muitos brasileiros não permite enxergar esse fato como nós o percebemos. O nosso astronauta representa a saga da permanência do homem brasileiro no espaço sideral e que, a partir daí, está preparado para alavancar no Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), o treinamento primário, para astronautas, possíveis seus sucessores, como exploradores das vantagens do domínio espacial brasileiro e também prováveis vivenciadores de fenômenos ufológicos na imensidão do Cosmo, como outros astronautas já experimentaram.
Relatos surpreendentes de alguns astronautas hóspedes dessas plataformas foram no sentido de terem tido a oportunidade de presenciarem vetores anômolos e de origem desconhecida nas profundezas da abóbada estelar.
Vejam que a “parafernália” espacial, fruto do espetacular avanço tecnológico, está possibilitando o homem ampliar o seu conhecimento sobre outros planetas nossos vizinhos. É a sua visão que deixa para trás a rudimentar luneta de Galileu para se apoderar dos possantes foguetes interplanetários, a fim de divisar superfícies e atmosferas de outros mundos.
Na Telescopia atual, o avanço científico tem se caracterizado como um dramático indutor à penetração estrutural das leis que regem os movimentos e composição dos corpos celestes.
Telescópios como o de Hale, cujo espelho tem 5 metros de diâmetro, varreram, até agora, alguns recantos do Universo. Com a nova geração desses instrumentos e aí citamos o VLT (Very Large Telescope), já com um espelho de 8 metros, aconteceu elevado ganho na observação do Cosmo. Porém, nem ainda se consolidou o VLT, já se projetou o Telescópio de Trinta Metros (TMT), o Telescópio Gigante Magalhães (GMT), com 24 metros e o Colosso OWL (nome que tem a ver com sua visão apurada noturna – OWL é coruja em inglês), com um espelho de 100 metros.
Mas, em paralelo à Telescopia no solo, o telescópio espacial Hubble faz sua caminhada pomposa pelo espaço colhendo dados fantásticos para os astrônomos. O seu sucessor, também espacial, de nome James Webb (JWST), promete revelar surpresas do incógnito Universo em virtude do seu espelho ser duas vezes e meia maior que o espelho do Hubble, isto é, enquanto o deste mede 2,4 metros, o daquele possui 6,5 metros. Cabe dizer que os telescópios espaciais não podem ter diâmetros de espelhos avantajados por causa de suas acomodações nos compartimentos de carga dos ônibus espaciais.
Poderíamos mencionar como tecnologia de rastreamento o também telescópio espacial de grande área de raios Gama (Glast em inglês), para explorar astros exóticos como buracos negros e estrelas de Nêutrons, ou ainda o sistema de radiotelescópios ATA (Allen Telescope Array), situado na Califórnia, EUA e apontado para o céu, na esperança de captar mensagem vinda do espaço, bem como criar mapas radiais da Galáxia de Andrômeda.
O avanço da Radiotelescopia na tentativa de captar mensagem extraterrena , bem como criar mapas radiais da Galáxia de Andrômeda, na Califórnia.
Essa Epopéia do conhecimento é o lastro de tempo para, em breve, ficarmos sabendo, de forma global, que não estamos sós no Universo, uma vez que, sem dúvida nenhuma, essa certeza é apenas de propriedade de alguns poucos.
É interessante perceber a dialética de uma decisão do Governo Americano. Quando se encerrou o projeto “Blue Book”, em 1969, a corrida espacial acontecia a pleno vapor. Perceberam os norte-americanos que o avanço da Astronáutica, levando expedições de astronautas ao espaço, e o aperfeiçoamento ótico dos espelhos dos telescópios, aumentando a visão do olho humano, proporcionariam frutos superiores à simples pesquisa de campo, analisando material, consultando dados astronômicos, monitorando vôos de aeronaves, verificando registros meteorológicos e ainda fazendo entrevistas demoradas, às vezes sem consistência, proporcionada pelo Projeto Blue Book, que se arrastava desde 1952, segundo o site
http://www.super.abril.com.br/superarquivo/2005. “Vida à evolução tecnológica e morte aos depoimentos, às vezes psicóticos”, era a nova estratégia no jogo da conquista espacial.
