Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Sáb Nov 03, 2018 7:50 pm
O Oriente Médio compra 5,3% de todo o valor exportado pelo Brasil, especialmente carnes. Nos últimos 12 meses, o país embarcou US$ 11,6 bilhões para os países da região. O saldo está positivo em US$ 7,7 bilhões. A participação de Israel, no entanto, é bem modesta. As exportações foram de apenas US$ 256 milhões, ou 0,14% do total. O Brasil registra déficit de US$ 527 milhões com os israelenses em 12 meses.Energys escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 12:26 pm Com todo respeito, ainda não vi nenhum argumento PRÁTICO sobre os benefícios PARA O BRASIL da transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Seria falta do que fazer? Esse argumento de que Israel escolheu Jerusalém não influi em nada, é torpe, se é do ponto de vista histórico, irrelevante. Existe internet, telefone; de Tel Aviv a Jerusalém são 50 minutos por estrada, mais rápido do que ir de Campinas a São Paulo. Até que me convençam de que esse imbróglio de fato nos pertence e teremos benefícios estratosféricos com ele, serei contrário.
O Brasil, ao menos para os mortais isso é perceptível, já tem problemas demais para se preocupar internamente, não precisa deste outro vindo de fora. Mão na consciência, pelo amor de Deus!
Att.
Na parte comercial vou te dizer Bolovo, Não haverá nenhuma retaliação. Ninguem morre de amor pelos palestinos tanto assim.Bolovo escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 7:58 pmO Oriente Médio compra 5,3% de todo o valor exportado pelo Brasil, especialmente carnes. Nos últimos 12 meses, o país embarcou US$ 11,6 bilhões para os países da região. O saldo está positivo em US$ 7,7 bilhões. A participação de Israel, no entanto, é bem modesta. As exportações foram de apenas US$ 256 milhões, ou 0,14% do total. O Brasil registra déficit de US$ 527 milhões com os israelenses em 12 meses.Energys escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 12:26 pm Com todo respeito, ainda não vi nenhum argumento PRÁTICO sobre os benefícios PARA O BRASIL da transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Seria falta do que fazer? Esse argumento de que Israel escolheu Jerusalém não influi em nada, é torpe, se é do ponto de vista histórico, irrelevante. Existe internet, telefone; de Tel Aviv a Jerusalém são 50 minutos por estrada, mais rápido do que ir de Campinas a São Paulo. Até que me convençam de que esse imbróglio de fato nos pertence e teremos benefícios estratosféricos com ele, serei contrário.
O Brasil, ao menos para os mortais isso é perceptível, já tem problemas demais para se preocupar internamente, não precisa deste outro vindo de fora. Mão na consciência, pelo amor de Deus!
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https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-l ... srael.html
Quero ver quanto tempo essa medida puramente ideológica irá durar quando se confrontar com o mundo real dos negócios. Relações internacionais tem que ser feitas com o cérebro e não com o fígado. O nome disso é pragmatismo.
O único pensamento com um mínimo de racionalidade externado por Bolsonaro alguma vez na vida foi nesse tema. O argumento é bem simples: Israel é reconhecido como estado, Palestina não. Como estado soberano, são eles que escolhem onde é a capital deles, não nós. Bom, e por tradição, a embaixada fica na capital.Energys escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 12:26 pm Com todo respeito, ainda não vi nenhum argumento PRÁTICO sobre os benefícios PARA O BRASIL da transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Seria falta do que fazer? Esse argumento de que Israel escolheu Jerusalém não influi em nada, é torpe, se é do ponto de vista histórico, irrelevante. Existe internet, telefone; de Tel Aviv a Jerusalém são 50 minutos por estrada, mais rápido do que ir de Campinas a São Paulo. Até que me convençam de que esse imbróglio de fato nos pertence e teremos benefícios estratosféricos com ele, serei contrário.
O Brasil, ao menos para os mortais isso é perceptível, já tem problemas demais para se preocupar internamente, não precisa deste outro vindo de fora. Mão na consciência, pelo amor de Deus!
