GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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suntsé
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Re: GEOPOLÍTICA

#2806 Mensagem por suntsé » Sáb Set 25, 2010 11:55 am

Marino escreveu:
Para Fleischer, da UnB, a política atual é imatura. Segundo ele, o governo Lula tem viés anti-americano e ideologia anti-globalização.
Esse Fleischer. é mais um desses viralatas que falam um monte de bobagens. O Tipo de viralata que acha que qualquer postura mais independente em relação aos EUA é Anti-americanismo...


Não vejo anti-americanismo no governo LULA, O governo LULA teve uma postura responsavel em relação aos EUA. Até assinou parcerias com o respectivo país. E não foi adiante vcom a retaliação autorizada pela OMC.

Mas os vira-latas acreditam que o Brasil merece um comportamento provinciano e subalterno.




PRick

Re: GEOPOLÍTICA

#2807 Mensagem por PRick » Sáb Set 25, 2010 12:56 pm

suntsé escreveu:
Marino escreveu:
Para Fleischer, da UnB, a política atual é imatura. Segundo ele, o governo Lula tem viés anti-americano e ideologia anti-globalização.
Esse Fleischer. é mais um desses viralatas que falam um monte de bobagens. O Tipo de viralata que acha que qualquer postura mais independente em relação aos EUA é Anti-americanismo...


Não vejo anti-americanismo no governo LULA, O governo LULA teve uma postura responsavel em relação aos EUA. Até assinou parcerias com o respectivo país. E não foi adiante vcom a retaliação autorizada pela OMC.

Mas os vira-latas acreditam que o Brasil merece um comportamento provinciano e subalterno.

O mais engrçado é que essa gente não consegue visualisar seus destinos por conta própria, tem que ter o aval dos patrões. É uma mistura de viralatisse com comodismo, temperado com covardia. :twisted: :twisted:

Para esses o Brasil não precisa de FA´s entre outras coisas.

[]´s




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Re: GEOPOLÍTICA

#2808 Mensagem por Francoorp » Sáb Set 25, 2010 3:05 pm

Não consigo postar, da sempre erro SQL...???

Então coloco em link:

http://pbrasil.wordpress.com/2010/09/25 ... ment-43146


E Repito o comentário a respeito:

Agora é so esperar, a preparação da população já começou, e uma vez consumado o ataque, dirão que esta era uma forma preventiva de reduzir a dor para o povo, pois os fuchicos de ataque eles já sabiam, o que faltava era o onde e o quando… nada de novo no fronte ocidental… talvez aconteça pouco antes das eleições Yankees para o congresso, dando a desculpa para perseguir grupos e filosofias internas, tirando assim estes candidatos independentes do páreo, já que estão ameaçando a hegemonia dos dois partidos soberanos… se uniram para manter o poder e assim teremos mais um ataque terrorista em solo norte americano e ainda outro em solo europeu.

Acontecendo estes ataques, saberemos que a verdade realmente está entre as duas versões… entre a oficial e a conspiratoria… e parece que teremos mais algumas vitimas civis vindo por ai, espero somente que sejam em menor numero possível, mas vendo que para os alarmes sensacionalistas da propaganda o numero de vitimas conta e muito para se fazer leva na população, e assim este ataque deverá ter um numero de vitimas de médio/alto nível por se tratar de ataque terrorista… triste, mas para as lógicas políticas de quem as praticará, serão até pequenas… serão o quanto basta pra manipular a população.

Eu já não acredito mais em governos ou políticas, e nunca acreditei nos eleitos libertadores de povos e combatentes pela liberdade e democracia… mas acredito completamente que os homens são capazes de tudo para garantir o próprio interesse!

Começo a lamentar desde já as perdas aos familiares das vitimas que estes ataques farão… lamento muito.

Parabéns ao autor do texto(?), que fez um resumo acurado das vozes que circulam por ai… e assim nos preparar para os acontecimentos, sabendo de ante-mão uma das possíveis verdades.

Valeu!!

Será fatalismo de minha parte??? :roll:




As Nossas vidas não são nada, A Nossa Pátria é tudo !!!

Imagem http://francoorp.blogspot.com/
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Re: GEOPOLÍTICA

#2809 Mensagem por Túlio » Sáb Set 25, 2010 3:12 pm

Para mim é apenas mais uma teoria de conspiração... 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: GEOPOLÍTICA

#2810 Mensagem por DELTA22 » Sáb Set 25, 2010 4:26 pm

Assim a turma de Buenos Aires surta!!! :lol: :lol: :lol: :lol:
[]'s a todos.
========================================
25/09/2010 - 15h41
Índia, Alemanha e Japão unem-se ao Brasil e pedem reforma do Conselho de Segurança da ONU

Renata Giraldi
Da Agência Brasil
Em Brasília

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e os chanceleres do Japão, da Índia e da Alemanha, divulgaram um comunicado em defesa da reforma imediata do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) depois de se reunirem ontem (24), em Nova York. Para eles, é fundamental ampliar o atual número de membros (hoje são 15) e mudar os métodos de trabalho do órgão.

Ainda não há detalhes sobre as propostas, enviadas à ONU, mas foi divulgado que os chanceleres apelam para que as discussões em torno da reforma ocorram o mais rápido possível para que o conselho esteja adequado ao século 21. “Os ministros reiteraram a necessidade de uma reforma urgente do Conselho de Segurança, que incluiria a expansão de ambas as categorias de membros, permanentes e não permanentes”, diz o comunicado.

Para os ministros, também é necessário o aperfeiçoamento dos métodos de trabalho do conselho, a fim de tornar o órgão mais representativo, legítimo, eficaz e sensível às realidades da comunidade internacional.

Os chanceleres defendem que os países em desenvolvimento tenham uma participação mais ativa no Conselho de Segurança, o que, para eles, é essencial. “[A proposta que sugerimos é] incluir países em desenvolvimento e desenvolvidos como novos membros permanentes”, diz o texto assinado pelos representantes do Brasil, da Índia, do Japão e da Alemanha.

Criado em 1945, depois da 2ª Segunda Guerra Mundial, o Conselho de Segurança ainda mantém a mesma estrutura. O órgão é formado por 15 países, dos quais cinco ocupam lugares permanentes e dez têm assentos rotativos, por um período de dois anos.

Em discussão, está a proposta de incluir, entre os permanentes, mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África. Atualmente, são integrantes permanentes do conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra.

Com um mandato que começou em janeiro, estão entre os ocupantes de assentos não permanentes o Brasil, a Turquia, Bósnia-Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda.

Recentemente, o Conselho de Segurança protagonizou uma discussão polêmica, quando, por maioria, decidiu impor sanções ao Irã ao suspeitar do programa nuclear desenvolvido no país. O órgão é responsável por decisões que vão desde a autorização de sanções à intervenção militar em um dos 192 países-membros da ONU.

