GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Plano Brasil
Rússia pode comprar armas do ex-inimigo EUA
MOSCOU — AFP - A Rússia gastará mais de 613 bilhões de dólares para renovar seu arsenal entre 2011 e 2020, e analisa a compra de armamento produzido nos Estados Unidos, seu inimigo durante a Guerra Fria, revelou nesta terça-feira o ministro russo da Defesa, Anatoli Serdiukov.
“É um volume mínimo para podermos dar às Forças Armadas um equipamento moderno (…) e é claro que estamos interessados na aquisição de algumas tecnologias militares americanas”, disse Serdiukov.
“Há muitas coisas que nos interessam: telecomunicações como base para um sistema de gestão automatizado, assim como tecnologias no âmbito da informação. Algumas armas de alta precisão também nos interessam”.
No ano passado, o presidente russo, Dimitri Medvedev, anunciou o rearmamento “em grande escala” da Rússia a partir de 2011, para enfrentar a ameaça de “conflito sério em algumas regiões”.
Rússia pode comprar armas do ex-inimigo EUA
MOSCOU — AFP - A Rússia gastará mais de 613 bilhões de dólares para renovar seu arsenal entre 2011 e 2020, e analisa a compra de armamento produzido nos Estados Unidos, seu inimigo durante a Guerra Fria, revelou nesta terça-feira o ministro russo da Defesa, Anatoli Serdiukov.
“É um volume mínimo para podermos dar às Forças Armadas um equipamento moderno (…) e é claro que estamos interessados na aquisição de algumas tecnologias militares americanas”, disse Serdiukov.
“Há muitas coisas que nos interessam: telecomunicações como base para um sistema de gestão automatizado, assim como tecnologias no âmbito da informação. Algumas armas de alta precisão também nos interessam”.
No ano passado, o presidente russo, Dimitri Medvedev, anunciou o rearmamento “em grande escala” da Rússia a partir de 2011, para enfrentar a ameaça de “conflito sério em algumas regiões”.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
Marino escreveu:Plano Brasil
Rússia pode comprar armas do ex-inimigo EUA
MOSCOU — AFP - A Rússia gastará mais de 613 bilhões de dólares para renovar seu arsenal entre 2011 e 2020, e analisa a compra de armamento produzido nos Estados Unidos, seu inimigo durante a Guerra Fria, revelou nesta terça-feira o ministro russo da Defesa, Anatoli Serdiukov.
“É um volume mínimo para podermos dar às Forças Armadas um equipamento moderno (…) e é claro que estamos interessados na aquisição de algumas tecnologias militares americanas”, disse Serdiukov.
“Há muitas coisas que nos interessam: telecomunicações como base para um sistema de gestão automatizado, assim como tecnologias no âmbito da informação. Algumas armas de alta precisão também nos interessam”.
No ano passado, o presidente russo, Dimitri Medvedev, anunciou o rearmamento “em grande escala” da Rússia a partir de 2011, para enfrentar a ameaça de “conflito sério em algumas regiões”.
As voltas que o mundo dá...
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: GEOPOLÍTICA
Sempre fizeram isso um ao outro, era de "graça", agora é pago
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: GEOPOLÍTICA
http://anba.com.br/noticia_diplomacia.kmf?cod=1069901322/09/2010 - 08:30
Diplomacia
Brasil e Argélia terão acordo em defesa
Os dois países devem assinar acordo bilateral que poderá permitir a aquisição argelina de equipamentos de defesa e segurança brasileiros sem necessidade de licitação.
Geovana Pagel geovana.pagel@anba.com.br
São Paulo – A promessa da assinatura de um acordo bilateral entre Brasil e Argélia na área de defesa, que poderá permitir a aquisição de equipamentos de empresas brasileiras do setor sem necessidade de licitação, surgiu durante a missão comercial liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, à Argélia e Omã, de 15 a 18 de setembro.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa e Segurança (Abimde), Frederico Aguiar, integrou a missão e participou de encontros com representantes do Ministério da Defesa e do Departamento de Segurança Nacional da Argélia. "Um acordo abre várias possibilidades, uma delas é a de fazer aquisições de forma direta", explicou Aguiar, lembrando que o setor de defesa tem uma importância grande na Argélia.
De acordo com Aguiar, a indústria brasileira de defesa e segurança está presente na Argélia há 10 anos, com exportações de munição não letal e armamento leve. As exportações são feitas basicamente pelas empresas Condor e Taurus. "De 2001 a 2009 foram fechados contratos de US$ 30 milhões, o que é muito pouco, pois somente no ano passado a Argélia importou US$ 6 bilhões em armamento, veículos blindados, aviões, embarcações", contou. Os principais fornecedores foram Rússia e China.
"Nós precisamos da tutela do estado para que o segmento seja incluído nas negociações bilaterais como setor preferencial visando o equilíbrio da balança comercial. O Brasil, por um trabalho intenso do ministro [Miguel Jorge], está praticando inteligência competitiva de estado, defendendo o segmento", disse Aguiar.
"Não é à toa que o Sarcozy [Nicolas Sarcozy, presidente da França] vai ao Brasil para vender submarinos e aviões. Não é à toa que o presidente da Rússia [Dmitri Medvedev] vai à Venezuela para vender veículos, armas e caças", observou.
Em Omã, segundo país visitado pela missão brasileira, o presidente da Abimde participou de uma reunião no Ministérios da Defesa, onde foi recebido pelo responsável pelas aquisições. "Já se encontram naquele mercado empresas brasileiras como Embraer e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC). A Embraer vendeu avião de transporte executivo para o governo e participa de uma licitação de aviões de patrulha", contou.
"A CBC tem grande interesse tanto para a exportação de munições, como para montar uma empresa em Omã", afirmou Aguiar. Segundo ele, as demandas não são muito grandes, mas são constantes. Além disso, eles vão fazer um mapeamento cartográfico do território marítimo, serviço que pode ser prestado pela Emgepron, que é a Empresa Gerencial de Projetos Navais, da Marinha do Brasil", informou. "Eles se comprometeram a incluir a Abimde como portal de consulta para novas aquisições", destacou.
Sobre a Abimde
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) foi fundada em 1986, tem sede em São Paulo e representa mais de 100 empresas do setor de material militar de todo o Brasil. O trabalho da Abimde é apoiar o relacionamento entre a indústria e entidades governamentais a fim de acelerar e estimular a comercialização, o desenvolvimento e a qualidade dos produtos brasileiros.
Contato
Site: http://www.abimde.org.br
Telefone: +55 (11) 3214-5032
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Re: GEOPOLÍTICA
Gratis não, a espionagem custa caro $$$$!!soultrain escreveu:Sempre fizeram isso um ao outro, era de "graça", agora é pago
- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Plano Brasil
Para analistas, relações com os EUA devem envolver maior cooperação e mais conflitos
22/09/2010
Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
O futuro das relações entre Brasil e Estados Unidos, independentemente de quem vença as eleições presidenciais de outubro, deve envolver maior cooperação, mas também mais conflitos em diversas áreas, dizem analistas americanos ouvidos pela BBC Brasil.
O crescimento econômico e a maior projeção conquistados pelo Brasil no cenário internacional nos últimos anos, aliados a uma política externa mais independente, devem fazer com que divergências entre os dois países sejam cada vez mais comuns, segundo os analistas.
