GEOPOLÍTICA
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- Bolovo
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Re: GEOPOLÍTICA
Cara, geoestacionário é que ESTACIONA em algum ponto sobre a Terra. Um míssil é balístico. Ou ele fica parado, no meio do espaço acompanhando a rotação da Terra?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: GEOPOLÍTICA
Bolovo, voce não entendeu...
é que o nosso míssil é estacionário NA Terra e não sobre ela...
Pô, é para rir ou chorar?
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Pô, é para rir ou chorar?



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Re: GEOPOLÍTICA
LeandroGCard escreveu:Na verdade eu queria entender o que diabos seria um míssil geoestacionário.Cross escreveu:lol Pravda, HAehaehEHEAHEAHEAE Brasil não consegue nem por satélite no espaço com foguete nacional, quanto mais construir mísseis geostacionários.
Deve ser algum projeto secreto do Programa Guerra nas Estrelas do Reagan


Alguma espécie de ICBM "camuflado" em um satélite de telecomunicações

- Luiz Bastos
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Re: GEOPOLÍTICA
Caros amigos.
A verdade verdadeira é que ainda somos inúteis em termos de tecnologia e capacidade para fazer/desenvolver certas armas que já existem ha mais de 50 anos.
A verdade verdadeira é que ainda somos inúteis em termos de tecnologia e capacidade para fazer/desenvolver certas armas que já existem ha mais de 50 anos.

