Sim...os outros países podem tomar medidas retaliatórias comerciais com os EUA. Mas se reclamam,é porque vão perder muito mais.Túlio escreveu:Se é tão "bad business" assim, então por que reclamar? Deixa o cara se ferrar sozinho, oras.
Que eu saiba, só chora quem tem algo a perder...
EUA
Moderador: Conselho de Moderação
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18823
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1989 vezes
- Agradeceram: 2520 vezes
Re: EUA
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: EUA
No comércio de serviços, os EUA são superavitários.knigh7 escreveu:Sim, o fechamento da economia aos produtos estrangeiros prejudicou o Brasil.
O problema é que os EUA acumulam há décadas um déficit na balança comercial gigantesco. Em 2016 exportaram USD1,47 tilhões e importaram USD 2,205 trilhões.
Eles são abertos demais. Uma hora iria chegar um presidente que iria botar um freio nisso. O resto do mundo se aproveita muito mais deles do que eles do mundo. Daí a chiadeira geral externa geral.
Considero o Trump uma pessoa bastante agressiva e que se excede para um Presidente da República.
Mas ele resolveu tomar uma atitude contra esse déficit de anos absurdo na balança comercial. E uma atitude dura com relação as imigrações ilegais.Se eu fosse americano, eu apoiaria.
Por exemplo, falando sobre a nossa cidade, eu não gosto de ver bolivianos e paraguaios vindo aqui e aceitando subempregos, deixando brasileiros desempregados, como ocorreu nesta década, cujo crescimento da economia foi pífio. O muro que o Trump está pretendendo é uma atitude Legal, em termos jurídicos, para colocar um freio nas imigrações ilegais.
Os EUA não são abertos demais.
A abertura comercial (Exportações + Importações de bens e serviços)/PIB dos EUA é de apenas 28% (mas como o GDP é enorme, os valores exportados e importados em ralação ao resto do mundo é grande, mas pequeno em relação ao seu PIB).
A abertura comercial do Brasil é de 27%
A média mundial é de 58%
A média dos países da OCDE é de 57%
A média da AL e Caribe é de 43%
Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NE. ... S?view=map
Boa parte das importações dos EUA tem embutida um grande percentual de componentes/conteúdo dos EUA.
Por exemplo, quando os EUA importam uma aeronave da Embraer, eles na realidade estão importando um elevado percentual de conteúdo produzido nos EUA e que fora exportado antes ao Brasil.
Com os carros e outros produtos industrializados importado do México passa a mesma coisa. No final, o déficit que eles têm com o México é na realidade muito menor ou até mesmo um superavit.
Segundo as estatísticas, aproximadamente 5 a 6 milhões de trabalhadores americanos trabalham relacionado ao comércio com o México, que é o 2o mercado comprador de produtos e serviços dos EUA. Se realmente acontecer uma guerra comercial, esse mercado pode se contrair para os produtos americanos e pode ser redirecionado para outros esferas (em especial a China e Asia e Pacifico).
Quanto aos imigrantes ilegais, a grande maioria deles (+60%) entraram nos EUA pelos aeroportos, com visto de turista e não pela arriscada e vigiada fronteira terrestre. Deixam o visto expirar e vão ficando...
Já há algum tempo, mais mexicanos que vivem nos EUA retornam ao México do que o contrário.
Um México em crise, com certeza inverterá essa tendência.
Ou seja, Trump está fabricando um crise em suas fronteiras que poderá custar caro aos EUA, do ponto de vista econômico e geopolítico. Isso será sentido principalmente quando começarem as disputas entre os cachorros grandes (China, UE, Oriente Médio etc etc) nos próximos meses ou semanas.
Administrar a maior potencia mundial com se fosse uma imobiliária ou um hotel de Las Vegas não vai dar certo. No final essas medidas populistas vão acabar prejudicando os próprios americanos, e em especial os "ingênuos" eleitores de Trump e vão favorecer seus adversários, em especial a China.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: EUA
Trumponomics
A 20% Mexico tariff would pay for the wall. But it would hurt Americans
by Patrick Gillespie @CNNMoney
January 26, 2017: 6:19 PM ET
The Trump administration floated the idea of using a 20% tax on goods imported from Mexico to pay for the wall.