Anteontem (23), no discurso de abertura da 65ª Assembleia Geral da ONU, o chanceler brasileiro já havia reiterado considerar necessária a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
brisa

Re: GEOPOLÍTICA

#2811 Mensagem por brisa » Sáb Set 25, 2010 5:28 pm

Posta la Delta.....posta la.... :twisted:

Ja postei DELTA..... :mrgreen:




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Re: GEOPOLÍTICA

#2812 Mensagem por Viktor Reznov » Sáb Set 25, 2010 7:35 pm

Santiago escreveu:Forests and how to save them
The world's lungs
There is hope for forests, but mankind needs to move faster if they are to be saved

http://www.economist.com/node/17093495

Imagem

http://www.economist.com/node/17062713
Grandei baboseira esse artigo, os verdadeiros pulmões do mundo são as algas.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2813 Mensagem por EDSON » Dom Set 26, 2010 8:31 am

Correto!!!! Mas derrubar todas as árvores em nome do progresso não é um ato inteligente. Já conheces á história da ilha de Pácoa.




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Marino
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Re: GEOPOLÍTICA

#2814 Mensagem por Marino » Dom Set 26, 2010 9:12 am

2 em cada 3 brasileiros que vivem fora do Brasil estão em situação irregular

Itamaraty diz que busca formas de apoiar emigrantes, mas avanços estão limitados e os melhores resultados são obtidos no Mercosul

João Domingos - O Estado de S.Paulo



É como se toda a população de Salvador fosse para o aeroporto e deixasse o País. Levantamento feito pelo Ministério das Relações Exteriores mostra que hoje 3.030.993 brasileiros (1,57% da população) migraram para todos os continentes do planeta. E dois em cada três brasileiros no exterior estão irregulares - ou seja, não contam com nenhum apoio jurídico ou médico.

A situação já causa preocupação ao governo, conforme o embaixador Eduardo Gradilone, subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior do Itamaraty. "Nós atuamos para protegê-los e para regularizar a situação o máximo possível."

Os maiores avanços até agora foram conseguidos com o Paraguai. O Acordo de Residência do Mercosul, vigente desde 2009 para Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, permitiu que 5.590 dos 300 mil brasileiros que vivem em terras paraguaias se regularizassem. O Ministério das Relações Exteriores prevê que até o fim deste ano 10 mil brasileiros já estejam documentados no país vizinho e protegidos pelas leis de imigração.

Os brasileiros que emigraram para o Paraguai, a partir de 1970, representam 10% dos pouco mais de 3 milhões que vivem no exterior. É o maior contingente em toda a América do Sul, na qual há, segundo dados do Itamaraty, 513.800 cidadãos. Os brasileiros pularam para o lado paraguaio atrás das terras férteis, que ficavam mais próximas dos Estados do Sul, onde na época havia um grande êxodo, tanto rumo ao Paraguai, em ações ilegais, quanto rumo à fronteira agrícola do Cerrado e da Amazônia, com incentivos oferecidos pelo governo militar. Havia, na época, interesse em povoar essas regiões ao norte e a oeste e ganhava a posse da terra quem derrubasse 50% da floresta da propriedade, porcentual que hoje foi reduzido para 20%.

Os que chegaram ao Paraguai receberam a alcunha de "brasiguaios". Não conseguiram documentos. E, sem os papéis, acabaram sendo vítimas de violência por parte de campesinos que reivindicam as mesmas terras, além de achaques das autoridades do país vizinho. Os que agora conseguem os documentos passam a ter mais condições de se defender.

Do lado da lá também há um movimento rumo ao Brasil. A Lei da Anistia para os imigrantes sem documentos permitiu que desde o ano passado o Brasil regularizasse 4.135 cidadãos paraguaios. Ao contrário dos brasileiros, que foram atrás de terras boas para o plantio, os paraguaios vieram para o Brasil em busca de emprego urbano.

Pior situação. Na mesma situação encontram-se os imigrantes ilegais bolivianos, cerca de 16 mil. Na Bolívia, aliás, onde existem 23.800 brasileiros, a situação mais grave é a de 550 famílias que ocupam terras na faixa de 50 quilômetros de fronteira, no Estado do Pando, limítrofe com o Estado do Acre. Todos terão de deixar as terras que ocuparam, porque a Constituição do país vizinho proíbe estrangeiros na faixa de fronteira.

Desde a posse de Evo Morales na presidência da Bolívia, em janeiro de 2006, a situação dos brasileiros por lá se agravou. Morales não só decidiu fazer valer a lei que proíbe estrangeiros na fronteira, como resolveu levar para lá colonos dos Andes, seus partidários, numa forma de ocupar o terreno onde a oposição é forte.

Até agora, segundo Gradilone, cinco famílias voltaram para o Brasil e foram reassentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O governo brasileiro oferece a possibilidade de que todos voltem. Mas o processo é burocrático e envolve negociações com o Ibama, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Incra e até a Receita Federal.



Na fronteira norte, garimpo causa crise com vizinhos

João Domingos - O Estado de S.Paulo



Nas divisas com Guiana, Guiana Francesa e Suriname, na fronteira norte, também há problemas de brasileiros que avançam para as terras dos vizinhos, principalmente por causa do garimpo. O governo do Brasil chegou a criar o Projeto Garimpeiros, numa tentativa de tentar convencer os que pularam para o lado de lá a voltar. Por causa dessas pequenas invasões, há pressão por parte de todos os países da área para que o Brasil faça a repatriação dos garimpeiros.

"Com o garimpo ilegal surgem prostituição, degradação ambiental e todos os problemas que envolvem a atividade. Nossos vizinhos reclamam que exportamos problemas", diz o embaixador Eduardo Gradilone, subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior do Itamaraty. Em alguns países, como o Suriname, os brasileiros chegaram a criar até associação de garimpeiros. Hoje, de acordo com os dados do Itamaraty, vivem no Suriname 20 mil brasileiros; na Guiana Francesa, onde a grande atração também é o garimpo, 19 mil; na Guiana, na mesma situação, há 5 mil brasileiros.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2815 Mensagem por Marino » Dom Set 26, 2010 9:13 am

China vira 5º maior investidor global

País sobe do 12º para o 5º lugar entre as nações que mais realizam investimentos produtivos no exterior e se prepara para ir além

Cláudia Trevisan - O Estado de S.Paulo



A China subiu no ano passado da 12.ª para a 5.ª posição no ranking das nações que mais fizeram investimentos produtivos em outros países, com um total de US$ 56,5 bilhões, e deverá aumentar ainda mais os negócios fora de suas fronteiras nos próximos anos. "Isso é apenas o começo", afirmou há poucos dias Shen Danyang, vice-diretor do Departamento de Imprensa do Ministério do Comércio.

Segundo ele, o investimento chinês em outros países completou em 2009 oito anos consecutivos de expansão, período no qual o crescimento médio foi de 50% ao ano. Apesar disso, os US$ 56,5 bilhões representaram pouco mais de 5% do Investimento Estrangeiro Direto (IED) global no ano passado, que somou US$ 1,1 trilhão.