Tudo que foi falado até agora sobre Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Astronáutica e da Telescopia está diretamente relacionada à tecnologia dos materiais, que, nos últimos sessenta anos, ostentou patamares dignos da proeza humana. Peter Drucker, em sua obra “Uma Era de Descontinuidade”, em 1974, já profetizava a aplicação tecnológica do aço, do vidro, dos plásticos, do concreto protendido, da petroquímica, enfim de uma infinidade de processos e de novos materiais que revolucionaram o “modus vivendis” da raça humana.
Especificamente, no alargamento da nossa penetração no espaço sideral, contamos com a fibra ótica, o chip, o circuito integrado, a microeletrônica, a biogenética, a nanotecnologia, o nióbio, este último em abundância no Brasil e de grande aplicação na indústria aeroespacial, e tantos outros novos elementos materiais e métodos. Culminando no aperfeiçoamento mental para soluções de problemas, dominaram-se processos de algoritmos que envolvem a mecânica quântica, a matemática não-linear, a física exótica, as redes neurais, em suma, toda uma abstração que, com o auxílio de modelos computacionais, coadjuvarão na projeção da criatura humana a pontos do conhecimento inimagináveis.
É a evolução espiral-helicoidal imanizada, primordialmente, no troglodita das cavernas, cujo percurso empolgante culminou no pináculo do conhecimento, agora como senhor de uma Sociedade multifacetada, complexa e altamente competitiva, produto da dinâmica interação entre o exercício do pensamento e os desafios da vida, conforme postula a Neurociência.
Ao olharmos a era das grandes navegações e enxergando a ciclópica vontade do homem da renascença em alcançar o novo mundo, deparamo-nos com esse mesmo homem, hoje não mais sendo instruído pela Escola de Sagres, mas sim pela NASA e a Agência Espacial Européia, a viver a época do encontro com inteligências alienígenas.
2 – O CETISMO PROGRAMADO
A Revolução Científica e Tecnológica, que tanto benefícios trouxe para a humanidade e, em especial para a Astronomia e Astronáutica, ainda não foi objeto de revelação sobre a exobiologia. A negação sobre vida em outros mundos parece ser orquestrada, sob o patrocínio de grupos que têm interesse neste estado de alienação.
Basta dizer que autoridades de ilibado senso mental, ao fazerem declarações sobre a não explicabilidade de determinados fenômenos, foram motivo de gozo e chacota.
Nós mesmo, quando estávamos servindo nos EUA, ao termos que fazer uma missão na Base Aérea de White Partesen, em Dayton, Ohio, perguntamos sobre o grau de veracidade de seres extraterrestres recolhidos no incidente de Roswell e que estariam recolhidos em instalações daquela Base Aérea Americana, fomos motivos de risos e deboches por parte de colegas militares americanos e brasileiros. Restou-nos levar o caso também na gozação, para a brincadeira terminar por ali.
O que se percebe é que, não obstante as possibilidades dos engenhos astronômicos e astronáuticos, abrindo, a cada dia, portais propiciadores ao enxergamento de quintais recuados no espaço sideral, trazendo aos pesquisadores das agências espaciais e astronautas imagens de mundos inexplicados, preexiste ainda o ceticismo tolo e burro.
Vejam que a ciência ofereceu-nos uma nova anatomia do espaço, em relação àquela que aprendemos ainda no curso primário. Por exemplo, os planetas só não existem no Sistema Solar, mas circunavegam em outras estrelas; o número de luas que gravitam os orbes do nosso sistema aumentou e vem aumentando vertiginosamente; Plutão não pertence mais ao nosso Sistema, mas ao Cinturão de Kuiper, uma população de pequenos corpos congelados distribuídos em torno do Sol e se estende de Netuno até algumas centenas de Unidades Astronômicas (UA). Vejam que esses dados, há 30, 40 ou 50 anos, não eram exatamente os que interpretamos hoje. Naturalmente, as informações relatadas podem atualmente ser de domínio público. Agora, o que dizer com aquelas que não são permitidas serem repassadas à humanidade? Com toda certeza, teriam que ser acobertadas ou despistadas, utilizando-se o subterfúgio denominado por nós com “ceticismo planetário”.