The math works. The U.S. imported $303 billion from Mexico in 2015 and 20% of that is about $60 billion -- more than enough to pay for President Trump's wall on the border.
But it's not that simple. American companies and consumers would bear the brunt of such a tariff.
On Thursday, Trump's press secretary, Sean Spicer, told reporters that Trump would propose a 20% tariff on all goods shipped from Mexico to the U.S. to pay for the wall. The White House later clarified that it is just one option.
Experts say a tariff would raise a mountain of concerns about U.S. jobs, the prices of products, and who actually pays for the wall.
"The notion that a 20% tariff is a way of forcing Mexico to pay for the wall, it's just a falsehood. It's a way of forcing American consumers to pay for the wall," says Edward Alden a trade expert at the Council on Foreign Relations.
Here's why.
First, about 6 million U.S. jobs depend on trade with Mexico, according to the U.S. Chamber of Commerce. Experts say those jobs would be jeopardized if Trump restricts trade with Mexico.
Americans will very likely face higher prices for many things -- from cars and computers to avocados and Corona. A litany of products imported from Mexico would be more expensive.
Companies from Ford (F) and GM (GM) to retailers like Walmart (WMT) and Best Buy (BBY) will likely be hit hard.
Taxing Mexican imports affects many U.S. companies that send parts south of the border to be assembled. About 40% of the parts in a typical Mexican import originate in the United States. For example, before a car arrives at a local dealership, its parts criss-cross the U.S, Mexican and Canadian borders. It's how supply chains are used today.
Related: 40% of a Mexican import is American
There are other less obvious ways a blunt tariff could come back to bite Americans. Higher prices on some products mean that Americans would have less money to spend on others.
That would end up costing jobs. That's what happened in 2009 after President Obama used tariffs on Chinese tires. It cost more jobs than it saved because prices for tires went up, one study found.
And a Trump tariff would apply to many more products, so the ripple effects would be a lot broader.
That brings us to who pays for the wall. When the U.S. government applies a tariff on Mexican goods shipped into the U.S., Mexican companies don't pay the tariff -- American companies pay it. Companies usually pass the increased cost of goods down to consumers, hence the higher price tag.
So yes, a 20% tariff would pay for the wall. But Mexico would not be paying for it. American consumers would ultimately pay the price. Literally.
Related: A new NAFTA deal could bring jobs back -- at a cost
Mexico would suffer too. Its economy heavily relies on trade with the United States, and about 80% of all its exports go north of the border. A big tariff would discourage American firms from buying Mexican products.
Trump's threats could just be a war of words to strong arm Mexico into paying for the border wall.
Peter Navarro, who heads the White House National Trade Council, told CNNMoney during the campaign that the threat of a tariff would be a strategy to get Mexico into a better trade deal. Trump wants to renegotiate NAFTA, the free trade deal between Mexico, Canada and the U.S. The same logic could be applied to paying for the wall.
"The tariff is not an end game, it's a strategy -- a strategy to renegotiate trade deals," Navarro said at the time. "Tariffs wouldn't put U.S. jobs at risk."
If the tariff happens, the U.S. should expect Mexico to retaliate. Mexico's economy minister, Ildfonso Guajardo, said Mexico would respond immediately to any tariffs Trump imposes on Mexico.
"It's very clear that we have to be prepared to immediately be able to neutralize the impact of a measure of that nature," Guajardo said on a Mexican news show that aired January 13.
Guajardo added: A Trump tariff "will have a wave of impacts that can take us into a global recession."
A 20% Mexico tariff would pay for the wall. But it would hurt Americans
by Patrick Gillespie @CNNMoney
January 26, 2017: 6:19 PM ET
The Trump administration floated the idea of using a 20% tax on goods imported from Mexico to pay for the wall.
The math works. The U.S. imported $303 billion from Mexico in 2015 and 20% of that is about $60 billion -- more than enough to pay for President Trump's wall on the border.
But it's not that simple. American companies and consumers would bear the brunt of such a tariff.
On Thursday, Trump's press secretary, Sean Spicer, told reporters that Trump would propose a 20% tariff on all goods shipped from Mexico to the U.S. to pay for the wall. The White House later clarified that it is just one option.
Experts say a tariff would raise a mountain of concerns about U.S. jobs, the prices of products, and who actually pays for the wall.
