Assim, se é pra brigar com os grandes é Black Panther; já se for pra encarar o que há na vizinhança, compra Centauro 2 por muito menos e usa o resto de la plata para investir em Programas mais importantes, como AAAe, ATGW e até MTC...
Upgrades Factíveis - Leo1A5
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Continuo a não ver vantagem alguma em gastar meio K2 só para dar uns anos de "vida" a mais para um MBT completamente obsoleto, e nem vou falar na falta de repuestos. Ademais, se o EA ainda é considerado O Inimigo, sei lá, Centauro dá e sobra e é muito mais fácil e barato de operar e manter.
Assim, se é pra brigar com os grandes é Black Panther; já se for pra encarar o que há na vizinhança, compra Centauro 2 por muito menos e usa o resto de la plata para investir em Programas mais importantes, como AAAe, ATGW e até MTC...
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Segundo o Gal Pujol, os resultados do GT Nova Couraça ainda não foram aprovados pelo cmdo do exército. Na entrevista ele não explica o porquê, e nem o entrevistador fez este questionamento. Ao menos isso não aparece publicamente.Túlio escreveu: ↑Sáb Out 17, 2020 12:40 amContinuo a não ver vantagem alguma em gastar meio K2 só para dar uns anos de "vida" a mais para um MBT completamente obsoleto, e nem vou falar na falta de repuestos. Ademais, se o EA ainda é considerado O Inimigo, sei lá, Centauro dá e sobra e é muito mais fácil e barato de operar e manter.
Assim, se é pra brigar com os grandes é Black Panther; já se for pra encarar o que há na vizinhança, compra Centauro 2 por muito menos e usa o resto de la plata para investir em Programas mais importantes, como AAAe, ATGW e até MTC...
De minha parte, como falei no outro tópico aqui da terrestre, as vezes essa insistência em obter tudo, ou quase tudo, via indústria nacional acaba nos colocando sempre em uma sinuca de bico. Para poder dispor de materiais made in Brasil o EB, e demais forças, tem sacrificado há décadas a sua operacionalidade, deixando de lado a sua missão primária, não raras vezes em favor de outras que lhes são impostas, mas aceitas de muito bom grado, como se percebe nas falas do cmte durante a entrevista. A continuar assim, vamos correr atrás do próprio rabo em círculos sem nunca sair do lugar eternamente.
Tentando nãos me alongar demais, vou citar dois exemplos de hiatos que poderiam ter sido tapados a mais tempo usando apenas um pouco de bom senso e lógica.
A VBR-SR poderia ter começado lá atrás com um Guarani 6x6 e torre Jonh Crockrill Can 90mm, e a partir daí evoluir as configurações, mas não, tinha que ser a porra de um trambolho 8x8 com um canhão 105/120mm. Este aliás, deveria ser o passo lógico para um VBTP Guarani Mk II, e não um caça tanques que até ROB já tem.
Para não falar nas VBE que em termos de versões possuem modelos cuja maioria que sequer precisam de intervenção na estrutura do Guarani, mas querem começar com um Porta-Morteiros e a VBR.
O Cobra é o exemplo mais ilustrativo da desídia com que o EB trata o reequipamento da tropa, pois este projeto já tem uma década ou mais, e visa apenas dotar a infantaria brasileira de equipamentos que não são nenhuma panaceia tecnológica e ainda por cima são usados há muitos anos em tropas de países desenvolvidos ou que levam minimamente a sério a Defesa. Mas aqui para nós tudo é sempre uma grande, imensa, novidade. E pode colocar na conta deste programa tudo o que é necessário para a infantaria fazer o seu trabalho. Algo que poderia estar resolvido há anos, continua sem qualquer previsão crível de chegar a termo. E quando for, se for, provavelmente já estaremos atrasados...
Enfim, até a AAe poderia ter sido solucionada, em termos, se não fosse a eterna birra do EB com material extra OTAN/Stanag. Preferem ficar na merda a ter soluções, e fornecedores, diferentes dos habituais, mas que lhes removam da letargia de costume.
Aparentemente vamos ter Leo 1A5 Ressureição II. Não é o ideal, claro, mas considerando que temos deixado de lado, e para depois, tantas questões que poderiam há muito tempo estar resolvidas, ainda que parcialmente, que fica muito difícil de acreditar que venhamos a investir em um novo projeto de família de VBC-CC e VBCI neste momento ou no curto prazo quando sequer conseguimos terminar o projeto Guarani. E dos dois juntos simplesmente não dá para levar.