A cifra ainda é pequena quando comparada ao ritmo de ascensão do Produto Interno Bruto (PIB) da China e ao apetite de suas companhias por oportunidades de expansão no exterior, ponderou Shen. "O ritmo de crescimento (dos investimentos) nos próximos anos será muito mais alto do que o registrado em anos anteriores."

Enquanto o mundo mergulhou nos últimos dois anos na mais grave crise em sete décadas, a China aproveitou a queda de preços globais e saiu em busca de bons negócios, fechando operações que vão da compra da sueca Volvo à aquisição de minas e redes de transmissão de eletricidade no Brasil.

Se forem considerados apenas os investimentos produtivos não financeiros, a China ficou em sexto lugar no ranking de 2009, atrás de Estados Unidos (US$ 248,07 bilhões), França (US$ 147,16 bilhões), Japão (US$ 74,67 bilhões), Alemanha (US$ 62,71 bilhões) e Hong Kong (US$ 52,27 bilhões), segundo dados da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).

Por esse critério, os investimentos chineses somaram US$ 48 bilhões, com retração de 9% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o fluxo global de IED despencou 43%. Em 2008, o volume de recursos que saíram da China para atividades produtivas no exterior havia dado um salto de 132%, para US$ 52,15 bilhões.

Política de expansão. Mesmo com a recuperação dos preços dos ativos, o apetite chinês se mantém. Instituto de pesquisa ligado ao governo de Pequim estima que o fluxo de investimentos externos do país chegará a US$ 100 bilhões em 2013 e poderá igualar o que a China receberá em IED dois anos mais tarde.

O governo de Pequim adotou há quase uma década a política de internacionalização das empresas do país, batizada de "go global", mas o movimento só ganhou impulso nos últimos dois anos, com a crise global.

A maioria das transações está relacionada à compra de fontes de recursos essenciais ao crescimento do país, como minérios e petróleo, mas os chineses também querem comprar tecnologias avançadas, ter acesso a redes de distribuição para suas exportações e atuar na indústria.

Como em todas as regiões, a presença da China na América Latina também está em alta desde 2008, e a região assistiu nos últimos meses a uma sucessão de anúncios de negócios bilionários, incluindo o Brasil.

"Durante a crise, muitos produtores de commodities da América Latina não tinham acesso ao mercado de capitais, enquanto os investidores de EUA e Europa ficaram sem recursos para investir. As duas coisas, aliadas à crescente demanda da China, levaram ao aumento dos investimentos do país asiático, que tinha dinheiro para realização de negócios", diz Erik Bethel, CEO do SinoLatin Capital, banco de investimentos especializado em negócios entre as duas regiões.

A queda no preço dos ativos também teve papel fundamental para o aumento da presença chinesa na região, observa Bethel. Apesar disso, ele acredita que os negócios tendem a aumentar ainda mais no futuro, mesmo com a recuperação dos preços.

A principal razão é o forte ritmo de crescimento da China, que continuará a ser alimentado pelo maciço processo de urbanização. "Cerca de 400 milhões de chineses vão se mudar do campo para as cidades nos próximos 20 anos e esse processo vai aumentar a demanda por ferro, aço, petróleo, soja, plástico e uma infinidade de outras coisas."




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Re: GEOPOLÍTICA

#2816 Mensagem por Enlil » Dom Set 26, 2010 8:00 pm

Para analistas, Brasil em alta passa por ‘renascimento’ na Europa em crise
24/09/2010

Daniel Gallas

Da BBC Brasil em Londres

O novo presidente brasileiro, que vai assumir o poder no dia 1º de janeiro de 2011, encontrará uma fase atípica nas relações entre Brasil e Europa.

O Brasil atravessa um momento de otimismo nas relações internacionais, com boas perspectivas de crescimento econômico e desenvolvimento. Já a Europa se recupera com grandes dificuldades do forte impacto da crise econômica global, enquanto enfrenta problemas no seu processo interno de integração, no âmbito da União Europeia.

Para diferentes analistas e diplomatas ouvidos pela BBC Brasil, os momentos distintos vividos por Brasil e Europa apresentam riscos e oportunidades para os brasileiros nas relações entre os dois lados.

Por um lado, o novo governo pode se aproveitar do aumento do interesse do interesse europeu nas relações com o Brasil para ampliar seus interesses econômicos e políticos na região.

Já para alguns analistas, o fato de a Europa estar passando por uma crise pode dificultar o avanço em negociações – como no comércio, por exemplo – já que os governos europeus estariam mais enfraquecidos internamente, precisando agradar a grupos que fazem lobby por maior protecionismo.

Renascimento brasileiro


O Brasil passa por uma espécie de “renascimento” na Europa, que é consequência da ascensão dos países emergentes na economia global, de acordo com alguns dos analistas. Entre os emergentes, o Brasil recebe mais investimentos diretos europeus do que a China e a Índia somadas.

“O mundo está passando por mudanças muito significativas. E o traço mais característico é a relevância acentuadamente maior dos países em desenvolvimento, que é de onde vem hoje a maior parte da riqueza adicional no mundo”, afirma o embaixador brasileiro em Londres, Roberto Jaguaribe.

Jaguaribe passou os últimos anos em Brasília, onde trabalhou no setor do Itamaraty responsável pelas relações com o mundo emergente. No mês passado, ele assumiu a embaixada brasileira na Grã-Bretanha, que, segundo ele, é um dos países europeus mais atentos para a mudança de status do Brasil no cenário internacional.

“A América Latina e o Brasil foram os espaços geográficos mais esquecidos da política externa do Reino Unido dos últimos 50 anos”, afirma Jaguaribe. “Agora se vê um renascimento de interesse aqui – pela América Latina, em geral, e pelo Brasil, em particular.”

Em julho, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, incluiu o Brasil entre as prioridades do novo governo do primeiro-ministro David Cameron.

A Europa está em crise hoje. É muito mais difícil para os governos enfrentarem os lobbies, que são pequenos, mas que têm muita força política. Na França, será muito difícil o governo fazer qualquer concessão agrícola ao Mercosul que o enfraqueça internamente neste momento.

Alfredo Valladão

“Agora o Brasil virou moda na Europa. Antes todos olhavam muito para a China e para a Índia, agora todos falam no Brasil. Vamos ver se essa ‘moda Brasil’ vai durar”, diz Alfredo Valladão, presidente do conselho consultivo da EUBrasil, entidade que promove a aproximação entre Brasil e União Europeia.

Interesses do Brasil

Nos últimos anos, o Brasil não conseguiu ampliar as condições de comércio com a União Europeia, depois que as tentativas de se firmar um acordo comercial do bloco europeu com o Mercosul fracassaram, por falta de concessões dos dois lados.

No entanto, os analistas apontam que mesmo com o fracasso no acordo comercial, o Brasil ampliou seus interesses na Europa em outras esferas, sobretudo no campo da governança global.

O país foi chamado como convidado para todas as reuniões do G8 – grupo dos países ricos do mundo mais a Rússia, integrado por quatro potências europeias (Grã-Bretanha, França, Itália e Alemanha). Após a crise econômica mundial de 2008, o G8 foi gradualmente perdendo destaque em relação ao G20 – que inclui o Brasil.