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Mas ae que está.Marcelo Ponciano escreveu: ↑Dom Nov 04, 2018 1:44 amO único pensamento com um mínimo de racionalidade externado por Bolsonaro alguma vez na vida foi nesse tema. O argumento é bem simples: Israel é reconhecido como estado, Palestina não. Como estado soberano, são eles que escolhem onde é a capital deles, não nós. Bom, e por tradição, a embaixada fica na capital.Energys escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 12:26 pm Com todo respeito, ainda não vi nenhum argumento PRÁTICO sobre os benefícios PARA O BRASIL da transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Seria falta do que fazer? Esse argumento de que Israel escolheu Jerusalém não influi em nada, é torpe, se é do ponto de vista histórico, irrelevante. Existe internet, telefone; de Tel Aviv a Jerusalém são 50 minutos por estrada, mais rápido do que ir de Campinas a São Paulo. Até que me convençam de que esse imbróglio de fato nos pertence e teremos benefícios estratosféricos com ele, serei contrário.
O Brasil, ao menos para os mortais isso é perceptível, já tem problemas demais para se preocupar internamente, não precisa deste outro vindo de fora. Mão na consciência, pelo amor de Deus!
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O problema é que é um território disputado, o que leva a comunidade internacional dar seus pitacos. Daí minha opinião que se tiver que reconhecer alguma coisa tem que ser mediante pesadas garantias e compromissos de paz.
http://www.defesanet.com.br/ghbr/notici ... o-do-poco/Quatro anos atrás, apenas quatro anos atrás, o ex-presidente Lula estava no topo do mundo — ou, pelo menos, acreditava que não havia ninguém acima dele no resto do planeta. Tinha sido presidente da República, eleito e reeleito, por oito anos seguidos. Nesse período, por uma razão ou outra, convenceu os grandes colossos do pensamento político brasileiro e internacional de que seu governo havia sido um fabuloso sucesso, e de que ele, pessoalmente, era um novo Stupor Mundi, o “Espanto do Mundo” neste despertar do século XXI. “He’s the man”,disse dele Barack Obama — ele é “o cara”.
Outros altos lordes da cena mundial, do secretário-geral da ONU ao Santo Padre o Papa, lhe prestavam homenagem. Economistas, sociólogos e filósofos acreditavam que Lula conseguira “avanços sociais” inéditos para o Brasil — uma combinação rara de distribuição de renda, eliminação da pobreza e progresso econômico. Tinha eleito sua sucessora Dilma Rousseff, uma nulidade da qual ninguém jamais ouvira falar — e, mais ainda, conseguira o quase milagre da sua reeleição, em 2014.
Tinha sobrevivido a pelo menos um escândalo gigante, o da corrupção em massa de parlamentares do mensalão. Tinha descoberto o pré-sal e ia fazer o Brasil entrar na Opep. Tinha construído um estádio bilionário para o Sport Club Corinthians Paulista.
Neste domingo, ao se encerrar a apuração do segundo turno da eleição presidencial de 2018, Lula estava na lona — ou, se quiserem, continuava na sua viagem rumo ao fundo do poço, que ele iniciou dois ou três anos atrás e imaginou que fosse capaz de interromper com uma vitória eleitoral milagrosa. Seu candidato, Fernando Haddad, foi derrotado por um adversário que até seis meses atrás não existia na política brasileira. Confirmou-se, no segundo turno, o que foi anunciado no primeiro: Lula, hoje, é uma garantia de derrota para tudo o que aparece ligado ao seu nome. Quer ganhar uma eleição? Mostre ao eleitorado, como fez Jair Bolsonaro, que você é 100% contra Lula. Seu partido virou picadinho.
Sua reputação continua em ruínas, e só afundou mais com a ação arruaceira do PT para tumultuar o pleito. Pior que tudo, Lula sai das eleições no mesmo lugar onde estava quando entrou nelas: na cadeia, cumprindo há sete meses uma pena de doze anos por corrupção e lavagem de dinheiro. Após mais de trinta anos no centro das decisões, pode estar a caminho de ser eliminado como uma força ativa na vida política do Brasil.
