Geopolítica Brasileira
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Re: Geopolítica Brasileira
..
Editado pela última vez por Penguin em Sex Fev 02, 2018 5:57 pm, em um total de 4 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Geopolítica Brasileira
A Abin deve estar fazendo estágio e aprendendo muito com órgãos de inteligência norte-americanos. Estão repetindo até as inabilidades e trapalhadas do passado. Depois ainda perguntam como os agentes nazistas e, pós-1945, os soviéticos estavam em todos os lugares. Enquanto os americanos não chegavam nem perto de nada relevante ou levam as boladas nas costas.
O feio é que os brasileiros levam boladas nas costas até dos venezuelanos.
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Re: Geopolítica Brasileira
Todos os agentes secretos brasileiros estão obrigados a portar em serviço o respectivo crachá com fotografia (recente, por favor, sem óculos....).Penguin escreveu:Já fazemos isso...com total transparência.Túlio escreveu:Foi o que eu disse. Estendamos a arapongagem para o EXTERIOR!
Nem precisamos de um Snowden brazuca. Publicamos tudo no DOU e divulgamos na imprensa.
http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletro ... cod=324817Chávez e Morales na mira da Abin
Correio Braziliense - 05/10/2006
Lucas Figueiredo
Do Estado de Minas
Agora é oficial. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) abriu seleção interna para a escolha dos agentes secretos que serão enviados à Venezuela e à Bolívia. Por suas posições políticas e econômicas recentes, os dois países se tornaram um calo no sapato do Brasil e, em especial, no sapato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A abertura da seleção foi autorizada por Lula.
Segundo apurou o Estado de Minas, a seleção foi autorizada pela portaria número 362, emitida em conjunto pela Abin e pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão da Presidência da República. A portaria é sigilosa. Em vez de ser publicada no Diário Oficial da União, como é praxe em portarias do Executivo, constou apenas do Boletim de Serviço Especial da Abin número 8, emitido no último dia 4 de setembro e classificado como confidencial. Junto com a portaria, foram expedidos os editais números 2 e 3, com as exigências da seleção interna.
Os agentes atuarão sob o manto da diplomacia. Ficarão baseados nas embaixadas do Brasil em Caracas e La Paz e, a rigor, serão considerados adidos civis. A decisão de “embutir” agentes secretos no Itamaraty vai contra a tradição da diplomacia brasileira. Nem durante o regime militar (1964-1985), o Ministério das Relações Exteriores aceitou que agentes secretos de outros órgãos do Executivo ou das Forças Armadas agissem sob o disfarce de diplomatas. Na época, o Itamaraty montou seu próprio serviço secreto — o Centro de Informações do Exterior (Ciex), muito eficiente, por sinal — para municiar o Serviço Nacional de Informações (SNI). Preferiu, assim, transformar diplomatas em agentes secretos a ter agentes secretos travestidos de diplomatas.
Inacreditável! Só falta criarem um blog com o dia a dia dos agentes do serviço não-secreto brasileiro.
-----------------------------------
Os serviços secretos bolivarianos agradecem...
05/10/2007 - 23:38 | EDIÇÃO Nº 490
ARAPONGAS
O furto do agente 014.867
Autoridades policiais da Venezuela estão investigando o estranho caso do desaparecimento de US$ 12 mil e documentos confidenciais do governo brasileiro, ocorrido em setembro em um grande hotel de Caracas. A vítima do suposto furto é o agente 014.867 da Agência Brasileira de Informações (Abin), Ceilson Ludolf. Designado em junho para ser “adido civil” na embaixada brasileira em Caracas, Ludolf deu pelo sumiço de uma pasta na qual estariam o dinheiro e as informações secretas quando voltou ao apartamento no hotel. Ele informou a seus chefes que não havia sinais de arrombamento. Isso provocou suspeitas de que teria sido vítima do serviço secreto venezuelano ou ainda de espiões cubanos. A presença do agente secreto brasileiro em Caracas foi publicada no Diário Oficial da União em 27 de junho , com a do agente 009.020, Waldir Micheloni, para a Embaixada de Bogotá, Colômbia. Também estão sendo plantados arapongas no Paraguai e na Bolívia. Na quinta-feira, a Abin confirmou a ÉPOCA que o episódio que envolve o agente Ludolf está sob investigação da polícia venezuelana e que ele perdeu “objetos de uso pessoal”.
A CONFIRMAÇÃO
A nota da Abin sobre o furto na Venezuela
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... A+ALI.html
Wingate
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Re: Geopolítica Brasileira
Nem todo mundo é espião. Existem contatos para troca de informações entre órgãos de informação. Quanto mais importante o país para o Brasil, maior a necessidade de se possuir presença física em seus territórios.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Geopolítica Brasileira
Bourne escreveu:Poderiam colocar como função "analista". Mais genérico impossível.
Ou Adido de qualquer coisa, nas embaixadas e consulados (ASPONE não, que tá manjado)...
Wingate
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Re: Geopolítica Brasileira
E parece que o patriota vai rodar.