"The notion that a 20% tariff is a way of forcing Mexico to pay for the wall, it's just a falsehood. It's a way of forcing American consumers to pay for the wall," says Edward Alden a trade expert at the Council on Foreign Relations.
Here's why.
First, about 6 million U.S. jobs depend on trade with Mexico, according to the U.S. Chamber of Commerce. Experts say those jobs would be jeopardized if Trump restricts trade with Mexico.
Americans will very likely face higher prices for many things -- from cars and computers to avocados and Corona. A litany of products imported from Mexico would be more expensive.
Companies from Ford (F) and GM (GM) to retailers like Walmart (WMT) and Best Buy (BBY) will likely be hit hard.
Taxing Mexican imports affects many U.S. companies that send parts south of the border to be assembled. About 40% of the parts in a typical Mexican import originate in the United States. For example, before a car arrives at a local dealership, its parts criss-cross the U.S, Mexican and Canadian borders. It's how supply chains are used today.
Related: 40% of a Mexican import is American
There are other less obvious ways a blunt tariff could come back to bite Americans. Higher prices on some products mean that Americans would have less money to spend on others.
That would end up costing jobs. That's what happened in 2009 after President Obama used tariffs on Chinese tires. It cost more jobs than it saved because prices for tires went up, one study found.
And a Trump tariff would apply to many more products, so the ripple effects would be a lot broader.
That brings us to who pays for the wall. When the U.S. government applies a tariff on Mexican goods shipped into the U.S., Mexican companies don't pay the tariff -- American companies pay it. Companies usually pass the increased cost of goods down to consumers, hence the higher price tag.
So yes, a 20% tariff would pay for the wall. But Mexico would not be paying for it. American consumers would ultimately pay the price. Literally.
Related: A new NAFTA deal could bring jobs back -- at a cost
Mexico would suffer too. Its economy heavily relies on trade with the United States, and about 80% of all its exports go north of the border. A big tariff would discourage American firms from buying Mexican products.
Trump's threats could just be a war of words to strong arm Mexico into paying for the border wall.
Peter Navarro, who heads the White House National Trade Council, told CNNMoney during the campaign that the threat of a tariff would be a strategy to get Mexico into a better trade deal. Trump wants to renegotiate NAFTA, the free trade deal between Mexico, Canada and the U.S. The same logic could be applied to paying for the wall.
"The tariff is not an end game, it's a strategy -- a strategy to renegotiate trade deals," Navarro said at the time. "Tariffs wouldn't put U.S. jobs at risk."
If the tariff happens, the U.S. should expect Mexico to retaliate. Mexico's economy minister, Ildfonso Guajardo, said Mexico would respond immediately to any tariffs Trump imposes on Mexico.
"It's very clear that we have to be prepared to immediately be able to neutralize the impact of a measure of that nature," Guajardo said on a Mexican news show that aired January 13.
Guajardo added: A Trump tariff "will have a wave of impacts that can take us into a global recession."
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: EUA
Sí al muro fronterizo… Pero en el sur de México.
En el sur sureste México tiene dos fronteras: una con Guatemala y la otra con Belice que no le arrojan ningún beneficio, por el contrario, sólo problemas le ocasionan porque esos cruces son utilizados para una nueva invasión: la de los centroamericanos que utilizan nuestro país para cruzar a Estados Unidos.
http://www.elmanana.com/sialmurofronter ... 51816.html
Si sólo el tráfico de indocumentados, principalmente guatemaltecos, salvadoreños y hondureños fuera el problema, eso sería lo de menos, pero se da el caso que una vez que los oficiales de Migración los detectan en territorio estadounidense los deportan de inmediato, y no a sus lugares de origen como está establecido en convenios internacionales, sino que lo hacen por la frontera mexicana, principalmente a Reynosa.
Esta situación genera en ciudades fronterizas como la nuestra, una serie de problemas porque es bien sabido que el gobierno mexicano no los va a enviar a sus lugares de origen por carecer de recursos para ello, eso, sin tomar en cuenta que la mayor parte de los deportados prefieren quedarse aquí para volver a intentar ir en busca del llamado “sueño americano”.