“Não há dúvida de que a transformação das relações entre os Estados Unidos e o Brasil foi impulsionada pelas transformações no Brasil. Não apenas o crescimento da economia brasileira, mas também a maior projeção do país internacionalmente, significa que estamos nos chocando com o Brasil em áreas em que o Brasil antes não estava presente, mas agora está”, disse o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon, em entrevista concedida em Washington.
“Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos têm de entender essa mudança de situação e ser capazes de responder a isso de maneira criativa, positiva para ambos os países”, afirmou embaixador.
“Mas estamos muito confiantes de que, quem quer que seja eleito, nós seremos capazes de trabalhar juntos de maneira muito positiva”, disse Shannon.
Irã
Segundo analistas, o momento de maior tensão recente entre os dois países foi o que envolveu o programa nuclear iraniano, no primeiro semestre deste ano.
O Brasil não apoiou a aplicação de uma quarta rodada de sanções da ONU contra Teerã, proposta pelos Estados Unidos e aprovada em junho pelo Conselho de Segurança.
O Brasil, ao lado da Turquia, havia obtido um acordo com o Irã pouco antes da aprovação das novas sanções, na tentativa de evitar as represálias e encontrar uma solução por meio do diálogo.
O acordo, porém, foi rejeitado pelos Estados Unidos, gerando irritação no governo brasileiro.
“Havia por parte dos Estados Unidos a impressão de que o Brasil tinha de apoiar Washington em uma questão como essa”, diz o brasilianista Peter Hakim, presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, com sede em Washington.
“Mas não deveria haver mais esse tipo de expectativa”, afirma Hakim. “Divergências serão cada vez mais normais na relação entre os dois países.”
Relação estratégica
Segundo o brasilianista, todas as grandes potências que emergiram nos últimos anos, como China ou Rússia, tiveram conflitos com os Estados Unidos.
“É inevitável”, diz Hakim. “Acredito que, no futuro, os dois países vão ter uma relação estratégica, como os Estados Unidos têm com a China ou com a Rússia. Mas não uma parceria estratégica.”
O diretor do programa de estudos de América Latina da Universidade Johns Hopkins, Riordan Roett, também afirma que, no futuro, as relações entre Estados Unidos e Brasil serão cada vez mais semelhantes às que Washington mantém com Rússia, China ou Índia, os outros países que, ao lado do Brasil, formam o grupo chamado Bric.
“Haverá prioridades semelhantes entre Estados Unidos e Brasil, e nesse caso será possível desenvolver uma forte cooperação”, diz Roett.
“Mas em outros campos, a tendência é de que haja competição”, afirma. “O Brasil já é o mais importante ator regional. À medida que se torna um importante ator global, em algumas áreas haverá prioridades semelhantes, mas em outras, não.”
Entre as áreas em que há probabilidade de divergências, os analistas citam o comércio, especialmente no setor agrícola, em que questões como os subsídios pagos pelos Estados Unidos a seus produtores rurais já são motivo de conflito.
Segundo Hakim, o programa nuclear brasileiro também pode provocar divergências no futuro. “Poderia facilmente escalar para um conflito, especialmente se o Brasil aumentar sua capacidade de enriquecimento de urânio”, afirma.
Eleição
O analista Mark Weisbrot, codiretor do Center for Economic and Policy Research, em Washington, afirma que, apesar de profundas mudanças na América Latina nos últimos anos, a política americana para a região não mudou.
“Os Estados Unidos vão continuar a ter conflitos com a América Latina no futuro. E como o Brasil faz parte da região, vai ser afetado também”, diz.
Segundo Weisbrot, dependendo de quem for o vencedor das eleições brasileiras, pode haver uma mudança para uma política externa mais “pró-Washington”.
De acordo com Riordan Roett, o novo governo brasileiro, por meio do ministro de Relações Exteriores, poderia colocar a questão iraniana no passado. “O novo ministro poderia sentar com (a secretária de Estado americana) Hillary Clinton e tentar resolver a questão”, diz.
Há, porém, entre os analistas, dúvidas sobre a real intenção de fazer o esforço necessário para melhorar as relações, tanto por parte de Brasília quanto por Washington.
“Será que haverá um esforço do novo presidente para melhorar essa relação?”, questiona Hakim. “(O novo governo brasileiro) vai sentir que realmente deveria fazer um esforço maior para suavizar as relações? Acho que ainda serão necessários mais alguns confrontos sérios para que realmente (os dois governos) lidem com essas questões.”
Segundo Hakim, depois de oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil tem uma imagem internacional “extremamente positiva” e Lula recebe tratamento “de estrela” no exterior, o que talvez o novo presidente brasileiro não tenha.
No entanto, Hakim diz não acreditar em mudanças dramáticas nas relações bilaterais e cita o exemplo da sucessão americana.
“Todos odiavam Bush. Todos amavam Obama. Esperava-se uma grande mudança. Mas olhe a política dos Estados Unidos para a América Latina. Não mudou”, afirma.
Fonte: BBC Brasil
Para analistas, relações com os EUA devem envolver maior cooperação e mais conflitos
22/09/2010
Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
O futuro das relações entre Brasil e Estados Unidos, independentemente de quem vença as eleições presidenciais de outubro, deve envolver maior cooperação, mas também mais conflitos em diversas áreas, dizem analistas americanos ouvidos pela BBC Brasil.
O crescimento econômico e a maior projeção conquistados pelo Brasil no cenário internacional nos últimos anos, aliados a uma política externa mais independente, devem fazer com que divergências entre os dois países sejam cada vez mais comuns, segundo os analistas.
“Não há dúvida de que a transformação das relações entre os Estados Unidos e o Brasil foi impulsionada pelas transformações no Brasil. Não apenas o crescimento da economia brasileira, mas também a maior projeção do país internacionalmente, significa que estamos nos chocando com o Brasil em áreas em que o Brasil antes não estava presente, mas agora está”, disse o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon, em entrevista concedida em Washington.
“Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos têm de entender essa mudança de situação e ser capazes de responder a isso de maneira criativa, positiva para ambos os países”, afirmou embaixador.
“Mas estamos muito confiantes de que, quem quer que seja eleito, nós seremos capazes de trabalhar juntos de maneira muito positiva”, disse Shannon.
Irã
Segundo analistas, o momento de maior tensão recente entre os dois países foi o que envolveu o programa nuclear iraniano, no primeiro semestre deste ano.
O Brasil não apoiou a aplicação de uma quarta rodada de sanções da ONU contra Teerã, proposta pelos Estados Unidos e aprovada em junho pelo Conselho de Segurança.
O Brasil, ao lado da Turquia, havia obtido um acordo com o Irã pouco antes da aprovação das novas sanções, na tentativa de evitar as represálias e encontrar uma solução por meio do diálogo.
O acordo, porém, foi rejeitado pelos Estados Unidos, gerando irritação no governo brasileiro.
“Havia por parte dos Estados Unidos a impressão de que o Brasil tinha de apoiar Washington em uma questão como essa”, diz o brasilianista Peter Hakim, presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, com sede em Washington.
“Mas não deveria haver mais esse tipo de expectativa”, afirma Hakim. “Divergências serão cada vez mais normais na relação entre os dois países.”
Relação estratégica
Segundo o brasilianista, todas as grandes potências que emergiram nos últimos anos, como China ou Rússia, tiveram conflitos com os Estados Unidos.
