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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Seg Dez 23, 2013 7:20 pm
por gabriel219
AEL confirmada como participante do programa Gripen da FAB
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http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=35021

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Seg Dez 23, 2013 7:32 pm
por moura
Valeu!!!!!!!!!!!!!!!
NovaTO escreveu:
moura escreveu:Alguém poderia me explicar a diferença entre o Gripen NG, E e F, tô confuso!!!!!!
Caro Moura,

O Gripen NG deriva dos estudos da SAAB/FMV para a próxima geração do Gripen, Next Generation
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Esses estudos procuravam colocar na próxima versão todas as atualizações/melhorias necessárias não só para substituir os "C" como também corrigir algumas questões para países de maior porte, como alcance e carga paga. Dae veio as revisão estrutural da célula onde se aumentou o espaço interno para combustível, aumentando o alcance, e a troca do motor pelo GE F-414G com 20% a mais de empuxo, permitindo um supercruise "leve". As asas foram levemente aumentadas além de reforços estruturais, que inclusive teve participação da Akaer brasileira no detalhamento do projeto.

Na parte eletrônica, o principal foi a adição do novo radar AESA Raven ES-05, IRST, e sistemas de contra-medidas aperfeiçoados.

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O E no caso é a designação do caça pela SAAB. O F seria uma provável versão biposta, mas que não está nos planos da Suécia nem Suiça. Se for interesse da FAB, poderia ser desenvolvido por aqui.

[]'s

Para saber mais :
http://www.aereo.jor.br/2010/06/12/tudo ... gripen-ng/

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Seg Dez 23, 2013 9:13 pm
por arcanjo
23 de dezembro de 2013
A brasileira por trás do caça Gripen

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FUSELAGEM DO JATO SUECO, QUE AGORA TEM AVAL DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF, JÁ É DESENVOLVIDO POR EMPRESA DO VALE DO PARAÍBA HÁ ANOS

A decisão da presidente Dilma Rousseff, que na semana passada colocou um ponto final no impasse demais de uma década do governo sobre a compra de caças ao anunciar a escolha do sueco Gripen NG, vai ampliar a estrutura e encurtar os prazos da única empresa nacional envolvida desde praticamente o início do projeto.

Há cinco anos, quando o protótipo nórdico ainda parecia uma distante realidade para o Brasil, a Akaer, de São José dos Campos, já embarcava com seu portfólio de soluções em engenharia Aeronáutica para desenvolver a fuselagem assinada pela Saab. “É difícil precisar o que vai acontecer de agora em diante. Isso vai depender da negociação que será feita ao longo do próximo ano pelo governo brasileiro. Mas certamente o ritmo será mais intenso”, diz Fernando Ferraz, diretor de engenharia da empresa.

O calendário inicialmente estipulado pela Saab para entrega do primeiro avião em 2020 já foi deixado para trás quando a Suíça formalizou em setembro a intenção de aquisição de 22 unidades do caça em desenvolvimento. Com a injeção de recursos por parte do governo brasileiro — que deve gastar cerca de US$ 4,5 bilhões por 36 aeronaves—, o projeto naturalmente ganha fôlego para caminhar com maior velocidade.

Nada que atrapalhe a programação dentro da sigilosa sala que toca os projetos da Saab, onde é preciso vencer três barreiras de segurança, a última com leitor biométrico, dentro da Akaer. “Eu diria que nós nos preparamos durante todo esse tempo. Não tem pressão. Agora é o momento bom, de execução”, acrescenta Ferraz.

O primeiro voo do novo caça deve ser realizado até o fim do próximo ano, com outros dois anos de rigorosos testes. A produção das peças já começou. Esse avião-modelo será feito integralmente na Europa. Do primeiro contato com os atuais parceiros, em 2008, a empresa alocada na região central de São José dos Campos entrou em fase de adaptação para estar certificada com o ISO 27.001 e, assim, entrar no projeto.

Tal título é concedido às empresas que adotarem rígidas normas de segurança, monitoramento e controle de acesso, comum para bancos e instituições financeiras. “É um projeto na área de segurança, com elevado grau de sigilo. Nem mesmo estrangeiros podem entrar na equipe do Gripen. Somente brasileiros”, explica Kenzo Takatori, diretor de relações da empresa.