Si bien es cierto que en la ciudad hay albergues en donde se da hospedaje y comida a los migrantes, esto es solo por tres días por lo que muy pronto se ven por las calles de las diferentes colonias de Reynosa solicitando ayuda económica para comer, o como ellos dicen, para regresar a sus lugares de origen.
Muchos de estos migrantes al no encontrar una manera honesta de ganarse la vida se dedican a delinquir recurriendo al asalto, al secuestro y a la extorsión, y en el peor de los casos, integrándose a los grupos delincuenciales del crimen organizado.
El magnate Donald Trump desde que arrancó la aventura en pos de la candidatura a la presidencia de Estados Unidos ha manifestado su deseo de que se construya un muro a lo largo de la frontera que une a su país con México. El lado oscuro de la propuesta estriba en que pretende que ese muro lo pague el gobierno mexicano y que sea dentro de nuestro territorio, lo que significaría el arrebato de otra porción de tierra como cuando se quedaron con Texas, California, Nuevo México y Arizona, y además se quedarían con El Chamizal y el río Bravo cuya agua es propiedad de los dos países y sirve para el abasto del vital líquido a la mayoría de los fronterizos.
El republicano fundamenta su propuesta afirmando que por México están cruzando delincuentes y violadores que ponen en peligro la seguridad de su país.
Al respecto, la candidata demócrata Hillary Clinton nada ha dicho al respecto.
La idea de Trump es buena, pero más que construir el muro en la frontera norte de México que se haga en la frontera sur sureste para frenar el paso de centroamericanos a ambos países.
En la frontera mexicana se acabó la paz y la tranquilidad y en ello han influido mucho los centroamericanos que una vez que son deportados por el gobierno de Estados Unidos, amparados con documentos falsificados se quedan en territorio mexicano.
El problema que viven México y Estados Unidos se puede resolver y esto es con la construcción del muro fronterizo propuesto por Donald Trump, pero en el sur para evitar el cruce ilegal de centroamericanos, pero también con la exigencia de documentos migratorios a los extranjeros que ingresan a nuestro país.
En el sur sureste México tiene dos fronteras: una con Guatemala y la otra con Belice que no le arrojan ningún beneficio, por el contrario, sólo problemas le ocasionan porque esos cruces son utilizados para una nueva invasión: la de los centroamericanos que utilizan nuestro país para cruzar a Estados Unidos.
http://www.elmanana.com/sialmurofronter ... 51816.html
Si sólo el tráfico de indocumentados, principalmente guatemaltecos, salvadoreños y hondureños fuera el problema, eso sería lo de menos, pero se da el caso que una vez que los oficiales de Migración los detectan en territorio estadounidense los deportan de inmediato, y no a sus lugares de origen como está establecido en convenios internacionales, sino que lo hacen por la frontera mexicana, principalmente a Reynosa.
Esta situación genera en ciudades fronterizas como la nuestra, una serie de problemas porque es bien sabido que el gobierno mexicano no los va a enviar a sus lugares de origen por carecer de recursos para ello, eso, sin tomar en cuenta que la mayor parte de los deportados prefieren quedarse aquí para volver a intentar ir en busca del llamado “sueño americano”.
Si bien es cierto que en la ciudad hay albergues en donde se da hospedaje y comida a los migrantes, esto es solo por tres días por lo que muy pronto se ven por las calles de las diferentes colonias de Reynosa solicitando ayuda económica para comer, o como ellos dicen, para regresar a sus lugares de origen.
Muchos de estos migrantes al no encontrar una manera honesta de ganarse la vida se dedican a delinquir recurriendo al asalto, al secuestro y a la extorsión, y en el peor de los casos, integrándose a los grupos delincuenciales del crimen organizado.
El magnate Donald Trump desde que arrancó la aventura en pos de la candidatura a la presidencia de Estados Unidos ha manifestado su deseo de que se construya un muro a lo largo de la frontera que une a su país con México. El lado oscuro de la propuesta estriba en que pretende que ese muro lo pague el gobierno mexicano y que sea dentro de nuestro territorio, lo que significaría el arrebato de otra porción de tierra como cuando se quedaron con Texas, California, Nuevo México y Arizona, y además se quedarían con El Chamizal y el río Bravo cuya agua es propiedad de los dos países y sirve para el abasto del vital líquido a la mayoría de los fronterizos.