Quem sabe apenas uma recapada na eletrônica/elétrica seja o suficiente para manter os Leo funcionando a contento e à espera de um novo milagre da Defesa. Já que não vamos a nenhuma guerra na semana que vem mesmo, então tá tudo dominado.
abs
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Espero que após a modernização do Leo 1A5, seja aberto uma investigação no MP, os responsáveis sejam exonerados e presos.
Quero entender o motivo de gastar mais de 1 Bilhão em viaturas que se quer possuem peças de reposição. Só pode ser pra desviar dinheiro ou dar mamata pra algum associado, pois não existe sentido lógico.
Por 1 Bi dá pra usar metade em 200 Centauro B1 modernizados e usar o restante em armas AC e entre outros.
Não existe qualquer motivo racional pra investir no 1A5, nenhum!
São cerca de $2-3 milhões por 1A5, mesmo custo do M1A1AIM-SA, quase metade do K2, quase o preço do K1A2.
Só por ter sugerido, o índio dono dessa genialidade tinha que ser interditado por motivos psiquiátricos!
Quero entender o motivo de gastar mais de 1 Bilhão em viaturas que se quer possuem peças de reposição. Só pode ser pra desviar dinheiro ou dar mamata pra algum associado, pois não existe sentido lógico.
Por 1 Bi dá pra usar metade em 200 Centauro B1 modernizados e usar o restante em armas AC e entre outros.
Não existe qualquer motivo racional pra investir no 1A5, nenhum!
São cerca de $2-3 milhões por 1A5, mesmo custo do M1A1AIM-SA, quase metade do K2, quase o preço do K1A2.
Só por ter sugerido, o índio dono dessa genialidade tinha que ser interditado por motivos psiquiátricos!
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Ainda não houve uma decisão final sobre os resultados do Nova Couraça como o próprio Gal Pujol apontou.
Vamos aguardar mais um tempo e ver no que isso vai dar. Imagino que o EB esteja ciente dos riscos de atualizar um CC como o Leo 1A5, e também os riscos de não fazê-lo.
Estamos em mais uma sinuca de bico nesse enlace. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come... difícil.
A única coisa que me parece certa e absoluta quanto aos CC do exército é que o próximo será fabricado no Brasil. Isto ao que tudo indica, é condição sine qua non para o exército. Falta saber o que queremos produzir aqui.
Neste contexto, qualquer CC hoje vendido por aí pode ser escolhido, dentro daquilo que o ROB/RTLI demandaram. Quanto a isso, uma eventual versão BR pode acabar nos custando muito mais caro do que simplesmente importar o cito bldo. Essa também é uma questão muito séria que terá de ser medida com muito cuidado a fim de ser verificar se a relação custo x benefício nos favorece.
Com toda a franqueza, sendo como somos aqui em defesa, e vislumbrando que não haverá mudanças radicais em nossa relação com a PND/END em prazo visível, eu pegaria o K1A2 e fazia uma modernização nele no padrão BR com optrônica, armamento, mecânica e elétrica tudo "made in Brazil" com o que temos aí e fecha a conta. Com alguma sorte os coreanos nos venderiam os direitos de produção, e até exportação, dessa versão tupiniquim usando a carcaça desse modelo para fazermos o que bem entender. Até o aço balístico desenvolvido aqui por uma empresa nacional para os Guarani talvez pudesse ser usado na fabricação dele.
O canhão principal poderia ser um Ruag 120/50, ou uma peça 120mm da Jonh Krocrerill, e até mesmo israelense de 120/45. Enfim, opções não faltam.
Enfim, se conseguíssemos fazer esse CC aqui restringindo o custo dele a no máximo US 3,0 - 4,5 milhões já estaria de ótimo tamanho. A base dele pode ser aproveitada para gerar os demais membros da família que serão necessários, como ele mesmo já possui na Coréia do Sul.
Aliás, o preço do Guarani 6x6 pelado já ultrapassou os R$ 4 milhões de reais faz tempo. E a depreciação contínua da nossa moeda não ajuda nem um pouco.
Imaginem vocês o cmte do Exército tentando se justificar frente ao ministério da economia para "gastar" mais de R$ 15 milhões de reais a unidade em carro de combate...
abs
Vamos aguardar mais um tempo e ver no que isso vai dar. Imagino que o EB esteja ciente dos riscos de atualizar um CC como o Leo 1A5, e também os riscos de não fazê-lo.