Por que presidentes americanos como Jimmy Carter e Bill Clinton pediram ao “bureau” da CIA a verdade sobre os discos voadores? Será que o General Douglas MacArthur foi visionário ao afirmar, em 1955, após a Segunda Guerra Mundial, que o próximo conflito seria com civilizações de outros planetas? Os astronautas americanos Gordon Cooper e Edgar Mitchell, no programa Apollo, e o cosmonauta soviético Pavel Popovich, durante o vôo na Estação Mir, ao relatarem que foram proibidos de mencionarem que viram UFOs, nas suas respectivas missões, estavam traindo seus governos e superiores ou devotaram respeito à pobre humanidade?
Essas são questões de extrema relevância e que poderiam suscitar, pelo menos, indagações nas “cabecinhas” dos “céticos globais”.
3 – A DIMINUTA ELITE PENSANTE E OS UFOs
Se há um elenco de personalidades que relegam a existência de inteligências extraterrenas, felizmente existem outras, através de fatos e posicionamentos, que proporcionam um outro entendimento para o fenômeno.
A começar, destacamos a obra de Marco Antonio Petit, “UFO: Arquivo Confidencial – Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira”, em que o pesquisador menciona a palestra do então Coronel-Aviador, depois Brigadeiro-do-Ar, João Adil de Oliveira, na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), em 02 de Novembro de 1954, quando aquele oficial já falava para um seleto auditório sobre o fenômeno dos discos voadores que “deveria ser tratado com seriedade, uma vez que quase todos os governos das grandes potências se interessavam por ele de forma circunspeta e reservada, dado o seu interesse militar” , (Petit, 2007, p.26).
Aliás, por falar no livro UFOs – Arquivo Confidencial, classificamo-lo como um documento de extrema relevância para o esclarecimento das nossas elites interessadas no assunto UFO, principalmente a militar. É uma narrativa apresentando fatos envolvendo as três Forças Singulares.
Nós vimos, na obra, um conteúdo escrito que pode ser considerado um “dado”, e, algumas das suas conclusões, podem se transformar em “conhecimento”, dentro da metodologia da “Inteligência Estratégica”. A nossa formação profissional, ao ler a literatura, levou-nos a ofertá-la a algumas organizações da Aeronáutica, com o fim de arquivá-la, para possíveis consultas, em caso de montagem de cenários prospectivos, uma vez que referenda e apresenta capas de documentos anexos, considerados confidenciais e que muitos militares, principalmente os mais modernos, ignoram, ainda mais se não pertencem à Comunidade de Inteligência. É, portanto, um inventário minucioso sobre as ações dos militares que nos antecederam, diante do fenômeno, com destaque para o Capítulo 05: A Investigação Ufológica Oficial da Aeronáutica, o Capítulo 07: A Incrível Onda Ufológica de Maio de 1986 e o Capítulo 09: Os Segredos da Operação Prato, realizada em 1977. Serve para balizar ocorrências que venham se repetir nas localidades já mencionadas, enfim é uma produção intelectual que destaca a atenção dada ao assunto por autoridades sérias e dignas.
Ainda neste contexto, vamos verificar depoimentos de personalidades, já mencionadas neste artigo, como os presidentes norte-americanos Jimmy Carter e Bill Clinton, e mais ainda Dwight D. Eisenhower e Ronald Reagan, assim como os primeiros-ministros Nikita Kruchov e Mikail Gorbachov, da extinta União Soviética, que se preocupavam com a defesa planetária, em virtude de uma provável ameaça do espaço.
Os astronautas Gordon Cooper e Edgar Mitchell foram implacáveis, reiteramos, nas afirmações sobre suas experiências, no tocante ao que presenciaram de extraordinário em seus vôos espaciais. Agora o que dizer das observações feitas por outros astronautas como M. Scott Carter da Aurora 7, em maio de 1962, Charles Conrrade da Gemini 5, em março de 1964, Frank Borman da Genini 7, em dezembro de 1965 e outros que presenciaram e fotografaram das escotilhas de suas cápsulas corpos estranhos acompanhando seus movimentos orbitais? Certamente esses homens, com suas reputações e elevados sensos psíquicos, não iriam ferir a Sociedade Científica a que pertencem, com relatos fúteis e sensacionalistas, uma vez que nenhum deles precisavam de reputações bisonhas.