Para a professora da UERJ Miriam Saraiva, especialista em relações Brasil e Europa, os países europeus têm um papel importante no esforço de ascensão internacional do Brasil.

“Durante o governo Lula, o Brasil buscou uma aproximação com países europeus para tentar influir sobre a ordem internacional. Nesse esforço, os países europeus têm um lugar de destaque para puxar o Brasil para as negociações mais importantes”, afirma Saraiva.

Negociador ‘indigesto’

Nos próximos anos, o Brasil voltará a negociar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia e continuará tentando ampliar sua influência nos debates internacionais. Na esfera comercial, ainda há muito ceticismo de todos os lados sobre a possibilidade de se concluir um acordo.

No entanto, na parte de governança global, o Brasil pode se aproveitar do bom momento internacional para aumentar sua influência em instituições em reforma, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Conselho de Segurança da ONU, onde há anos o país luta por uma vaga permanente.

“Como existe uma quantidade maior de atores relevantes que são novos, é natural, que nestas configurações firmadas no pós-guerra de 1945, eles estejam subrepresentados – nas esferas de governança financeira, comercial e política”, afirma o embaixador Jaguaribe.

Em alguns casos, a ascensão brasileira poderia até mesmo entrar em conflito com os interesses europeus.

“A Europa perdeu poder relativo e significado relativo de forma importante. Não parece razoável que países europeus de economia proporcionalmente importante mantenham cotas nos organismos de governança mundial superiores a países com economias já muito maiores. É preciso haver uma correção”, diz o embaixador, sem citar nenhum país europeu por nome.

Os analistas também ressaltam que o fato de a Europa estar se recuperando mais lentamente da crise mundial enfraquece os governos internamente na hora de fazer concessões em acordos como o comercial.

“A Europa está em crise hoje. É muito mais difícil para os governos enfrentarem os lobbies, que são pequenos, mas que têm muita força política. Na França, será muito difícil o governo fazer qualquer concessão agrícola ao Mercosul que o enfraqueça internamente neste momento”, afirma Valladão.

Miriam Saraiva ainda lembra que a União Europeia já é um negociador “indigesto” por natureza, já que o bloco precisa da autorização de 27 países para aprovar acordos como o que está sendo negociado com o Mercosul.

Fonte: BBC Brasil

http://pbrasil.wordpress.com/2010/09/24 ... more-27898




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Re: GEOPOLÍTICA

#2817 Mensagem por Marino » Seg Set 27, 2010 10:17 am

Paraguai faz oferta tentadora para atrair indústria brasileira

Oferta inclui energia a US$ 50 por MWh, abaixo do preço local

AGNALDO BRITO

DE SÃO PAULO



A preocupação do setor industrial brasileiro com o preço da energia começa a chegar ao limite. Tanto que uma oferta ouvida pela associação dos grandes consumidores industriais soou como música na semana passada.

O Paraguai, sócio brasileiro na Itaipu Binacional, mandou para o Brasil uma missão da Ande (Administração Nacional de Eletricidade), a Eletrobras paraguaia. O objetivo foi apresentar uma oferta tentadora: energia a US$ 50 por MWh (megawatt-hora), uma pechincha.

Segundo a Abrace, o custo médio da energia para o setor industrial no Brasil está no patamar de US$ 138,60 por MWh -e subindo.

A oferta é tão atrativa que há certo alvoroço entre as indústrias eletrointensivas ao considerar investimentos em terras paraguaias, ainda que alguns minérios, como a bauxita (matéria-prima para o alumínio), esteja a milhares de quilômetros -na região norte do Brasil.

Segundo Paulo Pedrosa, presidente da Abrace (representante dos grandes consumidores de energia), a questão energética no país já representa redução da competitividade industrial e pode tornar-se ameaça à sobrevivência do setor aqui.

"São essas questões que tornam opções aparentemente irracionais a única opção para uma empresa."

Com metade de Itaipu, o Paraguai tem o que oferecer.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2818 Mensagem por Marino » Seg Set 27, 2010 11:26 am

Brasil precisa de uma paranoia construtiva
O triunfalismo é maior obstáculo no caminho do País
*Andres Oppenheimer/Miami Herald - O Estado de S.Paulo
Existe um consenso entre os especialistas em política externa segundo o qual o Brasil é a
potência emergente do futuro. Talvez isso se mostre verdadeiro, mas somente se o país for capaz de
superar um obstáculo doméstico potencialmente fatal: a presunção.
Esta foi uma das principais conclusões a que cheguei depois de participar de um encontro
chamado Brasil: uma potência em ascensão, durante a Conferência das Américas, realizada pela
parceria Miami Herald e Banco Mundial, na semana passada, no qual vários estudiosos debateram o
futuro e a inevitabilidade da meteórica ascensão do Brasil ao status de potência mundial.
Não há dúvida de que o Brasil vive um grande momento atualmente. As coisas vão tão bem que
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a brincar dizendo que "Deus é brasileiro".
A economia deve crescer substanciais 5% este ano. O país fez, recentemente, a descoberta de
uma das maiores reservas oceânicas de petróleo do mundo. E o Brasil foi escolhido para ser o anfitrião
da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, eventos que darão aos brasileiros a oportunidade
única de promover seu país no exterior.
A revista Time, em um excesso de empolgação jornalística, recentemente chamou Lula de
"pessoa mais influente do mundo". A revista britânica The Economist já havia anteriormente publicado
uma capa com a manchete "O Brasil decola", ressaltando que, em algum momento nos próximos 14
anos, o Brasil deve saltar de sua posição atual de oitava economia mundial para ter o quinto maior PIB
do mundo, ultrapassando Grã-Bretanha e França.
Dois novos livros publicados nos EUA este mês - Brazil on the Rise ("Brasil em ascensão"), do
repórter Larry Rohter, do New York Times, e The New Brazil ("O novo Brasil"), do professor Riordan
Roett, da Universidade Johns Hopkins - concordam, em geral, com essas projeções otimistas.
No encontro que fez parte da Conferência das Américas, todos os participantes destacaram que
o Brasil, finalmente, transformou-se em um país previsível, no qual os governos de diferentes partidos
sustentaram políticas econômicas que, ao longo dos últimos 16 anos, foram capazes de inspirar
confiança e atrair investimentos domésticos e estrangeiros cada vez substanciais.
Isto não vai mudar após as eleições presidenciais do mês que vem, que provavelmente serão
vencidas pela candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, apoiada por Lula, segundo
disseram os debatedores.
No entanto, vários participantes do encontro apontaram para possíveis perigos, entre eles a
infraestrutura ultrapassada e o baixo nível da educação no país. Alguns advertiram que, no caso de uma
vitória fácil, o PT - no poder há 8 anos - pode se tornar tão confiante a ponto de retornar às políticas de
estatização e nacionalização do passado. Além disso, Dilma , se eleita, pode não ser tão carismática
quanto Lula na hora de controlar os ultraesquerdistas dentro do partido.
"Uma das coisas que me preocupam um pouco é um certo triunfalismo que vejo no PT", disse
Rohter, um dos participantes do encontro. "Existe uma espécie de arrogância, uma presunção de que
foram eles os inventores da roda, uma recusa em reconhecer o papel que o boom das commodities
desempenhou no sucesso dos últimos 16 anos."
"Isto leva alguns setores do partido a pensarem que o Brasil pode continuar a crescer sem o
investimento estrangeiro em certas áreas fundamentais, como o petróleo e a agricultura", disse Rohter.
Será que a arrogância é capaz de descarrilar o recente progresso do Brasil? Fiz esta pergunta a
Rohter. Ele disse duvidar da possibilidade, pois, apesar do triunfalismo visto em alguns setores do
governo, a população do país se mantém calma, ou até cética. "Uma das mudanças saudáveis está no
fato de os brasileiros não estarem mais se referindo ao Brasil como o "país do futuro", e sim como "a
quinta potência"", disse ele. "Trata-se de uma meta muito mais realista."
Espero que Rohter esteja certo, pois uma das coisas que notei em minhas recentes viagens à
China e à Índia é que os dois países emergentes têm algo em comum: a certeza de que estão atrás das
demais potências mundiais em praticamente tudo.
Em quase todas as entrevistas que fiz com funcionários dos governos chinês e indiano, fiquei
impressionado com a preocupação de que o país não esteja expandindo de maneira suficiente seus
setores de educação, ciência e tecnologia, possivelmente ficando para trás. Não vi essa mesma
humildade nas entrevistas com funcionários do governo brasileiro.
Chineses e indianos gozam de uma dose saudável de paranoia construtiva, o que os leva a
buscar sempre o aprimoramento. Se o Brasil não adotar uma atitude parecida e evitar a complacência,
que pode resultar de tantas profecias estrangeiras sobre a sua inevitável ascensão, o país nunca se
tornará uma verdadeira potência mundial emergente. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
*É GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER E COMENTARISTA POLÍTICO




