Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Enviado: Qua Ago 08, 2012 10:26 am
Fernando Lugo quer concorrer a eleição presidencial geral em abril de 2013 ![Shocked :shock:](./images/smilies/icon_eek.gif)
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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1134 ... aipu.shtmlPresidente paraguaio diz que quer revisão de acordo de Itaipu
Atualizado às 22h13.
Com fortes críticas ao acordo energético entre Brasil e Paraguai em relação à hidrelétrica de Itaipu, o presidente Federico Franco disse que pretende enviar, em breve, uma proposta de lei ao Congresso que revise o pacto.
"A decisão do governo é clara: não estamos mais dispostos a ceder nossa energia. Vejam que utilizo a palavra 'ceder'. Porque o que fazemos hoje é ceder energia para o Brasil e a Argentina, não vender", disse Franco, ao falar sobre a instauração de uma política de Estado para o setor energético do país.
Ameaça de Franco não preocupa governo Dilma
A informação é do site oficial da Presidência do Paraguai.
Franco anunciou que em dezembro o poder Executivo enviará ao Congresso um projeto de lei para que essa situação de "cessão de energia" mude.
Joel Silva/Folhapress
Vista da hidrelétrica de Itaipu em Foz do Iguaçu, no Paraná; Federico Franco quer revisão do acordo energético
"Existem pessoas que dizem que iremos entregar a soberania do país. Mas ela já está entregue. Ontem me reuni com o Conselho de Yacyretá, e foi a primeira vez que ele recebeu diretivas, por parte do presidente. Faremos o mesmo com Itaipu. Nossos conselheiros participarão de cada sessão para defender nossos interesses para que o Paraguai seja beneficiado."
Franco deu a entender que quer utilizar a energia produzida em Itaipu em indústrias que venham a se instalar no Paraguai: "Devemos trazer o que é nosso, de Itaipu e Yacyretá, criar fontes de trabalho e evitar mais migrações. A única maneira de fazer isso é criar condições que permitam a industrialização do país".
"Iremos chamar investidores nacionais e estrangeiros para que eles venham a San Pedro, [departamento de] Concepción, instalem suas indústrias, gerem mão de obra. Essa será a melhor maneira de acabar com a criminalidade e a insegurança que castigam essa região", disse o presidente.
POSICIONAMENTOS
Em entrevista à BBC no dia 4 de julho, o ministro da Fazenda nomeado por Franco, Manuel Ferreira Brusquetti, disse sobre a possibilidade de revisão do acordo: "Este é um governo que não tem tempo para fazer isso. Esse é um governo que está semeando para que o próximo governo faça a colheita".
Entretando, em junho, Pascual Rubiani, economista, empresário de marketing e consultor informal de Federico Franco, disse que uma das razões da perda de apoio do ex-presidente Fernando Lugo foi o fato de ele não poder garantir a "soberania energética" do país.
Segundo o Tratado de Itaipu, de 1973, assinado entre Brasil e Paraguai, cada país tem direito a metade da produção da usina. O excedente deve ser vendido, preferencialmente, ao outro sócio.
"Itaipu cria empregos em outras nações, e não no Paraguai. O presidente Franco mencionou isso no discurso [de posse] porque é uma das coisas que a sociedade esperava de Lugo e que ele não cumpriu", disse Rubiani na ocasião.
Também em junho, o ministro brasileiro de Minas e Energia, Edison Lobão, rechaçou qualquer possibilidade de intervenção do Paraguai na usina hidrelétrica de Itaipu.
"Nada muda [com Federico Franco na Presidência] em relação a usina. Estamos na mais absoluta normalidade. Não pode haver nenhuma retaliação. A venda de energia é regida por tratado e acordos entre os países que só pode ser alterado pelo parlamento do Brasil e do Paraguai", disse.
Para Lobão, na hipótese do parlamento paraguaio tentar fazer qualquer alteração nos termos acordados entre os países e ainda que o parlamento do país aprove as mudanças, elas só passariam a vigorar caso o Congresso Brasileiro também aceitasse as mudanças.
"Isso se falarmos sob hipótese, mas não haverá alteração. Tecnicamente não há como bloquear o fornecimento de energia para Brasil", concluiu o ministro na época.
REVISÃO
Em maio de 2011, o Senado brasileiro aprovou a triplicação do valor pago pelo governo brasileiro ao Paraguai pela energia da hidrelétrica de Itaipu não utilizada pelos paraguaios.
Com a mudança, o Brasil elevou de 5,1 para 15,3 o fator de multiplicação aplicado aos valores estabelecidos no Tratado de Itaipu para os pagamentos por cessão de energia não utilizada no Paraguai.
Na prática, a mudança de cálculo multiplicou por três o valor gasto pelo governo brasileiro para financiar a energia produzida em Itaipu.
Na época, a oposição disse que o valor de US$ 120 milhões pagos anualmente pelo governo ao Paraguai iria subir para próximo de US$ 360 milhões.
A questão é que o Paraguai não tem mais interesse em vender energia para o Brasil segundo declaração do Presidente. No fundo deve ser para receber mais, mas explicitamente declarou que energia será usada para uma nova filial da Rio Tinto que deverá se instalar no paraguai e também está trocando todos os fogões a gás do país por fogões elétricos.Loki escreveu:Senhores, boa noite!
