henriquejr escreveu:Acho que este problema descrito pelo Juarez só aumentará com a chegada dos Gripen, devido a performance e complexidade imensamente maior deste caça. Talvez esse interesse todo dos russos em oferecer o Yak-130 seja em decorrência de uma "janela de oportunidade" que surgiu.
Penso que o efeito dessa complexidade possa ter um resultado oposto a esse :
Boa parte dos caças Mirage que o Brasil comprou da França, na década de 70, acabou acidentada, ora por panes, ora por imperícia dos pilotos. Qual é o risco de os Gripen terem o mesmo destino?
Eu não falo sobre os concorrentes, mas é fato que, hoje, os caças como os nossos são bem mais fáceis de pilotar. Qualquer pessoa, se passar algumas horas num simulador, poderá decolar ou aterrissar um avião desses, desde que com a supervisão de um copiloto. Por terem uma eletrônica mais sofisticada, dependem menos de instrumentos mecânicos, em geral mais falíveis. É praticamente impossível o piloto de um Gripen derrubar o próprio avião. Ele pode colocar o bico do caça para baixo e, apesar disso, falhará. http://www.defesaaereanaval.com.br/f-x2 ... rint=print
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 11:50 am
por mmatuso
Esse video é tudo mentira, gripen nenhum sofre acidentes:
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 12:25 pm
por FCarvalho
juarez castro escreveu:Carvalho, nenhum caiu em função da ausência do Lift, caíram e podem cair por outras razões. O problema do lift está diretamente nos esquadrões da dita primeira linha que recebem tenentinhos com 350 horas ST para solar F 5 e aí que vem as cag......
Grande abraço
Olá Juarez,
não quis dizer que os ST caem por falta de um lift, mas tentei ilustrar a lógica a qual obedecem as compras militares feitas no Brasil. Quando não houver mais ST suficientes fazendo papel de lift na FAB, seja por queda ou por indisponibilidades outras, então alguém vai resolver dizer que precisamos de um jato no lugar... porque isso, porque aquilo... e assim vai, quando na verdade apenas não temos ST em quantidade para continuar fazendo isso dentro das margens de segurança que o treinamento e formação de novos pilotos exigem.
desde sempre precisamos de desculpas tanto fáticas quanto enfáticas para explicar o motivo de se querer comprar algo novo para as ffaa's. se não, vira maromba de milico que não tem o que fazer.
abs.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 2:57 pm
por Fábio Machado
Vocês acham que o Yak-130 poderia substituir o AMX?
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 3:30 pm
por henriquejr
kirk escreveu:
henriquejr escreveu:Acho que este problema descrito pelo Juarez só aumentará com a chegada dos Gripen, devido a performance e complexidade imensamente maior deste caça. Talvez esse interesse todo dos russos em oferecer o Yak-130 seja em decorrência de uma "janela de oportunidade" que surgiu.
Penso que o efeito dessa complexidade possa ter um resultado oposto a esse :
Boa parte dos caças Mirage que o Brasil comprou da França, na década de 70, acabou acidentada, ora por panes, ora por imperícia dos pilotos. Qual é o risco de os Gripen terem o mesmo destino?
Eu não falo sobre os concorrentes, mas é fato que, hoje, os caças como os nossos são bem mais fáceis de pilotar. Qualquer pessoa, se passar algumas horas num simulador, poderá decolar ou aterrissar um avião desses, desde que com a supervisão de um copiloto. Por terem uma eletrônica mais sofisticada, dependem menos de instrumentos mecânicos, em geral mais falíveis. É praticamente impossível o piloto de um Gripen derrubar o próprio avião. Ele pode colocar o bico do caça para baixo e, apesar disso, falhará. http://www.defesaaereanaval.com.br/f-x2 ... rint=print
Não creio que nenhuma aeronave de treinamento turboélice, nem tão pouco um simulador, por mais moderno que seja, consigam fazer com que os pilotos sejam preparados para suportar os efeitos físicos e psicológicos provocados por vôos em caças de alta performance. O Lift tem justamente esta função: servir de transição entre a aviação de baixa performance para uma de alta performance.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 5:28 pm
por FCarvalho
Se fôssemos comprar uns lifts, de quantos iríamos precisar de fato, e não de faz de conta, para substituir os ST no 2o/5o Gav? O AT-2B caberia na AFA, tal como ele é hoje? Quantos seriam necessários ao 2 EIA?
abs.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 5:35 pm
por juarez castro
Umas dezoito células pelo menos.