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Re: GEOPOLÍTICA

#2819 Mensagem por Marino » Seg Set 27, 2010 11:31 am

Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Authored by Dr. Hal Brands. | August 2010
This monograph analyzes Brazilian grand strategy under President Luiz Inácio Lula da Silva.
During Lula's nearly 8 years in office, he has pursued a multipronged grand strategy aimed at hastening
the transition from unipolarity and Western economic hegemony to a multipolar order in which
international rules, norms, and institutions are more favorable to Brazilian interests. Lula has done so by
emphasizing three diplomatic strategies: soft balancing against the United States, building coalitions to
magnify Brazilian negotiating power, and seeking to position Brazil as the leader of a more united South
America.
This strategy has successfully raised Brazil's profile and increased its diplomatic flexibility, but it
has also exposed the country to four potent strategic dilemmas that could complicate or undermine its
ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the
economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to
sustain such an ambitious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political
class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or
economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to
be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support
Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term cohesion and effectiveness of
Lula's various diplomatic partnerships is open to question. Fourth, while Lula has maintained good
relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like
Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. Looking ahead, the efficacy
of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how Lula's
successors address these dilemmas.
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Only a few years after America's post-September 11, 2001 (9/11) displays of military might led
commentators like Charles Krauthammer to opine that the post-Cold War “unipolar moment” was on the
verge of becoming a prolonged “unipolar era,” the international system seems to be moving toward a
more diffuse distribution of power. The United States is widely (if perhaps debatably) assumed to be in
relative decline; a range of second- and third-tier powers are jockeying for greater influence. It is now
common to hear that the world is moving toward a “post-American” age, that we have reached the “end of
American exceptionalism” or “the end of American hegemony”--the common themes in these
assessments being the ebbing of U.S. supremacy and the rise of a new class of powers that will rival
Washington for influence in the 21st century.1
Few countries have experienced as remarkable an improvement in their international stature over
the past decade as Brazil. Brazil has long had a reputation as a country with a great future--if only it could
get there. As late as 2002, Brazil was wrestling with chronic financial instability, and the election of a
president with a distinguished leftist heritage raised fears of macroeconomic collapse and resurgent
political strife. Since then, however, Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva has won widespread
praise for his economic and social initiatives. Building on the initiatives of his predecessor, Brazilian
President Fernando Henrique Cardoso, President Lula has sought to channel the growing national
confidence derived from democratic consolidation and macroeconomic stability into a more forceful
diplomacy. Brazil has become more active in United Nations (UN) peacekeeping missions; it has
energetically promoted the India, Brazil, and South Africa (IBSA), and Brazil, Russia, India, and China
(BRIC) forums as alternative centers of global power; it has forged economic and technological
partnerships with France, Russia, China, and other key countries; it has put forward a claim to a
permanent seat on the UN Security Council; and it has promoted South American economic integration as
well as new regional institutions like the Union of South American Nations (UNASUR) and the South
American Defense Council (CSD). Underlying all this is a sense among Brazilian policymakers that their
country has finally arrived on the global scene, and that it is destined to reap the benefits of the ongoing
changes in the international system. In this spirit, President Lula has announced that Brazil will become a
great power in this century, and Brazilian official discourse is infused with a sense of national strength and
purpose. “Brazil must think big,” said Defense Minister Nelson Jobim in 2009. “This is the moment in
which it's necessary to be audacious in order to advance. . . . There is no longer any possibility of asking
Brazil, on the international stage, to take positions that run contrary to its interests.”2
Purely by dint of its size and economic capacity, Brazil will exert a strong pull on regional and
global politics in the coming decades. Even under the most optimistic projections, however, Brazil will not
possess the economic or military capacity to compete with other major powers--namely the United States,
China, and the European Union (EU) --for decades, if then. If Brazil is to achieve what political scientists
call “systemic impact”--the ability to shape the global order in meaningful ways--it will have to do so not
through the inexorable accumulation of geopolitical weight, but through the resourcefulness of its strategy
and diplomacy. Accordingly, this monograph examines Brazilian grand strategy as it has developed under
President Lula with an eye to illuminating its characteristics, prospects, and implications for the
international system in general and the United States in particular. The present is a propitious time for
such an undertaking; with President Lula set to leave office at the end of 2010, Brazilian grand strategy
may be approaching an inflection point, making a proper understanding of the strategy pursued over the
last 8 years all the more important for Brazilian and U.S. observers alike.3
This monograph makes two principal arguments, one pertaining to the nature of Brazilian grand
strategy, the second regarding its ramifications and chances for success. Under President Lula, Brazil has
followed a multi-layered grand strategy that emphasizes a gradual and peaceful--yet nonetheless
significant-- revision of the international order. While Brazilian officials recognize the benefits that their
nation has derived from the Pax Americana, they still view the current order--characterized by U.S.
military and strategic hegemony and the economic hegemony of the West-- as prejudicial to the
development, commercial interests, and diplomatic influence of emerging countries like Brazil. The
fundamental goal of Brazilian grand strategy has thus been to hasten the transition from the dominance of
the developed world to a multipolar order in which international power balances and institutions are more
favorable to the assertion of Brazil's interests. Because Brazil still faces, and will continue to face, a
relative deficit of economic and military might, President Lula has resorted to a strategy commonly used
by “middle powers,” countries that rely on multilateralism, coalition-building, and other such methods to
achieve systemic influence. At the global level, he has sought to strengthen international norms and
organizations that can check American power, a classic soft-balancing technique. He has also forged
overlapping webs of bilateral partnerships and multilateral coalitions designed to diversify Brazil's
commerce, improve its strategic flexibility, and augment its leverage in international negotiations. This has
entailed embracing players from the entire spectrum of international actors, including countries--Iran being
one notable example--that are deeply hostile to the United States. At the regional level, President Lula
has committed himself to establishing Brazil as the recognized leader of a more united South America,
with the aim of expanding his country's power base and hitching its global ambitions to the aggregate
geopolitical weight of its continent.
This grand strategy has clearly benefited Brazil in the short term, raising the country's
international profile and creating an array of strategic, commercial, and diplomatic options that President