Com um link direto de comunicação com a Suécia, os atuais 37 engenheiros (equipe que será expandida anualmente) trocam informações e compartilham modelos tridimensionais da fuselagem central, traseira, asas, portas e trem de pouso, as partes que hoje estão sob responsabilidade da Akaer. Tal modo de operação foi estabelecido há quatro anos, depois que todos os engenheiros retornaram de um intercâmbio de três meses na região de Linköping,onde é desenvolvido o caça, no sul da Suécia.

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“No fim do primeiro semestre de 2009, eles enviaram um request, um pedido sobre como seria ofertada a fabricação. Não temos fabricação própria, então montamos um consórcio no qual temos a liderança”, detalha Ferraz. Parceiras da Embraer, empresas como Inbra-Aerospace, de Mauá (SP), Magnaghi Friuli e Winnstal, estas duas de São José dos Campos, com expertise em execução de projetos e tecnologia de materiais, fazem parte do grupo.

A decisão sobre onde a produção da fuselagem vai ocorrer ainda está em aberto. É então que a entrada do governo brasileiro pode abrir caminho para a Akaer. “São Bernardo do Campo é uma possibilidade. É onde o governo indica que fará a montagem”. A relação entre brasileiros e suecos ainda pode render boas divisas para a companhia do interior paulista.

Além das cifras contratuais, que são mantidas em sigilo, a Saab fez um empréstimo conversível de até 15% do controle acionário da Akaer. O prazo de carência, para que essa opção seja exercida, é 2015. Um acordo ainda prevê que a participação dos suecos chegue a 40%da companhia. Todo o restante da empresa segue nas mãos de seu fundador, o engenheiro ex-Embraer Cesar Silva, que fundou a Akaer em 1992.

O vai-e-vem acionário, no entanto, pode acontecer de outra maneira, segundo Fernando Ferraz. Dependendo do que for acordado para a futura unidade fabril, a Saab e Akaer poderiam liderar uma joint venture. O executivo, por fim, é taxativo quando questionado se sabia de decisão do governo pelos suecos.

“Se você encontrasse alguém que dissesse que sabia o que estava acontecendo, você podia dizer que conhecia um mentiroso. Nunca vi um programa com tanta gente garantindo que sabia e que era a favor desse ou daquele projeto. Desde 2009, ouvi todas as versões e histórias possíveis. Brinco que só vou acreditar em tudo isso seis meses após a assinatura do contrato”.

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Embraer será beneficiada, mas atraso na escolha gerou perdas

A diferença fundamental entre a série Gripen e seus concorrentes está na maneira como os projetos suecos são concebidos. “Eles usam o que chamam de COTS, que são equipamentos de prateleira, soluções já implementadas em outros modelos e melhoradas no atual”, explica Fernando Ferraz.

A proposta, que reduz consideravelmente o custo, é o oposto da maioria das soluções embarcadas nos caças americanos ou franceses, onde são desenvolvidas novas soluções de acordo como atual projeto. “Isso não quer dizer que um é melhor do que o outro. O que é possível concluir é que essa maneira de pensar dos suecos traz uma maior confiabilidade, uma vez que já foi utilizada em maior escala”.

Esses recursos, como radares ou sistemas de comunicação, poderão ser personalizados, transformados, retirados ou substituídos por outras soluções aqui no Brasil, de acordo o modelo de transferência de tecnologia previsto. E quem será a principal beneficiária é a Embraer, responsável pela integração dos sistemas.

“Eu diria que esse é o filé mignon. E ela faz isso com excelência. O maior desafio para esse projeto é a falta de espaço. A quantidade de equipamentos que devem ser embarcados na aeronave e a falta de espaço formam um cenário desafiador para qualquer engenheiro”, considera Ferraz.

O tempo de espera do governo brasileiro para a tomada de decisão, segundo o executivo da Akaer, fez com que o país deixasse de participar de importantes estágios no desenvolvimento do projeto. No entanto, ainda é possível recuperar o tempo perdido. “Se a gente considerar o Brasil de uma maneira geral, tivemos algumas perdas.

Se a decisão tivesse sido tomada há dois anos, a gente teria participado mais. Essa perda acontece porque o projeto já andou. Mas ainda é possível. Estamos muito próximo do linear. Se fosse adiado para mais um ano, a participação do Brasil seria consideravelmente menor. O país entrou em um momento-chave”.

