Fórum Defesa Brasil

Paulo Bastos escreveu:

gabriel219 escreveu: Concordo!

Sinto discordar mas vocês estão totalmente por fora!!!!
Primeiro que em 16 de maio, a Diretoria de Fabricação (DF), lançou o RFI para as empresas interessadas em fornecer a torre com canhão de 105mm para o VBR-MR.
Segundo que a torre que a CMI anunciou que vai oferecer não é a CT-CV 105HP, mas sim a XC-8 120HP, equipada com um canhão de 105mm. Porem, a OTO-Melara, empresa do Grupo Finmeccanica e com isso a preferida da IVECO, esta oferecendo a HITFACT 105.
Além disso existe um zum-zum-zum, nada oficial ainda, da AEL entrar com uma suposta torre "nacional", usando um canhão Rheinmetall e componentes israelenses, porem essa proposta esbarra, de acordo com informações em off, no fato da empresa estar com dificuldades em cumprir os índices de nacionalização da UT-30BR conforme o acordado com o EB.
Ou seja, a CMI pode até levar, mas ela vai ter que se esforçar muito...
Na próxima T&D, que já esta indo para as gráficas, tem uma matéria sobre o tema.
Abraços,
Paulo Bastos

Paulo, sabes ou podes dizer algo a despeito da escolha da CMI pela XC-8 120HP ao invés da CT-CV, já que a propaganda da empresa praticamente durante estes meses todos foi no sentido de promover esta mesma torre ao invés daquela?

abs.

FCarvalho escreveu:Paulo, sabes ou podes dizer algo a despeito da escolha da CMI pela XC-8 120HP ao invés da CT-CV, já que a propaganda da empresa praticamente durante estes meses todos foi no sentido de promover esta mesma torre ao invés daquela?

abs.

Foi uma decisão simplesmente estratégica comercial.

A torre XC-8 é uma evolução da CT-CV, que é uma torre mais simples.
Quando a opção do EB era pelo canhão de 90mm a opção da CMI era disparada a favorita, mas quando a opção passou a era de 105mm a balança pendeu para a italiana HITFACT da OTO Melara, que além de seu projeto permitir uma maior proteção blindada e diversidade de sensores, ainda tinha a possibilidade de utilizar o canhão de 105 ou 120mm, que permite de forma mais simples um upgrade em caso de uma modernização meia vida. A nova torre da CMI possui as mesmas características, porem assim como sua antecessora CT-CV, e ao contrario da torre italiana, ainda não foi escolhida para equipar nenhum blindado.


Abraços,
Paulo

Uma curiosidade que tenho Paulo é saber se estas torres necessariamente seriam ou teriam de ser modificadas para receber um canhão de 120mm, já que o mesmo seria bem maior e mais pesado do que o de 105mm. E em caso afirmativo, que tipo de modificações seriam necessárias.

Pergunto pois tenha cá uma pulga atrás da orelha que me diz que o EB, na sua firme política de compras de materiais novos que sejam bons, nem tão bonitos assim e principalmente baratos pode estar 'tramando' algo a despeito de utilizar ou lançar mão destas mesmas torres com fins de equipar-se um futuro CC nacional.

Se isso chegar a se tornar fato, me ocorre que estejamos trocando seis por meia duzia, sendo este último um zero km, ou então aplicando nosso reles recursos em um CC o qual só terá mesmo o nome.

Paulo Bastos escreveu:A nova torre da CMI possui as mesmas características, porem assim como sua antecessora CT-CV, e ao contrario da torre italiana, ainda não foi escolhida para equipar nenhum blindado.

Uma coisa que creio pode ser boa, e por outro lado, e ao mesmo tempo, ruim. Boa por que é um projeto sobre o qual, uma vez ainda não adotado, poderemos influir em vários aspectos técnicos e operacionais, e quiçá comerciais, como Prime Contractor, a partir de sua adaptação aos Guarani e família, e mesmo chegando a obter alguma co-propriedade, já que seríamos os primeiros a adotá-las, e assim dispor de conhecimento e prioridade na co-produção/comercialização do projeto. Do lado ruim está o fato de que já que ninguém ainda as utiliza, e levando-se em conta a já conhecida e tradicionalíssima tradição do EB em não comprar e utilizar material novo que não tenha sido devidamente comprovado e usado por outros operadores, ao fim e ao cabo jamais sabermos se aquelas torres seriam, sob os aspectos que citei acima, o melhor negócio para nós.