Lula's successors may pursue.4 Yet Brazilian grand strategy also entails four key dilemmas that President
Lula has not been able to resolve, which could obstruct or at the very least complicate the country's
geopolitical ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and
regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social
cohesion necessary to sustain such an audacious strategic project. Second, in dealing with South
America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its
unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries
perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and
they have thus refused to support President Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level,
the long-term usefulness of President Lula's various “strategic partnerships” and alliances is open to
question. The IBSA and BRIC forums are much less cohesive--and thus less diplomatically effective--
than they appear at first glance, and pursuing close relationships with countries like Iran may ultimately
hurt Brazil's democratic image and create more problems than opportunities. Fourth, while President Lula
has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of
conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. If not
managed carefully, these frictions could eventually push U.S.-Brazil relations in a tenser, less productive
direction, impairing the interests of both countries. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy
-- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how President Lula's successors address
these dilemmas.
The remainder of this monograph consists of four sections. The first discusses Brazil's strategic
culture, the issues that have traditionally frustrated its desires for global influence, and the factors
underlying the growing assertiveness of its foreign policy since the return to democratic rule in 1985. The
second describes President Lula's worldview and details the military, diplomatic, and commercial
components of his grand strategy. The third evaluates this grand strategy, noting its accomplishments but
also emphasizing the four key dilemmas mentioned above. The fourth discusses implications for U.S. and
Brazilian policymakers and offers some brief concluding remarks.
Conclusion
Grand strategy is the relation of means to ends, the process by which nations harness and
allocate resources in the service of their international objectives. Over the past 8 years, President Lula's
grand strategy has exploited Brazil's moral credibility, diplomatic capabilities, and growing economic
power to raise his country's profile and diversify its strategic portfolio. Yet, as President Lula's presidency
comes to a close, there is still much to be done to make Brazil's foreign policy equal to its lofty aspirations.
Brazil must find the resources and political will to make its regional leadership bid more credible; it must
become more discerning in its global partnerships and initiatives; it must work toward a sustainable
modus vivendi with the United States; and, above all, it must marshal the resources, creativity, and
commitment to attack tenacious internal problems.
These are the tasks that fall to President Lula's successors. Brazil is undoubtedly going to play a
significant part in world politics over the next century; how significant--and how constructive--will hinge on
how these policymakers address the key dilemmas of Brazilian grand strategy.
========================================================
Tradução google
Dilemas da Grande Estratégia Brasileira
Autoria do Dr. Hal. | Agosto 2010
Esta monografia analisa a grande estratégia do Brasil no governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Durante quase oito anos de Lula no cargo, ele tem prosseguido uma estratégia multifacetada
grande destinadas a acelerar a transição da unipolaridade e da hegemonia econômica do Ocidente para
uma ordem multipolar, em que as normas internacionais, normas e instituições são mais favoráveis aos
interesses brasileiros. Lula tem feito, enfatizando três estratégias diplomáticas: soft balancing contra os
Estados Unidos, a construção de coligações para aumentar o poder de negociação do Brasil e da
tentativa de posicionar o Brasil como o líder de uma América do Sul mais unida.
Esta estratégia tem sucesso levantou o perfil do Brasil e aumentou a sua flexibilidade
diplomática, mas também expôs o país a quatro potentes dilemas estratégicos que podem dificultar ou
mesmo impedir sua ascensão. Em primeiro lugar, questões como a infra-estrutura deficiente, a
criminalidade desenfreada, e da tributação excessiva e regulação da economia podem impedir o Brasil
de atingir o crescimento económico ea coesão social necessária para sustentar um projeto tão ambicioso
estratégico. Em segundo lugar, para lidar com a América do Sul, a classe política brasileira não tem
conciliado o seu desejo de liderança regional com a sua indisponibilidade para compartilhar o poder ou
vantagens econômicas com seus vizinhos. Como resultado, muitos desses países percebem a
diplomacia do Brasil de ser dominadora e suas políticas comerciais para ser estritamente auto-interesse,
e têm, portanto, se recusou a apoiar a candidatura de Lula para a preeminência regional. Em terceiro
lugar, a nível global, a coesão a longo prazo ea eficácia de vários Lula parcerias diplomática é uma
questão em aberto. Em quarto lugar, enquanto Lula tem mantido boas relações com Washington, a sua
grande estratégia, inevitavelmente, implica um risco crescente de conflito em relação a questões como o
Irã, a política comercial, e os EUA o papel diplomático e militar na América Latina. Olhando para o futuro,
a eficácia da estratégia global brasileira - e suas conseqüências para os interesses dos EUA - será
dependente de como sucessores de Lula enfrentar esses dilemas.
Dilemas da Grande Estratégia Brasileira
Apenas alguns anos depois post da América-11 setembro de 2001 (11/09) mostra do poderio
militar comentaristas levado como Charles Krauthammer a opinar que o pós-Guerra Fria "momento
unipolar" estava à beira de se tornar uma nova era "prolongada unipolar, "o sistema internacional parece
estar se movendo em direção a uma distribuição mais difusa do poder. Os Estados Unidos é amplamente
(se talvez discutível) a ser assumida em relativo declínio, com uma gama de potências de segunda e
terceira linha estão disputando uma maior influência. Agora é comum ouvir que o mundo está se
movendo em direção a uma "pós-americano", idade que atingimos o "fim do excepcionalismo americano"
ou "o fim da hegemonia americana" - os temas comuns nessas avaliações é o refluxo supremacia dos
EUA ea ascensão de uma nova classe de poderes que irá rivalizar com Washington para influenciar na
century.1 21
Poucos países têm experimentado como uma melhoria notável em sua estatura internacional
durante a última década como o Brasil. O Brasil tem tido por muito tempo uma reputação como um país
com um grande futuro - Se pudesse chegar lá. Até 2002, o Brasil estava às voltas com a instabilidade
financeira crônica, ea eleição de um presidente com uma herança distinta esquerda levantou temores de
um colapso macroeconômico e conflitos políticos ressurgente. Desde então, porém, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ganhou elogios por sua iniciativa económica e social. Construindo sobre as
iniciativas de seu antecessor, o presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, o presidente Lula tem
procurado canalizar a crescente confiança nacional derivada da consolidação da democracia ea
estabilidade macroeconômica em uma diplomacia mais enérgica. O Brasil se tornou mais ativo em
missões das Nações Unidas (ONU) de manutenção da paz, tem promovido energicamente a África,
Índia, Brasil e África do Sul (IBAS), e Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) fóruns como centros
alternativos de poder mundial; ele estabeleceu parcerias econômicas e tecnológicas com a França,
Rússia, China e outros países-chave, que apresentou uma reivindicação de um assento permanente no
Conselho de Segurança da ONU, e tem promovido a integração sul-americana económicos, bem como
novas instituições regionais, como União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Conselho de Defesa