O que aconteceu com Lula e com o PT em tão pouco tempo? É extraordinariamente pesado para Lula, depois de usar um maciço sistema de forças, pressões e dinheiro para convencer o público de que é um “preso político” condenado sem “provas”, receber a sentença que ele recebeu do eleitorado brasileiro: não, não queremos mais que você seja presidente; queremos, isto sim, que você continue na cadeia.
Está na cara que em algum momento, entre as alturas de 2014 e o desastre da eleição de 2018, alguma coisa deu horrivelmente errado. O que foi? Na verdade, muitas coisas deram errado — ou, mais exatamente, quase nada mais deu certo desde o momento em que, já no segundo governo Dilma, a Justiça brasileira começou a investigar de verdade a corrupção no governo. A Operação Lava-Jato foi um terremoto em câmera lenta. Continua até hoje a mandar gente para a penitenciária, mas no início praticamente ninguém acreditava que aquilo fosse dar em alguma coisa. Nunca tinha dado. Por que iria dar agora?
Pior que estar errado é continuar errando, e nisso Lula tem se mostrado insuperável ao longo de seus anos de desmanche. Não é tão complicado assim entender o porquê. Um dos problemas do ex-presidente é essa coisa de dizerem o tempo todo que ele é um gênio da política, um cérebro com capacidade sobrenatural para sair ganhando de qualquer desastre em que se mete. Falam assim os devotos, os admiradores liberais, a mídia, o mundo e os adversários. A complicação é que o ex-presidente acredita nisso tudo. Parece não compreender que, quando os entendidos em política anunciam que Lula é capaz de voar, quem tem de acreditar é a plateia, não ele. Mas Lula acredita — e, como não voa, só pode mesmo acabar despencando no chão. Talvez ninguém tenha resumido a situação tão bem quanto o senador eleito Cid Gomes, do Ceará, ao ser confrontado com um pelotão de fiéis que gritavam “Lula, Lula”, logo após o naufrágio no primeiro turno. “O Lula está na cadeia, babaca”.
Acontece que a Lava-Jato e o trabalho do juiz Sergio Moro, mais o Ministério Público, a Polícia Federal e o TRF-4 de Porto Alegre, acabaram, sim, dando em muita coisa — na verdade, jamais uma ação do Judiciário brasileiro deu em tanta coisa. Eventualmente, com o tempo, mostraram que o rei estava nu, ao provar que nos governos de Lula e de Dilma a prática da corrupção superou a roubalheira de qualquer outra época, talvez em qualquer lugar do mundo. Lula esteve entre os que não acreditaram que a terra começava a tremer. Estava errado.
Sua principal conquista, hoje, se resume a sair um dia da prisão — pouca coisa para quem já esteve na primeiríssima classe da vida. O fato é que o ex-presidente não soube reagir quando começou a sofrer derrotas, e a melhor demonstração disso é que não quis, em nenhum momento, admitir que tinha sido derrotado em alguma coisa.
Em vez disso, e de pensar com seriedade nas causas de seus problemas, resolveu embarcar num cruzeiro de ilusões. Problema? Que problema? No primeiro tombo complicado, no episódio do Mensalão, começou dizendo que tinha sido “apunhalado pelas costas” e que o povo merecia “desculpas” — mas, um minuto depois de ver que ia escapar do desastre a preço de custo, voltou atrás e passou a jurar que não havia acontecido nada de errado, imaginem só que absurdo. Daí em diante, nunca mais acertou o passo. Como se livrou do primeiro desastre, achou que iria se livrar de todos — só que, na vida real, não estava se livrando de nada. Estava apenas aumentando o tamanho do buraco em que tinha se enfiado.