El republicano fundamenta su propuesta afirmando que por México están cruzando delincuentes y violadores que ponen en peligro la seguridad de su país.
Al respecto, la candidata demócrata Hillary Clinton nada ha dicho al respecto.
La idea de Trump es buena, pero más que construir el muro en la frontera norte de México que se haga en la frontera sur sureste para frenar el paso de centroamericanos a ambos países.
En la frontera mexicana se acabó la paz y la tranquilidad y en ello han influido mucho los centroamericanos que una vez que son deportados por el gobierno de Estados Unidos, amparados con documentos falsificados se quedan en territorio mexicano.
El problema que viven México y Estados Unidos se puede resolver y esto es con la construcción del muro fronterizo propuesto por Donald Trump, pero en el sur para evitar el cruce ilegal de centroamericanos, pero también con la exigencia de documentos migratorios a los extranjeros que ingresan a nuestro país.
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: EUA
Porque se o comércio entre os dois países for afetado os americanos perdem, mas os mexicanos perdem muito mais ainda. Seria uma guerra em que ninguém pode vencer, mas os EUA sairiam no máximo feridos enquanto o México provavelmente não sobreviveria.Túlio escreveu:Se é tão "bad business" assim, então por que reclamar? Deixa o cara se ferrar sozinho, oras.
Que eu saiba, só chora quem tem algo a perder...
Leandro G. Card
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: EUA
E ainda existem mais detalhes neste ponto.Penguin escreveu:No comércio de serviços, os EUA são superavitários.
Os EUA não são abertos demais.
A abertura comercial (Exportações + Importações de bens e serviços)/PIB dos EUA é de apenas 28% (mas como o GDP é enorme, os valores exportados e importados em ralação ao resto do mundo é grande, mas pequeno em relação ao seu PIB).
A abertura comercial do Brasil é de 27%
A média mundial é de 58%
A média dos países da OCDE é de 57%
A média da AL e Caribe é de 43%
Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NE. ... S?view=map
Boa parte das importações dos EUA tem embutida um grande percentual de componentes/conteúdo dos EUA.
Por exemplo, quando os EUA importam uma aeronave da Embraer, eles na realidade estão importando um elevado percentual de conteúdo produzido nos EUA e que fora exportado antes ao Brasil.
Com os carros e outros produtos industrializados importado do México passa a mesma coisa. No final, o déficit que eles têm com o México é na realidade muito menor ou até mesmo um superavit.
Boa parte da abertura comercial americana se dá como uma forma de garantir o acesso das empresas dos próprios EUA aos países beneficiados, que produzem e vendem lá e enviam depois royalties e os lucros de volta para a América. Estes valores não entram na conta do comércio internacional direto e não aparecem nas estatísticas que o Trump usa para justificar suas opiniões, mas sim no balanço de pagamentos total de cada país, sendo um dado que geralmente apenas os economistas se preocupam em conhecer.
Além, disso, para os EUA é muito fácil financiar seus enormes déficits comerciais, já que eles imprimem uma moeda que o mundo inteiro aceita sem questionar. Eles simplesmente geram os dólares que precisam, entregam ao sistema financeiro e este financia as importações, escoando o dinheiro para fora do país e não causando inflação interna (e de quebra evitam a sobrevalorização excessiva da moeda americana). Por isso o déficit comercial americano nunca foi um problema real para a economia deles, como acontece com praticamente todos os demais países.
Leandro G. Card
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18823
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1989 vezes
- Agradeceram: 2520 vezes
Re: EUA
Penguin escreveu:No comércio de serviços, os EUA são superavitários.knigh7 escreveu:Sim, o fechamento da economia aos produtos estrangeiros prejudicou o Brasil.
O problema é que os EUA acumulam há décadas um déficit na balança comercial gigantesco. Em 2016 exportaram USD1,47 tilhões e importaram USD 2,205 trilhões.
Eles são abertos demais. Uma hora iria chegar um presidente que iria botar um freio nisso. O resto do mundo se aproveita muito mais deles do que eles do mundo. Daí a chiadeira geral externa geral.
Considero o Trump uma pessoa bastante agressiva e que se excede para um Presidente da República.
Mas ele resolveu tomar uma atitude contra esse déficit de anos absurdo na balança comercial. E uma atitude dura com relação as imigrações ilegais.Se eu fosse americano, eu apoiaria.