Sul-Americano (CDS). Subjacente a tudo isso é um sentimento entre os políticos brasileiros que o país
finalmente chegou na cena mundial, e que é destinado a colher os benefícios das mudanças em curso no
sistema internacional. Neste espírito, o presidente Lula anunciou que o Brasil vai se tornar uma grande
potência neste século, e do discurso oficial do Brasil é infundida com uma sensação de força nacional e
finalidade. "O Brasil precisa pensar grande", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em 2009. "Este é
o momento em que é preciso ser audacioso para avançar. . . . Não há mais qualquer possibilidade de
pedir o Brasil, no cenário internacional, a tomar posições contrárias aos seus interesses "2.
Puramente por força da sua dimensão e capacidade económica, o Brasil vai exercer uma forte
atração sobre política regional e global nas próximas décadas. Mesmo sob as projeções mais otimistas,
no entanto, o Brasil não possui a capacidade econômica ou militar para competir com outras grandes
potências - nomeadamente os Estados Unidos, China e União Europeia (UE) -, durante décadas, se
então. Se o Brasil é conseguir que os cientistas políticos chamam de "impacto sistémico" - a habilidade
de moldar a ordem mundial de maneira significativa - ela terá que fazer não tanto através do acúmulo
inexorável de peso geopolítico, mas através da desenvoltura de sua estratégia e diplomacia. Assim, esta
monografia analisa a grande estratégia brasileira, que desenvolveu no governo do presidente Lula com
um olho para iluminar as suas características, perspectivas e implicações para o sistema internacional
em geral e os Estados Unidos em particular. O presente é um tempo propício para uma tal empresa;
conjunto com o presidente Lula deixar o cargo no final de 2010, a grande estratégia brasileira pode estar
se aproximando de um ponto de inflexão, fazendo a devida compreensão da estratégia prosseguida ao
longo dos últimos oito anos todos os mais importante para os observadores do Brasil e dos EUA alike.3
Esta monografia faz dois argumentos principais, um relativo à natureza da grande estratégia
brasileira, a segunda sobre as suas ramificações e as chances de sucesso. Sob o presidente Lula, o
Brasil tem seguido uma estratégia multi-camadas grandioso que enfatiza uma gradual e pacífica - mas
ainda assim significativa - a revisão da ordem internacional. Enquanto as autoridades brasileiras
reconhecem os benefícios que sua nação tem derivado da Pax Americana, que ainda vêem a ordem
atual - caracterizada pela hegemonia militar dos EUA e estratégicos ea hegemonia econômica do
Ocidente - como prejudiciais ao desenvolvimento, os interesses comerciais, e influência diplomática dos
países emergentes como o Brasil. O objetivo fundamental da grande estratégia brasileira tem sido,
assim, acelerar a transição da dominação do mundo desenvolvido para uma ordem multipolar no qual o
equilíbrio de poder e instituições internacionais são mais favoráveis à afirmação dos interesses do Brasil.
Porque o Brasil ainda enfrenta, e continuarão a enfrentar, um déficit relativo de poder econômico e
militar, o presidente Lula recorreu a uma estratégia comumente usada pelos "potências médias", países
que contam com o multilateralismo, a construção de coalizões, e outros métodos como a alcançar
influência sistêmica. A nível global, ele tem procurado reforçar as normas internacionais e organizações
que podem verificar o poder americano, a técnica de balanceamento macio clássico. Ele também forjou
sobreposição de mantas de parcerias bilaterais e multilaterais coligações concebido para diversificar o
comércio do Brasil, melhorar a sua flexibilidade estratégica, e aumentar sua influência nas negociações
internacionais. Isso acarretou abraçar os jogadores de todo o espectro de atores internacionais, incluindo
países - Irã é um exemplo notável - que são profundamente hostis aos Estados Unidos. A nível regional,
o presidente Lula se comprometeu a estabelecer o Brasil como o líder reconhecido de uma sociedade
mais unida a América do Sul, com o objetivo de ampliar sua base de poder do país, e dando suas
ambições globais ao peso total da sua geopolítica continente.
Este grande estratégia beneficiou claramente o Brasil no curto prazo, elevar o perfil internacional
do país e criar uma matriz de opções estratégicas, comerciais, e diplomática, que os sucessores do
presidente Lula pode pursue.4 Mas a grande estratégia brasileira também inclui quatro principais dilemas
que o presidente Lula não foi capaz de resolver, o que poderia dificultar ou pelo menos dificultar a subida
geopolítica do país. Em primeiro lugar, questões como a infra-estrutura deficiente, a criminalidade
desenfreada, e da tributação excessiva e regulação da economia podem impedir o Brasil de atingir o
crescimento económico ea coesão social necessária para sustentar um projeto tão audacioso
estratégico. Em segundo lugar, para lidar com a América do Sul, a classe política brasileira não tem
conciliado o seu desejo de liderança regional com a sua indisponibilidade para compartilhar o poder ou
vantagens econômicas com seus vizinhos. Como resultado, muitos desses países percebem a
diplomacia do Brasil de ser dominadora e suas políticas comerciais para ser estritamente auto-interesse,
e têm, portanto, se recusou a apoiar a candidatura do presidente Lula para a preeminência regional. Em
terceiro lugar, a nível global, a utilidade a longo prazo de diversas presidente Lula "parcerias
estratégicas" e alianças é uma questão em aberto. O IBAS e fóruns BRIC são muito menos coesa - e,
portanto, menos diplomática eficaz - do que parecem à primeira vista, e prosseguir estreitas relações
com países como o Irã pode vir a prejudicar a imagem democrática do Brasil e criar mais problemas do
que oportunidades. Em quarto lugar, enquanto o presidente Lula tem mantido boas relações com
Washington, a sua grande estratégia, inevitavelmente, implica um risco crescente de conflito em relação
a questões como o Irã, a política comercial, e os EUA o papel diplomático e militar na América Latina. Se
não for gerenciada com cuidado, estes atritos poderiam, eventualmente, empurrar as relações Brasil-
EUA em uma tensa, a direcção menos produtivo, prejudicando os interesses dos dois países. Olhando
para o futuro, a eficácia da estratégia global brasileira - e suas conseqüências para os interesses dos
EUA - será dependente de como sucessores do presidente Lula resolver esses dilemas.
O restante desta monografia consiste em quatro seções. O primeiro discute cultura estratégica do
Brasil, as questões que tradicionalmente têm frustrado os seus desejos de influência global, e os fatores
subjacentes à crescente agressividade de sua política externa desde o retorno ao regime democrático
em 1985. O segundo descreve a visão do presidente Lula e os detalhes dos militares, diplomáticas,
comerciais e componentes de sua grande estratégia. A terceira avalia a grande estratégia, observando
suas realizações, mas também enfatizando as quatro principais dilemas acima referidos. O quarto
discute implicações para os EUA e políticos brasileiros e oferece algumas breves considerações finais.
Conclusão
A grande estratégia é a relação entre meios e fins, o processo pelo qual as nações aproveitar e
alocar recursos no serviço dos seus objectivos a nível internacional. Nos últimos oito anos, a grande
estratégia do presidente Lula tem explorado credibilidade moral do Brasil, as capacidades diplomáticas e
crescente poder econômico para elevar o perfil do seu país e diversificar a sua carteira estratégica. No
entanto, como o presidente Lula chega ao fim, ainda há muito a ser feito para tornar a política externa do
Brasil é igual a suas aspirações elevadas. O Brasil deve encontrar os recursos ea vontade política para
tornar sua oferta mais credível a liderança regional, que deve tornar-se mais exigentes em suas parcerias
e iniciativas globais, que devem trabalhar em direção a um modus vivendi sustentável com os Estados
Unidos, e, acima de tudo, deve empacotar os recursos, criatividade e empenho para atacar tenaz
problemas internos.
Estas são as tarefas que caem aos sucessores do presidente Lula. O Brasil é, sem dúvida, irão
desempenhar um papel importante na política mundial durante o próximo século; quão significativo - e
como construtivo - dependerá de como estes políticos endereço dos dilemas fundamentais da grande
estratégia brasileir