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FONTE: Brasil Econômico, via Notimp http://www.fab.mil.br/notimp#n68565

IMAGENS: Akaer http://www.akaer.com.br/pt/

http://www.aereo.jor.br/2013/12/23/a-br ... ca-gripen/



abraços


arcanjo

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Ter Dez 24, 2013 2:51 am
por Boss
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Tirado dessa apresentação.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Ter Dez 24, 2013 11:59 am
por FCarvalho
Esta concepção é bem conhecida da FAB e de outras forças aéreas por aí.
Sem contar que o merchandising da SAAB é realmente muito bom. :mrgreen:

abs.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Ter Dez 24, 2013 7:05 pm
por kirk
Estou postando para que os amigos que se interessam, possam se informar sobre a REAL PROPOSTA feita ao País no ãmbito do Programa Gripen-NG BR, através da palestra em Audiência Pública na Câmara dos Deputados
PALESTRA DA SAAB AB PROFERIDA POR BENGT JANER
Audiência Pública - Câmara dos Deputados - 14 outubro 2009


Palestra da SAAB AB proferida por Bengt Janer
Câmara dos Deputados
14 de outubro de 2009
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... engt-Janer

Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Deputado Eduardo Gomes
Excelentíssimos Senhores e Senhoras parlamentares presentes.
Prezados membros desta mesa.
Senhoras e senhores.

Em nome da empresa SAAB, agradeço a Comissão de Ciência e Tecnologia, assim como a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, o gentil convite para participar dessa audiência pública, da mais alta importância para o esclarecimento do tema “Transferência de Tecnologia no Programa F-X2”.

Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.

Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.

Senhores Deputados, um processo de transferência de tecnologia, para ser eficaz, necessita de atender a quatro requisitos necessários.

Primeiro requisito - deve existir no país de origem uma entidade detentora da tecnologia a ser transferida e, no país de destino, uma entidade capacitada para recebê-la. Esta é uma condição fundamental. Não se transfere tecnologia para quem não está apto para recebê-la.

Segundo requisito - a tecnologia a ser transferida deve ter uma utilidade para a instituição, empresa ou governo, seja esta tecnologia de interesse científico, comercial ou estratégico. Sem utilidade para o país receptor, o processo não tem sentido.

Terceiro requisito – a metodologia para a transferência de tecnologia deve ser de uma forma que assegure que a sua absorção, pelos entes receptores, seja eficiente e eficaz. A metodologia utilizada para a transmissão da tecnologia tem um valor importante no processo.

Quarto requisito - deve ser proporcionado à instituição, empresa ou governo receptor da tecnologia todos os direitos de uso da tecnologia transferida. É importante que a tecnologia recebida possa ser utilizada pelas entidades receptoras sem qualquer restrição comercial para a manutenção das suas aeronaves, para melhorias futuras, para incorporação de novos sistemas e armamentos e para aplicação em outros produtos, militares ou civis, do seu interesse.

No caso das tecnologias “duais”, ou seja, aquelas que podem ser empregadas tanto para uso civil ou militar, receber uma tecnologia e não ter direito de utilizá-la onde for do interesse nacional é inconcebível. Por isso, obter o total direito de uso da tecnologia torna-se questão fundamental.

Posso assegurar aos senhores parlametares que a proposta da Saab atende de forma completa a todos estes quatro requisitos.
A SAAB está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.

Acreditamos que a SAAB tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.

A SAAB apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:

• 100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
• 100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
• Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
• Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
• Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
• Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produziodos, inclusive os da Suécia;
• Aviônica produzida no Brasil



Gostaria, agora, de fazer um retrospecto da história da terceira maior empresa aeronáutica do mundo, a Embraer, orgulho de todos nós brasileiros.

A Embraer foi fundada em 1969, fruto da visão estratégica do Ministério da Aeronáutica e do Governo Brasileiro.

Foi criada para produzir o Bandeirante, cujos protótipos haviam sido desenvolvidos em um dos institutos do CTA.

Para fazer com que a empresa desse o seu “primeiro grande salto”, era necessário um auxílio externo, que veio na forma da transferência de tecnologia da empresa italiana Aermacchi que, na venda das suas aeronaves Xavante para a FAB, instalou uma linha de montagem nas suas instalações.