Por exemplo, falando sobre a nossa cidade, eu não gosto de ver bolivianos e paraguaios vindo aqui e aceitando subempregos, deixando brasileiros desempregados, como ocorreu nesta década, cujo crescimento da economia foi pífio. O muro que o Trump está pretendendo é uma atitude Legal, em termos jurídicos, para colocar um freio nas imigrações ilegais.
Os EUA não são abertos demais.
A abertura comercial (Exportações + Importações de bens e serviços)/PIB dos EUA é de apenas 28% (mas como o GDP é enorme, os valores exportados e importados em ralação ao resto do mundo é grande, mas pequeno em relação ao seu PIB).
A abertura comercial do Brasil é de 27%
A média mundial é de 58%
A média dos países da OCDE é de 57%
A média da AL e Caribe é de 43%
Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NE. ... S?view=map
Boa parte das importações dos EUA tem embutida um grande percentual de componentes/conteúdo dos EUA.
Por exemplo, quando os EUA importam uma aeronave da Embraer, eles na realidade estão importando um elevado percentual de conteúdo produzido nos EUA e que fora exportado antes ao Brasil.
Com os carros e outros produtos industrializados importado do México passa a mesma coisa. No final, o déficit que eles têm com o México é na realidade muito menor ou até mesmo um superavit.
Segundo as estatísticas, aproximadamente 5 a 6 milhões de trabalhadores americanos trabalham relacionado ao comércio com o México, que é o 2o mercado comprador de produtos e serviços dos EUA. Se realmente acontecer uma guerra comercial, esse mercado pode se contrair para os produtos americanos e pode ser redirecionado para outros esferas (em especial a China e Asia e Pacifico).
Quanto aos imigrantes ilegais, a grande maioria deles (+60%) entraram nos EUA pelos aeroportos, com visto de turista e não pela arriscada e vigiada fronteira terrestre. Deixam o visto expirar e vão ficando...
Já há algum tempo, mais mexicanos que vivem nos EUA retornam ao México do que o contrário.
Um México em crise, com certeza inverterá essa tendência.
Ou seja, Trump está fabricando um crise em suas fronteiras que poderá custar caro aos EUA, do ponto de vista econômico e geopolítico. Isso será sentido principalmente quando começarem as disputas entre os cachorros grandes (China, UE, Oriente Médio etc etc) nos próximos meses ou semanas.
Administrar a maior potencia mundial com se fosse uma imobiliária ou um hotel de Las Vegas não vai dar certo. No final essas medidas populistas vão acabar prejudicando os próprios americanos, e em especial os "ingênuos" eleitores de Trump e vão favorecer seus adversários, em especial a China.
Penguin, eu havia lido o artigo que vc colocou na página anterior.
Seja serviços, seja a importação de produtos feitas com componentes que eles exportam, entram na balança comercial.
Observe a série histórica da balança comercial, de 1960 até 2015, no link da página do Governo, com exportação e importação de serviços e bens separados e na primeira fileira o resultado. Eu não consegui colocá-la aqui (provavelmente por ser um arquivo com muitos pixels)
https://www.census.gov/foreign-trade/st ... /gands.pdf
A partir de 1999 o déficit comercial dobra e desde então passa a aumentar expressivamente até 2005, permanecendo na casa dos USD700 bi até 2008, regrediu em 2009 por causa da crise econômica, mas em 2010 voltou a subir chegando a cerca dos USD 500bi e permanecendo próximo a isso.
Sei lá se as medidas que ele está tomando terá o resultado esperado, mas que iria mais cedo ou mais tarde chegar na Casa Branca um presidente que fosse tomar medidas mais fortes para tentar reduzir drasticamente o problema, isso sem dúvida.
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: EUA
Alguém precisa me explicar esta tabela aí:
https://www.census.gov/foreign-trade/st ... /gands.pdf
Como é que o México tem um comércio com os EUA consideravelmente maior do que o seu próprio PIB?
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... _(nominal)
Leandro G. Card
https://www.census.gov/foreign-trade/st ... /gands.pdf
Como é que o México tem um comércio com os EUA consideravelmente maior do que o seu próprio PIB?