“É inevitável”, diz Hakim. “Acredito que, no futuro, os dois países vão ter uma relação estratégica, como os Estados Unidos têm com a China ou com a Rússia. Mas não uma parceria estratégica.”
O diretor do programa de estudos de América Latina da Universidade Johns Hopkins, Riordan Roett, também afirma que, no futuro, as relações entre Estados Unidos e Brasil serão cada vez mais semelhantes às que Washington mantém com Rússia, China ou Índia, os outros países que, ao lado do Brasil, formam o grupo chamado Bric.
“Haverá prioridades semelhantes entre Estados Unidos e Brasil, e nesse caso será possível desenvolver uma forte cooperação”, diz Roett.
“Mas em outros campos, a tendência é de que haja competição”, afirma. “O Brasil já é o mais importante ator regional. À medida que se torna um importante ator global, em algumas áreas haverá prioridades semelhantes, mas em outras, não.”
Entre as áreas em que há probabilidade de divergências, os analistas citam o comércio, especialmente no setor agrícola, em que questões como os subsídios pagos pelos Estados Unidos a seus produtores rurais já são motivo de conflito.
Segundo Hakim, o programa nuclear brasileiro também pode provocar divergências no futuro. “Poderia facilmente escalar para um conflito, especialmente se o Brasil aumentar sua capacidade de enriquecimento de urânio”, afirma.
Eleição
O analista Mark Weisbrot, codiretor do Center for Economic and Policy Research, em Washington, afirma que, apesar de profundas mudanças na América Latina nos últimos anos, a política americana para a região não mudou.
“Os Estados Unidos vão continuar a ter conflitos com a América Latina no futuro. E como o Brasil faz parte da região, vai ser afetado também”, diz.
Segundo Weisbrot, dependendo de quem for o vencedor das eleições brasileiras, pode haver uma mudança para uma política externa mais “pró-Washington”.
De acordo com Riordan Roett, o novo governo brasileiro, por meio do ministro de Relações Exteriores, poderia colocar a questão iraniana no passado. “O novo ministro poderia sentar com (a secretária de Estado americana) Hillary Clinton e tentar resolver a questão”, diz.
Há, porém, entre os analistas, dúvidas sobre a real intenção de fazer o esforço necessário para melhorar as relações, tanto por parte de Brasília quanto por Washington.
“Será que haverá um esforço do novo presidente para melhorar essa relação?”, questiona Hakim. “(O novo governo brasileiro) vai sentir que realmente deveria fazer um esforço maior para suavizar as relações? Acho que ainda serão necessários mais alguns confrontos sérios para que realmente (os dois governos) lidem com essas questões.”
Segundo Hakim, depois de oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil tem uma imagem internacional “extremamente positiva” e Lula recebe tratamento “de estrela” no exterior, o que talvez o novo presidente brasileiro não tenha.
No entanto, Hakim diz não acreditar em mudanças dramáticas nas relações bilaterais e cita o exemplo da sucessão americana.
“Todos odiavam Bush. Todos amavam Obama. Esperava-se uma grande mudança. Mas olhe a política dos Estados Unidos para a América Latina. Não mudou”, afirma.
Fonte: BBC Brasil
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
23/09/2010 - 17h01
América Latina diz que ONU, fundada em 1945, já não serve mais
Pilar Valero.
Nações Unidas, 23 set (EFE).- A América Latina disse hoje que a Organização das Nações Unidas, fundada em 1945, já não serve mais porque o mundo mudou e há outras realidades regionais.
A defesa do multilateralismo e a reprovação às grandes potências por sua reticência a compartilhar o poder com as nações emergentes, foram mensagens comuns nos discursos dos latino-americanos durante a Assembleia Geral da ONU, onde participam líderes de 192 países.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, destacou que as grandes potências ainda são reticentes a compartilhar o poder "quando se trata de assuntos de guerra e paz" e advogou por acelerar o processo de reformas nas instituições mundiais porque "o mundo mudou".
"Não é possível continuar com métodos de trabalho pouco transparentes, que permitem aos membros permanentes discutirem, a portas fechadas e pelo tempo que desejarem, assuntos que interessam a toda a Humanidade.", ressaltou Amorim.
Como tradição, o Brasil abriu o debate anual na ONU, que, pela primeira vez desde o começo de seu mandato, não contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido a proximidade das eleições presidenciais de 3 de outubro.
"Estas instituições já não nos representam. O mundo de 1945 não é o mesmo de 2010", disse à Agência Efe o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.
Opinou que a capacidade de veto de alguns países é inadmissível atualmente e supõe "uma ofensa ao multilateralismo".
O ceticismo em relação ao papel da ONU se refletiu também em significativas ausências de muitos presidentes latino-americanos, entre eles o de Equador, Cuba, Nicarágua, México e Venezuela, além de Lula.
O líder da Bolívia, Evo Morales, que assiste aos debates, disse à imprensa que este deve ser "o milênio dos povos e não dos impérios" e advogou por liquidar o Fundo Monetário Internacional (FMI): "Necessitamos de instituições financeiras, mas não chantagistas".
Perante a inundação de críticas em relação a inoperância da ONU expressada por muitos países em desenvolvimento, o secretário-geral, Ban Ki-moon, se defendeu dizendo que o organismo multilateral é "indispensável" para enfrentar os problemas atuais.
"O mundo espera da ONU "liderança moral e política", ressaltou Ban, mas também pediu que reconheça a posição para enfrentar melhor as dificuldades.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lembrou em seu discurso que o "sistema financeiro global foi reformado, começando por Wall Street" e "a economia mundial voltou da beira do precipício".
"Resistimos ao protecionismo e exploramos vias para expandir o comércio e os intercâmbios entre os países", assinalou em mensagem dirigida às nações em desenvolvimento.
Na tribuna das Nações Unidas, o presidente dos EUA fez também uma homenagem ao ex-líder colombiano Álvaro Uribe. Ao destacar os progressos rumo à democracia realizada nos países emergentes, Obama fez referência a "coragem de um presidente colombiano que voluntariamente abandonou o poder".
Obama se reunirá, na sexta-feira, em Nova York, com o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que hoje anunciou à imprensa a morte do chefe militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como "Mono Jojoy".
"O símbolo do terror na Colômbia caiu", declarou Santos visivelmente satisfeito a um grupo de jornalistas em sua chegada à sede da ONU.
A presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, destacou o perigo que representam as organizações criminosas para as instituições e os Governos da América Central, que vazam informações no âmbito local e supõem um desafio para a segurança internacional.
A Assembleia Geral da ONU debaterá, de hoje e até 30 de setembro, com a presença de líderes de todo o mundo, os assuntos mais importantes da atualidade internacional e será palco de numerosas reuniões paralelas.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -mais.jhtm
América Latina diz que ONU, fundada em 1945, já não serve mais
Pilar Valero.
Nações Unidas, 23 set (EFE).- A América Latina disse hoje que a Organização das Nações Unidas, fundada em 1945, já não serve mais porque o mundo mudou e há outras realidades regionais.
A defesa do multilateralismo e a reprovação às grandes potências por sua reticência a compartilhar o poder com as nações emergentes, foram mensagens comuns nos discursos dos latino-americanos durante a Assembleia Geral da ONU, onde participam líderes de 192 países.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, destacou que as grandes potências ainda são reticentes a compartilhar o poder "quando se trata de assuntos de guerra e paz" e advogou por acelerar o processo de reformas nas instituições mundiais porque "o mundo mudou".