Estamos em mais uma sinuca de bico nesse enlace. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come... difícil.
A única coisa que me parece certa e absoluta quanto aos CC do exército é que o próximo será fabricado no Brasil. Isto ao que tudo indica, é condição sine qua non para o exército. Falta saber o que queremos produzir aqui.
Neste contexto, qualquer CC hoje vendido por aí pode ser escolhido, dentro daquilo que o ROB/RTLI demandaram. Quanto a isso, uma eventual versão BR pode acabar nos custando muito mais caro do que simplesmente importar o cito bldo. Essa também é uma questão muito séria que terá de ser medida com muito cuidado a fim de ser verificar se a relação custo x benefício nos favorece.
Com toda a franqueza, sendo como somos aqui em defesa, e vislumbrando que não haverá mudanças radicais em nossa relação com a PND/END em prazo visível, eu pegaria o K1A2 e fazia uma modernização nele no padrão BR com optrônica, armamento, mecânica e elétrica tudo "made in Brazil" com o que temos aí e fecha a conta. Com alguma sorte os coreanos nos venderiam os direitos de produção, e até exportação, dessa versão tupiniquim usando a carcaça desse modelo para fazermos o que bem entender. Até o aço balístico desenvolvido aqui por uma empresa nacional para os Guarani talvez pudesse ser usado na fabricação dele.
O canhão principal poderia ser um Ruag 120/50, ou uma peça 120mm da Jonh Krocrerill, e até mesmo israelense de 120/45. Enfim, opções não faltam.
Enfim, se conseguíssemos fazer esse CC aqui restringindo o custo dele a no máximo US 3,0 - 4,5 milhões já estaria de ótimo tamanho. A base dele pode ser aproveitada para gerar os demais membros da família que serão necessários, como ele mesmo já possui na Coréia do Sul.
Aliás, o preço do Guarani 6x6 pelado já ultrapassou os R$ 4 milhões de reais faz tempo. E a depreciação contínua da nossa moeda não ajuda nem um pouco.
Imaginem vocês o cmte do Exército tentando se justificar frente ao ministério da economia para "gastar" mais de R$ 15 milhões de reais a unidade em carro de combate...
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
O Leopard vai receber um up grade na torre, APU e serão firmados contratos de fornecimento de peças de reposição com alguma empresa (não alemã). Creio nos turcos, pois eles produzem todos os componentes de que necessitamos para chassis e torre.
No caso do upgrade, vai ser briga feia.......
Mas o preço é viável, comparado com um "novo" CC, mesmo que usado.
Ou aceitamos os Abrams 1A1......
No caso do upgrade, vai ser briga feia.......
Mas o preço é viável, comparado com um "novo" CC, mesmo que usado.
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Editado pela última vez por eligioep em Ter Out 20, 2020 11:33 am, em um total de 1 vez.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Se os turcos ainda produzem partes e peças para um CC que já deixou de ser produzido há décadas, e não existem outras empresas que façam o mesmo, bem, o resultado é meio que previsível.
A FNSS já oferece no mercado o seu próprio projeto de modernização do Leo 1A5.
Com certeza será briga de foice essa atualização dos bldos do exército. Forças muito poderosas e influentes atuarão em Brasília por este contrato.
A ver no que isso vai dar.
abs
A FNSS já oferece no mercado o seu próprio projeto de modernização do Leo 1A5.
Com certeza será briga de foice essa atualização dos bldos do exército. Forças muito poderosas e influentes atuarão em Brasília por este contrato.
A ver no que isso vai dar.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
E no caso de motor e transmissão ?! Algum dica ?!eligioep escreveu: ↑Seg Out 19, 2020 11:43 am O Leopard vai receber um up grade na torre, APU e serão firmados contratos de fornecimento de peças de reposição com alguma empresa (não alemã). Creio nos turcos, pois eles produzem todos os componentes de que necessitamos para chassis e torre.
No caso do upgrade, vai ser briga feia.......
Mas o preço é viável, comparado com um "novo" CC, masmo que usado.
Ou aceitamos os Abrams 1A1......
Gogogas !
