Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Jornalistas brasileiros são presos e obrigados a deixar o Egito
03 de fevereiro de 2011 • 16h13 • atualizado às 16h24
Enviados para o Egito para a cobertura da crise política no país, o repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos. Desde a noite de quarta-feira até a manhã desta quinta, Corban e Gilvan ficaram sem água, presos em uma sala sem janelas e com apenas duas cadeiras e uma mesa, em uma delegacia do Cairo.
"É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu", afirmou Corban, que volta nesta sexta-feira com Gilvan ao Brasil.
Para serem liberados, os repórteres foram obrigados a assinar um depoimento em árabe, no qual, segundo a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar imediatamente o Egito rumo ao Brasil. "Tivemos que confiar no que ele (o policial) dizia e assinar o documento", contou Corban.
No caminho da delegacia para o aeroporto do Cairo, Corban disse ter observado a tensão nas ruas e a movimentação intensa de manifestantes e veículos militares nos principais locais da cidade. Segundo ele, todos os automóveis são parados em fiscalizações policiais e os documentos dos passageiros, revistados.
Os estrangeiros são obrigados a prestar esclarecimentos. De acordo com o repórter, o taxista sugeriu que ele omitisse a informação de que era jornalista.
Protestos convulsionam o Egito
Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Já os Irmãos Muçulmanos disseram que não iriam dialogar com o novo governo. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milharesde pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak.
A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo. O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos na capital. Manifestantes pró e contra o governo Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. O número de mortos é incerto, entre seis e dez, e mais de 800 pessoas ficaram feridas. No dia seguinte, o governo disse ter iniciado um diálogo com os partidos. Mas a oposição nega. Na praça Tahrir e arredores, segue a tensão.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... Egito.html
03 de fevereiro de 2011 • 16h13 • atualizado às 16h24
Enviados para o Egito para a cobertura da crise política no país, o repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos. Desde a noite de quarta-feira até a manhã desta quinta, Corban e Gilvan ficaram sem água, presos em uma sala sem janelas e com apenas duas cadeiras e uma mesa, em uma delegacia do Cairo.
"É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu", afirmou Corban, que volta nesta sexta-feira com Gilvan ao Brasil.
Para serem liberados, os repórteres foram obrigados a assinar um depoimento em árabe, no qual, segundo a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar imediatamente o Egito rumo ao Brasil. "Tivemos que confiar no que ele (o policial) dizia e assinar o documento", contou Corban.
No caminho da delegacia para o aeroporto do Cairo, Corban disse ter observado a tensão nas ruas e a movimentação intensa de manifestantes e veículos militares nos principais locais da cidade. Segundo ele, todos os automóveis são parados em fiscalizações policiais e os documentos dos passageiros, revistados.
Os estrangeiros são obrigados a prestar esclarecimentos. De acordo com o repórter, o taxista sugeriu que ele omitisse a informação de que era jornalista.
Protestos convulsionam o Egito
Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Já os Irmãos Muçulmanos disseram que não iriam dialogar com o novo governo. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milharesde pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak.
A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo. O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos na capital. Manifestantes pró e contra o governo Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. O número de mortos é incerto, entre seis e dez, e mais de 800 pessoas ficaram feridas. No dia seguinte, o governo disse ter iniciado um diálogo com os partidos. Mas a oposição nega. Na praça Tahrir e arredores, segue a tensão.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Acho que essa imagem diz alguma coisa.
Arrepios e dor de cabeça a israelenses e americanos.
Vê se que o povo (pelo menos este aqui representado) faz questão de mostrar fotos de seu presidente junto com presidentes americanos, destacando a bandeira americana... obviamente visto como algo negativo.
abraços]
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Agora começou ficar interessante a partida !
Saudações
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Mubarak diz que o perigo do caos impede sua renúncia
03 de fevereiro de 2011
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, se mostrou disposto a renunciar imediatamente nesta quinta-feira, mas considera inviável renunciar por causa do caos que, segundo ele, poderia atingir o país.
Em entrevista à rede americana "ABC", que será transmitida no próximo domingo, mas que já teve trechos divulgados antecipadamente no site da emissora, o presidente destaca: "não gosto de ver como os egípcios lutam uns contra outros".
Mubarak diz que o perigo do caos impede sua renúncia
03 de fevereiro de 2011
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, se mostrou disposto a renunciar imediatamente nesta quinta-feira, mas considera inviável renunciar por causa do caos que, segundo ele, poderia atingir o país.
Em entrevista à rede americana "ABC", que será transmitida no próximo domingo, mas que já teve trechos divulgados antecipadamente no site da emissora, o presidente destaca: "não gosto de ver como os egípcios lutam uns contra outros".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Generosidade tocante, eu diria...NOBEL DA PAZ PRO MUBARAK!!!
