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Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Seg Ago 22, 2011 8:50 pm
por Reginaldo Bacchi
jumentodonordeste escreveu:Amigo Liulba.
Não sou um especialista, mas acho que vai variar bastante.
Creio que o que tem mais influência na capacidade de penetração da ogiva é a velocidade em que essa se encontra no momento do impacto com o alvo e não necessariamente a distância para ele.
Quanto mais distante o alvo do lançador, maior o terreno percorrido e mais velocidade se perde, quanto mais próximo maior é a capacidade de tirar o máximo proveito da velocidade de lançamento dessa arma, no caso o RPG que creio ser da versão mais simples (RPG-7). Mas a arma foi projetada para operar em até 200 metros, então um alvo dentro desse raio sofrerá o impacto que essa arma foi projetada para dar.
O que eu quero dizer com tudo isso é que, pode variar sim, mas não deve ser muita coisa.
Quanto ao nosso míssil, o princípio é o mesmo, mas é uma arma para detonar carros de combate "Anti-tank missile" e geralmente esse ataque seria conduzido a uma distância segura. Mesmo se fizéssemos o ataque a uma curta distância, acho difícil que o nosso míssil, sem uma ogiva melhorada, consiguisse penetrar de maneira satisfatória em um CC moderno.
Pode até ser que consiga, mas a chance seria um pouco maior que a de um RPG, de 150 reais, tirar um M-1A, de milhões, do combate.
Meu querido jumento.

Você está completamente, absolutamente errado.

A penetração da munição HEAT não tem absolutamente nada a ver com a velocidade de impacto da ogiva.

Toda a energia de penetração se cria na detonação da ogiva.

Tanto isto é fato, que o primeiro uso da munição HEAT se deu de maneira estática no assalto e ocupação do forte belga de Eben Emael em Junho 1940, por tropas aero terrestres alemãs.

O assalto foi realizado por 78 engenheiros de combate paraquedistas transportados em planadores DFS 230, comandados pelo tenente Rudolf Wiizig.

A arma usada para neutralizar os bunkers e as torres de metralhadoras e canhões foi a granada de carga oca. Eram portáteis e montadas sobre tripés.

Este tipo de munição foi também empregada como arma anti carro sendo colocada manualmente sobre a couraça (precisava muita coragem para fazer isto) e aderia ao metal por meio de imã. Os alemães introduziram o Zimmerit para impedir a adesão magnetica.

Uma coisa importante na qualidade de penetração é o que os anglo saxões chamam de “stand off”.

Stand off é distancia da blindagem em que se dá a detonação da carga oca.

Se fizermos uma serie de testes detonando a carga oca a distancias diferentes da blindagem, verifica-se que existe uma distancia em que a penetração é máxima.

Você deve ter notado que algumas munições de misseis guiados anti carro (TOW/MILAN) e de canhões de carro de combate (Rheimetall 120 mm HEAT) possuem um prolongamento na ogiva. Este prolongamento é exatamente para fazer a detonação na granada HEAT na distancia ideal, com o máximo de penetração.

As blindagens gaiola e saias são exatamente para provocar a detonação da carga oca e portanto diminuir sua eficiência.

As munições anti carro se dividem em munições cinéticas (cuja eficiência depende de massa e da velocidade de impacto sobre o alvo) e químicas (que dependem exclusivamente da energia criada pela detonação da carga – são duas: HEAT e HESH).

Bacchi

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Seg Ago 22, 2011 9:36 pm
por jumentodonordeste
Bom, eu disse que não era um especialista.
Se olhar no meu post vai ver que está escrito "EU ACHO", usei o raciocínio lógico baseado no conhecimento em física básica.

Quato maior seria a velocidade da munição maior seria a energia gerada no impacto e, com uma munição projetada para penetrar, a penetração seria maior.

Mas se não é assim, ué, quem sou eu pra discutir essa parada, falei lá no começo, NÃO SOU ESPECIALISTA.

Valeu aí pela explicação.