A sequência é bem conhecida. Lula errou horrendamente quando escolheu Dilma para guardar sua cadeira de presidente por quatro anos. Errou de novo quando ela não quis sair e inventou de ser reeleita; em vez de exigir que o “poste” fosse embora para que ele próprio se lançasse candidato à Presidência, como planejava, fez de conta que estava tudo bem. Seguiu-se, daí, a maior calamidade que Lula e o PT poderiam esperar — Dilma foi um desastre ainda pior depois da reeleição, e tanto ele como o partido ficaram olhando, sem fazer nada, enquanto a grande “gerente” mandava tudo para o espaço. Quando o povo foi para a rua, em multidões cada vez maiores, Lula e o PT decidiram que não estava acontecendo nada; era só um bando de “coxinhas” fazendo barulho no domingão.
Quando perceberam, enfim, que aquilo tudo estava simplesmente levando ao impeachment de Dilma, perderam de novo. Lula tentou ser ministro — foi barrado pela Justiça, que a essa altura já estava roncando à sua volta. Mudou-se para Brasília, imaginando que tinha poder para virar a votação no Congresso a favor de Dilma. A sucessora acabou deposta por quase três quartos dos votos.
Não passou pela cabeça de Lula nem pela dos dirigentes do PT, a essa altura, que a situação toda estava indo para o saco. Ao contrário: acharam que a grande ideia era “ir para cima” e balançar ainda mais o barco. Inventou-se a lenda do golpe — não colou. Partiram para uma briga com a opinião pública, do tipo “ou eu ou ele”, entre Lula e Sergio Moro, o “juizinho do interior” — deu Moro, disparado. Em vez de montar uma defesa jurídica profissional, técnica e voltada para a eficácia, Lula decidiu transformar seu processo numa “causa política”, sonhando que “a população” fosse bloquear o trabalho normal da Justiça e salvar o seu couro — apesar de todas as provas de que “a população”, já fazia muito tempo, estava pouco ligando para o que lhe acontecia.
Ficou apostando em safar-se com trapaças jurídicas miúdas, ou com traficâncias no submundo dos tribunais superiores, ou com acertos secretos na “segunda turma” do STF — capaz, no imaginário petista, de salvar da cadeia não só Lula, mas quem Lula mandasse ser salvo. Não deu em nada. Com ele já trancado em sua cela em Curitiba, montou-se a fantasia de um acampamento gigante em torno da prisão, que ali ficaria “até Lula ser solto”. No seu momento de maior esplendor, o cerco reuniu 500 pessoas. Chegou a ficar com setenta. Há muito tempo não existe mais. A “convulsão social” com “derramamento de sangue” prometida pelo alto-comando do PT jamais apareceu. “A ONU” mandou soltar Lula, anunciou-se através do mundo. Ninguém ligou — possivelmente nem a ONU.
A última tentativa de virar o jogo, com a campanha eleitoral, teve o seu desfecho neste domingo, com o resultado que se sabe. Como em quase tudo o que tem acontecido com Lula e o PT no passado recente, foi uma sucessão de erros, cegueira e ilusões. Começou com a alucinação de que Lula, preso e condenado em duas instâncias a doze anos de xadrez, seria o candidato do partido.
Daí em diante só piorou. Em nenhum momento o ex-presidente tentou entender por que, afinal de contas, tanta gente estava querendo votar em Jair Bolsonaro. Nem ele nem o seu sistema de apoio se interessaram em pensar um pouco nas propostas do adversário — e muito menos em propor alguma alternativa a elas. Ficaram repetindo, do começo ao fim, a mesma lista de acusações a Bolsonaro, apesar do evidente pouco-caso da maioria do eleitorado em relação a todas elas — homofobia, racismo, fascismo, elogio à tortura, desprezo à mulher, defesa do porte de armas, intenção de criar uma ditadura no Brasil.
Deram a impressão de não ter percebido que nada disso tirou um voto sequer do concorrente. Nem mesmo notaram a realidade básica de que não podiam tratar como “inimigo”, ou “ameaça”, um candidato que não era nem inimigo nem ameaça para os 50 milhões de brasileiros que votaram nele no primeiro turno. Onde está o “gênio político” que não prestou atenção a nenhuma dessas coisas?