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Mais de $1,5 mi pra você é viável?eligioep escreveu: ↑Seg Out 19, 2020 11:43 am O Leopard vai receber um up grade na torre, APU e serão firmados contratos de fornecimento de peças de reposição com alguma empresa (não alemã). Creio nos turcos, pois eles produzem todos os componentes de que necessitamos para chassis e torre.
No caso do upgrade, vai ser briga feia.......
Mas o preço é viável, comparado com um "novo" CC, masmo que usado.
Ou aceitamos os Abrams 1A1......
E os Turcos produzem as mesmas peças ou peças diferentes substitutas?
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Serão manutenidos e receberão suporte de suprimento por algum fornecedor......
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
A pergunta continua no ar: os Turcos produzem as mesmas peças do 1A5 ou produzem peças que podem ser substituídas no 1A5?
No catálogo da única Turca que pode fazer isso, fala sobre remanufaturação.
- gabriel219
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Aliás isso já foi apresentado aqui há dois anos atrás, houve um enorme debate sobre a empresa - não me recordo o nome, mas é licenciada da MTU e produz peças de vários desses motores - e o que concluímos é que, até onde consta no catálogo e portfólio da empresa, ela tem a experdise somente no recondicionamento das peças.
Se for apenas isso, não faz nada de diferente do que nós podemos fazer aqui. Caso produza, então mudo a opinião.
Porém se caso for necessário substituir as peças pelas fabricadas, há soluções bem melhores por aqui, principalmente na Indústria Alemã e na Suíça. Já cheguei a citar os componentes que podem ser usados, até do EUA. A Crysler pode fornecer motor que caiba no 1A5, tem o MTU 892, do Puma e muitos outros.
Porém, preparem o bolso. Nesse ponto, debate já muda de figura e volta pro inicio: vale a pena equipar um fusca com motor de ferrari? Vale a pena gastar algo em torno de U$ 1,5 Bilhões pra modernizar uma viatura que continua obsoleta?
Eu sinceramente vejo mais vantagem de trazer o beberrão do M1A1 por U$1,8 mi, mesmo que em unidades limitadas e operar os 1A5 do jeito que estão até o fim da vida útil. Capaz de ainda ser mais barato que isso!
Se for apenas isso, não faz nada de diferente do que nós podemos fazer aqui. Caso produza, então mudo a opinião.
Porém se caso for necessário substituir as peças pelas fabricadas, há soluções bem melhores por aqui, principalmente na Indústria Alemã e na Suíça. Já cheguei a citar os componentes que podem ser usados, até do EUA. A Crysler pode fornecer motor que caiba no 1A5, tem o MTU 892, do Puma e muitos outros.
Porém, preparem o bolso. Nesse ponto, debate já muda de figura e volta pro inicio: vale a pena equipar um fusca com motor de ferrari? Vale a pena gastar algo em torno de U$ 1,5 Bilhões pra modernizar uma viatura que continua obsoleta?
Eu sinceramente vejo mais vantagem de trazer o beberrão do M1A1 por U$1,8 mi, mesmo que em unidades limitadas e operar os 1A5 do jeito que estão até o fim da vida útil. Capaz de ainda ser mais barato que isso!
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Acho que com US 1,5 bi hoje em dia não dá para equipar um único RCC pelos preços que existem aí no mercado para tanques novos. Considerando que não se compra apenas os bldos em si, mas junto com eles todo o aporte logístico necessário, além de formação e treinamento de pessoal e apoio pós venda. E ainda tem as VBE destes novos CC.
Se o exército pretende gastar valores próximos a esse que estás indicando, e eu acredito que não vamos chegar nem perto disso, por motivos óbvios, vale a pena manter o que já temos aí por mais um tempo, sem mexer na infraestrutura de apoio e pessoal atuais, e aguardar por tempos melhores em termos econômicos, de forma a tornar mais palatável o impacto que a futura compra de novos CC irá ter no orçamento do governo. Afinal, será mais uma dívida de longo prazo que se estará assumindo para os cofres da União. E não será barata.
Creio que qualquer decisão sobre o novo CC do exército só possa ser tomada de fato quando todos os efeitos dessa pandemia estiverem totalmente sanados. E isso no nosso caso irá demorar no mínimo de 2 a 3 anos, talvez, já que apenas para imunizar 80% a 90% da população, vamos levar pelo menos 18 meses a partir do momento que houver uma vacina eficiente disponível. E os custos dessa crise todas são crescentes. Não consigo vislumbrar decisões que envolvam alguns bilhões de dólares em defesa no curto prazo, ou antes de 2025. A não ser por questão de emergência ou necessidade fortuita.