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Seg Ago 22, 2011 9:48 pm
por Reginaldo Bacchi
jumentodonordeste escreveu:Bom, eu disse que não era um especialista.
Se olhar no meu post vai ver que está escrito "EU ACHO", usei o raciocínio lógico baseado no conhecimento em física básica.
Quato maior seria a velocidade da munição maior seria a energia gerada no impacto e, com uma munição projetada para penetrar, a penetração seria maior.
Mas se não é assim, ué, quem sou eu pra discutir essa parada, falei lá no começo, NÃO SOU ESPECIALISTA.
Valeu aí pela explicação.
Obrigado.

Abraços

Bacchi

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Ago 25, 2011 10:09 pm
por binfa
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/fotografias/GEBIS%20-%20RJ/RJ18715.jpg

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/fotografias/GEBIS%20-%20RJ/RJ18714.jpg
M3-A1 Stuart

credito: Esso Standard do Brasil

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Dom Set 04, 2011 8:42 pm
por binfa
Imagem
VBC CC M60 A3 TTS

Quem disse que nossas pontes não aguentão o peso dos MBT, aqui são 2 M60 mais 2 carretas....

http://4.bp.blogspot.com/-YzQxzd_MlnQ/ThOH8cqZloI/AAAAAAAADkI/AoyoordEHUo/s1600/enguia_detonado.jpg

:mrgreen:

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Dom Set 04, 2011 9:58 pm
por Reginaldo Bacchi
binfa escreveu:Imagem
VBC CC M60 A3 TTS

Quem disse que nossas pontes não aguentão o peso dos MBT, aqui são 2 M60 mais 2 carretas....

http://4.bp.blogspot.com/-YzQxzd_MlnQ/ThOH8cqZloI/AAAAAAAADkI/AoyoordEHUo/s1600/enguia_detonado.jpg

:mrgreen:
Ou seja, todas as pontes do Brasil são iguais a esta.

Fico muito satisfeito em saber disto.

Bacchi

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qua Set 07, 2011 4:36 pm
por binfa
Imagem
VBC CC Leopard 1A5BR

credito: Thiago Melo

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qua Set 07, 2011 6:27 pm
por binfa
http://farm7.static.flickr.com/6189/6124505025_0bcb6aa442_o.jpg

http://farm7.static.flickr.com/6077/6125045070_5c8c2756d7_o.jpg

credito: Marcus Cabaleiro

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 2:01 pm
por binfa
http://farm6.static.flickr.com/5104/5563700004_00cab4026b_o.jpg

http://farm5.static.flickr.com/4129/5177183542_c121f8df36_o.jpg

credito: Eduardo Amorim

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 2:08 pm
por joao fernando
É sério que essa desculpa cola, de que nossas pontes não aguentam, e nosso solo patrio é podre???

Se bem que...a esteira, pode fazer a estrutura entrar em ressonancia - quando a placa da esteira bate no chão da ponte

Faz sentido, ou é muita esculhambação de minha parte???

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 2:14 pm
por Pablo Maica
João nesse link da reevista ação de choque do CBlid tem uma matéria sobre trafegabilidade, talvez esclareça um pouco:

http://www.cibld.ensino.eb.br/index.php ... &Itemid=19




Um abraço e t+ :D

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 3:57 pm
por Paulo Bastos
Olá João Fernando,
joao fernando escreveu:É sério que essa desculpa cola, de que nossas pontes não aguentam, e nosso solo patrio é podre???
Sei que a diferença entre o conceito teórico e o entendimento pessoal sobre a capacidade máxima de carga suportada por nosso sistema rodoviário para uma pessoa que não é da área seja algo quase que surreal, tanto que não basta o fato de algumas pessoas que estão diretamente em contatos com o EB, como é o meu caso, o do Hélio, Bacchi e tantos outros foristas, falar que é extremamente difícil o deslocamento de um comboio transportando veículos do porte de um CC M60 nas estradas brasileiras. E esse problema se torna ainda mais difícil de entender para alguém que mora na região metropolitana de São Paulo, onde as rodovias não servem de comparação para o resto da nação, exatamente o seu caso.

