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Marechal-do-ar escreveu: ↑Seg Dez 10, 2018 11:37 pm E os dois ignoraram a pergunta... Precisava ser eles?

Marechal-do-ar escreveu: ↑Seg Dez 10, 2018 11:37 pm E os dois ignoraram a pergunta... Precisava ser eles?

knigh7 escreveu: ↑Ter Dez 11, 2018 12:11 am Agora eu vi que acabei por responder junto com o Túlio.

Marcelo Ponciano escreveu: ↑Ter Dez 11, 2018 1:17 am Presunção de inocência, liminar, etc, etc, tudo existe e tá aí para funcionar.

O ponto é outro.

Spoiler!

O cara se elegeu com um discurso radical de perseguir corruptos incansavelmente. Muita, mas muita gente mesmo, não foi só o zezinho da esquina não, to falando de uns 80% dos votos do Bolsonaro, foram de pessoas assim.

O discurso dele era de não admitir quem era denunciado. Depois mudou para o discurso de que não era réu ainda. Apareceu um réu e agora é o discurso de que não foi condenado ainda. Quando for condenado vai dizer que cabe recurso.

O cara é a cópia cuspida e escarrada (e esculpida em carrara) do PT. Tem todos os elementos do PT: um político messiânico, iletrado, que fala merda pelos cotovelos, conivente e cercado de gente corrupta, que sempre alega que não sabe de nada, com banqueiros na equipe econômica, com política externa fortemente ideológica e........

O grande elemento final e indispensável...uma militância cega que faz vista grossa.

Tudo isso não teria problema algum se o cara não tivesse sido eleito por 80% dos seus votos para combater tudo isso aí em cima.

É o maior estelionato eleitoral desde o arrocho da Dilma em 2015, que foi eleita em 2014 dizendo que estava tudo azul.

A história do Bolsonaro repete com assombrosa mímica a história do PT oposição que mudou para o PT governo. Na década de 90 o PT era o grande arauto da honestidade, paladino da moral, defensor da retidão, fiscal da ética, suprassumo do seu quase tudo. Quando foi eleito negou toda sua origem nos 6 primeiros meses de governo.

Bolsonaro é tudo isso aí, só que da direita. Se ele foi eleito com a promessa de não aceitar ninguém que fosse denunciado, e agora é conivente com um réu, ele simplesmente botou sobre a cabeça dele o telhado de vidro para levar pedrada.

Agora aguenta, que pedra é o que não falta!!!!!!!!!

Bourne escreveu: ↑Ter Dez 11, 2018 9:45 am
O PT que nós deus de presente esse governo. É a obra do Lula em querer virar um Getúlio Vargas. Os dois candidatos mais rejeitados que se apoiavam um ao outro para ir para segundo turno. Em uma situação normal, o segundo turno seria entre o projeto Alckmin vs Ciro. Em seguida discutir como sair do vermelho nas contas públicas e as reformas.

Aqui vejo um ponto quase que consistente, ainda que contaminado por uma clara tentativa de "contenção de danos": na verdade tudo aquilo que chamamos de "esquerda" no Brasil foi o que levou o Brasileiro à exasperação. E isso ocorreu por institucionalizarem a PILANTRAGEM em escala industrial, numa mistura profana entre setores públicos e privados, e independente de coloração partidária. Mas todos seguiram o canto de sereia do Führer de Garanhuns e deu no que deu. E o que deu foi Bolsonaro que, sem essa "ajudinha", seguiria sendo apenas mais um DF ou, com alguma sorte, Senador. Agora vale o véio adágio, quem pariu Mateus que o embale.

E notar, "Mateus" não é só Bolsonaro, Mourão e Ministério; some-se a eles bem mais da metade do Povo de um País que nem a pau quer saber mais de "esquerda", pelo menos fora da web, porque lá (aqui ) todo mundo é "valente" e luta até o fim. Não, a treta é ir para ruas abertamente hostis de bandeirinha vermelha e berrando LULLA LIVRE, aí estás por conta e risco e chumbo trocado DÓI! E não é POGROM, apenas conseguiram nos tirar totalmente do sério, a ponto de gente como eu, que nem sabe definir o que é "direita", começar a achar que o é, porque "esquerda" de jeito nenhum, e como a maioria das pessoas raciocina de maneira dualista...