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não se pode dizer que ele seja estupido.
Aparentemente ele criou a própria instabilidade e agora justifica-se com a necessidade de estabilidade para justificar a continuação.
Não há crime perfeito, mas há que reconhecer que a estratégia dele, do ponto de vista táctico, foi bem pensada.
Os jornalistas estão a ser (como é normal) os principais alvos, porque hoje com a Internet fica impossível controlar a emissão de notícias. Tem que se atacar na origem.
Aparentemente ele criou a própria instabilidade e agora justifica-se com a necessidade de estabilidade para justificar a continuação.
Não há crime perfeito, mas há que reconhecer que a estratégia dele, do ponto de vista táctico, foi bem pensada.
Os jornalistas estão a ser (como é normal) os principais alvos, porque hoje com a Internet fica impossível controlar a emissão de notícias. Tem que se atacar na origem.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Pelo contrário, considero um erro terrível. Só vai exacerbar ainda mais o ânimos e levar a uma radicalização que só favorece os movimentos extremistas. Realmente não se pode dizer que "Rosna Mumiarak" e capangas sejam estúpidos. Atendendo à situação criada, o epíteto de estúpidos, é elogio.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Podemos dizer que o jogo não é muito limpo, estou de acordo, mas a verdade é que perante uma situação de falta de segurança, as pessoas favorecem quem lhes possa garantir a segurança.
Isso é assim em qualquer país do mundo.
Logo, é uma questão de tempo. Com o passar do tempo, vão restar os resistentes e vão-se embora os representantes da classe média e a população mais instruida.
Sem essas pessoas, os revoltosos serão apenas uma turba, controlada pelos criminosos fanáticos da Irmandade Muçulmana, movidos pelo terror islâmico.
O problema é que muitos egipcios não gostam do terror islâmico.
O que eles querem, é ter o nivel de vida que invejam aos ocidentais.
A maioria percebe que não chegarão lá com os extremistas e criminosos dos movimentos fanáticos religiosos.
É por isso que o Mubarak, afirmou que se saísse, a Irmandade Muçulmana tomaria o poder.
Ele sabe, que muitos milhões de egipcios detestam os fanáticos islâmicos.
Esperemos pela Sexta-feira...
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Logo, é uma questão de tempo. Com o passar do tempo, vão restar os resistentes e vão-se embora os representantes da classe média e a população mais instruida.
Sem essas pessoas, os revoltosos serão apenas uma turba, controlada pelos criminosos fanáticos da Irmandade Muçulmana, movidos pelo terror islâmico.
O problema é que muitos egipcios não gostam do terror islâmico.
O que eles querem, é ter o nivel de vida que invejam aos ocidentais.
A maioria percebe que não chegarão lá com os extremistas e criminosos dos movimentos fanáticos religiosos.
É por isso que o Mubarak, afirmou que se saísse, a Irmandade Muçulmana tomaria o poder.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
X2.FoxTroop escreveu:Pelo contrário, considero um erro terrível. Só vai exacerbar ainda mais o ânimos e levar a uma radicalização que só favorece os movimentos extremistas. Realmente não se pode dizer que "Rosna Mumiarak" e capangas sejam estúpidos. Atendendo à situação criada, o epíteto de estúpidos, é elogio.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Berlusconi diz que Mubarak é sábio e defende sua permanência
04 de fevereiro de 2011
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, elogiou nesta sexta-feira o presidente egípcio, Hosni Mubarak, como sendo um homem sábio e disse que ele deveria permanecer no lugar durante a transição do país à democracia. "Espero que possa haver continuidade no governo", disse ele a jornalistas.
"Espero que o Egito possa fazer uma transição para o sistema democrático sem um rompimento com o presidente Mubarak, que no Ocidente, acima de tudo nos Estados Unidos, é considerado o mais sábio dos homens e um ponto de referência preciso", afirmou Berlusconi.
Na quinta-feira, Berlusconi e outros líderes europeus disseram em comunicado conjunto que estavam "extremamente preocupados" com a situação no Egito e pediram "uma transição rápida e ordenada para um governo amplamente representativo..."
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não me parece que assim seja. Basta ver o que se está a passar hoje. Olhar para a maneira de pensar de um árabe com um julgamento europeu/ocidental, dá em erro. Para mim existe um sinal muito forte sobre que rumo as coisas vão tomar. O responsável egipcio pelo Exército esteve na praça em visita às tropas. Provavelmente o futuro Presidente do governo de transição. Ou então, fazer ver aos militares, através de sua presença, que têm de cumprir ordens e não deixar os manifestantes avançarem para o palácio presidencial. Existe também outra coisa intrigante, que é o facto de 2 batalhões do Exército egipcio terem sido destacados para o Sinai (onde não tem havido nehuma desordem) com a autorização de Israel.pt escreveu:Podemos dizer que o jogo não é muito limpo, estou de acordo, mas a verdade é que perante uma situação de falta de segurança, as pessoas favorecem quem lhes possa garantir a segurança.