A ver.

abs.

Um páreo realmente duro.

Oto Melara


XC-8 120HP


abs.

Recomendo a todos ler nosso (Helio/Paulo/eu) artigo sobre os canhões/torres para o VBR (versão 8X8 do VBTP-MR), na proxima edição da Tecnologia & Defesa que já está no prelo.

Acredito que as duvidas existentes serão plenamente esclarecidas.

Bacchi

Reginaldo Bacchi escreveu:Recomendo a todos ler nosso (Helio/Paulo/eu) artigo sobre os canhões/torres para o VBR (versão 8X8 do VBTP-MR), na proxima edição da Tecnologia & Defesa que já está no prelo.

Acredito que as duvidas existentes serão plenamente esclarecidas.

Bacchi

Parabéns aos autores dos artigos referentes ao Guarani e aos canhões/torres que poderão equipar este veiculo. Excelentes mesmo. Varias informações inéditas e trabalho jornalistico de alto nível. A revista Tecnologia & Defesa a cada dia se supera ao publicar matérias de interesse realizada por profissionais do mais elevado nível técnico e possuidores de credibilidade irrefutável. Parabéns a equipe de Tecnologia & Defesa pela qualidade da revista.


Sds


Lord Nauta

Eu não estou no Brasil... não tem como ler a revista

Sempre comprei quando morava no Brasil e sempre compro quando vou de férias no fim do ano. Gosto muito da publicação.

[]s
CB_Lima

Vocês saberiam me indicar alguma banca de São Paulo que tenha a revista? Não estou encontrando

Eu sempre encontro na banca que tem na rodoviária do Tietê. Sempre passo lá quando estou indo ou voltando de São José.

Eu sempre vejo naquelas bancas de revistas que tem em aeroportos.

Reginaldo Bacchi escreveu:Recomendo a todos ler nosso (Helio/Paulo/eu) artigo sobre os canhões/torres para o VBR (versão 8X8 do VBTP-MR), na proxima edição da Tecnologia & Defesa que já está no prelo.

Acredito que as duvidas existentes serão plenamente esclarecidas.

Bacchi

Prezado Bacchi,

Comprei hoje a revista, ótima matéria a de vocês. Meus parabens! Para mim é uma honra participar desse forum e trocar palavras com vocês.

Em relação as informações, fiquei com as seguintes dúvidas:

1) A torre Elbit UT30BR é toda externa para não prejudicar o espaço interno. A torre TORC-30 (desenvolvimento do CTEx com a ARES) é externamente mais compacta e será operada por 2 pessoas (comandante e atirador). A dúvida é se nessa torre TORC-30 o espaço interno também foi preservado e se essa operação por 2 pessoas reduziu o restante da guarnição e se esse comandante eventualmente pode desembarcar junto com o grupo de combate, sem prejuízo da operacionalidade da torre.

2) Esse desenvolvimento da TORC-30 pelo CTEx sinaliza que o EB não ficou satisfeito com a UT30BR ou pretende operar as duas?

Um grande abraço,

Robson

RobsonBCruz escreveu:

Reginaldo Bacchi escreveu:Recomendo a todos ler nosso (Helio/Paulo/eu) artigo sobre os canhões/torres para o VBR (versão 8X8 do VBTP-MR), na proxima edição da Tecnologia & Defesa que já está no prelo.
Acredito que as duvidas existentes serão plenamente esclarecidas.
Bacchi

Prezado Bacchi,
Comprei hoje a revista, ótima matéria a de vocês. Meus parabens! Para mim é uma honra participar desse forum e trocar palavras com vocês.
Em relação as informações, fiquei com as seguintes dúvidas:
1) A torre Elbit UT30BR é toda externa para não prejudicar o espaço interno. A torre TORC-30 (desenvolvimento do CTEx com a ARES) é externamente mais compacta e será operada por 2 pessoas (comandante e atirador). A dúvida é se nessa torre TORC-30 o espaço interno também foi preservado e se essa operação por 2 pessoas reduziu o restante da guarnição e se esse comandante eventualmente pode desembarcar junto com o grupo de combate, sem prejuízo da operacionalidade da torre.
2) Esse desenvolvimento da TORC-30 pelo CTEx sinaliza que o EB não ficou satisfeito com a UT30BR ou pretende operar as duas?
Um grande abraço,
Robson

Robson, muito obrigado por suas palavras.