Nem os "neo-isentões", pessoas que tentam manipular factóides para minar o governo que elegemos e nosso desiderato (chega de nos roubarem) se dão bem, pois já tem gente demais que reconhece de longe o discursinho venenoso da "esquerda" com uma bonita embalagem de "centro" mas que segue o mesmo. VOSMEÇÊS vão ter mesmo que se reinventar para o década seguinte e, lá pelo fim, tentar emplacar algum novo líder. Pessoalmente, acho que o SNA entra em operação antes...

A alma do governo Bolsonaro
Todo medo e toda incerteza diminuem quando nos rendemos à resposta dada diante das suspeitas contra o ex-assessor do filho: "Pode ser. Pode não ser"

Por Helio Gurovitz

11/12/2018 06h58 Atualizado há 8 horas


O presidente eleito, Jair Bolsonaro, discursa durante cerimônia de diplomação no TSE — Foto: Rafael Carvalho, Governo de Transição

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, assumiu uma postura distinta do provocador politicamente incorreto ontem em sua cerimônia de diplomação.

Para empregar o termo sempre cobrado daquele confrade por quem seu entorno nutre inexplicável admiração, o americano Donald Trump, Bolsonaro soou “presidencial”. Presidencial como Trump jamais conseguiu ser.

Talvez por isso seu discurso tenha sido eivado das platitudes insípidas que estamos acostumados a ouvir daqueles que ascendem ao poder.

Uma única frase – “o poder popular não precisa mais de intermediação” – pode despertar alguma controvérsia. Bolsonaro afirmou que as novas tecnologias permitem uma relação direta entre o eleitor e seus representantes. Não é bem assim. Elas também funcionam como intermediário. Ou será que ele também acredita que WhatsApp e Facebook são dádivas celestes, que funcionam num plano acima dos interesses humanos?

Na certa Bolsonaro nem pensou nisso. Quis apenas fazer um aceno, dar um recado, marcar seu estilo. A tal “relação direta” com o povo está na alma de todo populismo. Sua frase bem poderia ter sido dita por aquele outro confrade por quem o entorno de Bolsonaro nutre compreensível repulsa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É uma tranquilidade que Bolsonaro não tenha, até agora, demonstrado a inclinação para a mentira compulsiva e o narcisismo patológico que une os confrades Lula e Trump. Disso, ao menos, aparentemente estamos livres – embora não, lamentavelmente, de preocupações.

O estilo Bolsonaro se revelou noutra frase, dita anteontem, diante das suspeitas que pesam sobre Fabrício Queiroz, o ex-assessor de seu filho flagrado pelo Coaf em movimentações de R$ 1,2 milhão, boa parte em dinheiro vivo, ao longo de um ano – patamar injustificável para quem recebe um salário de servidor público.

– Ele tem que se explicar - disse Bolsonaro. Pode ser, pode não ser.

Pode ser. Pode não ser. Eis, numa frase, a alma do novo governo. Ela lembra o experimento imaginário do gato de Schrödinger, aquele que a física quântica não sabe dizer se está vivo ou morto até abrirmos a caixa.

Pode ser aplicada a várias outras situações que prometem trazer aflição ao novo governo. Reforma da previdência? Pode ser aprovada no primeiro semestre. Pode não ser. Arrecadação com leilões do Pré-sal? Pode ser dividida com estados e municípios. Pode não ser. Privatização da Petrobras? Podem ser vendidos pedaços. Podem não ser.

Ceder cargos no segundo escalão para conquistar o apoio de partidos no Congresso? Pode ser. Pode não ser. Militares concentraram poder demais no novo ministério? Pode ser. Pode não ser. E os evangélicos? Pode ser. Pode não ser.

Saída do acordo climático de Paris? Pode ser. Pode não ser. Mudança da embaixada brasileira em Tel Aviv para Jerusalém? Pode ser logo. Pode nem ser. Afastamento da China, nosso maior parceiro comercial. Pode ser. Pode não ser. E assim se faz um governo.

Estatísticos costumam distinguir entre risco e incerteza para avaliar o que não sabemos. Risco é aquilo que conseguimos medir por meio de probabilidades. Incerteza é o que foge à nossa capacidade de avaliação.

Os mercados continuam embriagados, acreditando que o governo Bolsonaro representa apenas riscos contornáveis e traz enormes oportunidades. Gatos vivos e escaldados sabem que a incerteza ainda é grande. Como no experimento de Schrödinger, é provável que nem o próprio Bolsonaro saiba se o que existe dentro de sua caixa é um bichano vivo ou morto. Ou talvez saiba. Pode ser. Pode não ser.






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