Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu:

Mapinguari escreveu:

Túlio, para você afirmar que para o NPaOc "basta um quarentinha Bofors L70", precisaria conhecer os requisitos da MB. Pelo o que eu sei, esses requisitos prevêem que, em caso de guerra, esses NPaOc deverão operar ao longo do litoral, escoltando a navegação de cabotagem. Para isso, poderiam receber outros armamentos. Se não fosse assim, para que precisariam deslocar 1.800 t? A idéia é que, se houver necessidade, eles possam operar como corvetas.

Nesse caso não precisamos de NaPaOcs e sim de uma evolução das Inhaúmas, oras. Casco e superestrutura stealth, radares e sonares poderosos, mísseis Exocet, chaffs/flares, MAGE, data-link, SICONTA, propulsão a turbina capaz de prover uns 29/30 kts, AAAe, SuperLynx & quetales...

Seriam os NaPaOcs mais sofisticados, poderosos e caros do mundo...

Ou será que, em caso de guerra, dá para proteger decentemente alguma kôza com um Oto 76 na proa e um Trinity na popa? Mesmo com um SuperLynx com Sea Skua de lambujem?

Mas aí caíriamos em Patrulhas caros de operar em tempo de paz, como você mesmo disse. O que a MB quer, pelo visto, são navios baratos de se operar (nada de turbinas a gás, por exemplo - somente diesels), que podem ser rapidamente mais armados e equipados em caso de guerra, rápidos o suficiente para acompanhar mercantes que fazem, por exemplo, navegação de cabotagem.

Carlos Mathias escreveu:

Para isso, poderiam receber outros armamentos.

Ou seja, na paz, vai só com canhão e mais uma pça menor.
Em caso de guerra, equipa eles com mísseis e etc.

Exatamente, meu caro padawan...

Mapinguari escreveu:
Mas aí caíriamos em Patrulhas caros de operar em tempo de paz, como você mesmo disse. O que a MB quer, pelo visto, são navios baratos de se operar (nada de turbinas a gás, por exemplo - somente diesels), que podem ser rapidamente mais armados e equipados em caso de guerra, rápidos o suficiente para acompanhar mercantes que fazem, por exemplo, navegação de cabotagem.

Tá, cupincha, mas expliques para mim, que sou leigo MESMO:

Que eu saiba se planeja comprar DO EXTERIOR navios da Classe COMMANDANTE. Bueno, o que mais dá para botar de armamento aí? Vou melhorar, eis um desenho do navio:





Não me parece haver espaço para Exocet, AAMs, tubos triplos para torpedos, lançador de chaff/flare, radar potente nem nada assim. É um navio de míseras 1500t com 88m de comprimento...

Mas o fulcro de meu questionamento: QUE inimigo se esperaria combater com esse navio além dos que elenquei acima? Submarinos? Fragatas? Aeronaves de ataque? Com o quê? Com o SuperLinx? Atirar neles com o Oto 76 e os 20mm, talvez um Mistral improvisado, uns FOG-MPM? Ou alguém mandaria umas lanchinhas leves ou contratorpedeiros da 2GM (daqueles bem fraquinhos) para acabar com nosso tráfego de cabotagem?

É isso que não compreendo, me parece que estão achando que dá para pegar um PATRULHEIRO OCEÂNICO e fazer dele, na hora do aperto, o menor DESTRÓIER do mundo, POWS!!!

Olha Túlio, tem um patrulha russo que leva KH-35, logo, deve dar prá por uns quatro.
AAAer pode ser uma torre TOR ou PAntsyr-S1 naval, tudo bem leve e ocupando pouco espaço.

Enfim, falo de equipamento russo porque é o que conheço mais ou menos, mas dá prá fazer uma graça sim.

Túlio escreveu:

Mapinguari escreveu:
Mas aí caíriamos em Patrulhas caros de operar em tempo de paz, como você mesmo disse. O que a MB quer, pelo visto, são navios baratos de se operar (nada de turbinas a gás, por exemplo - somente diesels), que podem ser rapidamente mais armados e equipados em caso de guerra, rápidos o suficiente para acompanhar mercantes que fazem, por exemplo, navegação de cabotagem.