Lula e o PT tiveram uma ilusão fatal, também, com a sua celebradíssima capacidade de “transferir votos” e de transformar “postes” em governantes vitoriosos. Há transferência a favor, claro, mas hoje em dia o problema é que Lula, ao mesmo tempo, transfere voto contra para os seus candidatos; ganha um, perde dois. Já transferiu com sucesso votos para Dilma e para o próprio Fernando Haddad, presenteado com a prefeitura de São Paulo.
Mas aí era outro Lula. Já há dois anos, na última vez que se pôde medir seu condão de transferir votos, não transferiu nada — não funcionou, aliás, com o mesmo Haddad, que perdeu a prefeitura no primeiro turno para um adversário que nunca tinha disputado uma eleição na vida. O PT, nas eleições municipais de 2016, foi moído nas urnas. Lula, a essa altura, era um Lula a caminho da cadeia; já não conseguia eleger postes, como não elegeu agora. A ficha demorou a cair. A votação do primeiro turno avisou: “Fora, Lula”. E qual a primeira coisa que Haddad fez logo depois de ter ouvido esse recado? Foi visitar Lula na cadeia.
Houve uma tentativa aparentemente desesperada, aí, para virar a casaca — mas já era tarde demais. Os cérebros estratégicos do partido acharam melhor, no segundo turno, que Haddad se transformasse num personagem de ficção, inexistente até a véspera. Queriam que ele aparecesse, de repente, como um sujeito que não tinha nada a ver com Lula.
Tiraram o nome do ex-presidente da campanha, e sumiram as máscaras com o rosto de Lula sobrepondo-se ao de Haddad. O vermelho foi suprimido da paleta de cores do PT — tudo ficou subitamente verde-amarelo. O programa do candidato foi mudado: apagaram alguns dos pontos mais claramente suicidas e instruíram o até então Lula-Haddad-Lula-Haddad-Lula-Haddad a fazer uma cara de Fernando Henrique.
Perda de tempo. Galinha que anda com pato, como ensina o dito popular, acaba morrendo afogada. Haddad andou tanto com Lula que acabou entrando na água com ele. Entrou vestido de verde-amarelo, mas a roupa a essa altura não adiantava mais nada. Também não adiantou fingir que era Haddad.
Em seu desabamento progressivo, Lula, com a ajuda empolgada do PT, quis representar o papel de mártir. Péssima ideia. Brasileiro, no fundo, não gosta de gente que está na cadeia. Não acha que as penitenciárias estejam cheias de injustiçados. Acha o contrário — que há muita gente culpada do lado de fora. Para a maioria do eleitorado, Lula não é vítima, nem preso político. É só um político ladrão que foi condenado — como deveriam ser nove entre dez dos que continuam soltos.
Não é um julgamento sereno, mas é assim que a massa pensa e continuará pensando, e vai apenas perder seu tempo quem quiser convencê-la do contrário. Revela muito da decomposição política de Lula e do PT o fato de terem achado que uma cela de cadeia é um lugar capaz de despertar admiração no povo ou de servir como centro de comando de uma campanha eleitoral.
A vida é cheia de surpresas, como acaba de mostrar a eleição de Bolsonaro, e coisas que nunca aconteceram antes sempre podem acontecer um dia. Lula e seu complexo de forças, mais a quase totalidade dos que se dedicam a explicar o que ocorre na política brasileira, precisariam recomeçar do zero para ter alguma chance de entender, algum dia, o que está havendo com o Brasil de 2018 — e o que pode vir pela frente.
Há várias maneiras de fazer isso, mas uma delas, certamente, é admitir que existe neste país uma imensa quantidade de gente inconformada com quase tudo o que o poder público lhe serviu nos últimos trinta anos, de José Sarney a Michel Temer. Os políticos perderam o controle das ruas — e para a esquerda, que sempre imaginou que a rua estaria do seu lado, a perda é uma calamidade ainda maior. O fato real é que Lula e seu partido não têm mais nada a ver com a massa, como não tinham nas manifestações de 2015 e 2016. Quem leva gente à praça pública, hoje, é o presidente eleito Jair Bolsonaro. Enquanto essa realidade não for encarada com firmeza, ele continuará sem competição verdadeira.
http://www.defesanet.com.br/ghbr/notici ... ridiculo-/
Guilherme Fiuza - "A resistência ao ridículo"
Já começou a resistência contra o fascismo. Só falta o fascismo chegar, mas isso é problema dele. Até porque o fascismo, autoritário como é, pode resolver nem chegar, só para contrariar seus oponentes imaginários. Definitivamente, não dá para confiar em fascista.