Um novo CC para o exército vai nos custar pelo menos uns US$ 10-15 bilhões em valores de hoje. Isso apenas para substituir a frota atual, que não obstante as necessidades organizacionais da cav blda, podem não ser necessariamente na proporção 1x1. A situação segue homóloga para o projeto da nova VBCI-SL. Como não podemos desenvolver dois projetos ao mesmo tempo, a continuidade da modernização das M-113 se torna imperativa, para que possam seguir sendo utilizadas por mais 15 a 20 anos se necessário. E aqui pelo pouco que sei, a ARES anda fazendo propaganda a este respeito cintando seus sistemas C2, proteção e imageamento para os veículos. Talvez, se for viável, sistemas de proteção soft kill possam ser acrescidos a posteriori. Obviamente que as M-113 continuarão sendo um bldo antigo e muito limitado, mas é o que temos para hoje e para o futuro a curto prazo. Também não gosto disso, mas diante da situação atual, não há muitas escolhas a se fazer.
E por mim, nós passamos longe, mas muito longe mesmo, desses M-1A1. São uma vitória de Pirro. Melhor Leo 1A5 recapado pela enésima vez do que arrumar mais um trambolho, e problemas, para a cav blda. Viemos até aqui (2020) com os Leopard 1. Penso que dá para aguentar mais um pouco com eles então. E depois vemos o que é possível, e melhor, a se fazer.
abs
Se o exército pretende gastar valores próximos a esse que estás indicando, e eu acredito que não vamos chegar nem perto disso, por motivos óbvios, vale a pena manter o que já temos aí por mais um tempo, sem mexer na infraestrutura de apoio e pessoal atuais, e aguardar por tempos melhores em termos econômicos, de forma a tornar mais palatável o impacto que a futura compra de novos CC irá ter no orçamento do governo. Afinal, será mais uma dívida de longo prazo que se estará assumindo para os cofres da União. E não será barata.
Creio que qualquer decisão sobre o novo CC do exército só possa ser tomada de fato quando todos os efeitos dessa pandemia estiverem totalmente sanados. E isso no nosso caso irá demorar no mínimo de 2 a 3 anos, talvez, já que apenas para imunizar 80% a 90% da população, vamos levar pelo menos 18 meses a partir do momento que houver uma vacina eficiente disponível. E os custos dessa crise todas são crescentes. Não consigo vislumbrar decisões que envolvam alguns bilhões de dólares em defesa no curto prazo, ou antes de 2025. A não ser por questão de emergência ou necessidade fortuita.
Um novo CC para o exército vai nos custar pelo menos uns US$ 10-15 bilhões em valores de hoje. Isso apenas para substituir a frota atual, que não obstante as necessidades organizacionais da cav blda, podem não ser necessariamente na proporção 1x1. A situação segue homóloga para o projeto da nova VBCI-SL. Como não podemos desenvolver dois projetos ao mesmo tempo, a continuidade da modernização das M-113 se torna imperativa, para que possam seguir sendo utilizadas por mais 15 a 20 anos se necessário. E aqui pelo pouco que sei, a ARES anda fazendo propaganda a este respeito cintando seus sistemas C2, proteção e imageamento para os veículos. Talvez, se for viável, sistemas de proteção soft kill possam ser acrescidos a posteriori. Obviamente que as M-113 continuarão sendo um bldo antigo e muito limitado, mas é o que temos para hoje e para o futuro a curto prazo. Também não gosto disso, mas diante da situação atual, não há muitas escolhas a se fazer.
E por mim, nós passamos longe, mas muito longe mesmo, desses M-1A1. São uma vitória de Pirro. Melhor Leo 1A5 recapado pela enésima vez do que arrumar mais um trambolho, e problemas, para a cav blda. Viemos até aqui (2020) com os Leopard 1. Penso que dá para aguentar mais um pouco com eles então. E depois vemos o que é possível, e melhor, a se fazer.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
O contrato de mais de uma centena de M1A1 modernizado ao padrão AIM-SA, outras viaturas, milhares de munições e CLS custou cerca de U$ 2 bilhões.FCarvalho escreveu: ↑Qui Out 22, 2020 2:12 am Acho que com US 1,5 bi hoje em dia não dá para equipar um único RCC pelos preços que existem aí no mercado para tanques novos. Considerando que não se compra apenas os bldos em si, mas junto com eles todo o aporte logístico necessário, além de formação e treinamento de pessoal e apoio pós venda. E ainda tem as VBE destes novos CC.