Dilma se irrita com operação e situação de Patriota é considerada insustentável
BRASÍLIA - A operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto para o Brasil foi vista pelo Palácio do Planalto como um verdadeiro desastre e assessores da presidente Dilma afirmam que a permanência de Antonio Patriota no cargo se tornou insustentável. O ministro das Relações Exteriores já vinha enfrentando uma série de desgastes com a presidente e o episódio envolvendo o encarregado de negócios da embaixada brasileira na Bolívia foi considerado uma quebra de hierarquia, e, principalmente, uma quebra do princípio internacional do asilo. Um auxiliar da presidente disse que isso é inaceitável e não há como o comandante, no caso Patriota, deixar de responder pela operação.
A presidente só foi informada que o senador boliviano havia fugido para o Brasil com auxílio de diplomata brasileiro quando ele já estava aqui. Ao saber que a alegação para a retirada de Roger Pinto era que sua saúde apresentava graves riscos pediu para verificar que cuidados médicos haviam sido providenciados quando ele chegou no território brasileiro. A resposta foi que ele não fora levado a nenhum hospital nem ao médico.
Eduardo Saboia, o diplomata brasileiro responsável por trazer o senador boliviano ao país, afirmou, ao desembarcar em Brasília, que desejou proteger um perseguido político, da mesma forma que um dia a presidente também se viu perseguida. No aeroporto, Saboia disse não se arrepender da decisão de retirar o senador da embaixada brasileira em um carro da representação diplomática.
Ele está neste momento reunido com o secretário-geral do Itamaraty, Eduardo Santos, para prestar esclarecimentos sobre o caso. Perguntado sobre o que esperava agora, respondeu:
- Não sei. Vamos ver. Eu escolhi a porta estreita e lutei o bom combate. Eu não me omiti. Eu optei pela vida e eu salvei a honra do meu país, que eu defendo sempre - afirmou.
Roger Pinto saiu da embaixada brasileira em La Paz às 15h da sexta-feira e desembarcou na madrugada de domingo em Brasília, sem autorização do governo da Bolívia. Foram percorridos 1.600 quilômetros em direção a Corumbá, em uma viagem que durou 22 horas.
Durante a tarde desta segunda-feira, o senador, que está abrigado na casa do advogado Fernando Tiburcio, em Brasília, apareceu na porta da residência e posou para fotógrafos que estão fazendo plantão no local. Ele se recusou a responder perguntas sobre seus planos de agora em diante e limitou-se a dizer que ama o Brasil. Seu advogado disse que não há risco de o senador ser deportado ou extraditado. E comparou seu status ao do ativista Julian Assange, no Equador, e do ex-técnico da CIA Edward Snowden, na Rússia.
- Só (será extraditado) se acontecer uma coisa heterodoxa, que acho que não tem o menor sentido - disse Tiburcio. - Ele é um asilado político. Foi concedido asilo a ele.
Mais cedo, o governo boliviano acusou o Brasil de descumprir normas de direito internacional na forma como recebeu o senador e exigiu à representação brasileira explicações oficiais sobre o caso. Ele estava asilado havia mais de um ano, alegando perseguição política do governo de Evo Morales.
Mas, de acordo com o blog “Panorama Político”, há sete meses os ministério da Justiça e das Relações Exteriores do Brasil negociam com a Bolívia a concessão e um asilo para o senador. Segundo integrantes qualificados do governo Dilma, foram as autoridades do governo boliviano que fizeram a sugestão informal para que Roger Pinto saísse da embaixada, viajasse por terra ao Brasil, com a garantia de que ele não seria barrado.
http://oglobo.globo.com/mundo/dilma-se- ... el-9708076
Dilma se irrita com operação e situação de Patriota é considerada insustentável
BRASÍLIA - A operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto para o Brasil foi vista pelo Palácio do Planalto como um verdadeiro desastre e assessores da presidente Dilma afirmam que a permanência de Antonio Patriota no cargo se tornou insustentável. O ministro das Relações Exteriores já vinha enfrentando uma série de desgastes com a presidente e o episódio envolvendo o encarregado de negócios da embaixada brasileira na Bolívia foi considerado uma quebra de hierarquia, e, principalmente, uma quebra do princípio internacional do asilo. Um auxiliar da presidente disse que isso é inaceitável e não há como o comandante, no caso Patriota, deixar de responder pela operação.
A presidente só foi informada que o senador boliviano havia fugido para o Brasil com auxílio de diplomata brasileiro quando ele já estava aqui. Ao saber que a alegação para a retirada de Roger Pinto era que sua saúde apresentava graves riscos pediu para verificar que cuidados médicos haviam sido providenciados quando ele chegou no território brasileiro. A resposta foi que ele não fora levado a nenhum hospital nem ao médico.