Não muito longe do tempo, mencionamos a figura do saudoso General Moacyr Uchoa, militar insigne, Professor de Cálculo Vetorial na antiga Escola Militar do Realengo e Professor Catedrático de Mecânica da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a relatar suas experiências com os UFOs, na Fazenda Vale do Rio do Ouro, nas cercanias de Alexânia, Goiás, em janeiro de 1972, de acordo com o site
http://www.jlocal.com.br.
O Gen. Uchoa foi mais além, já que suas declarações extrapolam o espaço tridimensional, para relatar uma experiência sua pessoal da hiper-dimensão espacial. A nossa linha de pensamento não contempla esse tipo de vivência, porque vai além do limite dos nossos cinco sentidos, mas prende-se tão somente à sua observação com outras presenças, também de elevado nível social naquela fazenda, sobre os vetores luminosos que lá chegavam e se retiravam, sob uma forte suspeita de um comandamento inteligente.
Muito mais contundente do que o acontecido extraordinário é a revelação daquele Oficial General, através de livros e palestras, cônscio das reações das forças naturais sobre a matéria, por ser, além de militar de alta patente, Professor de Física. Percebe-se que não é o pensamento de um alienado ou visionário, mas de alguém de destaque, incluído no contexto social como protagonizador da formação do caráter da oficialidade do Exército Brasileiro, de um passado recente.
No quadrante do debate mundial sobre os discos voadores, através do exemplar n.º 137, da Revista UFO, de janeiro de 2008, foi feita a cobertura de um evento denominado Coalizão pela Liberdade da Informação (Coalition Freedom of Information), no dia 12 de novembro de 2007, realizada na sede do Clube Nacional da Imprensa, em Washington, EUA. Lá reuniram-se cientistas, militares, políticos e ex-membros de agências governamentais. Pessoas como o General Wilfried de Brower, ex-Chefe de Operações da Força Aérea Belga, Fife Symington, ex-Governador do Arizona, o Capitão-Aviador do Exército chileno Rodrigo Bravo Garrido, o General da Reserva Parviz Jafari, ex-piloto da Força Aérea Iraniana, John Callahan, ex-chefe da Divisão de Acidentes, Avaliações e Investigações da Agência Federal de Aviação dos EUA, e outros expoentes de nações como a Peruana, a Francesa e a Inglesa que debateram a fenomenologia dos discos voadores e a urgente necessidade dos governos dos diversos países colaborarem e divulgarem à humanidade sobre as ocorrências dos insólitos no mundo.
Três dias depois, entre 15 e 18 de novembro de 2007, foi a vez de o Brasil sediar, na cidade de Curitiba, o II Fórum Mundial de Ufologia, contando com a presença de alguns participantes da “Coalizão pela Liberdade da Informação”, nos EUA, e ainda Richard Hines, ex-consultor da NASA, Nick Pope, ex-funcionário do Ministério da Defesa Britânico, Anthony Choy, da Força Aérea do Peru e o Coronel Ariel Sanchéz, da Força Aérea Uruguaia, dentre outros notáveis por suas qualificações funcionais em seus países.
Queremos dizer que, nessas reuniões, perfilaram figuras humanas que têm destaque, dentro da estrutura organizacional da sociedade humana, não podendo, portanto, terem suas opiniões deixadas de lado sobre um assunto de elevada envergadura na contextualização etiológica de inteligências no Universo.
Se faltaram representantes oficiais do Governo Brasileiro em ambos os eventos, isso não aconteceu com os nossos bravos e estóicos pesquisadores de ufologia, representando a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), o Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU) e a Redação e Co-Editoria da Revista UFO, que lá estavam presentes, contribuindo com suas experiências e vivências.