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Re: GEOPOLÍTICA

#2820 Mensagem por Marino » Ter Set 28, 2010 9:23 am

ESTRATÉGIA BRASILEIRA
Estudo vê dilema estratégico para Brasil
Escola de Guerra do Exército americano elogia, porém, esforço de Lula para elevar status
internacional do país
Segundo documento, novo governo terá rede de opções diplomáticas e comerciais; relação com
EUA é mais tensa
ANDREA MURTA - DE WASHINGTON
Apesar de bem-sucedido, o esforço do governo Lula para elevar o status do Brasil no exterior
deixará uma herança de "dilemas estratégicos", incluindo tensão com Washington, afirma análise da
Escola de Guerra do Exército dos EUA. Publicado em agosto, o estudo "Dilemas da Grande Estratégia
Brasileira" afirma que poucos países tiveram melhora tão notável em sua "estatura internacional" na
última década como o Brasil.
Para o autor, o pesquisador Hal Brands, do Instituto de Análise em Defesa, isso foi obtido por
meio de três estratégias: ação leve para contrabalançar o poderio americano; formação de coalizões
para aumento do poder de negociação; e posicionamento como líder de uma América do Sul mais unida.
"Lula procurou transformar a crescente confiança nacional oriunda da consolidação democrática e da
estabilidade econômica em uma diplomacia mais forte", escreveu Brands.
Ele aponta como ações principais da diplomacia nos últimos oito anos o papel mais ativo em
missões de paz da ONU; a promoção de blocos como os Brics (com Rússia, Índia e China) e Ibas (com
Índia e África do Sul); a tentativa de obter vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU; e a
defesa da integração econômica da América do Sul. Também é notada a emergência de novas
instituições regionais como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e o Conselho Sul-Americano de
Defesa.
Brands afirma que essa estratégia de tentar reverter a antiga ordem internacional foi benéfica no
curto prazo e que o sucessor de Lula terá nas mãos uma rede de opções comerciais e diplomáticas para
escolher onde atuar. Mas, segundo disse em entrevista à Folha, há quatro problemas que poderão
obstruir a ascensão do país. "Primeiro, não está claro que o Brasil preparou bem os fundamentos para
crescimento econômico e coesão social de longo prazo, que são necessários para uma política externa
ambiciosa."
"Segundo, as relações com muitos vizinhos são tensas. Países como Bolívia e Paraguai veem o
Brasil como uma potência dominadora, enquanto México, Argentina, Venezuela e Colômbia o veem
como rival pela liderança regional", continua. O terceiro ponto é que não está claro se Brics e Ibas são
coesos o suficiente para atuar como grandes atores geopolíticos.
E, "finalmente, a política externa assertiva de Lula ocasionalmente leva a conflitos com os EUA".
Mesmo nas projeções mais otimistas, o Brasil não terá capacidade econômica ou militar para competir
com outras potências (EUA, China e a União Europeia) por décadas -se é que isso acontecerá algum
dia. Exatamente por isso, o país precisa abordar seus dilemas estratégicos. "Se o Brasil alcançará
"impacto sistêmico" -a habilidade de influenciar significativamente a ordem global- terá de fazer isso não
por meio da acumulação inexorável de peso geopolítico, mas pela qualidade de sua diplomacia."
ENTREVISTA
"Lula parece crer que ir contra os EUA pega bem"
Para Hal Brands, do Instituto de Análise em Defesa da Escola de Guerra do Exército dos EUA, o
governo Lula parece se esforçar para irritar os EUA.
DE WASHINGTON
Folha - Antecessores de Lula desperdiçaram chances ou a conjuntura internacional só
permitiu ascensão do Brasil nos últimos anos, sob Lula?
Hal Brands - De muitas formas, FHC lançou as bases para as políticas de Lula ao buscar maior
inserção na ordem mundial e defender uma política externa mais ativista. Mas Lula se provou mais
adepto à tentativa de elevar o status do Brasil. Em parte, isso se deve à sua reputação de redução da
pobreza, o que dá a ele mais credibilidade em países em desenvolvimento. Além disso, a desilusão com
a hegemonia americana após o 11 de Setembro criou espaço para poderes como o Brasil pedirem mais
multilateralismo e limites ao poder americano.
Como os EUA reagem a isso?
Esperam que o Brasil seja um parceiro, mas sabem que o país está mais forte na defesa de seus
interesses. Isso leva a conflitos em áreas como comércio e laços com Irã e Venezuela. Em alguns casos,
parece que Lula se esforçou para enfiar o dedo no olho dos EUA, como quando anunciou que não
apoiaria sanções ao Irã logo antes de uma visita da [secretária de Estado] Hillary Clinton. Parece crer
que ir contra políticas dos EUA pega bem com a base do PT e com países em desenvolvimento.
E a América Latina?
Paraguai, Bolívia e outros vizinhos se preocupam com o poder brasileiro e temem a falta de
generosidade do país em dividir os benefícios da integração econômica. O Mercosul tem uma existência
infeliz. Enquanto [Hugo] Chávez e Lula têm relações amigáveis em público, a Venezuela vê o Brasil
como rival pela liderança regional. Isso também se aplica a Colômbia, México e Argentina.




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