Eduardo Saboia, o diplomata brasileiro responsável por trazer o senador boliviano ao país, afirmou, ao desembarcar em Brasília, que desejou proteger um perseguido político, da mesma forma que um dia a presidente também se viu perseguida. No aeroporto, Saboia disse não se arrepender da decisão de retirar o senador da embaixada brasileira em um carro da representação diplomática.
Ele está neste momento reunido com o secretário-geral do Itamaraty, Eduardo Santos, para prestar esclarecimentos sobre o caso. Perguntado sobre o que esperava agora, respondeu:
- Não sei. Vamos ver. Eu escolhi a porta estreita e lutei o bom combate. Eu não me omiti. Eu optei pela vida e eu salvei a honra do meu país, que eu defendo sempre - afirmou.
Roger Pinto saiu da embaixada brasileira em La Paz às 15h da sexta-feira e desembarcou na madrugada de domingo em Brasília, sem autorização do governo da Bolívia. Foram percorridos 1.600 quilômetros em direção a Corumbá, em uma viagem que durou 22 horas.
Durante a tarde desta segunda-feira, o senador, que está abrigado na casa do advogado Fernando Tiburcio, em Brasília, apareceu na porta da residência e posou para fotógrafos que estão fazendo plantão no local. Ele se recusou a responder perguntas sobre seus planos de agora em diante e limitou-se a dizer que ama o Brasil. Seu advogado disse que não há risco de o senador ser deportado ou extraditado. E comparou seu status ao do ativista Julian Assange, no Equador, e do ex-técnico da CIA Edward Snowden, na Rússia.
- Só (será extraditado) se acontecer uma coisa heterodoxa, que acho que não tem o menor sentido - disse Tiburcio. - Ele é um asilado político. Foi concedido asilo a ele.
Mais cedo, o governo boliviano acusou o Brasil de descumprir normas de direito internacional na forma como recebeu o senador e exigiu à representação brasileira explicações oficiais sobre o caso. Ele estava asilado havia mais de um ano, alegando perseguição política do governo de Evo Morales.
Mas, de acordo com o blog “Panorama Político”, há sete meses os ministério da Justiça e das Relações Exteriores do Brasil negociam com a Bolívia a concessão e um asilo para o senador. Segundo integrantes qualificados do governo Dilma, foram as autoridades do governo boliviano que fizeram a sugestão informal para que Roger Pinto saísse da embaixada, viajasse por terra ao Brasil, com a garantia de que ele não seria barrado.
http://oglobo.globo.com/mundo/dilma-se- ... el-9708076
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Re: Geopolítica Brasileira
Fuga de senador boliviano teve ajuda de colega brasileiro, diplomata, fuzileiros da Marinha e PF.
Foi cinematográfico o enredo da fuga do senador boliviano Roger Pinto para o Brasil. Depois de 455 dias de refúgio forçado numa sala da embaixada brasileira em La Paz, o líder da oposição ao governo de Evo Morales dormiu em Brasília na madrugada de sábado para domingo. Ele deve sua liberdade a uma operação secreta que reuniu, à revelia do Itamaraty, um diplomata brasileiro inconformado, dois fuzileiros da Marinha, um senador do PMDB, e uma equipe de cinco agentes da Polícia Federal.
Chama-se Ricardo Ferraço (PMDB-ES) o senador que participou da execução da fuga. Ele preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Entrou na operação a pedido do diplomata Eduardo Saboia, encarregado de negócios e titular interino da representação diplomática brasileira em La Paz. Acionado em Vitória (ES), onde se encontrava no sábado, Ferraço voou até Corumbá (MS) para resgatar, num jato emprestado, o desafeto de Evo Morales.
Abordado por um agente da Polícia Federal no aeroporto de Cuiabá, Ferraço identificou-se. Escondido num hotel, na companhia do diplomata Saboia, o senador boliviano chegaria uma hora depois, protegido por cinco agentes da PF e um par de fuzileiros navais que o haviam escoltado por 22 horas, numa viagem de 1.600 km, feita em carro diplomático brasileiro. Roger Pinto voou para a liberdade na companhia de Ferraço.
Em entrevista ao blog, Ricardo Ferraço contou detalhes da operação que levou o Itamaraty a abrir uma investigação e irritou o governo boliviano. A conversa vai reproduzida abaixo:
— Como se interessou pelo caso do senador boliviano Roger Pinto? Em março, eu fui à Bolívia para averiguar a situação dos torcedores do Corinthians que estavam presos na cidade de Oruro. Na volta, fiz uma visita ao senador Roger. Encontrei-o numa sala do segundo andar do prédio administrativo da embaixada brasileira, em La Paz. Improvisaram um quarto num escritório. Mede uns 3m X 6m. Fuzileiros da Marinha guardavam a porta. Fiquei impressionado com aquela situação. De lá para cá, venho agendando no Senado. Nada evoluiu.