Pegando um gancho na sugestão do Alexandre e usando como referencia o programa MythoBusters (que particularmente acho muito chato, mas que utiliza conceitos empíricos) sugiro uma experiência para os senhores:
1º. Procurem na internet uma empresa de transporte de veículos pesados que atue, ou simplesmente recolha carga, na região de Campo Grande/MS, onde ficarão os nossos M60A3;
2º. Ligue para e pergunte se eles podem transportar três tratores de cerca de 50 toneladas cada: um para Brasília, um para o Rio de Janeiro e o outro para Recife;
3º. Caso eles efetuem o transporte, pergunte como ele seria, quanto tempo levaria, qual seria a rota utilizada e o porquê dela;
4º. Após isso, vá no Google Maps e calcule as mesmas rotas usando as origens e destinos citados;
5º. Compare os trajetos;

Com tudo isso em mão vocês poderão, parcialmente, confirmar ou derrubar esse “mito”.
O que os senhores acham disso?
Se bem que...a esteira, pode fazer a estrutura entrar em ressonancia - quando a placa da esteira bate no chão da ponte

Faz sentido, ou é muita esculhambação de minha parte???
O problema entre os M60 e as nossas pontes, principalmente as interioranas, é o peso mesmo.

Vou aproveitar e contar um "causo" que ouvi quando fazia pesquisas para o livro do Sherman: O Ex-senador da República pelo Estado de Goiás, Irapuan Costa Junior (quem me relatou o "causo"), é um grande colecionador de militaria e um dia resolveu acrescentar blindados a sua coleção. Em um leilão do EB, arrematou dois CCL Stuart (um M3 e um M3A1) e um CCM M4 Sherman, que foram transportados para Brasília e lá chegando foram reformados e colocados em condições de rodagem. O Objetivo do Sr. Irapuan era de colocá-los em sua fazenda em Anápolis-DF, distante cerca de 150km de Brasília.
Pois bem, os dois Stuart, foram transportados sem nenhum problema, mas o Sherman ficou por mais de 10 anos na oficina que ele foi recuperado, em Brasília, porque não existia uma rota para a fazenda com pontes que tivessem capacidade suportar dseu peso!
A alguns anos, depois desse “pequeno” problema, o Sherman foi vendido a outro colecionador, e fizeram seu transporte até Bragança Paulista. Para essa nova "epopéia" foram utilizadas as Rodovias Anhanguera e Dom Pedro, que são idênticas as do restante do país... [082]


Um forte abraço,
Paulo Bastos

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 4:06 pm
por joao fernando
Paulo, sem mais comentarios de minha parte :mrgreen:

Já esse cara de Bragança, quem seria? Sou praticamente vizinho, e seria possivel uma visita?

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 4:21 pm
por Paulo Bastos
joao fernando escreveu:Paulo, sem mais comentarios de minha parte :mrgreen:

Já esse cara de Bragança, quem seria? Sou praticamente vizinho, e seria possivel uma visita?
Infelizmente ele tambem não possui mais esse veículo.

O Colecionador citado era o Sr. Francisco Barcelos, que chegou a ter quase 50 blindados em sua fazenda, em Bragança Paulista, que chegou a ser usada por varias vezes em competições nacionais de Paint ball. Pelo que sei ele vendeu todos os seus blindados, sendo que um grande numero Stuarts foram "exportados" para colecionadores na Europa.

Abraços,
Paulo Bastos

Re: Acervo Fotográfico do Exército Brasileiro

Enviado: Qui Set 08, 2011 5:59 pm
por binfa
Tempos atrás havia postado estas fotos e o Helio havia comentado que era de um colecionador daqui de SP, Paulo será que seriam estes!

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Tanques M3 / M3A1

credito: Paulo Bidoli (03/11/2010)

comentário do Sr Paulo Bidoli:

"Olá. Existem sim, só que todos foram vendidos para colecionadores da Inglaterra.
Essas fotos que tirei, foram um pouco antes do embarque deles.
É uma pena, mas pelo menos a gente sabe que estarão sendo bem cuidados e não largados no tempo como estavam. Se vc quiser ver alguns filmes deles, acesse o YouTube e procure por "Tanks in Town 2010". Alguns deles aparecem numa comemoração na Bélgica, ainda com a pintura (ou sem ela) que estavam por aqui. Abraços
"