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... _(nominal)
Leandro G. Card
-
- Sênior
- Mensagens: 1816
- Registrado em: Dom Nov 25, 2012 3:21 pm
- Agradeceu: 141 vezes
- Agradeceram: 37 vezes
Re: EUA
Eu realmente estou torcendo para que o governo dele seja o mais desastroso possível e que os Eua percam cada vez mais poder global.Túlio escreveu:Grep escreveu:To achando que o Trump vai começar a passar vergonha agindo dessa forma arrogante.
Pois eu acho que a "esquerda" deveria estar é torcendo por ele: se puser em prática tudo o que parece estar em vias de, o antiamericanismo vai aos céus e, portanto, lucro procêis.
Ah, esqueci, DETESTAM lucro!!!
Além disso um exemplo ruim de um presidente midiático/populista desse tipo poderá desencorajar os BRHUEUHE de eleger um Dória da vida para presidente.
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: EUA
Verdade, sofrerá mais, mas os EUA tb teriam custos.LeandroGCard escreveu:Porque se o comércio entre os dois países for afetado os americanos perdem, mas os mexicanos perdem muito mais ainda. Seria uma guerra em que ninguém pode vencer, mas os EUA sairiam no máximo feridos enquanto o México provavelmente não sobreviveria.Túlio escreveu:Se é tão "bad business" assim, então por que reclamar? Deixa o cara se ferrar sozinho, oras.
Que eu saiba, só chora quem tem algo a perder...
Leandro G. Card
E mais, o Mexico foi apenas o início.
Complicações muito maiores virão...
https://www.thebalance.com/trade-defici ... ty-3306264The United States has the world's largest trade deficit and has run one since 1975. In 2015, the deficit on goods and services was $500.4 billion, higher than the $490.2 billion deficit in 2014. The deficit occurred because exports, at $2.3 trillion, were lower than imports, at $2.761 trillion. (Source: "U.S. International Trade in Goods and Services," U.S. Census Bureau.)
---
China - $599.4 billion traded with a $367 billion deficit.
Mexico - $532.1 billion with a $60.6 billion deficit.
Japan - $193.6 billion traded with a $68.6 billion deficit.
Germany - $174.8 billion traded with a $74.9 billion deficit.
Será que a economia dos EUA aguenta uma guerra comercial simultânea com o Mexico, China, Japão e Alemanha/UE?
Ou seja, esse conflito com o Mexico nem arranhará o problema do deficit e ainda trará prejuízos para os próprios americanos.
E de quebra, poderá jogar o México em outra esfera de influência.
A ver...
Editado pela última vez por Penguin em Sex Jan 27, 2017 1:36 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18823
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1989 vezes
- Agradeceram: 2520 vezes
Re: EUA
LeandroGCard escreveu:E ainda existem mais detalhes neste ponto.Penguin escreveu:No comércio de serviços, os EUA são superavitários.
Os EUA não são abertos demais.
A abertura comercial (Exportações + Importações de bens e serviços)/PIB dos EUA é de apenas 28% (mas como o GDP é enorme, os valores exportados e importados em ralação ao resto do mundo é grande, mas pequeno em relação ao seu PIB).
A abertura comercial do Brasil é de 27%
A média mundial é de 58%
A média dos países da OCDE é de 57%
A média da AL e Caribe é de 43%
Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NE. ... S?view=map
Boa parte das importações dos EUA tem embutida um grande percentual de componentes/conteúdo dos EUA.
Por exemplo, quando os EUA importam uma aeronave da Embraer, eles na realidade estão importando um elevado percentual de conteúdo produzido nos EUA e que fora exportado antes ao Brasil.
Com os carros e outros produtos industrializados importado do México passa a mesma coisa. No final, o déficit que eles têm com o México é na realidade muito menor ou até mesmo um superavit.
Boa parte da abertura comercial americana se dá como uma forma de garantir o acesso das empresas dos próprios EUA aos países beneficiados, que produzem e vendem lá e enviam depois royalties e os lucros de volta para a América. Estes valores não entram na conta do comércio internacional direto e não aparecem nas estatísticas que o Trump usa para justificar suas opiniões, mas sim no balanço de pagamentos total de cada país, sendo um dado que geralmente apenas os economistas se preocupam em conhecer.