Grande abraço
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 5:50 pm
por Bolovo
Mas tem um problema: aonde enfiariam esses aviões? Obviamente o 2/5º GAv parece ser o mais indicado. Porém HOJE, após voar T-25 e T-27 na AFA, o futuro caçador vai para o 2/5ºGAv fazer o curso de caçador e após isso irá para algum dos esquadrões do 3ºGAv passar um ano fazendo a formação de líderes e somente após tudo isso vai para algum esquadrão de primeira linha. Colocar um LIFT no 2/5ºGAv para depois ir voar Super Tucano nos 3ºGAv não faz sentido. Teria que rever tudo isso e voltar a ser algo parecido com o que era na época do Xavante.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 6:56 pm
por henriquejr
"Quem pode mais, pode menos". Já o contrário não é correto afirma.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 7:33 pm
por FCarvalho
Bolovo escreveu:Mas tem um problema: aonde enfiariam esses aviões? Obviamente o 2/5º GAv parece ser o mais indicado. Porém HOJE, após voar T-25 e T-27 na AFA, o futuro caçador vai para o 2/5ºGAv fazer o curso de caçador e após isso irá para algum dos esquadrões do 3ºGAv passar um ano fazendo a formação de líderes e somente após tudo isso vai para algum esquadrão de primeira linha. Colocar um LIFT no 2/5ºGAv para depois ir voar Super Tucano nos 3ºGAv não faz sentido. Teria que rever tudo isso e voltar a ser algo parecido com o que era na época do Xavante.
Acredito que hoje esta deva ser a maior e mais complicada questão com a qual os brigadeiros da FAB, entre defensores e críticos de um lift a jato, estão envolvidos. E uma resposta para isso é tão complicada que nem sequer se permite que haja uma discussão em aberto dentro da instituição sobre o tema.
Realmente, da forma como o treinamento hoje está organizado, um novo jato de treinamento seria algo completamente sem sentido. Mas, quais seriam as opções?
abs
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 7:35 pm
por FCarvalho
juarez castro escreveu:Umas dezoito células pelo menos.
Grande abraço
obrigado Juarez, valeu. Se 18 seria um mínimo, qual seria o nosso máximo? 24, 25, 48...? Com base em que critérios se define tais números?
abs
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 7:41 pm
por Carlos Lima
FCarvalho escreveu:
juarez castro escreveu:Umas dezoito células pelo menos.
Grande abraço
obrigado Juarez, valeu. Se 18 seria um mínimo, qual seria o nosso máximo? 24, 25, 48...? Com base em que critérios se define tais números?
abs
18 = Mais ou menos 1 esquadrão.
Seria bom pelo menos uns 25 / 30 aviões porque essas aeronaves voam bastante.
18 sendo o mínimo.
[]s
CB_Lima
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 7:49 pm
por juarez castro
FCarvalho escreveu:
juarez castro escreveu:Umas dezoito células pelo menos.
Grande abraço
obrigado Juarez, valeu. Se 18 seria um mínimo, qual seria o nosso máximo? 24, 25, 48...? Com base em que critérios se define tais números?
abs
Carvalho 18 seria o mínimo,o ideal talvez fosse algo em torno 24 células para não sugar célula demais, mas com 18 e boa manutenção se mantém 12 em condições operacionais, hoje lá no 5º tem 222 células se não me falha a memória, então é por aí, mas estas aeronaves não deveriam ir para o 5º e sim para o 1º do 4º na minha opinião, o tucaninho sai de cena entra um treinador mais moderno no lugar do T 25 e de lá ele vai para 5º voar ST, de lpá se vem quem vai ser caçador vai para um dos terceiros e os que vão ser carroceiros vão para o multimotor, depois do terceiros, os melhores vão para o 1º do 4º e de lá primeira linha, minha opinião.
Grande abraço
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 7:57 pm
por Bolovo
FCarvalho escreveu:
Bolovo escreveu:Mas tem um problema: aonde enfiariam esses aviões? Obviamente o 2/5º GAv parece ser o mais indicado. Porém HOJE, após voar T-25 e T-27 na AFA, o futuro caçador vai para o 2/5ºGAv fazer o curso de caçador e após isso irá para algum dos esquadrões do 3ºGAv passar um ano fazendo a formação de líderes e somente após tudo isso vai para algum esquadrão de primeira linha. Colocar um LIFT no 2/5ºGAv para depois ir voar Super Tucano nos 3ºGAv não faz sentido. Teria que rever tudo isso e voltar a ser algo parecido com o que era na época do Xavante.