— O sr. se manteve em contato com a embaixada brasileira em La Paz? Sim. Tem lá um diplomata, encarregado de negócios, chamado Eduardo Saboia. A embaixada está sem embaixador há muito tempo. É ele quem está respondendo pelo posto. Ele notou uma deterioração do estado de saúde do senador boliviano. Havia um quadro de depressão. Vendo tudo isso, e percebendo a ausência de perspectiva de solução para o caso, o Saboia chegou a me confidenciar, de maneira muito pessoal, que estava com medo de que o senador boliviano se suicidasse. Ele me disse que estava pensando em tirar o senador de lá.
— Qual foi a sua reação? O que eu fiz foi entusiasmá-lo a tomar uma decisão. Fiz isso por solidariedade humana. Eu só vi o senador Roger Pinto duas vezes. Em março, quando estive em La Paz, e neste sábado.
— O diplomata Eduardo Saboia autorizou a fuga? Ele fez muito mais do que isso. O Saboia organizou a saída, colocou o Roger no carro da embaixada e trouxe ele até o Brasil. Os fuzileiros navais brasileiros deram cobertura durante todo o percurso. Percorreram um caminho complicado. Foram 1.600 km, passando por regiões com produção de coca, até chegarem a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O Saboia foi a figura central no episódio.
— O sr. foi comunicado da operação com antecedência? A gente vinha conversando, trocando ideias. Mas, quando eu soube, a operaçao já estava em curso. Quando o Saboia me ligou, eles já estavam próximos da fronteira. Estava muito tenso. Ele criou uma relação de confiança comigo desde que o conheci, em março, na Bolívia. Eu dava retorno a ele. Esteve no Brasil duas vezes. E foi recebido por mim na Comissão de Direitos Humanos. Coloquei o assunto na agenda da comissão.
— Qual foi o seu papel na operação de fuga? Eu vinha acompanhando o processo, toda a angústia do Saboia. Neste sábado, eu estava em Vitória [ES], na minha casa, quando recebi um telefonema dele, pedindo ajuda.
— Que hora foi isso? Era hora do almoço.
— O que o sr. fez? Tentei contactar autoridades brasileiras.
— Que autoridades? Na verdade, liguei para o presidente do Senado [Renan Calheiros]. Mas não consegui falar. Deixei recado.
— E daí? Telefonei para o aeroporto de Vitória. Tinha um jato privado, de uma empresa capixaba. Liguei para o dono. Não dei detalhes, não queria que vazasse. Mas esclareci que precisava do avião para uma missão importante. Que envolvia uma pessoa correndo risco de vida. Ele se sensibilizou e me emprestou o avião.
— Como se chama o empresário? Prefiro não dizer, até porque ele não sabia exatamente do que se tratava. A responsabilidade é minha.
— Ele cedeu o avião graciosamente, sem cobrar? Sim, isso mesmo.
— É seu amigo? É conhecido meu, mas não é pessoa íntima. Decidi pedir. Se não desse, paciência. Não sou pessoa de me omitir. A omissão é o pior dos pecados.
— A que horas decolou de Vitória? Levantamos voo pouco antes das seis da tarde, umas cinco e meia. Desci em Corumbá à noite. O aeroporto estava meio vazio, sem muito movimento. Fiquei esperando umas duas ou três horas. Logo fui abordado por um agente da Polícia Federal. Eu me identifiquei, dei meus documentos. O cara ligou para o superior dele. Dali a mais ou menos uma hora, chegou o agente com o senador boliviano. Me entregou ele. Embarcamos para Brasília. Chegamos na cidade perto de uma e meia da madrugada.
— A Polícia Federal foi buscar o senador boliviano do outro lado da fronteira?Não. Quando ele chegou ao Brasil, na fronteira, estava acompanhado do diplomata brasileiro e escoltado por dois fuzileiros navais do Brasil. Os fuzileiros o atravessaram na fronteira. A Polícia Federal foi procurá-los no hotel.
— Então, eles chegaram a se hospedar num hotel em Corumbá? Sim, chegaram na cidade por volta de duas horas da tarde de sábado. E foram para o hotel. O Saboia me ligou do hotel.
— Quem acionou a Polícia Federal foi o diplomata Eduardo Saboia? Não sei dizer. Sei que a PF foi até o hotel, me contactou no aeroporto e apareceu lá com o senador Roger Pinto.
— A Polícia Federal foi acionada por alguém, não? Eu não tenho esse detalhe. Sei que o Saboia estava tentando fazer contato com o ministro Celso Amorim [Defesa], com o José Eduardo Cardozo [Justiça]. Não sei se conseguiu. Foi tudo muito rápido. Não deu para perguntar tudo.
— Acredita que ele tenha dado ciência da movimentação ao Itamaraty? Não acho improvável que ele tenha sinalizado alguma coisa. Como ele está respondendo pela embaixada há meses, não é nenhum absurdo supor que ele tenha manifestado aos seus superiores que a situação estava no limite, e que, se ele tivesse oportunidade, faria alguma coisa. Talvez as pessoas no Brasil não acreditassem que ele tivesse disposição para fazer.