Tá, cupincha, mas expliques para mim, que sou leigo MESMO:

Que eu saiba se planeja comprar DO EXTERIOR navios da Classe COMMANDANTE. Bueno, o que mais dá para botar de armamento aí? Vou melhorar, eis um desenho do navio:





Não me parece haver espaço para Exocet, AAMs, tubos triplos para torpedos, lançador de chaff/flare, radar potente nem nada assim. É um navio de míseras 1500t com 88m de comprimento...

Mas o fulcro de meu questionamento: QUE inimigo se esperaria combater com esse navio além dos que elenquei acima? Submarinos? Fragatas? Aeronaves de ataque? Com o quê? Com o SuperLinx? Atirar neles com o Oto 76 e os 20mm, talvez um Mistral improvisado, uns FOG-MPM? Ou alguém mandaria umas lanchinhas leves ou contratorpedeiros da 2GM (daqueles bem fraquinhos) para acabar com nosso tráfego de cabotagem?

É isso que não compreendo, me parece que estão achando que dá para pegar um PATRULHEIRO OCEÂNICO e fazer dele, na hora do aperto, o menor DESTRÓIER do mundo, POWS!!!

Acho que dá sim, para meter uns lançadores de Exocet por ante a vente do passadiço. E um lançador múltiplo de RAM sobre o hangar. E lançadores triplos de torpedos AS a meia-nau. E, se não me engano, ele pode levar helis médios, exatamente graças ao seu porte. Se coloca um equipado com sonar e cargas de profundidade e/ou torpedos A/S, poderiam fazer frente a submarinos.

Mas não dá para entender, patrulheiro é patrulheiro, quer poder de fogo bota logo uma FRAGATA, POWS!!!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tá tri, tá tri, bota então o patrulheiro do TALHARIM, pronto...

Túlio escreveu:Mas não dá para entender, patrulheiro é patrulheiro, quer poder de fogo bota logo uma FRAGATA, POWS!!!

Então chama de patrulheiro, ora! Patrulheiro com canhãozão de 76mm. Tá resolvido!

E ai, numa noite escura em pleno Atlântico Sul, o comandante do navio patrulha ouve pelo rádio:
- Temos um grupo de batalha com um PA e 6 Destroyers indo em sua direção. Não temos nenhum navio perto para te dar cobertura.
Precisamos ter certeza das intenções deste GT. Vá até lá e faça este esclarecimento. Isto é uma ordem!
Ai, o comandante do NaPaOc obediente diz:
- Quer dizer que é para eu ir até lá com meu navio, e esclarecer com este "pequeno" GT quais são as intenções do mesmo?
O que o Comando responde:
- Sim Comandante, vá e faça o que for possível!
O mesmo pensa e responde:
- Nem fudendo Juvenal!

O Túlio está mais próximo da verdade.
Em caso de guerra, quem combate uma FT inimiga é a Esquadra.
Túlio, dê uma olhada em nosso mapa "molhado".
Uma grande questão é a ZEE que fica a leste de São Pedro e São Paulo, na qual a autonomia dos atuais meios de 200 e 500 (estes entrando em operação agora) não permite que a MB a patrulhe.
Outra, são as condições de mar no sul do Brasil, e isto vc conhece.
Então, precisamos de navios de maior tonelagem, com maior autonomia e permanência, capazes de aguentarem mar grosso, e em mar grosso proteger sua tripulação, evitando que tenham que guarnecer um canhão no convés que está sendo varrido pelo mar.

Alguém poderia fazer um comparativo entre essa classe Comandante (que a MB escolheu) e o NaPaOc que os chilenos adquiriam a pouco tempo? São da mesma classe?
Não entendo quase nada de navios mas o chileno parece ter um projeto mais moderno.

Olá sou novo aqui mas não pude deixar de dar o meu pitaco. Acho que se a MB quisesse um NaPa que pudesse ser convertida em Corveta apontaria para um projeto mais nessa direção, que fosse equipado "Fitted, but no with". Não parece ser o caso das Comandanti ou mesmo dos Piloto Pardo. Se entrarmos mesmo em conflito, equipar lançadores de SSM e SAM sem ter cabeamento, e sistema de combate equipados para tal, em tempo recorde, não me parece moleza. E sonar? O casco não precisa ser preparado? Confiar a detecção de subs a um helicóptero que não pode ficar 100% do tempo no ar não me parece factível.