Se o exército pretende gastar valores próximos a esse que estás indicando, e eu acredito que não vamos chegar nem perto disso, por motivos óbvios, vale a pena manter o que já temos aí por mais um tempo, sem mexer na infraestrutura de apoio e pessoal atuais, e aguardar por tempos melhores em termos econômicos, de forma a tornar mais palatável o impacto que a futura compra de novos CC irá ter no orçamento do governo. Afinal, será mais uma dívida de longo prazo que se estará assumindo para os cofres da União. E não será barata.
Creio que qualquer decisão sobre o novo CC do exército só possa ser tomada de fato quando todos os efeitos dessa pandemia estiverem totalmente sanados. E isso no nosso caso irá demorar no mínimo de 2 a 3 anos, talvez, já que apenas para imunizar 80% a 90% da população, vamos levar pelo menos 18 meses a partir do momento que houver uma vacina eficiente disponível. E os custos dessa crise todas são crescentes. Não consigo vislumbrar decisões que envolvam alguns bilhões de dólares em defesa no curto prazo, ou antes de 2025. A não ser por questão de emergência ou necessidade fortuita.
Um novo CC para o exército vai nos custar pelo menos uns US$ 10-15 bilhões em valores de hoje. Isso apenas para substituir a frota atual, que não obstante as necessidades organizacionais da cav blda, podem não ser necessariamente na proporção 1x1. A situação segue homóloga para o projeto da nova VBCI-SL. Como não podemos desenvolver dois projetos ao mesmo tempo, a continuidade da modernização das M-113 se torna imperativa, para que possam seguir sendo utilizadas por mais 15 a 20 anos se necessário. E aqui pelo pouco que sei, a ARES anda fazendo propaganda a este respeito cintando seus sistemas C2, proteção e imageamento para os veículos. Talvez, se for viável, sistemas de proteção soft kill possam ser acrescidos a posteriori. Obviamente que as M-113 continuarão sendo um bldo antigo e muito limitado, mas é o que temos para hoje e para o futuro a curto prazo. Também não gosto disso, mas diante da situação atual, não há muitas escolhas a se fazer.
E por mim, nós passamos longe, mas muito longe mesmo, desses M-1A1. São uma vitória de Pirro. Melhor Leo 1A5 recapado pela enésima vez do que arrumar mais um trambolho, e problemas, para a cav blda. Viemos até aqui (2020) com os Leopard 1. Penso que dá para aguentar mais um pouco com eles então. E depois vemos o que é possível, e melhor, a se fazer.
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Falar que é melhor 1A5 que isso é caso de interdição, com todo o respeito.
M1A1 modernizado foi ofertado por U$ 1,8 mi, que é o que deveremos gastar nos 1A5!
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Bom Gabriel, esses US 1.8 milhões é uma suposição sua, e não o valor real do que se gastará, eventualmente, em uma atualização dos Leo 1A5. Como disse acima, não existe qualquer referencial de valor para o que o EB pretende investir neste processo. Não há sequer ainda um processo para isso. Nem sabemos se haverá atualização dos CC do exército. Não há verba para isso destacada para o ano que vem. O que temos são empresas tentando vender o seu peixe.gabriel219 escreveu: ↑Qui Out 22, 2020 10:18 am O contrato de mais de uma centena de M1A1 modernizado ao padrão AIM-SA, outras viaturas, milhares de munições e CLS custou cerca de U$ 2 bilhões.
Falar que é melhor 1A5 que isso é caso de interdição, com todo o respeito.
M1A1 modernizado foi ofertado por U$ 1,8 mi, que é o que deveremos gastar nos 1A5!
Talvez ano que vem o EB emita um RFI para a atualização dos Leo e aí sim vamos ter a exata noção do que teremos de gastar neles. E volto a dizer, na minha opinião, o que será feito neles é o mínimo básico necessário para mantê-los funcionando a contento. Claro que as empresas estão interessadas em vender bem mais que o mínimo, mas tendo em vista a questão orçamentária, dificilmente veremos algo muito melhor do que foi feito nos M-113. O problema maior dos Leo é a parte otrônica e elétrica que tem de ser trocada, ou seja, mexer na torre. Para isso já temos soluções aqui a partir do que foi disposto nos Guarani e na própria M-113, inclusive com empresas nacionais oferecendo soluções.