— Quando o senador Roger Pinto chegou no aeroporto de Corumbá, estava acompanhado de grande aparato de segurança? Umas sete pessoas davam segurança a ele. Cinco agentes da Polícia Federal, bem armados, e os dois fuzilileiros navais que o haviam acompanhado desde La Paz.
— O Eduardo Saboia não foi ao aeroporto? Não. Eu insisti muito para que ele voasse com a gente até Brasília. Mas ele preferiu não nos acompanhar.
— Ele decerto está ciente de que pode sofrer sanções administrativas, não?Obviamente, ele não ignora os riscos. Mas acho que deveria ser condecorado, jamais punido. Tomou uma decisão corajosa. Ao viajar junto com o senador, pôs inclusive a própria vida em risco. Conversamos muito. Sei que ele fez isso por não suportar a indeferença de ver um perseguido político se deteriorando numa sala, como se fosse um resto de gente. Era essa a situação do senador na Bolívia.
— Pelo que conversavam, o Eduardo Saboia planejava essa operação há muito tempo? Ele revelava, há algum tempo, muito incômodo com a falta de definição e de determinação do governo brasileiro, em função de ter concedido o asilo político e não ter obtido o salvo-conduto para o deslocamento do asilado. O Saboia é uma figura muito comprometida com os direitos humanos. É um homem muito sério. O que o moveu foi a indignação.
— Na sua opinião, o governo brasileiro se portou mal no episódio? Não há nenhuma dúvida a esse respeito. Sou um crítico da falta de determinação da diplomacia brasileira nesse caso. Nossa diplomacia por vezes é muito companheira dos nossos vizinhos bolivarianos. Há um nítido viés ideológico nas relações. Acho um absurdo que o governo brasileiro, após conceder o asilo ao senador, não tenha se empenhado para obter o salvo-conduto.
— Na sua avaliação, faltou pressionar a Bolívia? O salvo-conduto é uma consequência natural do asilo político, que por sua vez é uma decisão unilateral do país que concede. Mesmo nos momentos mais duros das ditaduras sulamericanas, como a do Chile, nunca um salvo-conduto para o Brasil foi negado. O governo brasileiro deveria ter exigido da Bolívia o salvo-conduto. No mês passado, em encontro de cúpula do Mercosul, no Uruguai, os chefes de Estado do grupo aprovaram uma nota concluindo que o asilo é decisão soberana dos países. Referiam-se ao caso do Edward Snowden [ex-técnico terceirizado da CIA]. Entre os signatários está o Evo Morales. Por que as regras do asilo valem para o Snowden e não valeriam para o senador Roger? Não faz o menor sentido.
— Depois do desembarque em Brasília, o senador boliviano foi para um hotel?Chegamos à Capital na madrugada de sábado para domingo. Eu tinha oferecido minha casa para ele pernoitar. Ele tinha topado. Mas, no meio do caminho, falou com o advogado dele. E preferiu ir para a casa desse advogado.
— Então, ele tem um advogado em Brasília? Sim. Chama-se Fernando Tibúrcio. Peticionou em nome dele junto ao STF, pedindo providências ao governo brasileiro.
— O senador Roger Pinto responde a mais de 20 processo na Bolívia. É acusado de corrupção. Está seguro de que as acusações são falsas? Confio muito na avaliação do Eduardo Saboia. No caso dos torcedores corintianos, já libertados, ele tinha me dito que nenhum deles tinha envolvimento com a morte daquela menino boliviano, no estádio de Ururo. E o Saboia me passa a mesma segurança em relação ao caso do senador Roger. Ele está muito seguro, pelos dados que obteve, de que o senador é perseguido pelo governo do Evo Morales. Diz que as acusações que pesam contra ele fruto de disputa política. Ele é o líder da oposição. Não o conheço em profundidade. Mas pergunto: se ele fosse um criminoso, o governo brasileiro teria concedido o asilo político?
— Sobre o quê o sr. e o senador boliviano conversaram durante o voo de Corumbá até Brasília? Ele me pareceu em estado de choque. A ficha ainda não havia caído. Ele parecia ainda não acreditar na possibilidade de ser um homem livre. Me disse que contou os dias em que ficou retido numa sala. Foram 455 dias. Na cabeça dele, a estratégia do governo da Bolívia era vencê-lo pelo cansaço. Esperavam que ele não aguentasse e saísse à rua, para ser preso. É um homem de família, Batista, conservador. Sabe que terá de refazer a vida.
— O senador Renan Calheiros respondeu ao recado que o sr. deixara no sábado? Ele me ligou no domingo, quando tudo já estava resolvido. Contei rapidamente o que se passou. E ficou nisso.
— Não receia ser criticado por sua participação na fuga? De jeito nenhum. Não convivo muito bem com a omissão. Prefiro o erro à indiferença. E não creio ter cometido nenhum erro nesse episódio.
http://www.forte.jor.br/2013/08/26/fuga ... /#comments
Foi cinematográfico o enredo da fuga do senador boliviano Roger Pinto para o Brasil. Depois de 455 dias de refúgio forçado numa sala da embaixada brasileira em La Paz, o líder da oposição ao governo de Evo Morales dormiu em Brasília na madrugada de sábado para domingo. Ele deve sua liberdade a uma operação secreta que reuniu, à revelia do Itamaraty, um diplomata brasileiro inconformado, dois fuzileiros da Marinha, um senador do PMDB, e uma equipe de cinco agentes da Polícia Federal.