Mas nem por isso o Brasil pode ficar maculado, já que, segundo nossos próprios pesquisadores, a Força Aérea Brasileira (FAB), foi a primeira Força Militar no mundo a abrir seus arquivos secretos sobre aparições de discos voadores.
A Revista UFO, bem como a Imprensa Nacional e Internacional anunciaram, sobremaneira, a iniciativa dos dirigentes da Aeronáutica Militar, produzindo assim um grande avanço para o Poder Público contribuir com a pesquisa ufológica. Cabe mencionar, segundo declarações dos próprios pesquisadores, o elevado grau de cavalheirismo e de cortesia dispensados pelos oficiais e graduados da Aeronáutica aos visitantes, à medida que adentravam nas instalações militares reservadas e questionavam sobre os processos, métodos e operações de vigilância do espaço aéreo brasileiro. Aliás, essa conduta não poderia ser diferente para o autor destas linhas, sabendo que os recepcionistas, nossos colegas superiores, ex-comandantes e ex-chefes, nossos veteranos, como cadetes, no lendário Campo dos Afonsos e ainda outros companheiros que, ombro-a-ombro, empenhamo-nos por uma Força Aérea mais operacional, sempre se notabilizaram, ao longo de suas carreiras, pelo profissionalismo e fidalguia àqueles que os cercavam.
A iniciativa do Comando da Aeronáutica em convocar os pesquisadores brasileiros sérios, integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), em maio de 2005, a comparecerem ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 1) e ao Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), em Brasília, é produto imanente da nobilitante postura da oficialidade que nos antecedeu, cujas lideranças forjaram no tempo a coragem retemperada diante de um assunto tão controvertido: os discos voadores. Dentre esses líderes destacamos o Brigadeiro-do-Ar João Adil de Oliveira, então Chefe de Serviço de Informações do Estado-Maior da Aeronáutica, que em novembro de 1954, proferiu uma palestra sobre Defesa e OVNI, na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), no Rio de Janeiro; do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Eduardo Gomes, então Ministro da Aeronáutica, e hoje Patrono da Força Aérea Brasileira, por convocar o jornalista Fernando Cleto Nunes Pereira, em 1954, a comparecer ao Estado-Maior da Aeronáutica, a fim deste prestar informações sobre as ocorrências ufológicas aos seus oficiais; do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Gervásio Duncan, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, por ter dado uma entrevista coletiva à imprensa, em 16 de outubro de 1954, sobre as ocorrências de insólitos nas proximidades da Base Aérea de Gravataí, hoje Base Aérea de Canoas; do Major-Brigadeiro-do-Ar José Vaz da Silva, então Comandante da Quarta Zona Aérea, atualmente Quarto Comando Aéreo Regional (COMAR IV), por criar, em 1969, o Sistema de Investigação de Objetos Voadores não Identificados (SIOANI), órgão que nasceu em território paulista, mas que tinha abrangência nacional, no que tange à pesquisa; do Major-Brigadeiro-do-Ar Protázio Lopes de Oliveira, Comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional (COMAR I), por ter criado, em setembro de 1977, um projeto confidencial denominado “Operação Prato”, colocando como Comandante da Operação o então Capitão Intendente da Aeronáutica, Uyrangê Hollanda, para investigar os fenômenos de luzes noturnas nos céus da cidade de Belém; do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Octávio Moreira Lima, então Ministro da Aeronáutica, em maio de 1986, por convocar a imprensa, e declarar que mais de vinte objetos voadores de origem desconhecida sobrevoaram o Vale do Paraíba, naquilo que ficou conhecida na Ufologia Brasileira como “a Noite Oficial dos UFOs” e que o capitão da Aeronáutica Basílio Baranof, na ocasião, produziu um belíssimo dossiê, registrando o fenômeno como um todo. Concluímos mencionando que outros oficiais da Aeronáutica, anonimamente, também elaboraram relatórios ou prestaram depoimentos a seus superiores em decorrência das suas vivências, diante de avistamentos de UFOs, nas diversas missões operacionais para as quais foram destacados.