A metodologia empregada foi a de receber as primeiras quatro aeronaves montadas da Itália e, progressivamente, aumentar a carga de trabalho no Brasil.

Poucos componentes foram fabricados na Embraer. O objetivo principal era aprender como fazer produção serializada de aeronaves. Junto com a implantação da linha do Xavante na Embraer, vieram o conhecimento e processos de controle de qualidade, planejamento de produção e suporte logístico. Cerca de 200 Xavantes foram produzidos na linha da Embraer

E isso foi obtido há cerca de 40 anos.

Montar aeronaves em um regime conhecido como CKD (“Complete knock-down”), ou seja, montagem de kits produzidos pela matriz, não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.

O “segundo grande salto” veio novamente por meio de empresas italianas. A participação da Embraer no Programa AM-X proporcionou absorção de conhecimentos na integração de sistemas, no desenvolvimento de software embarcado, na integração de armamentos, nos ensaios e testes em solo e em voo e em diversas tecnologias de produção principalmente de peças usinadas complexas.
No Programa AM-X, a Embraer foi responsável por 30% do projeto e desenvolvimento da aeronave e por 30% da produção de sua estrutura, consistindo especificamente das asas, trem de pouso, entradas de ar e tanque externo de combustível.

Cerca de 50 AM-X foram produzidos pela Embraer e outros 150 foram produzidos na Itália com peças e segmentos estruturais brasileiros.

É amplamente reconhecido que sem o programa AM-X, a Embraer não teria atingido o patamar que permitiu o desenvolvimento de todos seus aviões regionais e comerciais. O Programa AM-X foi o passaporte para a Embraer alcançar a terceira posição no ranking mundial da indústria aeronáutica.

E isso foi obtido há cerca de 30 anos.

Produzir peças com base em projetos feitos na matriz também não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.

O que a SAAB propõe agora ao governo brasileiro e à Embraer, por meio do Programa Gripen NG, é o “terceiro grande salto”.

A SAAB ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a SAAB com a responsabilidade dos 60% restante.

Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.

A parceria Embraer-SAAB irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-SAAB. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.

Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da SAAB.

A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.

Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave


É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infraestrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.

Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:

• Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
• Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
• Integração de motores
• Integração de radares
• Integração de armamentos de última geração
• Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
• Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados


A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.

O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.

A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.

As empresas também possuem experiências de parceria de sucesso, como nos programas AEW (Erieye) para os governos do Brasil, México e Grécia.

Por essa razão, podemos afirmar sem qualquer margem de erro, que o nível de envolvimento daquela empresa no Programa Gripen NG, e consequentemente, de ganhos tecnológicos e comerciais a serem aferidos pela Embraer, serão muito superiores aos do Programa AM-X.

O Programa Gripen NG Brasil será realmente o “terceiro grande salto” para a Embraer.

Além disso, o Gripen NG para o Brasil estará equipado com sistemas eletrônicos produzidos na empresa Aeroeletrônica, localizada no Rio Grande do Sul, que já fornece sistemas semelhantes para os Super-Tucanos e F-5 modernizados. Esta sinergia trará imensos ganhos operacionais e logísticos para a FAB, além de gerar centenas de empregos de alta tecnologia.

Os armamentos nacionais serão integrados no Brasil, com a participação da empresa Mectron, que atualmente fabrica os mísseis Piranha, MAR-1, e participa do desenvolvimento conjunto com a Africa do Sul do míssil A-Darter, que por feliz coincidência, utiliza aeronaves Gripen para os seus ensaios de lançamento.


Outro exemplo do processo de transferência de tecnologia da Saab, e a seriedade com que essa empresa está comprometida com o desenvolvimento da aeronave Gripen NG Brasil, é o Akaer, baseada em São José dos Campos, empresa de engenharia especializada em projetos estruturais.

A Akaer já foi contratada pela Saab, independente do resultado do Programa F-X2, para projetar as asas e partes importantes da fuselagem.

20 engenheiros estão na Suécia, desde 30 de agosto, trabalhando no Gripen NG.