Chama-se Ricardo Ferraço (PMDB-ES) o senador que participou da execução da fuga. Ele preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Entrou na operação a pedido do diplomata Eduardo Saboia, encarregado de negócios e titular interino da representação diplomática brasileira em La Paz. Acionado em Vitória (ES), onde se encontrava no sábado, Ferraço voou até Corumbá (MS) para resgatar, num jato emprestado, o desafeto de Evo Morales.
Abordado por um agente da Polícia Federal no aeroporto de Cuiabá, Ferraço identificou-se. Escondido num hotel, na companhia do diplomata Saboia, o senador boliviano chegaria uma hora depois, protegido por cinco agentes da PF e um par de fuzileiros navais que o haviam escoltado por 22 horas, numa viagem de 1.600 km, feita em carro diplomático brasileiro. Roger Pinto voou para a liberdade na companhia de Ferraço.
Em entrevista ao blog, Ricardo Ferraço contou detalhes da operação que levou o Itamaraty a abrir uma investigação e irritou o governo boliviano. A conversa vai reproduzida abaixo:
— Como se interessou pelo caso do senador boliviano Roger Pinto? Em março, eu fui à Bolívia para averiguar a situação dos torcedores do Corinthians que estavam presos na cidade de Oruro. Na volta, fiz uma visita ao senador Roger. Encontrei-o numa sala do segundo andar do prédio administrativo da embaixada brasileira, em La Paz. Improvisaram um quarto num escritório. Mede uns 3m X 6m. Fuzileiros da Marinha guardavam a porta. Fiquei impressionado com aquela situação. De lá para cá, venho agendando no Senado. Nada evoluiu.
— O sr. se manteve em contato com a embaixada brasileira em La Paz? Sim. Tem lá um diplomata, encarregado de negócios, chamado Eduardo Saboia. A embaixada está sem embaixador há muito tempo. É ele quem está respondendo pelo posto. Ele notou uma deterioração do estado de saúde do senador boliviano. Havia um quadro de depressão. Vendo tudo isso, e percebendo a ausência de perspectiva de solução para o caso, o Saboia chegou a me confidenciar, de maneira muito pessoal, que estava com medo de que o senador boliviano se suicidasse. Ele me disse que estava pensando em tirar o senador de lá.
— Qual foi a sua reação? O que eu fiz foi entusiasmá-lo a tomar uma decisão. Fiz isso por solidariedade humana. Eu só vi o senador Roger Pinto duas vezes. Em março, quando estive em La Paz, e neste sábado.
— O diplomata Eduardo Saboia autorizou a fuga? Ele fez muito mais do que isso. O Saboia organizou a saída, colocou o Roger no carro da embaixada e trouxe ele até o Brasil. Os fuzileiros navais brasileiros deram cobertura durante todo o percurso. Percorreram um caminho complicado. Foram 1.600 km, passando por regiões com produção de coca, até chegarem a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O Saboia foi a figura central no episódio.
— O sr. foi comunicado da operação com antecedência? A gente vinha conversando, trocando ideias. Mas, quando eu soube, a operaçao já estava em curso. Quando o Saboia me ligou, eles já estavam próximos da fronteira. Estava muito tenso. Ele criou uma relação de confiança comigo desde que o conheci, em março, na Bolívia. Eu dava retorno a ele. Esteve no Brasil duas vezes. E foi recebido por mim na Comissão de Direitos Humanos. Coloquei o assunto na agenda da comissão.
— Qual foi o seu papel na operação de fuga? Eu vinha acompanhando o processo, toda a angústia do Saboia. Neste sábado, eu estava em Vitória [ES], na minha casa, quando recebi um telefonema dele, pedindo ajuda.
— Que hora foi isso? Era hora do almoço.
— O que o sr. fez? Tentei contactar autoridades brasileiras.
— Que autoridades? Na verdade, liguei para o presidente do Senado [Renan Calheiros]. Mas não consegui falar. Deixei recado.
— E daí? Telefonei para o aeroporto de Vitória. Tinha um jato privado, de uma empresa capixaba. Liguei para o dono. Não dei detalhes, não queria que vazasse. Mas esclareci que precisava do avião para uma missão importante. Que envolvia uma pessoa correndo risco de vida. Ele se sensibilizou e me emprestou o avião.
— Como se chama o empresário? Prefiro não dizer, até porque ele não sabia exatamente do que se tratava. A responsabilidade é minha.
— Ele cedeu o avião graciosamente, sem cobrar? Sim, isso mesmo.
— É seu amigo? É conhecido meu, mas não é pessoa íntima. Decidi pedir. Se não desse, paciência. Não sou pessoa de me omitir. A omissão é o pior dos pecados.