"Não é possível continuar com métodos de trabalho pouco transparentes, que permitem aos membros permanentes discutirem, a portas fechadas e pelo tempo que desejarem, assuntos que interessam a toda a Humanidade.", ressaltou Amorim.
Como tradição, o Brasil abriu o debate anual na ONU, que, pela primeira vez desde o começo de seu mandato, não contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido a proximidade das eleições presidenciais de 3 de outubro.
"Estas instituições já não nos representam. O mundo de 1945 não é o mesmo de 2010", disse à Agência Efe o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.
Opinou que a capacidade de veto de alguns países é inadmissível atualmente e supõe "uma ofensa ao multilateralismo".
O ceticismo em relação ao papel da ONU se refletiu também em significativas ausências de muitos presidentes latino-americanos, entre eles o de Equador, Cuba, Nicarágua, México e Venezuela, além de Lula.
O líder da Bolívia, Evo Morales, que assiste aos debates, disse à imprensa que este deve ser "o milênio dos povos e não dos impérios" e advogou por liquidar o Fundo Monetário Internacional (FMI): "Necessitamos de instituições financeiras, mas não chantagistas".
Perante a inundação de críticas em relação a inoperância da ONU expressada por muitos países em desenvolvimento, o secretário-geral, Ban Ki-moon, se defendeu dizendo que o organismo multilateral é "indispensável" para enfrentar os problemas atuais.
"O mundo espera da ONU "liderança moral e política", ressaltou Ban, mas também pediu que reconheça a posição para enfrentar melhor as dificuldades.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lembrou em seu discurso que o "sistema financeiro global foi reformado, começando por Wall Street" e "a economia mundial voltou da beira do precipício".
"Resistimos ao protecionismo e exploramos vias para expandir o comércio e os intercâmbios entre os países", assinalou em mensagem dirigida às nações em desenvolvimento.
Na tribuna das Nações Unidas, o presidente dos EUA fez também uma homenagem ao ex-líder colombiano Álvaro Uribe. Ao destacar os progressos rumo à democracia realizada nos países emergentes, Obama fez referência a "coragem de um presidente colombiano que voluntariamente abandonou o poder".
Obama se reunirá, na sexta-feira, em Nova York, com o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que hoje anunciou à imprensa a morte do chefe militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como "Mono Jojoy".
"O símbolo do terror na Colômbia caiu", declarou Santos visivelmente satisfeito a um grupo de jornalistas em sua chegada à sede da ONU.
A presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, destacou o perigo que representam as organizações criminosas para as instituições e os Governos da América Central, que vazam informações no âmbito local e supõem um desafio para a segurança internacional.
A Assembleia Geral da ONU debaterá, de hoje e até 30 de setembro, com a presença de líderes de todo o mundo, os assuntos mais importantes da atualidade internacional e será palco de numerosas reuniões paralelas.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -mais.jhtm
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Re: GEOPOLÍTICA
Forests and how to save them
The world's lungs
There is hope for forests, but mankind needs to move faster if they are to be saved
http://www.economist.com/node/17093495
http://www.economist.com/node/17062713
The world's lungs
There is hope for forests, but mankind needs to move faster if they are to be saved
http://www.economist.com/node/17093495
http://www.economist.com/node/17062713
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
FORÇAS ARMADAS/BRASIL
Para 'Economist', ambição global do Brasil ajuda a 'modernizar'
Exército
Revista relata mudanças nas Forças Armadas do país devido a sua participação em missões
internacionais de paz.
A revista britânica The Economist traz uma reportagem na sua edição desta sexta-feira sobre
como as aspirações do Brasil em crescer no cenário político mundial ajudaram o país a modernizar o seu
Exército.
Segundo a revista, as missões de paz se tornaram um componente importante na política
externa de Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de uma estratégia para alavancar o status do país no
cenário mundial.
A decisão, em 2004, de liderar as operações de paz no Haiti, enviando 13 mil homens ao país,
teria sido parte dessa estratégia. A revista cita ainda outra medida mais recente: o anúncio feito no mês
passado de que o Brasil assumirá o comando naval da missão da ONU no Líbano.
A The Economist, porém, não entra no mérito do Brasil estar ou não conseguindo galgar
posições na política global. Em vez disso, concentra-se em mostrar como esse esforço vem gerando
melhorias para o próprio Exército.
Entre elas, estaria uma mudança de atitude entre os militares. Entrevistado pela revista, o
cientista político da Universidade Cândido Mendes Clóvis Brigagão, diz que enquanto "a geração antiga
(das Forças Armadas) se preocupava mais com guerras e segurança", uma "próxima geração" estará
apresentando "novas ideias sobre prevenção de conflitos, governança e Estado de direito".
Como exemplo dessa modernização, a matéria cita o fato de que as operações abriram espaço
para a criação do Centro de Instrução de Operações de Paz, uma escola sobre missões de paz
localizada próxima ao Rio de Janeiro que permite uma maior integração entre militares e policiais que
atuam em favelas.
Segundo a Economist, as Forças Armadas são "balcanizadas", com cada Arma "agindo
autonomamente". Mas há sinais de que isso também pode estar mudando, diz a revista, como a recente
nomeação do primeiro chefe do Estados Maior Conjunto das Forças Armadas e a colaboração conjunta
em mecanismos como o Centro de Instrução de Operações de Paz (CI Op Paz), criado em 2007 para
treinar militares em missões de paz no Haiti.
A The Economist acredita ser "improvável" que o próximo presidente seja tão ativo na política
externa quanto Lula. "Nas missões de paz, assim como em outras questões, as ambições globais do
Brasil tendem a dar dois passos para frente e um para trás." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É
proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... asilajuda-
a-modernizar-exercito,614610,0.htm
Para 'Economist', ambição global do Brasil ajuda a 'modernizar'
Exército
Revista relata mudanças nas Forças Armadas do país devido a sua participação em missões
internacionais de paz.
A revista britânica The Economist traz uma reportagem na sua edição desta sexta-feira sobre
como as aspirações do Brasil em crescer no cenário político mundial ajudaram o país a modernizar o seu
Exército.
Segundo a revista, as missões de paz se tornaram um componente importante na política
externa de Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de uma estratégia para alavancar o status do país no
cenário mundial.
A decisão, em 2004, de liderar as operações de paz no Haiti, enviando 13 mil homens ao país,
teria sido parte dessa estratégia. A revista cita ainda outra medida mais recente: o anúncio feito no mês
passado de que o Brasil assumirá o comando naval da missão da ONU no Líbano.
A The Economist, porém, não entra no mérito do Brasil estar ou não conseguindo galgar
posições na política global. Em vez disso, concentra-se em mostrar como esse esforço vem gerando
melhorias para o próprio Exército.
Entre elas, estaria uma mudança de atitude entre os militares. Entrevistado pela revista, o
cientista político da Universidade Cândido Mendes Clóvis Brigagão, diz que enquanto "a geração antiga
(das Forças Armadas) se preocupava mais com guerras e segurança", uma "próxima geração" estará
apresentando "novas ideias sobre prevenção de conflitos, governança e Estado de direito".