É interessante relatar que, mesmo o Brasil vivendo momentos difíceis no ano de 1954, em especial no mês de agosto, com o atentado na Rua Tonelero, em Copacabana, implicando na morte do Major-Aviador Rubens Vaz e no suicídio do Presidente Vargas, sendo a FAB o epicentro de uma crise política e às voltas com a “República do Galeão”, quando os oficiais generais, já mencionados, estavam diretamente envolvidos no restabelecimento da ordem social, os mesmos, em hipótese nenhuma, postergaram suas iniciativas em prestar esclarecimentos, em âmbito nacional, sobre as ocorrências ufológicas. A herança comportamental daqueles líderes provocou ressonância, com toda certeza, em níveis mais sutis, estimulando a predisposição dos atuais chefes, precisamente em maio de 2005, a abrirem os seus arquivos secretos.
Se não houve ainda a “Liberdade de Informação” pelo Governo, tão pleiteada pelo Movimento Ufológico brasileiro, em hipótese nenhuma, segundo a nossa opinião, resvala a atitude destemida dos líderes da Força Aérea Brasileira que souberam conduzir, através dos anos, o assunto com propriedade que cada caso requeria.
A elite da Aeronáutica Militar Brasileira desempenhou o seu papel, contribuindo com o esclarecimento de um assunto tão polêmico como são os discos voadores. A elite mundial, mesmo que reduzida, representada por oficiais de alta patente das Forças Armadas de diversos países, astronautas, jornalistas, políticos, cientistas, profissionais liberais e funcionários de elevadas posições de setores e agências públicas têm se posicionado, aqui e acolá, de forma altiva, não obstante as tentativas de desmoralização e descrédito, oriundas de uma propaganda mentirosa e perversa, manipulada por grupos que não têm interesse em esclarecer à população sobre uma real pulsação cósmica preexistente, preferindo encerrá-la em ambiente hermético custodiado por um Poder Estatal estúpido e ignorante.
4 – CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS E O CONTATO FINAL
O mundo dos negócios hoje não implementa políticas sem testá-las. O teste de políticas mais adequadas só é possível mediante um estudo preliminar, a fim de traçar uma linha de planejamento.
A prospectiva é a ciência dos futurólogos que projetam cenários, a partir dos acontecimentos atuais, denominados “fatos portadores de futuro”.
O Instituto Hudson, nos anos sessenta, dedicou-se exclusivamente aos estudos do futuro. Esse futuro é o que estamos vivendo, ou seja, o crepúsculo do Segundo e o alvorecer do Terceiro Milênio. A obra “O Ano 2000”, “Best-seller” de 1966, de autoria de Herman Kahn e Anthony J. Wiener, previu os vários cenários econômicos, políticos e sociais nas diversas regiões da Terra. Não havia terminado a Guerra do Vietnã, mas Herman Kahn e Anthony Wiener projetaram alguns desfechos, dentre eles a “retirada das tropas norte-americanas do Sudeste Asiático”, o que aconteceu.
Modelos econômicos também foram desenhados, levando em conta a falta de insumos estratégicos e a carência de energia, exatamente como está ocorrendo hoje.
Algo que aqueles futurólogos previram para o final do Segundo Milênio, como uma possibilidade remota, foi “a descoberta de vida extraterrena, ou a possibilidade ainda mais extrema de comunicação com inteligência extraterrena.” (Kahn & Wiener, 1967, p.90). Esses pesquisadores não fizeram a previsão com base na quiromancia ou astrologia, mas com aplicação de ferramentas probabilísticas, mensurando e quantificando fatos que guardam substância de eventos que vão acontecer, isto é, o denominado “fato portador de futuro”. Kahn e Wiener utilizaram a técnica “Delphi” que projetou cenários que estão em plena desenvoltura.
Orlando de Souza Barbosa Júnior, biólogo e ufólogo, em seu ensaio “Top Secret”, comenta que os países desenvolvidos simulam situações futuristas e aplicações de processos de gestão nas soluções dos problemas logísticos e sociais, mas que também podem ser adequadas na previsibilidade do encontro com outras civilizações.