Senhores parlamentares, as ofertas de transferência de tecnologia devem contemplar os quatro requisitos citados no início desta exposição, ou seja, que existam entidades nacionais capacitadas tecnológicamente para absorvê-la; que a tecnologia a ser transferida tenha utilidade para as indústrias brasileiras; que a tecnologia seja transmitida por meio de uma metodologia eficaz e que seja acompanhada por uma licença que assegure o total direito de uso para o programa em tela e para qualquer outro de natureza civil ou militar.

E ainda, que esse compromisso esteja contido na Oferta apresentada oficialmente ao Comando da Aeronáutica.

Finalmente, transferência de tecnologia não é feita com base em produtos já desenvolvidos.

Assim, não faz sentido falar em transferência de tecnologia do motor X, ou do radar Y, ou da bomba hidráulica Z.

A SAAB e as empresas participantes do Programa Gripen NG possuem todas as tecnologias de interesse do Comando da Aeronáutica, inclusive as relacionadas aos motores aeronáuticos e radares, e estão disponíveis e autorizadas para realizá-las.

Finalizando esta pequena apresentação, gostaria de dizer que o Programa Gripen NG abre para o Brasil uma oportunidade única de dotar a sua Força Aérea, em 2014, com a mais moderna aeronave de caça do mundo, com equipamentos eletrônicos e sistemas de auto-proteção com, no mínimo, 10 anos de vantagens tecnológicas sobre os demais, com uma vantagem incomparável, o de mais baixo preço de aquisição e de operação.

Nenhum outro programa utilizará tantos componentes nacionais, nem proporcionará a criação de postos de trabalho de alta tecnologia como o Programa Gripen NG Brasil.

Muito obrigado!

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Ter Dez 24, 2013 7:10 pm
por kirk
edit

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Ter Dez 24, 2013 7:53 pm
por Brasileiro
Lembram da época em que o "bafão" do momento era uma possível compra da SAAB por parte da Embraer?



abraços]

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Ter Dez 24, 2013 11:02 pm
por Snowmeow
Brasileiro escreveu:Lembram da época em que o "bafão" do momento era uma possível compra da SAAB por parte da Embraer?
Ô! Fiz a maior torcida, até descartarem a hipótese. :roll:

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qua Dez 25, 2013 8:59 am
por Lirolfuti
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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qua Dez 25, 2013 12:13 pm
por Penguin
2010-12-16
How JAS 39 Gripen might have looked
In 1979 design studies for what was to become JAS 39 Gripen was started. By 1982 the basic configuration had been decided upon, before that several alternatives had been investigated.
In the end an unstable canard layout was adopted, as it would give the greatest benefits to performance, as it gives a high onset of pitch rate and low drag enabling the aircraft to be faster, have longer range and carry a larger useful payload.

Canard or aft tail configuration?
Link: http://u-fr.blogspot.com.br/2010/12/how ... ooked.html

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qua Dez 25, 2013 7:03 pm
por Bolovo
lordlex escreveu:qual seria o possivel padrao da pintura do gripen brasileiro? a versao camuflado esverdeada como dos F5 ou a azulada como nos mirage?
Uma dessas duas.

http://www.cavok.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/12/1522096_792663340747324_211479312_n.jpg
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2012/07/Maquete-do-Gripen-E-com-as-cores-da-FAB-foto-Guilherme-Poggio-Poder-A%C3%A9reo.jpg

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qua Dez 25, 2013 7:09 pm
por gabriel219
Com certeza deverá usar o 1º esquema.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qua Dez 25, 2013 7:55 pm
por Helton2042
Acho que não deve ser nenhum dos dois, me parece que a pintura que o GDA iria aplicar em suas aeronaves era um padrão totalmente cinza, infelizmente com a curta carreira do Mirage não houve empenho em modificar o padrão francês.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qua Dez 25, 2013 7:59 pm
por Bolovo
Helton2042 escreveu:Acho que não deve ser nenhum dos dois, me parece que a pintura que o GDA iria aplicar em suas aeronaves era um padrão totalmente cinza, infelizmente com a curta carreira do Mirage não houve empenho em modificar o padrão francês.
Mas hoje isso eu duvido. O Mirage 2000 veio pra ser um caça de interceptação. O Gripen NG não. GDA, GAv, GAvCa... é tudo a mesma porcaria. Imagino que vai ser no padrão verde/cinza...