Como exemplo dessa modernização, a matéria cita o fato de que as operações abriram espaço
para a criação do Centro de Instrução de Operações de Paz, uma escola sobre missões de paz
localizada próxima ao Rio de Janeiro que permite uma maior integração entre militares e policiais que
atuam em favelas.
Segundo a Economist, as Forças Armadas são "balcanizadas", com cada Arma "agindo
autonomamente". Mas há sinais de que isso também pode estar mudando, diz a revista, como a recente
nomeação do primeiro chefe do Estados Maior Conjunto das Forças Armadas e a colaboração conjunta
em mecanismos como o Centro de Instrução de Operações de Paz (CI Op Paz), criado em 2007 para
treinar militares em missões de paz no Haiti.
A The Economist acredita ser "improvável" que o próximo presidente seja tão ativo na política
externa quanto Lula. "Nas missões de paz, assim como em outras questões, as ambições globais do
Brasil tendem a dar dois passos para frente e um para trás." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É
proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... asilajuda-
a-modernizar-exercito,614610,0.htm
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
The Economist
BRAZIL AND PEACEKEEPING
Policy, not altruism
How global ambitions are helping to modernise the army
BRAZIL’S military bands are not like those of other countries. The one
welcoming a group of visiting Americans was playing with even more than its
usual stomp. The singer’s jeans seemed to have been sprayed on. But this was
not your normal military band. It belonged to the country’s peacekeeping force
which soothed Haiti during an especially tense period in 2007, teaming up with
local rara bands to perform at voodoo-influenced Lenten ceremonies.
Brazil has long been an enthusiastic peacekeeper, sending troops to
half the 60 or so UN operations since 1948. But in the past few years,
peacekeeping has become a more important component of Brazil’s foreign
policy, while also playing a role back home. It has served as a way for Luiz
Inácio Lula da Silva, the president since 2003, to boost his country’s standing in
the world. “Brazil wants to make, as well as follow, international norms,” says
Monica Herz of the Catholic University in Rio de Janeiro. “Brazil’s elite thinks
peacekeeping is part of the price you have to pay to be among the nations who make the rules.”
The clearest sign of this calculation was the decision in 2004 to take charge of the Haiti operation,
now 13,000 strong and the UN’s third-largest mission. This month Brazil announced that it will also take
command of the naval part of the UN’s mission in Lebanon. Haiti was significant not just because this was
the first mission Brazil commanded, but also because it showed that the government was willing to stretch
what until then had been an article of foreign-policy faith: non-interference in other countries’ internal
affairs.
Brazil had previously balked at missions mandated under chapter seven of the UN charter, which
permits forcible intervention (“peace enforcement” as opposed to peacekeeping, which takes place under
chapter six and requires the consent of those concerned). Haiti was a chapter-seven operation, and
Brazil’s involvement required diplomatic contortions by both it and the UN to pretend that it wasn’t.
In 2005 Brazil boosted its credentials further by opening a peacekeeping school, the Centro de
Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz) near Rio de Janeiro. CIOpPaz has since trained 15,000
troops, of which 2,300 are on active duty. All are volunteers and the training programmes are hugely
oversubscribed.
This effort has domestic payoffs, too. There may be some synergy between peacekeeping and
security in favelas (slums). Brazil’s peacekeepers conduct joint exercises with the police in favelas, while
the director of Viva Rio, an NGO that works in some of Rio de Janeiro’s toughest slums, teaches at
CIOpPaz.
More important, peacekeeping helps to modernise the army, which has changed surprisingly little
since it ran the country in a dictatorship lasting from 1964 to 1985. With democracy firmly established, it
needs to find a new job (the country faces few security threats). Peacekeeping can help. “We’ve shifted
from teaching purely military aspects to teaching how to align military and civilian goals,” says Colonel
Pedro Pessôa, the head of CIOpPaz. Clovis Brigagão of Candido Mendes University in Rio says
peacekeeping encourages “the democratisation of the military mindset. The old generation is all about
war and security. In another generation we’ll have a new military, with an international outlook and new
ideas about conflict prevention, civilian governance and the rule of law.”
Brazil’s armed forces are balkanised, with each service acting autonomously. Remarkably, only
this month was the first joint chief of staff appointed. CIOpPaz has pioneered inter-service collaboration,
with members of all three branches of the armed forces taking part in its training courses side by side.
It is not clear how much further Brazil is willing to go in keeping the world’s peace. Even Lula, who
is stratospherically popular, has shied away from openly supporting peace enforcement—and the left still
attacked him over Haiti for bending the Brazilian tradition of non-intervention. While there are no
A new Brazilian way
of soldiering
significant differences in the main parties’ attitudes to peacekeeping, whoever wins the presidential
election on October 3rd is unlikely to be as activist in foreign policy as Lula, at least for a while. In
peacekeeping as in other matters, Brazil’s global ambitions tend to move two steps forward and one back.
BRAZIL AND PEACEKEEPING
Policy, not altruism
How global ambitions are helping to modernise the army
BRAZIL’S military bands are not like those of other countries. The one
welcoming a group of visiting Americans was playing with even more than its
usual stomp. The singer’s jeans seemed to have been sprayed on. But this was
not your normal military band. It belonged to the country’s peacekeeping force
which soothed Haiti during an especially tense period in 2007, teaming up with
local rara bands to perform at voodoo-influenced Lenten ceremonies.
Brazil has long been an enthusiastic peacekeeper, sending troops to
half the 60 or so UN operations since 1948. But in the past few years,
peacekeeping has become a more important component of Brazil’s foreign
policy, while also playing a role back home. It has served as a way for Luiz
Inácio Lula da Silva, the president since 2003, to boost his country’s standing in
the world. “Brazil wants to make, as well as follow, international norms,” says
Monica Herz of the Catholic University in Rio de Janeiro. “Brazil’s elite thinks
peacekeeping is part of the price you have to pay to be among the nations who make the rules.”
The clearest sign of this calculation was the decision in 2004 to take charge of the Haiti operation,
now 13,000 strong and the UN’s third-largest mission. This month Brazil announced that it will also take
command of the naval part of the UN’s mission in Lebanon. Haiti was significant not just because this was
the first mission Brazil commanded, but also because it showed that the government was willing to stretch
what until then had been an article of foreign-policy faith: non-interference in other countries’ internal
affairs.
Brazil had previously balked at missions mandated under chapter seven of the UN charter, which
permits forcible intervention (“peace enforcement” as opposed to peacekeeping, which takes place under
chapter six and requires the consent of those concerned). Haiti was a chapter-seven operation, and
Brazil’s involvement required diplomatic contortions by both it and the UN to pretend that it wasn’t.
In 2005 Brazil boosted its credentials further by opening a peacekeeping school, the Centro de
Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz) near Rio de Janeiro. CIOpPaz has since trained 15,000
troops, of which 2,300 are on active duty. All are volunteers and the training programmes are hugely
oversubscribed.
This effort has domestic payoffs, too. There may be some synergy between peacekeeping and
security in favelas (slums). Brazil’s peacekeepers conduct joint exercises with the police in favelas, while
the director of Viva Rio, an NGO that works in some of Rio de Janeiro’s toughest slums, teaches at
CIOpPaz.