— A que horas decolou de Vitória? Levantamos voo pouco antes das seis da tarde, umas cinco e meia. Desci em Corumbá à noite. O aeroporto estava meio vazio, sem muito movimento. Fiquei esperando umas duas ou três horas. Logo fui abordado por um agente da Polícia Federal. Eu me identifiquei, dei meus documentos. O cara ligou para o superior dele. Dali a mais ou menos uma hora, chegou o agente com o senador boliviano. Me entregou ele. Embarcamos para Brasília. Chegamos na cidade perto de uma e meia da madrugada.
— A Polícia Federal foi buscar o senador boliviano do outro lado da fronteira?Não. Quando ele chegou ao Brasil, na fronteira, estava acompanhado do diplomata brasileiro e escoltado por dois fuzileiros navais do Brasil. Os fuzileiros o atravessaram na fronteira. A Polícia Federal foi procurá-los no hotel.
— Então, eles chegaram a se hospedar num hotel em Corumbá? Sim, chegaram na cidade por volta de duas horas da tarde de sábado. E foram para o hotel. O Saboia me ligou do hotel.
— Quem acionou a Polícia Federal foi o diplomata Eduardo Saboia? Não sei dizer. Sei que a PF foi até o hotel, me contactou no aeroporto e apareceu lá com o senador Roger Pinto.
— A Polícia Federal foi acionada por alguém, não? Eu não tenho esse detalhe. Sei que o Saboia estava tentando fazer contato com o ministro Celso Amorim [Defesa], com o José Eduardo Cardozo [Justiça]. Não sei se conseguiu. Foi tudo muito rápido. Não deu para perguntar tudo.
— Acredita que ele tenha dado ciência da movimentação ao Itamaraty? Não acho improvável que ele tenha sinalizado alguma coisa. Como ele está respondendo pela embaixada há meses, não é nenhum absurdo supor que ele tenha manifestado aos seus superiores que a situação estava no limite, e que, se ele tivesse oportunidade, faria alguma coisa. Talvez as pessoas no Brasil não acreditassem que ele tivesse disposição para fazer.
— Quando o senador Roger Pinto chegou no aeroporto de Corumbá, estava acompanhado de grande aparato de segurança? Umas sete pessoas davam segurança a ele. Cinco agentes da Polícia Federal, bem armados, e os dois fuzilileiros navais que o haviam acompanhado desde La Paz.
— O Eduardo Saboia não foi ao aeroporto? Não. Eu insisti muito para que ele voasse com a gente até Brasília. Mas ele preferiu não nos acompanhar.
— Ele decerto está ciente de que pode sofrer sanções administrativas, não?Obviamente, ele não ignora os riscos. Mas acho que deveria ser condecorado, jamais punido. Tomou uma decisão corajosa. Ao viajar junto com o senador, pôs inclusive a própria vida em risco. Conversamos muito. Sei que ele fez isso por não suportar a indeferença de ver um perseguido político se deteriorando numa sala, como se fosse um resto de gente. Era essa a situação do senador na Bolívia.
— Pelo que conversavam, o Eduardo Saboia planejava essa operação há muito tempo? Ele revelava, há algum tempo, muito incômodo com a falta de definição e de determinação do governo brasileiro, em função de ter concedido o asilo político e não ter obtido o salvo-conduto para o deslocamento do asilado. O Saboia é uma figura muito comprometida com os direitos humanos. É um homem muito sério. O que o moveu foi a indignação.
— Na sua opinião, o governo brasileiro se portou mal no episódio? Não há nenhuma dúvida a esse respeito. Sou um crítico da falta de determinação da diplomacia brasileira nesse caso. Nossa diplomacia por vezes é muito companheira dos nossos vizinhos bolivarianos. Há um nítido viés ideológico nas relações. Acho um absurdo que o governo brasileiro, após conceder o asilo ao senador, não tenha se empenhado para obter o salvo-conduto.
— Na sua avaliação, faltou pressionar a Bolívia? O salvo-conduto é uma consequência natural do asilo político, que por sua vez é uma decisão unilateral do país que concede. Mesmo nos momentos mais duros das ditaduras sulamericanas, como a do Chile, nunca um salvo-conduto para o Brasil foi negado. O governo brasileiro deveria ter exigido da Bolívia o salvo-conduto. No mês passado, em encontro de cúpula do Mercosul, no Uruguai, os chefes de Estado do grupo aprovaram uma nota concluindo que o asilo é decisão soberana dos países. Referiam-se ao caso do Edward Snowden [ex-técnico terceirizado da CIA]. Entre os signatários está o Evo Morales. Por que as regras do asilo valem para o Snowden e não valeriam para o senador Roger? Não faz o menor sentido.
— Depois do desembarque em Brasília, o senador boliviano foi para um hotel?Chegamos à Capital na madrugada de sábado para domingo. Eu tinha oferecido minha casa para ele pernoitar. Ele tinha topado. Mas, no meio do caminho, falou com o advogado dele. E preferiu ir para a casa desse advogado.