Acredito que hoje esta deva ser a maior e mais complicada questão com a qual os brigadeiros da FAB, entre defensores e críticos de um lift a jato, estão envolvidos. E uma resposta para isso é tão complicada que nem sequer se permite que haja uma discussão em aberto dentro da instituição sobre o tema.
Realmente, da forma como o treinamento hoje está organizado, um novo jato de treinamento seria algo completamente sem sentido. Mas, quais seriam as opções?
abs
Bem, até 2001 funcionava o CATRE (Centro de Treinamento e Recompletamento de Tripulações) em Natal, onde os pilotos de ataque (existia essa distinção) voavam o Tucano no 1º/5º GAv e os pilotos da caça voavam o Xavante no 2º/5º GAv. Depois disso, se não me engano, iam para os esquadrões de primeira linha. Hoje o 1º/5º GAv forma os pilotos de transporte/etc com o Bandeirante e o 2º/5º GAv forma os pilotos de caça com o Super Tucano. Depois vão para os terceiros (3º GAv) fazer a formação de líder de esquadrão. Sei lá, complicado resolver isso. Não compensaria colocar o LIFT após o A-29, pois ficaria uma formação muito absurda: T-25, T-27, A-29 e LIFT. Eu transformaria os 3º GAv em esquadrões de primeira linha mesmo, fazendo interceptação, ataque, COIN etc. Os 3º GAv quando voavam AT-27 eram assim. Deixaria a formação somente para algo análogo ao CATRE. Enfim, voltaria no tempo haha.
Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Abr 13, 2015 11:33 pm
por FCarvalho
Bolovo escreveu:
FCarvalho escreveu:
Acredito que hoje esta deva ser a maior e mais complicada questão com a qual os brigadeiros da FAB, entre defensores e críticos de um lift a jato, estão envolvidos. E uma resposta para isso é tão complicada que nem sequer se permite que haja uma discussão em aberto dentro da instituição sobre o tema.
Realmente, da forma como o treinamento hoje está organizado, um novo jato de treinamento seria algo completamente sem sentido. Mas, quais seriam as opções?
abs
Bem, até 2001 funcionava o CATRE (Centro de Treinamento e Recompletamento de Tripulações) em Natal, onde os pilotos de ataque (existia essa distinção) voavam o Tucano no 1º/5º GAv e os pilotos da caça voavam o Xavante no 2º/5º GAv. Depois disso, se não me engano, iam para os esquadrões de primeira linha. Hoje o 1º/5º GAv forma os pilotos de transporte/etc com o Bandeirante e o 2º/5º GAv forma os pilotos de caça com o Super Tucano. Depois vão para os terceiros (3º GAv) fazer a formação de líder de esquadrão. Sei lá, complicado resolver isso. Não compensaria colocar o LIFT após o A-29, pois ficaria uma formação muito absurda: T-25, T-27, A-29 e LIFT. Eu transformaria os 3º GAv em esquadrões de primeira linha mesmo, fazendo interceptação, ataque, COIN etc. Os 3º GAv quando voavam AT-27 eram assim. Deixaria a formação somente para algo análogo ao CATRE. Enfim, voltaria no tempo haha.
Bem, eu chego a achar que uma certa volta no tempo, com as devidas adaptações até que não seria má idéia.
Na verdade, penso que os dois esquadrões do 5o Gav deveriam ser transformados em caça, e prover o nordeste brasileiro, pela primeira vez em mas de 70 anos, com um defesa aérea de verdade.
Da mesma forma que o o 1/16 Gav vai para CG e o 1/4 Gav foi para Manaus e os esquadrões do 10o Gav serão distribuidos entre Belém e alguma outra base aérea. Ao menos na teoria essa é e/ou seria no papel a reorganização prevista pela FAB da aviação de caça nos próximos anos. Teríamos necessariamente que preparar mais caçadores do que hoje fazemos.
Neste sentido, o CATRE deveria ser reaberto/remodelado, e fixar em Natal a nossa Top Gun, com aviadores da FAB e MB sendo preparados/treinados com jatos lifts e no GRIPEN F.
No caso dos 3o Gav fica do jeito que está, com os egressos da FAB fazendo o "pé e mão" neles, e de lá os melhores dentre os melhores indo para o CATRE para aprender a voar como na primeira linha. E quem não conseguisse vaga, bem, acho que daqqui para frente sempre haverá espaço em alguma poltrona de controlador de VANTS, não é mesmo...