Além, disso, para os EUA é muito fácil financiar seus enormes déficits comerciais, já que eles imprimem uma moeda que o mundo inteiro aceita sem questionar. Eles simplesmente geram os dólares que precisam, entregam ao sistema financeiro e este financia as importações, escoando o dinheiro para fora do país e não causando inflação interna (e de quebra evitam a sobrevalorização excessiva da moeda americana). Por isso o déficit comercial americano nunca foi um problema real para a economia deles, como acontece com praticamente todos os demais países.
Leandro G. Card
Na balança de pagamento total é que distorce: a China tem um superávit comercial enorme com os EUA, mas compram os títulos da dívida publica dele. Isso entra na balança total de pagamentos.
Ao levar em conta a balança total de pagamentos é que mascara o problema. O mundo financia a dívida americana porque eles tem o rating de crédito AAA.
O que pode ocorrer é uma pressão inflacionaria. Mas já falaram que vão subir a taxa de juros.
Uma coisa interessante é que depois da eleição vários economistas (como o Paul Krugman) e jornalistas disseram que era só promessa de campanha e que ele não iria implementá-las por causa dos "checks-and-balances" (ou seja, por causa dos outros poderes, o Legislativo e Judiciário), como se o Trump estivesse sendo assessorado por trouxas... Ele espertamente está se apoiando em jurisprudência daquilo que é necessário leis (no Common Law isso é forte), e atos administrativos que são prerrogativas do Executivo.
Editado pela última vez por knigh7 em Sex Jan 27, 2017 1:41 pm, em um total de 1 vez.
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18823
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1989 vezes
- Agradeceram: 2520 vezes
Re: EUA
Eu também penso assim...mmatuso escreveu:Azar é do méxico que não diversificou a economia e vive a reboque dos EUA.
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: EUA
O comércio exterior do México representa 73% do PIB: http://data.worldbank.org/indicator/NE.TRD.GNFS.ZSLeandroGCard escreveu:Alguém precisa me explicar esta tabela aí:
https://www.census.gov/foreign-trade/st ... /gands.pdf
A tabela acima refere-se ao comércio exterior dos EUA.
Em 2015 eles tiveram um déficit total de USD500bi
Como é que o México tem um comércio com os EUA consideravelmente maior do que o seu próprio PIB?
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... _(nominal)
O gráfico acima é realmente o PIB do México que em 2015 foi de USD1143,79bi
Leandro G. Card
Independente do desfecho do atual problema com os EUA, acho que eles terão que se esforçar para diversificar seu comércio exterior.
[]s
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
Re: EUA
Eles tem déficit na balança comercial mas superávit nas remessas de lucro, em outras palavras, os americanos ganham sem produzir nada, como poderia ser melhor do que isso?knigh7 escreveu:O problema é que os EUA acumulam há décadas um déficit na balança comercial gigantesco. Em 2016 exportaram USD1,47 tilhões e importaram USD 2,205 trilhões.
É um discurso populista também muito comum no Brasil, e "cola" porque as pessoas em geral não olham o quadro geral, olham apenas para o próprio umbigo, na visão dessas pessoas se as empresas não puderam contratar um chinês (ou mexicano) por $100 ou um imigrante ilegal por $500 então parte da população será contratada por $2000 e eles poderão comprar seus iPhone, o problema desse pensamento é que se as empresas fossem obrigadas a pagar $2000 pelo trabalhador o iPhone seria caro demais para um salário de $2000...knigh7 escreveu:Por exemplo, falando sobre a nossa cidade, eu não gosto de ver bolivianos e paraguaios vindo aqui e aceitando subempregos, deixando brasileiros desempregados, como ocorreu nesta década, cujo crescimento da economia foi pífio. O muro que o Trump está pretendendo é uma atitude Legal, em termos jurídicos, para colocar um freio nas imigrações ilegais.
A real saída desse problema e que todo governo que se preze procura é capacitar (treinar) sua população para exercer tarefas que os chineses não conseguem e que sejam bem pagas, ai se um chinês aceita apertar parafusos por $100, "bom, legal, vou adorar contrata-lo", não faz sentido querer concorrer com a China em termos de mão de obra pouco capacitada.
Mas claro que a real saída é muito mais complicada de fazer, de mostrar que está sendo feito e de explicar para a população em geral...
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)