Enfim, gastar 2 milhões de dólares por carro é um verdadeiro exagero na minha opinião, mas entendo que a busca por soluções endógenas que melhorem as perspectivas de vida operacional desses bldos deve ser a prioridade do EB. E se conseguirmos fazer isso senão na íntegra, mas em sua maior parte tendo como referencial empresas brasileiras, melhor para nós.
Como o Eligío disse, é atualizar a torre, revitalizar o motor e partes relativas, e bola para frente. Não mais que isso. E penso aqui com os meus botões que quem oferecer o preço mais baixo, leva. Mesmo que sejam empresas diferentes para cada parte do carro a ser atualizada.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Suposição minha? Eu cheguei a colocar TODOS os contratos dos M1A1 para o Marrocos. Numa planilha do DSCA, os 222 M1A1AIM-SA Marroquinos custaram U$ 1,75 mi cada, sendo já modernizados.FCarvalho escreveu: ↑Qui Out 22, 2020 2:17 pmBom Gabriel, esses US 1.8 milhões é uma suposição sua, e não o valor real do que se gastará, eventualmente, em uma atualização dos Leo 1A5. Como disse acima, não existe qualquer referencial de valor para o que o EB pretende investir neste processo. Não há sequer ainda um processo para isso. Nem sabemos se haverá atualização dos CC do exército. Não há verba para isso destacada para o ano que vem. O que temos são empresas tentando vender o seu peixe.gabriel219 escreveu: ↑Qui Out 22, 2020 10:18 am O contrato de mais de uma centena de M1A1 modernizado ao padrão AIM-SA, outras viaturas, milhares de munições e CLS custou cerca de U$ 2 bilhões.
Falar que é melhor 1A5 que isso é caso de interdição, com todo o respeito.
M1A1 modernizado foi ofertado por U$ 1,8 mi, que é o que deveremos gastar nos 1A5!
Talvez ano que vem o EB emita um RFI para a atualização dos Leo e aí sim vamos ter a exata noção do que teremos de gastar neles. E volto a dizer, na minha opinião, o que será feito neles é o mínimo básico necessário para mantê-los funcionando a contento. Claro que as empresas estão interessadas em vender bem mais que o mínimo, mas tendo em vista a questão orçamentária, dificilmente veremos algo muito melhor do que foi feito nos M-113. O problema maior dos Leo é a parte otrônica e elétrica que tem de ser trocada, ou seja, mexer na torre. Para isso já temos soluções aqui a partir do que foi disposto nos Guarani e na própria M-113, inclusive com empresas nacionais oferecendo soluções.
Enfim, gastar 2 milhões de dólares por carro é um verdadeiro exagero na minha opinião, mas entendo que a busca por soluções endógenas que melhorem as perspectivas de vida operacional desses bldos deve ser a prioridade do EB. E se conseguirmos fazer isso senão na íntegra, mas em sua maior parte tendo como referencial empresas brasileiras, melhor para nós.
Como o Eligío disse, é atualizar a torre, revitalizar o motor e partes relativas, e bola para frente. Não mais que isso. E penso aqui com os meus botões que quem oferecer o preço mais baixo, leva. Mesmo que sejam empresas diferentes para cada parte do carro a ser atualizada.
abs
Pra achar é brabo, mas a planilha está aqui: https://www.dsca.mil/programs/excess-de ... ticles-eda
Gastar U$ 2 mi por carro é exagero? O próprio Elígio chegou a relatar custos aproximados aqui:
A noção é simples e eu já cheguei a supor, por baixo, quanto custaria para uma modernização só pra ele continuar a operar, sem ganhos extremos na operacionalidade da viatura e dava em torno de U$ 1,5 mi por viatura.Na verdade, extraoficialmente, já fez.....
Cerca de 600K para fazer revitalização no chassis, e 2.300K na torre. Por viatura......
Vamos pagar o mesmo que os M1A1AIM-SA com absolutamente nada comparável.
Aliás, mesmo sem comparar, pelo custo, não vamos ter quase nenhum ganho operacional, talvez sem sensores, algo que um drone, um LMV com Spike LR2 ou heli de ataque não faça e ainda bem melhor.
É sandice isso!