Hoje, porém, há novo tipo de especialista – Os Futurólogos” – que se baseiam nas tendências e nas leis probabilísticas, para se antecipar no tempo. Os países do Primeiro Mundo que dispõem de recursos tecnológicos prevêem coisas admiráveis para os seus povos, bem como “antecipam perspectivas sombrias para os países menos desenvolvidos”
(JUNIOR, 2006)
Nós estamos relatando as possibilidades da predição do futuro, dentro dos parâmetros científicos da propedêutica, para instigar a reflexão que isso pode ser feito em relação à probabilidade de contato com outras civilizações extra-planetárias.
Se nós analisarmos o vertiginoso avanço tecnológico dos últimos cinqüenta anos, se reconhecermos o impacto desse salto científico na Sociedade e, ainda, se percebermos que alguns segredos de estado extravasaram, principalmente os de caráter ufológicos, temos condições de fazer um diagnóstico disso tudo que aconteceu e está acontecendo, numa fase denominada Análise do Ambiente. A Análise do Poder envolveria o potencial das inovações, com projetos de novos equipamentos e reatores no campo da Telescopia e da Astronáutica, bem como as novas aplicações de materiais, envolvendo insumos estratégicos, visando o aperfeiçoamento da microeletrônica e da revolução dos combustíveis, garantidoras das possibilidades de ampliação do raio que o homem é capaz de moldar para a sua contínua penetração no Cosmo.
Isso tudo sendo quantificado e aplicando-se a Técnica “Delphi” e processando no aplicativo informatizado denominado Puma, ambos utilizados em diversos centros de estudos estratégicos, inclusive na Escola Superior de Guerra, sendo complementadas pela “matriz de impactos cruzados”, obteremos os “cenários exploratórios probabilísticos” e o “cenário mais provável” quanto aos indícios substanciais de possibilidade de contato ou não com outras inteligências.
Medição e comensuração dos eventos que modelarão, numa etapa final, o cenário mais provável só podem ser arbitradas por peritos gabaritados. Esse perito não pode ser o cientista cético, que só se importa com o que vê ou com o que os sensores detectam, não tendo a mínima percepção das projeções que a ciência, através do tempo, aponta. Mas também não pode ser o crédulo que vive o seu devaneio psicótico, maculando, infelizmente, sem maldade, o estudo ufológico sério.
Deve ser sim uma pessoa com uma boa cultura geral, na área da História, Antropologia, Arqueologia, Geologia, tendo, em especial, um bom entendimento dos avanços da Astronáutica nas principais Agências Espaciais do mundo. Em suma, possuir visão interdisciplinar de saberes. O avaliador com esse perfil contribuirá com uma modelagem probabilística do contato final o mais próximo da realidade.
Todas essas reflexões feitas por nós sobre o estudo prospectivo na incidência de UFOs não é sofisma, mas estão calcadas em algo que tem nos impressionado nos últimos tempos. Tratam-se das fotografias das superfícies da Lua e do Planeta Marte, na Internet, postadas pela NASA a partir de 2005 e pela Agência Espacial Européia mais recentemente, as quais contrastam, frontalmente, às que foram apresentadas, nos anos 60, da Lua e, nos anos 70, de Marte. É uma revolução do ambiente extra-planetário, só agora mostrado, em conseqüência do avanço tecnológico, e podemos considerar como um fator exógeno, dentro da futurologia probabilística.
O pesquisador Marco Antonio Petit tem desenvolvido um trabalho hercúleo na captação, análise e divulgação dessas fotos. O Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro, é o local onde Petit e sua equipe tem apresentado ao público essas imagens ampliadas e contrastadas, sob uma análise imparcial, não conjeturando nada sobre o irreal ou o impossível. Simplesmente têm mostrado traços de nítida presença de inteligência em um passado de Marte, tudo registrado e enviado a Terra pelos sensores dos robôs Spirit e Opportunity que perambulam na superfície de Marte.
Nós não temos a menor dúvida que o retorno do homem à Lua e a sua chegada a Marte será a consagração do novo entendimento da razão de ser dos vestígios de vida em nosso Satélite e no Planeta Vermelho. A nova revelação, que acontecerá, com toda certeza, de forma inteligente e velada, era tudo que os nossos perscrutadores do céu estelar precisavam para montar o grande quebra-cabeça: “de onde viemos? Por que estamos aqui? E, para onde iremos?”, em suma, qual o significado da nossa existência?