Um dos principais fronts escolhidos pelos heróis da resistência é a universidade. E para a alegria dos bravos combatentes, a polícia andou entrando em instituições de ensino, por solicitação da Justiça, para mandar remover propaganda eleitoral e – alegria suprema – faixas contra o fascismo.
Foi bonito de se ver os brados por liberdade de expressão nas universidades. Deu até vontade de contar aos gladiadores da democracia o que aconteceu nas salas de aula do Brasil inteiro nas últimas décadas.
Vocês não iam acreditar, intrépidos guardiões do mundo livre: professores em tudo quanto é canto fazendo comício petista disfarçado de lição pedagógica – e não pensem que foi só naquelas missas patéticas fantasiadas de aula de História, não: até no ensino de Química andou cabendo sermão de sindicalista do PSOL. É chocante, nós sabemos. Desculpem, mas vocês precisavam saber também.
Imaginem se essas vibrantes brigadas libertárias tivessem tomado conhecimento dessa longa, abrangente e implacável transfusão de lixo ideológico para mentes em formação? (não dá para chamar de lavagem cerebral, porque não se lava nada com lixo) Várias gerações já teriam sido salvas da picaretagem intelectual – essa que se espalhou sem dó nem piedade por diversos círculos de transmissão de conhecimento. Que pena que os libertadores não repararam em nada disso.
Agora vejam o tamanho do problema: numa sociedade com tanta gente catequizada para se filiar às mentiras certas, o país se vê num certo embaraço sempre que quer dar um passo em frente.
Por exemplo: o Plano Real era um estelionato, uma jogada política da elite branca, um golpe neoliberal. Acabou sendo a maior ação de combate à pobreza da história contemporânea do país, mas só não foi dinamitado no nascedouro porque travou uma guerra sangrenta contra a narrativa dos coitados profissionais – e porque botou dinheiro no bolso do povo.
A privatização da telefonia também era um atentado elitista contra o patrimônio nacional – e o povo só chegou a receber os imensos benefícios dela depois de uma batalha campal (literal) contra vocês, queridos heróis da resistência contra o fascismo capitalista.
Como se vê, é um truque fajuto que por algum mistério insondável continua dando voto, grana e status progressista (!). Ou talvez não seja tão misterioso assim, se voltarmos ao que tem se passado nas salas de aula do país nas últimas décadas. Aliás, até hoje aparecem questões de provas no ensino médio onde a resposta certa é associar o período do Plano Real à crise econômica e social.
(Nota do autor: naturalmente isso não é chute, é fato, pois apesar de reconhecermos a formidável eficácia da máquina de hipocrisia, não temos a senha. Aos interessados, ver “Não é a mamãe” e “Manual do Covarde” – editora Record).
Se você sai da escola com essa habilidade para torturar a verdade, e ninguém te diz com todas as letras que isso é hediondo, você vai fazer isso vida afora e ainda vai se orgulhar. Plano Real é golpe das elites, Lula é perseguido político, controle fiscal para tirar o país da recessão é maldade do mordomo denunciado pelo bravo Joesley, resultado eleitoral é conspiração do WhatsApp.
Você é uma fake news ambulante, mas ainda vão te defender em nome da liberdade de expressão.
Parêntese semântico (com a sua licença, professor eloquente): defender jornalismo de cabresto é defender a liberdade ou atacá-la?
Os heróis da resistência não responderão, pois estão ocupados no banheiro descobrindo mais uma suástica dessas que o fantasma de Hitler anda pichando por aí. A esperança desses democratas intrépidos era um ladrão condenado, passou por um boquirroto destemperado (que agora está atacando o tal ladrão), derivou para um suplente de presidiário – com o qual morreu na praia – e agora quer ressuscitar contra o fascismo imaginário.