Alguns estão esquecendo que metade da usina é deles, metade da energia é deles, basta pagarem o que estão devendo ou simplesmente aumentarem o consumo interno de energia para consumo próprio.
2025, 2030, não sei, mas uma hora eles vão pagar a dívida, e ai?
Esquecem também que diferente de todos os noticiários do Brasil e da Argentina que mal mencionam o PY, os de lá estão constantemente instigando a população a afronta sofrida, um governo de fato que está a todo custo tentando ficar no poder, sem dinheiro, isolando politicamente, com parcelas da população contrária e atingida pelo juízo político, o que melhor que o inimigo externo? é a saída de praxe.
Temos que tentar pensar menos com o fígado, tentar extrair melhor o que de verdade possa haver na notícia vinculada.
Por exemplo, porque não aparece o valor da tarifa na reporcagem? e o valor realmente recebido pelo PY por megawatt/hora?
Esse aumento de maio/11, cujo processo na verdade começou em 2009, mas a reporcagem não menciona, corrigiu o preço de quando?
E em uma usina inteiramente nossa, de última tecnologia, nova de tudo, quais são esses valores?
Lembrando ainda que quem determina qualquer mudança é o parlamento brasileiro e o parlamento paraguaio.
abraço
Loki
Fonte: http://noticias.uol.com.br/internaciona ... eocupa.htmDiretor de Itaipu diz que ameaça paraguaia de "não ceder" energia ao Brasil não preocupa
Pedro Peduzzi e Sabrina Craide
Da Agência Brasil, em Brasília
A declaração do presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que seu país não continuará “cedendo” energia ao Brasil nem à Argentina, não preocupa o diretor-geral brasileiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Miguel Samek. Segundo ele, a usina tem regras que definem claramente as formas de compra de energia e o seu funcionamento.
Em nota publicada nesta quarta-feira (8) no portal da Presidência paraguaia, Franco diz que “a decisão do governo é clara. Não continuará a ceder nossa energia”, para em seguida enfatizar: “Notem que eu usei a palavra 'ceder', porque o que estamos fazendo é dar energia para o Brasil e a Argentina. Não estamos vendendo mesmo", declarou o presidente paraguaio ao defender o estabelecimento de “uma política de Estado” do país sobre a questão.
De acordo com o governo paraguaio, até dezembro será enviado ao Congresso do país um projeto de lei que garantirá que a decisão não seja alterada por seus sucessores, de forma a garantir a soberania e a convergência energética do Paraguai. “Vamos trazer aquilo que é nosso, de Itaipu e Yacyretá, e criar postos de trabalho para evitar migrações. A única alternativa será criar condições de segurança a fim de industrializar o país”.
Samek disse à Agência Brasil que não está “nada preocupado” com o caso. “Itaipu tem contrato e tratado que estabelecem claramente formas de compra [de energia] e de funcionamento [da usina]. Eles compram a energia necessária para o país e o que não consome é comprado pelo Brasil”.
“Claro que se eles consumirem mais haverá, obviamente, menos energia para o Brasil. Mas isso requer instalação de novas indústrias e fatores que levem a um maior consumo. Isso está muito bem consumado no contrato”, disse Samek.
O diretor de Itaipu acrescentou que teve um encontro muito positivo com o presidente paraguaio na semana passada. “Estive com o presidente Franco na última sexta-feira (3), quando ele visitou as instalações da usina. Conversamos muito e ele acenou que estava tudo normal”, declarou.
O diretor da usina não quis comentar o teor da nota publicada pela Presidência paraguaia. “Não entro em questões de política interna deles”.
A Usina Hidrelétrica de Itaipu, construída e administrada conjuntamente pelo Brasil e Paraguai, tem 14 mil megawatts de potência instalada e atende a cerca de 19% da energia consumida no Brasil e a 91% do consumo paraguaio. O Tratado de Itaipu, firmado em 1973, estabelece que cada país tem direito a usar metade da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% do que teria direito, o Paraguai vende o restante ao Brasil.
Isso foi talvez o grande erro cometido pelo Brasil no fim da guerra. Deveríamos ter fundado o Paraná do Norte ou algo assim.Marechal-do-ar escreveu:Olha... Não gostava do Lugo mas já ta dando saudades, estou até começando a considerar a anexação do Paraguai algo completamente aceitável...
Se você tiver decidido a anexar o paraguai, eu sou o primeiro a te dar apoio no golpe de estado!Marechal-do-ar escreveu:Bem observado wagner, vou anotar a dica para não cometer o mesmo erro quando eu for um ditador.
2suntsé escreveu:Se você tiver decidido a anexar o paraguai, eu sou o primeiro a te dar apoio no golpe de estado!Marechal-do-ar escreveu:Bem observado wagner, vou anotar a dica para não cometer o mesmo erro quando eu for um ditador.![]()
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Saudades do STROESSNER. Ele era para nós o que o Fulgêncio Batista era...mas...deixa pra láMarechal-do-ar escreveu:Olha... Não gostava do Lugo mas já ta dando saudades, estou até começando a considerar a anexação do Paraguai algo completamente aceitável...