A convergência dos últimos acontecimentos em superfícies de mundos nossos vizinhos, e a probabilidade da ocorrência do grande entendimento, leva-nos a meditar que no bojo do nosso Planeta, em um fundo de quintal dentro do Zodíaco, mais de 6 bilhões de criaturas lutam, desesperadamente, por seus sonhos de grandezas. Triste é constatar que a grande maioria, completamente alienada, não pode imaginar que carrega, dentro de si, as fontes da vida e da felicidade. Assim como aquele que, durante o dia, se chafurda na lama da trivialidade, inexistindo em si a sabedoria para compreender as leis que regem o espaço-tempo, o que se mantém sintonizado com a nova ordem das estrelas, torna-se expectador ativo da grande sinfonia que melodia o Universo.
5 – CONCLUSÃO
“Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”, assim se expressou o astronauta Neil Armstrong, quando andou na superfície da Lua. Não sabemos se essas palavras saíram naturalmente de si ou se foram orquestradas pelo Governo dos EUA. Mas, uma coisa estamos certos: foi a predição de mais uma conquista estratégica americana.
Na mesma missão, pouco antes do módulo lunar deixar o satélite, uma placa é fincada com os seguintes dizeres: “aqui, os homens do Planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de1969. Viemos em paz, em nome de toda humanidade”. Neil Armstrong, Michael Collins, Buzz Aldrim e o Presidente Richard Nixon foram os signatários da primeira missiva interplanetária.
Oito anos depois, em 1977, Carl Sagan, astrônomo americano da Universidade de Cornell, coordena o embarque de dois discos com um conteúdo denominado Gravação Dourada (Golden Record), nas voyager 1 e 2, cujas rotas finais seriam a extrapolação dos confins do Sistema Solar. Diversos sons e imagens da natureza terrestre era o recado para potenciais civilizações alienígenas.
Vejam a preocupação de cientistas, astronautas e políticos na conquista do espaço e com o possível encontro com vida fora da Terra. É o desbravar de desafios, para o domínio e controle do desconhecido.
Americanos, Russos e outros Europeus lançam-se aos céus em busca de preponderância e supremacia na busca de posições que proporcionem objetivos vantajosos em todas as expressões do Poder, mas não descartam um possível contato com outras inteligências.
Deboche e zombaria são posturas dos que estão na contramão da evolução científica. Como devem ter sido escarnecidos os defensores da Física Quântica pelos ideólogos mecanicistas!
Os cartesianos substituíram os devotos fanáticos do passado, cuja fé era cega e calcada na letra morta. Agora, o sincronismo das galáxias e a magnitude da miríade estelar, como se estivessem a falar conosco, diante do espetacular paroxismo das forças motrizes que acionam as turbinas das astronaves e dos possantes telescópios e radiotelescópios que captam as emissões eletromagnéticas dos mais distantes mundos, mostram que estamos diante de novos portais, para a compreensão do exótico Universo.
Encolhe o cientista especialista, unívoco na visão de seus estudos, e eclode o pesquisador com interpretação plural anatômica da natureza. O seu olhar é o da “teia da vida”, segundo Fritjof Capra.
Assim como a Matemática admite infinidade de limites na escala dos números reais e imaginários, projetando pontos infinitesimais no plano complexo, na concepção de Gauss, a Astronomia, a Telescopia e a Astronáutica não podem prescindir das fronteiras da abstração mental, as quais irão nos aproximar de entidades exobiológicas que orbitam mundos e astros.
É o despertar dos deuses na nova Raça Terrestre, cujo passaporte ao exuberante paraíso estelar consiste na macrovisão investigativa e científica do insólito inteligente e a sua correspondente região sideral.
É, por fim, o atavismo do novo homem, com os novos valores morais e do conhecimento, a projetar a heurística do amanhã.
O autor é Coronel Intendente da Aeronáutica, Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra (ESG) e Mestre em Ciências Administrativas.
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