Eles já mostraram que resistem a tudo. Menos ao ridículo.
Sterrius, pelas suas palavras, eu entendi que "o plantio de árvores fosse vital para RECUPERAR reservatórios", que é um equívoco enorme de ambientalistas, mas se estiver falando em MANTER algo recuperado, concordo contigo 100%.Sterrius escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 2:06 pm Quanto a Rios recuperados Gabriel. Podemos usar o São Francisco de Exemplo, que hoje está a 1/5 da vazão normal nasce em Minas mas seu uso é majoritariamente no NE. Aqui o caso é mais de assoreamento do que falta de vegetação mas o problema existe e os rios precisam ser recuperado.
A outros rios tb, centenas deles na verdade e muitos foram bastante degradados nas ultimas décadas e recuperação de suas nascentes pode envolver reflorestação e proteção de áreas sim.
Obvio que não interpretem a palavra com por uma floresta Amazonia no Nordeste. Mas existem arvores nativas que possuem sim funções benéficas para os rios. Tanto para manter suas nascentes como margens.
E abaixo um mapa com os afluentes perenes do São Francisco.
Vou ser resumidão mas vou tentar explicar melhor o que eu falei por Recuperar reservatórios, o que inclui reabastecer o subsolo que origina rios. (O que é 100% possível, só não é barato e nem sempre sustentável).gabriel219 escreveu: ↑Dom Nov 04, 2018 4:00 pmSterrius, pelas suas palavras, eu entendi que "o plantio de árvores fosse vital para RECUPERAR reservatórios", que é um equívoco enorme de ambientalistas, mas se estiver falando em MANTER algo recuperado, concordo contigo 100%.Sterrius escreveu: ↑Sáb Nov 03, 2018 2:06 pm Quanto a Rios recuperados Gabriel. Podemos usar o São Francisco de Exemplo, que hoje está a 1/5 da vazão normal nasce em Minas mas seu uso é majoritariamente no NE. Aqui o caso é mais de assoreamento do que falta de vegetação mas o problema existe e os rios precisam ser recuperado.
A outros rios tb, centenas deles na verdade e muitos foram bastante degradados nas ultimas décadas e recuperação de suas nascentes pode envolver reflorestação e proteção de áreas sim.
Obvio que não interpretem a palavra com por uma floresta Amazonia no Nordeste. Mas existem arvores nativas que possuem sim funções benéficas para os rios. Tanto para manter suas nascentes como margens.
E abaixo um mapa com os afluentes perenes do São Francisco.
Esse seu mapa explica bem o que eu havia falado, mas ainda há outros importantes rios que vão até o mar, um exemplo deles é o Rio Una e outro do qual no meu recordo, ficando em Peroba.
Se utilizar usinas dessalinizadoras nesses rios e conseguir expandir córregos para levar a água até o interior, será um ganho gigantesco no fornecimento de água e recuperação dos atuais reservatórios, inclusive existentes que estão totalmente secos.
Para agricultura, também existe métodos como Gotejamento e Hidroponia, que vai facilitar em regiões onde o plano não poderá ser expandido, sendo seu fornecimento limitado á tubos ou caminhões-pipa.
O custo das usinas de dessalinização e muito alto em comparação a recuperação de rios, construção de sistemas de armazenamento e captação de água. O custo inclui de fazer a dessalinização, investimento na usina, manutenção e infraestrutura necessária para captar, distribuir e tratar a água. Se muito serve para consumo urbano. No caso do nordeste, a pergunta que persiste é da onde vai sair essa água salgada? Se vão trazer do mar vai precisar de infraestrutura. Se for fazer poços tem considerar o custo. Ainda acho que tem cara de vender uma solução para o problema que não existe.Take a tour of Israel’s huge new solar-energy valley in the desert
One of the largest renewable energy projects in the world, the sprawling Negev complex will produce 300 megawatts of clean electricity every day.
https://www.israel21c.org/take-a-tour-o ... he-desert/