Quanto as perguntas:

1) Sim, o comnadante pode desembarcar com o grupo de combate. O atirador manterá o controle da torre podendo receber instruções do comandante via wireless até uma distancia de 100 m.

2) Não temos informações sobre a intenção do EB em relação as 2 torres.

Bacchi

Reginaldo Bacchi escreveu:

RobsonBCruz escreveu: Prezado Bacchi,
Comprei hoje a revista, ótima matéria a de vocês. Meus parabens! Para mim é uma honra participar desse forum e trocar palavras com vocês.
Em relação as informações, fiquei com as seguintes dúvidas:
1) A torre Elbit UT30BR é toda externa para não prejudicar o espaço interno. A torre TORC-30 (desenvolvimento do CTEx com a ARES) é externamente mais compacta e será operada por 2 pessoas (comandante e atirador). A dúvida é se nessa torre TORC-30 o espaço interno também foi preservado e se essa operação por 2 pessoas reduziu o restante da guarnição e se esse comandante eventualmente pode desembarcar junto com o grupo de combate, sem prejuízo da operacionalidade da torre.
2) Esse desenvolvimento da TORC-30 pelo CTEx sinaliza que o EB não ficou satisfeito com a UT30BR ou pretende operar as duas?
Um grande abraço,
Robson

Robson, muito obrigado por suas palavras.

Quanto as perguntas:

1) Sim, o comnadante pode desembarcar com o grupo de combate. O atirador manterá o controle da torre podendo receber instruções do comandante via wireless até uma distancia de 100 m.

2) Não temos informações sobre a intenção do EB em relação as 2 torres.

Bacchi

Muito obrigado.

Bacchi, poderia me tirar uma dúvida?
Existe outra maneira de se comunicar com carros de combate a não ser pelo telefone externo, posto na carroceria do carro de combate?
Muito obrigado e um abraço.

gabriel219 escreveu:Bacchi, poderia me tirar uma dúvida?
Existe outra maneira de se comunicar com carros de combate a não ser pelo telefone externo, posto na carroceria do carro de combate?
Muito obrigado e um abraço?

Sim existe.

O telefone externo é um meio de comunicação com o carro, para quem não tem possibilidade de acessar o sistema de comunicação normal do carro.

Normalmente todo carro de combate é mobiliado com um radio VHF para comunicação entre si, e todos os tripulantes estão interligados e aptos para comunicação externa.

Por coincidencia meu primeiro trabalho na diretoria de suprimentos da ENGESA (Janeiro 1978) foi redigir o contrato de compra do equipamento radio para os Cascaveis vendidos para o Iraque. Eu me lembro que todo Cascavel Iraquiano tinha radio VHF. Os Cascaveis dos comandantes de pelotão tinham em adição um radio HF para comunicação a maior distancia.

O sistema que vendemos ao Irak era o Sistema Clansman de Comunicação para Carros de Combate, do exército britanico.

Quando estourou a 2ª GM nem todos os exércitos do Mundo timham sistema de comunicação para carros de combate.

No exército francês os carros de combate Renault FT, R35 e H35 (o grosso dos veiculos franceses) não tinha radio. Os comandantes se comunicavam por meio de bandeiras de sinalização.

Os carros de combate pesados franceses da infantaria usavam telegrafo sem fio!!!

Uma das coisas que foi feito na criação da força blindada alemã na decada de 30 foi garantir que todo carro de combate tivesse sistema radio. Talves isto acontecesse, pelo fato de Guderian era oficial de comunicações.

Bacchi