— Então, ele tem um advogado em Brasília? Sim. Chama-se Fernando Tibúrcio. Peticionou em nome dele junto ao STF, pedindo providências ao governo brasileiro.
— O senador Roger Pinto responde a mais de 20 processo na Bolívia. É acusado de corrupção. Está seguro de que as acusações são falsas? Confio muito na avaliação do Eduardo Saboia. No caso dos torcedores corintianos, já libertados, ele tinha me dito que nenhum deles tinha envolvimento com a morte daquela menino boliviano, no estádio de Ururo. E o Saboia me passa a mesma segurança em relação ao caso do senador Roger. Ele está muito seguro, pelos dados que obteve, de que o senador é perseguido pelo governo do Evo Morales. Diz que as acusações que pesam contra ele fruto de disputa política. Ele é o líder da oposição. Não o conheço em profundidade. Mas pergunto: se ele fosse um criminoso, o governo brasileiro teria concedido o asilo político?
— Sobre o quê o sr. e o senador boliviano conversaram durante o voo de Corumbá até Brasília? Ele me pareceu em estado de choque. A ficha ainda não havia caído. Ele parecia ainda não acreditar na possibilidade de ser um homem livre. Me disse que contou os dias em que ficou retido numa sala. Foram 455 dias. Na cabeça dele, a estratégia do governo da Bolívia era vencê-lo pelo cansaço. Esperavam que ele não aguentasse e saísse à rua, para ser preso. É um homem de família, Batista, conservador. Sabe que terá de refazer a vida.
— O senador Renan Calheiros respondeu ao recado que o sr. deixara no sábado? Ele me ligou no domingo, quando tudo já estava resolvido. Contei rapidamente o que se passou. E ficou nisso.
— Não receia ser criticado por sua participação na fuga? De jeito nenhum. Não convivo muito bem com a omissão. Prefiro o erro à indiferença. E não creio ter cometido nenhum erro nesse episódio.
http://www.forte.jor.br/2013/08/26/fuga ... /#comments
- Grifon
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Re: Geopolítica Brasileira
Fuga de senador boliviano faz Dilma demitir Patriota
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixou o cargo nesta segunda-feira. Ele caiu após o diplomata brasileiro Eduardo Saboia patrocinar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de seu país.
Assumirá a pasta o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil na ONU (Nações Unidas). Foi coordenador da cúpula ambiental Rio+20.
Segundo assessores presidenciais, Dilma ficou irritada ao ser pega de surpresa com a atuação de funcionários da embaixada do Brasil na Bolívia no embarque do senador, condenado a um ano de prisão por corrupção.
Ele estava abrigado na embaixada do Brasil havia 15 meses.
Patriota foi chamado para uma conversa com a presidente no início da noite desta segunda-feira no Palácio do Planalto.
A versão do Planalto e do Itamaraty é de que o governo não autorizou e nem sequer sabia da operação para retirar Molina do país vizinho. O senador não podia sair do prédio por falta de um salvo conduto do governo boliviano.
Em junho deste ano, o Itamaraty, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria Geral da República se posicionaram contra conceder asilo político ao senador boliviano, que queria deixar a Bolívia rumo ao Brasil de carro.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... iota.shtml
- Sterrius
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Re: Geopolítica Brasileira
grande "demissão". Agora ele é o representante da ONU. E o nosso representante da ONU vira ministro.
Pra mim só adiciona ao teatro.
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- Sávio Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Ser acusado de alguma coisa pelo governo da Bolivia, para mim, seria um elogio.
Tô com o tal Eduardo Saboia, esse é o Cara.
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- romeo
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Re: Geopolítica Brasileira
O senador boliviano foi condenado pela justiça em seu país por corrupção...
Nada mais justo do que ser acolhido por seus congêneres no Brasil.
Ja temos um terrorista italiano e agora a ele se soma um corrupto boliviano.
Isso tem nome e definição... Chama-se "Espírito de Corpo".
( pena que não sei grafar em frances para ficar mais "diplomático" ).
Nada mais justo do que ser acolhido por seus congêneres no Brasil.
Ja temos um terrorista italiano e agora a ele se soma um corrupto boliviano.
Isso tem nome e definição... Chama-se "Espírito de Corpo".
( pena que não sei grafar em frances para ficar mais "diplomático" ).
- J.Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Nós damos asilo pra todo mundo, é nossa tradição, damos asilo para terrorista, ditador, corrupto, só não pode boxeador cubano, sacanear o barbudinho da ilha não pode!
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: Geopolítica Brasileira
De novo essa história dos pugilistas cubanos? Procure se informar melhor! Os cubanos fugiram porque tiveram um proposta para ir lutar na Alemanha. A coisa toda deu errada, o tal empresário não apareceu... os cubanos VOLTARAM pra CUBA porque quiseram! Não queriam ficar no Brasil! Eles não tinham intensão NENHUMA de ficar no Brasil!