Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Seg Out 29, 2018 8:03 am
Eu fiz uma mais simples.
Batatinha quando nasce
Espalha rama pelo chão
Jairzinho presidente
E o Lula na prisão.
Batatinha quando nasce
Espalha rama pelo chão
Jairzinho presidente
E o Lula na prisão.
Marcelo Ponciano escreveu: ↑Seg Out 29, 2018 12:58 am Como vermelho (futuro desterrado pelo Bozo) que sou.....vou usar da arma mais violenta, temida, cruel e traiçoeira que os "comunas" brasileiros já inventaram: a poesia!
Como não sou poeta e nem compositor...me reservo o direito de apenas recitar o que acredito ser oportuno para o momento. Sei que o autor não era comuna e que não foi composto para o contexto em epígrafe. Mas acredito que em certas obras a mensagem é universal, seja para celebrar a vitória ou a derrota.
CANÇÃO DO TAMOIO
De: Antonio Gonçalves Dias
I
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
II
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
III
O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!
IV
Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!
V
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.
VI
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.
VII
E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!
VIII
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.
IX
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.
X
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.