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Sem essas pessoas, os revoltosos serão apenas uma turba, controlada pelos criminosos fanáticos da Irmandade Muçulmana, movidos pelo terror islâmico.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Comicio Alexandria
A manifestação é geral em quase todas as cidades...
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://www.nytimes.com/2011/02/04/world ... .html?_r=1
American politicians and pundits have used the Brotherhood as a sort of boogeyman, tagging it as a radical menace and the grandfather of Al Qaeda. That lineage is accurate in a literal sense: some Qaeda leaders, notably the terrorist network’s Egyptian second-in-command, Ayman al-Zawahri, have roots in the organization. But Qaeda leaders despise the Brotherhood because it has renounced violence and chosen to compete in elections.
“The Brotherhood hates Al Qaeda, and Al Qaeda hates the Brotherhood,” said Shadi Hamid, director of research at the Brookings Doha Center in Qatar. “So if we’re talking about counterterrorism, engaging with the Brotherhood will advance our interests in the region.”
American politicians and pundits have used the Brotherhood as a sort of boogeyman, tagging it as a radical menace and the grandfather of Al Qaeda. That lineage is accurate in a literal sense: some Qaeda leaders, notably the terrorist network’s Egyptian second-in-command, Ayman al-Zawahri, have roots in the organization. But Qaeda leaders despise the Brotherhood because it has renounced violence and chosen to compete in elections.
“The Brotherhood hates Al Qaeda, and Al Qaeda hates the Brotherhood,” said Shadi Hamid, director of research at the Brookings Doha Center in Qatar. “So if we’re talking about counterterrorism, engaging with the Brotherhood will advance our interests in the region.”
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Do site da Folha:
abraços]
04/02/2011 - 08h38
Movimento islâmico Irmandade Muçulmana reclama de demonizaçãoSAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO
A Irmandade Muçulmana é totalmente diferente do Hamas e, caso chegue ao poder, não pretende nunca obrigar as mulheres a cobrir a cabeça com o véu.
A promessa foi feita em entrevista à Folha por Hesham Ali, 28, um dos coordenadores das ações de caridade do controverso grupo religioso, oficialmente banido, mas na prática tolerado, pelo ditador Hosni Mubarak.
Fundada em 1928, a Irmandade, misto de partido político e grupo de assistência social, é uma das mais organizadas forças de oposição, capaz de se tornar ainda mais influente em caso de queda do regime.
A irmandade defende que as leis do Estado derivem do Corão, livro sagrado do islã, embora haja em sua composição também facções menos adeptas desse princípio.
Nos anos 80, sob inspiração do grupo nasceu o Hamas, que atualmente controla a faixa de Gaza.
Também se atribui à irmandade a formação do hoje número 2 da Al Qaeda, o egípcio Ayman al Zawahiri.
Segundo Hesham, a comparação com o Hamas não cabe, porque a irmandade, ao contrário do grupo palestino, não tem uma agenda militar nem propaga ideias extremistas. "Condenamos a Al Qaeda e qualquer outro grupo que cometa atos violentos", diz.
Hesham também vê diferença de prioridades. "As pessoas no Ocidente não percebem que a Irmandade Muçulmana não é o grupo extremista que a mídia demoniza", disse.
Vestindo jaqueta de couro por cima de uma camisa de botão e falando um inglês fluente, ele tem o típico perfil dos membros que a organização utiliza para seu contato com a mídia ocidental.
Hesham é engenheiro civil, aparenta cordialidade e responde a qualquer questão, como se estivesse executando a missão de restaurar a imagem negativa do grupo, tido como instigador do radicalismo islâmico moderno.
Ele vê a crise atual como um puro reflexo das "arbitrariedades e incompetência" de Mubarak.
Admite que a irmandade não participou do início do levante, mas por razão estratégica. "Sabíamos que, se aderíssemos de imediato, Mubarak diria aos EUA que o Egito está ameaçado por fanáticos loucos e ganharia apoio internacional", afirma.
Segundo Hesham, a Irmandade Muçulmana aderiu à revolta depois que seus membros foram espancados.
O militante disse que seu grupo quer o fim da era Mubarak para instaurar um sistema democrático honesto.
Lançando independentes (é banida de atuar como partido), a irmandade obteve 20% das cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas de 2005.
No pleito do ano passado, os muçulmanos obtiveram resultado pífio, no que foi visto como manipulação pelo governo.
"Queremos chegar ao poder pelas urnas e respeitando todos os egípcios --cristãos, laicos etc."
abraços]
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