More important, peacekeeping helps to modernise the army, which has changed surprisingly little
since it ran the country in a dictatorship lasting from 1964 to 1985. With democracy firmly established, it
needs to find a new job (the country faces few security threats). Peacekeeping can help. “We’ve shifted
from teaching purely military aspects to teaching how to align military and civilian goals,” says Colonel
Pedro Pessôa, the head of CIOpPaz. Clovis Brigagão of Candido Mendes University in Rio says
peacekeeping encourages “the democratisation of the military mindset. The old generation is all about
war and security. In another generation we’ll have a new military, with an international outlook and new
ideas about conflict prevention, civilian governance and the rule of law.”
Brazil’s armed forces are balkanised, with each service acting autonomously. Remarkably, only
this month was the first joint chief of staff appointed. CIOpPaz has pioneered inter-service collaboration,
with members of all three branches of the armed forces taking part in its training courses side by side.
It is not clear how much further Brazil is willing to go in keeping the world’s peace. Even Lula, who
is stratospherically popular, has shied away from openly supporting peace enforcement—and the left still
attacked him over Haiti for bending the Brazilian tradition of non-intervention. While there are no
A new Brazilian way
of soldiering
significant differences in the main parties’ attitudes to peacekeeping, whoever wins the presidential
election on October 3rd is unlikely to be as activist in foreign policy as Lula, at least for a while. In
peacekeeping as in other matters, Brazil’s global ambitions tend to move two steps forward and one back.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
Tradução Google:
BRASIL E PAZ
Política de altruísmo, não
Como as ambições globais estão ajudando para modernizar o Exército
Bandas militares do Brasil não são como os de outros países. O acolhimento de um grupo de
americanos visitando estava jogando com mais do que o seu bater de costume. jeans do cantor parecia
ter sido pulverizada por diante. Mas este não era a sua banda militar normal. Ele pertencia a Força de
Manutenção da Paz no país, que acalmou o Haiti durante um período especialmente tenso em 2007, em
parceria com bandas rara local para realizar as cerimônias do vodu de influência da Quaresma.
O Brasil tem sido um entusiasta defensor da paz, enviando tropas para a metade dos cerca de 60
operações das Nações Unidas desde 1948. Mas nos últimos anos, a paz tornou-se um componente mais
importante da política externa do Brasil, além de desempenhar um papel de volta para casa. Ela tem
servido como uma forma de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente desde 2003, para impulsionar a
posição de seu país no mundo. "O Brasil quer fazer, bem como acompanhar, as normas internacionais",
diz Monica Herz, da Universidade Católica do Rio de Janeiro. "Elite do Brasil pensa que paz é parte do
preço que você tem que pagar para estar entre as nações que fazem as regras."
O sinal mais claro desse cálculo foi a decisão em 2004 para assumir o comando da operação no
Haiti, agora 13.000 forte e terceira missão maior da ONU. Este mês, o Brasil anunciou que também vai
assumir o comando da parte naval da missão da ONU no Líbano. Haiti foi significativa não só porque
esta foi a primeira missão comandada Brasil, mas também porque mostrou que o governo estava
disposto a esticar o que até então tinha sido um artigo de fé política externa: a não-interferência nos
assuntos internos de outros países.
Brasil já havia se recusado a missão mandatada sob o capítulo sete da Carta da ONU, que
permite a intervenção forçada ("imposição da paz", em oposição à manutenção da paz, que se realiza no
âmbito do capítulo seis e requer o consentimento dos interessados). O Haiti foi um capítulo sete,
funcionamento e participação do Brasil contorções necessárias diplomática por ambos e as Nações
Unidas a fingir que não era.
Em 2005, o Brasil aumentou suas credenciais adicionais por abrir uma escola de paz, o Centro
de Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz) perto do Rio de Janeiro. CIOpPaz desde então treinou
15.000 soldados, dos quais 2.300 estão na ativa. Todos são voluntários e os programas de formação são
extremamente sobrecarregados.
Este esforço tem payoffs domésticos, também. Pode haver alguma sinergia entre a manutenção
da paz e segurança nas favelas (favelas). paz do Brasil realizar exercícios conjuntos com a polícia em
favelas, enquanto o diretor do Viva Rio, uma ONG que trabalha em algumas das favelas mais violentas
do Rio de Janeiro, leciona na CIOpPaz.
Mais importante, ajuda a manutenção da paz para modernizar o exército, que mudou muito
pouco desde que correu o país em uma ditadura duradoura 1964-1985. Com a democracia consolidada,
ele precisa encontrar um novo emprego (que o país enfrenta ameaças de segurança poucos).
Manutenção da Paz pode ajudar. "Nós já mudou do ensino aspectos puramente militar para ensinar
como alinhar os objetivos militares e civis", diz o coronel Pedro Pessôa, chefe da CIOpPaz. Clóvis
Brigagão da Universidade Cândido Mendes, no Rio, diz paz incentiva "a democratização da mentalidade
militar. A velha geração é tudo sobre guerra e de segurança. Na outra geração, teremos um novo
exército, com uma perspectiva internacional e novas idéias sobre a prevenção de conflitos, governação
civil e do Estado de Direito ".
Forças Armadas do Brasil estão balcanizada, com cada serviço, agindo de forma autônoma.
Surpreendentemente, somente neste mês foi o primeiro chefe conjunta do pessoal nomeado. CIOpPaz
foi pioneira em colaboração inter-serviços, com membros dos três ramos das forças armadas que
participem nos seus cursos de formação lado a lado.
Não está claro quanto o Brasil ainda está disposta a ir em manter a paz no mundo. Mesmo Lula,
que é stratospherically popular, se esquivou de apoiar abertamente o de imposição da paz e da esquerda
ainda atacou o Haiti para dobrar a tradição brasileira de não-intervenção. Embora não haja diferenças
significativas nas atitudes dos principais partidos "para manutenção da paz, independente de quem
vença as eleições presidenciais de 03 de outubro é improvável que seja como ativista em política
externa, Lula, pelo menos por um tempo. Na manutenção da paz como em outras matérias, as ambições
globais do Brasil tendem a se mover dois passos à frente e um para trás.
BRASIL E PAZ
Política de altruísmo, não
Como as ambições globais estão ajudando para modernizar o Exército
Bandas militares do Brasil não são como os de outros países. O acolhimento de um grupo de
americanos visitando estava jogando com mais do que o seu bater de costume. jeans do cantor parecia
ter sido pulverizada por diante. Mas este não era a sua banda militar normal. Ele pertencia a Força de
Manutenção da Paz no país, que acalmou o Haiti durante um período especialmente tenso em 2007, em
parceria com bandas rara local para realizar as cerimônias do vodu de influência da Quaresma.
O Brasil tem sido um entusiasta defensor da paz, enviando tropas para a metade dos cerca de 60
operações das Nações Unidas desde 1948. Mas nos últimos anos, a paz tornou-se um componente mais
importante da política externa do Brasil, além de desempenhar um papel de volta para casa. Ela tem
servido como uma forma de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente desde 2003, para impulsionar a
posição de seu país no mundo. "O Brasil quer fazer, bem como acompanhar, as normas internacionais",
diz Monica Herz, da Universidade Católica do Rio de Janeiro. "Elite do Brasil pensa que paz é parte do
preço que você tem que pagar para estar entre as nações que fazem as regras."
O sinal mais claro desse cálculo foi a decisão em 2004 para assumir o comando da operação no
Haiti, agora 13.000 forte e terceira missão maior da ONU. Este mês, o Brasil anunciou que também vai
assumir o comando da parte naval da missão da ONU no Líbano. Haiti foi significativa não só porque
esta foi a primeira missão comandada Brasil, mas também porque mostrou que o governo estava
disposto a esticar o que até então tinha sido um artigo de fé política externa: a não-interferência nos
assuntos internos de outros países.
Brasil já havia se recusado a missão mandatada sob o capítulo sete da Carta da ONU, que
permite a intervenção forçada ("imposição da paz", em oposição à manutenção da paz, que se realiza no
âmbito do capítulo seis e requer o consentimento dos interessados). O Haiti foi um capítulo sete,
funcionamento e participação do Brasil contorções necessárias diplomática por ambos e as Nações
Unidas a fingir que não era.
Em 2005, o Brasil aumentou suas credenciais adicionais por abrir uma escola de paz, o Centro
de Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz) perto do Rio de Janeiro. CIOpPaz desde então treinou
15.000 soldados, dos quais 2.300 estão na ativa. Todos são voluntários e os programas de formação são
extremamente sobrecarregados.
Este esforço tem payoffs domésticos, também. Pode haver alguma sinergia entre a manutenção
da paz e segurança nas favelas (favelas). paz do Brasil realizar exercícios conjuntos com a polícia em
favelas, enquanto o diretor do Viva Rio, uma ONG que trabalha em algumas das favelas mais violentas
do Rio de Janeiro, leciona na CIOpPaz.
Mais importante, ajuda a manutenção da paz para modernizar o exército, que mudou muito
pouco desde que correu o país em uma ditadura duradoura 1964-1985. Com a democracia consolidada,
ele precisa encontrar um novo emprego (que o país enfrenta ameaças de segurança poucos).
Manutenção da Paz pode ajudar. "Nós já mudou do ensino aspectos puramente militar para ensinar
como alinhar os objetivos militares e civis", diz o coronel Pedro Pessôa, chefe da CIOpPaz. Clóvis
Brigagão da Universidade Cândido Mendes, no Rio, diz paz incentiva "a democratização da mentalidade
militar. A velha geração é tudo sobre guerra e de segurança. Na outra geração, teremos um novo
exército, com uma perspectiva internacional e novas idéias sobre a prevenção de conflitos, governação
civil e do Estado de Direito ".
Forças Armadas do Brasil estão balcanizada, com cada serviço, agindo de forma autônoma.
Surpreendentemente, somente neste mês foi o primeiro chefe conjunta do pessoal nomeado. CIOpPaz
foi pioneira em colaboração inter-serviços, com membros dos três ramos das forças armadas que
participem nos seus cursos de formação lado a lado.
Não está claro quanto o Brasil ainda está disposta a ir em manter a paz no mundo. Mesmo Lula,
que é stratospherically popular, se esquivou de apoiar abertamente o de imposição da paz e da esquerda
ainda atacou o Haiti para dobrar a tradição brasileira de não-intervenção. Embora não haja diferenças
significativas nas atitudes dos principais partidos "para manutenção da paz, independente de quem
vença as eleições presidenciais de 03 de outubro é improvável que seja como ativista em política
externa, Lula, pelo menos por um tempo. Na manutenção da paz como em outras matérias, as ambições
globais do Brasil tendem a se mover dois passos à frente e um para trás.
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Re: GEOPOLÍTICA
Brasil, Alemanha, Índia e Japão pedem ampliação do Conselho de Segurança
Os chanceleres de Brasil, Alemanha, Índia e Japão pediram nesta sexta-feira a ampliação da quantidade de membros do Conselho de Segurança da ONU, com a adesão de vários membros permanentes e não permanentes.
No final de uma reunião realizada na missão do Japão, os ministros reiteraram "a necessidade de uma reforma urgente do Conselho de Segurança, que poderá incluir a expansão de membros tanto permanentes como não permanentes".
Pediram também, em um comunicado comum, "melhorar os métodos de trabalho do Conselho, para torná-lo mais representativo, legítimo, efetivo e com capacidade de resposta diante das realidades da comunidade internacional do século XXI".
Os quatro países disseram ser a favor de ampliar os membros permanentes (atualmente cinco com direito a veto: Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) a países "desenvolvidos e em vias de desenvolvimento".
Os quatro países participantes são aspirantes a membros permanentes. Concordaram também em pedir ao menos um assento permanente para um país da África.
Também disseram ser a favor de criar novos membros não permanentes, que são atualmente dez, com mandatos de dois anos renovados anualmente em grupos de cinco.
Participaram do encontro em Nova York os chanceleres Celso Amorim (Brasil), Guido Westerelle (Alemanha), S.M. Krishna (Índia) e Seiji Maehara (Japão).
Os chanceleres de Brasil, Alemanha, Índia e Japão pediram nesta sexta-feira a ampliação da quantidade de membros do Conselho de Segurança da ONU, com a adesão de vários membros permanentes e não permanentes.
No final de uma reunião realizada na missão do Japão, os ministros reiteraram "a necessidade de uma reforma urgente do Conselho de Segurança, que poderá incluir a expansão de membros tanto permanentes como não permanentes".
Pediram também, em um comunicado comum, "melhorar os métodos de trabalho do Conselho, para torná-lo mais representativo, legítimo, efetivo e com capacidade de resposta diante das realidades da comunidade internacional do século XXI".
Os quatro países disseram ser a favor de ampliar os membros permanentes (atualmente cinco com direito a veto: Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) a países "desenvolvidos e em vias de desenvolvimento".
Os quatro países participantes são aspirantes a membros permanentes. Concordaram também em pedir ao menos um assento permanente para um país da África.
Também disseram ser a favor de criar novos membros não permanentes, que são atualmente dez, com mandatos de dois anos renovados anualmente em grupos de cinco.
Participaram do encontro em Nova York os chanceleres Celso Amorim (Brasil), Guido Westerelle (Alemanha), S.M. Krishna (Índia) e Seiji Maehara (Japão).
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
O patrão foi demitido
Mais independentes, países latino-americanos agem agora sem obrigação de agradar aos EUA
O linguista americano Noam Chomsky criticou, esta semana, a política dos Estados Unidos na América Latina. O intelectual, do Massachusets Institute of Technology (MIT), uma das 16 personalidades que receberam o título de doutor honoris causa na Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), disse que as pessoas aos poucos dão passos para a própria independência.
A América Latina perdeu espaço, na agenda americana, durante os anos Bush e sua Guerra ao Terror. E Obama ainda não tem um programa claro para a região comenta Arthur Bernardes, cientista social da UFRJ. Não interessa à maioria dos países latino-americanos se ver novamente sob influência intensa dos Estados Unidos.
Para Bernardes, esse mútuo movimento de afastamento garante a relativa autonomia que esses países conquistaram na última década.
Parceria na região A Colômbia, principal parceiro comercial dos americanos na região, pode expandir o Plano Colômbia (de auxílio ao combate às guerrilhas) para o resto da região.
O encontro dos presidentes Juan Manuel Santos e Barack Obama resultou na criação de uma nova agenda. No governo George Bush, o então presidente Álvaro Uribe fechou um acordo de cessão de sete bases militares para o combate à às guerrilhas. Apesar da justiça considerar o acordo inconstitucional, o projeto criou atritos com os países do continente.
A incapacidade do governo colombiano de derrotar a guerrilha, de um lado, e sua recusa em aceitar a negociação política, por outro, abriram caminho para que os Estados Unidos fizessem do país um entreposto militar no continente analisa Williams Gonçalves, professor de história da UFF.
Honduras dividiu opiniões Outra polêmica no continente se deu na época da deposição do presidente Manuel Zelaya, em junho de 2009. No discurso de abertura da 65ª Assembleia Geral da ONU, o chanceler brasileiro Celso Amorim criticou o golpe, reiterando a posição brasileira.
Condenamos retrocessos antidemocráticos.
O regresso do ex-presidente Zelaya é indispensável para a normalização plena das relações de Honduras com o conjunto da região declarou.
Obama logo considerou o golpe um atentado às instituições democráticas.
Mas quando o caso passou às mãos de Hillary Clinton e do Departamento de Estado, os EUA passaram a apoiar o governo golpista.
A partir dessa mudança de posição, Brasil e EUA passaram a jogar uma queda-de-braço, tendo Honduras e Zelaya como referência diz Gonçalves, alertando que o jogo ainda não acabou, já que outros governos latino-americanos não aceitam o governo de Porfirio Lobo na Organização dos Estados Americanos.
David Fleischer, cientista po- lítico e professor emérito da UnB, acredita que o histórico brasileiro não valida as reclamações.
O Brasil reclamou que não poderiam ser consideradas legítimas eleições realizadas num governo autoritário, Mas em 1982, o regime militar no Brasil realizou eleições diretas para governador lembra Fleischer. Naquela época, o Partido dos Trabalhadores (PT) não reclamou, Lula foi candidato ao governo de São Paulo, e o PT elegeu oito deputados.
Mais independentes, países latino-americanos agem agora sem obrigação de agradar aos EUA
O linguista americano Noam Chomsky criticou, esta semana, a política dos Estados Unidos na América Latina. O intelectual, do Massachusets Institute of Technology (MIT), uma das 16 personalidades que receberam o título de doutor honoris causa na Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), disse que as pessoas aos poucos dão passos para a própria independência.
A América Latina perdeu espaço, na agenda americana, durante os anos Bush e sua Guerra ao Terror. E Obama ainda não tem um programa claro para a região comenta Arthur Bernardes, cientista social da UFRJ. Não interessa à maioria dos países latino-americanos se ver novamente sob influência intensa dos Estados Unidos.
Para Bernardes, esse mútuo movimento de afastamento garante a relativa autonomia que esses países conquistaram na última década.
Parceria na região A Colômbia, principal parceiro comercial dos americanos na região, pode expandir o Plano Colômbia (de auxílio ao combate às guerrilhas) para o resto da região.
O encontro dos presidentes Juan Manuel Santos e Barack Obama resultou na criação de uma nova agenda. No governo George Bush, o então presidente Álvaro Uribe fechou um acordo de cessão de sete bases militares para o combate à às guerrilhas. Apesar da justiça considerar o acordo inconstitucional, o projeto criou atritos com os países do continente.
A incapacidade do governo colombiano de derrotar a guerrilha, de um lado, e sua recusa em aceitar a negociação política, por outro, abriram caminho para que os Estados Unidos fizessem do país um entreposto militar no continente analisa Williams Gonçalves, professor de história da UFF.
Honduras dividiu opiniões Outra polêmica no continente se deu na época da deposição do presidente Manuel Zelaya, em junho de 2009. No discurso de abertura da 65ª Assembleia Geral da ONU, o chanceler brasileiro Celso Amorim criticou o golpe, reiterando a posição brasileira.
Condenamos retrocessos antidemocráticos.
O regresso do ex-presidente Zelaya é indispensável para a normalização plena das relações de Honduras com o conjunto da região declarou.
Obama logo considerou o golpe um atentado às instituições democráticas.
Mas quando o caso passou às mãos de Hillary Clinton e do Departamento de Estado, os EUA passaram a apoiar o governo golpista.
A partir dessa mudança de posição, Brasil e EUA passaram a jogar uma queda-de-braço, tendo Honduras e Zelaya como referência diz Gonçalves, alertando que o jogo ainda não acabou, já que outros governos latino-americanos não aceitam o governo de Porfirio Lobo na Organização dos Estados Americanos.
David Fleischer, cientista po- lítico e professor emérito da UnB, acredita que o histórico brasileiro não valida as reclamações.
O Brasil reclamou que não poderiam ser consideradas legítimas eleições realizadas num governo autoritário, Mas em 1982, o regime militar no Brasil realizou eleições diretas para governador lembra Fleischer. Naquela época, o Partido dos Trabalhadores (PT) não reclamou, Lula foi candidato ao governo de São Paulo, e o PT elegeu oito deputados.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
Brasil vai deixando para trás imagem de eterno país neutro
A política externa brasileira mudou radicalmente nos últimos oito anos. O Brasil já não é mais país neutro em relação às ações internacionais.
O Itamaraty vem tendo posição mais ousada, ao interferir em questões externas, se relacionando com governos de esquerda.
O Brasil, podemos dizer, atingiu sua maioridade política internacional, sendo ator de legitimidade reconhecida classificou o professor Williams Gonçalves, da UFF.
Para Fleischer, da UnB, a política atual é imatura. Segundo ele, o governo Lula tem viés anti-americano e ideologia anti-globalização.
Gonçalves acredita que, pelos Estados Unidos serem um grande mercado consumidor, e sede de muitas empresas que participam do mercado brasileiro, não há condições de estremecer a relação com os americanos.
Lembrando o contencioso do algodão, debatido na Organização Mundial do Comércio (OMC), o professor da UnB considerou como surpreendente a posição brasileira de não aplicar a retaliação autorizada pelo órgão e negociar certas vantagens compensatórias.
Possivelmente, em 2011, a posição da política externa vai mudar e se tornar mais pragmática em relação aos EUA condena Fleischer.
Gonçalves é mais confiante: O Brasil não precisa mais saber se os americanos ficarão agradados ou não com nossas decisões.
Isso é coisa do passado, e que não se repetirá no futuro
A política externa brasileira mudou radicalmente nos últimos oito anos. O Brasil já não é mais país neutro em relação às ações internacionais.
O Itamaraty vem tendo posição mais ousada, ao interferir em questões externas, se relacionando com governos de esquerda.
O Brasil, podemos dizer, atingiu sua maioridade política internacional, sendo ator de legitimidade reconhecida classificou o professor Williams Gonçalves, da UFF.
Para Fleischer, da UnB, a política atual é imatura. Segundo ele, o governo Lula tem viés anti-americano e ideologia anti-globalização.
Gonçalves acredita que, pelos Estados Unidos serem um grande mercado consumidor, e sede de muitas empresas que participam do mercado brasileiro, não há condições de estremecer a relação com os americanos.
Lembrando o contencioso do algodão, debatido na Organização Mundial do Comércio (OMC), o professor da UnB considerou como surpreendente a posição brasileira de não aplicar a retaliação autorizada pelo órgão e negociar certas vantagens compensatórias.
Possivelmente, em 2011, a posição da política externa vai mudar e se tornar mais pragmática em relação aos EUA condena Fleischer.
Gonçalves é mais confiante: O Brasil não precisa mais saber se os americanos ficarão agradados ou não com nossas decisões.
Isso é coisa do passado, e que não se repetirá no futuro
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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