- marcelo l.
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Re: GEOPOLÍTICA
Há nitidamente uma queda de investimentos brasileiros no eixo Venezuela/Equador/Bolivia diferente do que propala.
http://www.inforel.org/
Nesta quarta-feira, o embaixador do Brasil em Quito, Fernando Simas Magalhães, apresentou suas cartas-credenciais e assumiu o posto oficialmente nesta quinta-feira.
Simas Magalhães foi indicado em fevereiro deste ano e uma de suas missões prioritárias é pôr fim aos problemas bilaterais provocados pela expulsão da Odebrecht em 2008.
De acordo com o diplomata, um dos desafios para Brasil e Equador diz respeito à abertura de novos espaços de investimentos.
No dia 12 de agosto, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, esteve em Brasília tratando de melhorar as relações bilaterais e cobrar a ratificação do Tratado Constitutivo da UNASUL pelo Brasil.
Na oportunidade, se reativaram 26 acordos de cooperação.
O Equador quer recuperar o tempo e o dinheiro perdidos por conta da crise envolvendo a Odebrecht quando os investimentos brasileiros no país caíram de US$ 46,3 milhões para apenas US$ 2,9 milhões.
A falta de segurança jurídica foi o principal motivo para o estancamento dos investimentos brasileiros no Equador.
Das 30 empresas brasileiras que atuavam no Equador, seis foram embora.
Além disso, os acordos de cooperação também sofreram as conseqüências da crise e foram paralisados. Desde 2007 foram firmados 28 acordos bilaterais, mas apenas dois ainda vigoravam.
Celso Amorim e Ricardo Patiño também acordaram restabelecer vôos diretos entre os dois países para estimular o turismo e os negócios.
Os chanceleres enfatizaram a importância em concluir o eixo multimodal Manta – Manaus.
Em termos geopolíticos, ter uma saída para o Pacífico através do Equador é extremamente positivo para o Brasil que está de olho na implementação do Acordo de Complementação Econômica que criará uma zona de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN) a partir de 2016.
http://www.inforel.org/
Nesta quarta-feira, o embaixador do Brasil em Quito, Fernando Simas Magalhães, apresentou suas cartas-credenciais e assumiu o posto oficialmente nesta quinta-feira.
Simas Magalhães foi indicado em fevereiro deste ano e uma de suas missões prioritárias é pôr fim aos problemas bilaterais provocados pela expulsão da Odebrecht em 2008.
De acordo com o diplomata, um dos desafios para Brasil e Equador diz respeito à abertura de novos espaços de investimentos.
No dia 12 de agosto, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, esteve em Brasília tratando de melhorar as relações bilaterais e cobrar a ratificação do Tratado Constitutivo da UNASUL pelo Brasil.
Na oportunidade, se reativaram 26 acordos de cooperação.
O Equador quer recuperar o tempo e o dinheiro perdidos por conta da crise envolvendo a Odebrecht quando os investimentos brasileiros no país caíram de US$ 46,3 milhões para apenas US$ 2,9 milhões.
A falta de segurança jurídica foi o principal motivo para o estancamento dos investimentos brasileiros no Equador.
Das 30 empresas brasileiras que atuavam no Equador, seis foram embora.
Além disso, os acordos de cooperação também sofreram as conseqüências da crise e foram paralisados. Desde 2007 foram firmados 28 acordos bilaterais, mas apenas dois ainda vigoravam.
Celso Amorim e Ricardo Patiño também acordaram restabelecer vôos diretos entre os dois países para estimular o turismo e os negócios.
Os chanceleres enfatizaram a importância em concluir o eixo multimodal Manta – Manaus.
Em termos geopolíticos, ter uma saída para o Pacífico através do Equador é extremamente positivo para o Brasil que está de olho na implementação do Acordo de Complementação Econômica que criará uma zona de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN) a partir de 2016.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- Boss
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Re: GEOPOLÍTICA
A tal saída para o Pacífico não seria feita em parcerias com Peru e Chile ? Usando esses dois, a porcaria do Equador é dispensável.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Sterrius
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Re: GEOPOLÍTICA
È não Boss porque vc nao pode pedir pro Norte do amazonas escoar sua produção pelo Mato grosso e RS. Um caminho que ja é grande fica ainda mais impraticavel.
As 3 são necessarias simplesmente pq o país é grande e precisa de varios escoamentos.
A ligação com TODOS os paises sul americanos tb é necessaria! A gente vai bater muito em faca ainda por isso, mas a longo (Muito longo) prazo tende a nos favorecer.
As 3 são necessarias simplesmente pq o país é grande e precisa de varios escoamentos.
A ligação com TODOS os paises sul americanos tb é necessaria! A gente vai bater muito em faca ainda por isso, mas a longo (Muito longo) prazo tende a nos favorecer.
- Boss
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Re: GEOPOLÍTICA
Eu não sei onde fica(ria) o porto em que o projeto do Brasil com o Peru focava, mas se este ficar no norte do país, dá quase a mesma coisa que se fosse para o Equador. Com a diferença de que até agora o Peru ainda não se rendeu ao bolivarianismo. Se o porto ficasse mais ao sul, aí de fato, seria inviável para a produção do norte do Brasil ser escoada para quase no mesmo lugar que o outro projeto (do Chile).
Uma outra idéia boa seria a Colômbia, para tentar começar a "desamericanizar" o local.
E de fato, a ligação com os demais países da AS é importante sim. Só não pode deixar eles deitarem
Uma outra idéia boa seria a Colômbia, para tentar começar a "desamericanizar" o local.
E de fato, a ligação com os demais países da AS é importante sim. Só não pode deixar eles deitarem

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- prp
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Re: GEOPOLÍTICA
Existe uma hidrovia que liga Manaus até o Equador, que é o único meio de exportar para a colombia sem alto custo, o problema é que esta hidrovia passa no meio do territorio guerrilheiro das FARC no Peru/Colombia/Equador. Inclusive é o rio que margeava o acampamento do Raul Reis quando foi morto.Boss escreveu:A tal saída para o Pacífico não seria feita em parcerias com Peru e Chile ? Usando esses dois, a porcaria do Equador é dispensável.
A viagem é tenebrosa, mas quem arrisca tá ficando podre de rico. Existem vários pontos de "pedagio" das FARCS

- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Aqui eu concordo que a Alca seria a recolonização do Brasil.
O ESP está surpreendendo com sua posição referente a certos temas.
Primeiro o artigo contra a posse da ZEE pelo Brasil.
Agora isso...
======================
A Alca e os complexados
O chanceler Celso Amorim vangloriou-se em Genebra de uma das maiores tolices cometidas pela diplomacia brasileira em várias décadas. Segundo ele, o Brasil ganhou por haver rejeitado em 2003 o projeto de criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A declaração foi feita num seminário sobre segurança internacional. No auditório havia militares e estrategistas americanos e europeus. Alguns deles deviam saber alguma coisa sobre economia e comércio internacional. Devem ter ficado perplexos diante das explicações do ministro brasileiro. Depois, devem ter rido muito.
Segundo o chanceler, a aceitação da Alca teria consolidado a posição da América Latina como quintal dos Estados Unidos. O governo brasileiro, de acordo com seu arrazoado, preferiu promover um novo arranjo regional, trabalhando pela integração sul-americana. Esse trabalho foi realizado, na área comercial, por meio de acordos entre o Mercosul e parceiros da região.
Uma das consequências dessa política, explicou o chanceler, foi a redução da importância do mercado americano como destino das exportações brasileiras. Há oito anos, 26% dos dólares obtidos pelo Brasil no comércio exterior vinham dos Estados Unidos. Hoje essa participação é inferior a 10% (de fato, 9,9% entre janeiro e agosto deste ano).
É fácil perceber o outro lado da história. As exportações do Brasil para os EUA poderiam ter crescido mais do que cresceram nesse período. Entre 2002 e 2008, quando começou a fase aguda da crise, as importações americanas de bens aumentaram 82,6%, segundo o governo americano. Nesse período, as compras de produtos brasileiros cresceram 94,6%. Bom desempenho do Brasil? Nem tanto. Outros países tiraram mais proveito da prosperidade da maior economia do mundo.
Na prática, exportadores brasileiros deixaram de conquistar fatias desse mercado, ocupadas por produtores de várias partes do mundo. Entre os maiores beneficiários estiveram os chineses. Entre 2002 e 2008, suas exportações para os EUA cresceram 170,2%.
Robert Zoellick, principal negociador comercial dos EUA naquela época, havia prevenido: se a Alca fosse criada, os brasileiros teriam alguns anos de vantagem sobre os chineses. Estava certo, mas o presidente Lula havia decidido enterrar o projeto de integração comercial do hemisfério, com a ajuda do governo argentino.
Mas o projeto de integração foi enterrado apenas para alguns países da região. O México já era sócio do Nafta, o acordo comercial dos três países da América do Norte. Sem a Alca, os EUA concluíram acertos comerciais com países do hemisfério. Um dos sul-americanos, o Chile, já se havia antecipado. Suas exportações para os EUA aumentaram 118,2% entre 2002 e 2008. As da Colômbia cresceram 137,8%. Excluídas as quatro maiores economias da região - Brasil, Argentina, México e Venezuela -, as vendas da América Latina e do Caribe para os EUA expandiram-se 112,7% nesses anos.
Ao mesmo tempo, ampliaram-se as exportações dos Estados Unidos para a América Latina. O Brasil não tirou proveito significativo das preferências negociadas com os sul-americanos, até porque nos anos seguintes houve a invasão chinesa. A China tornou-se o maior mercado para produtos brasileiros, mas quase só compra matérias-primas e bens intermediários. Os EUA sempre foram mais importantes para os exportadores brasileiros de manufaturados. Mas Brasília desprezou esse fato e hoje se vangloria de ver o Brasil transformado num grande fornecedor de commodities para a China. Para isso, não seria preciso renunciar à Alca.
O "resto do mundo" também não desprezou o mercado americano. As exportações da Holanda para os EUA aumentaram 119,9% naqueles anos; as da Suíça, 148%; as da Áustria, 119,6%; e as da África do Sul, 147%. Enquanto isso, o Brasil ficou preso a um Mercosul emperrado, sem nenhum acordo internacional importante, enquanto seus parceiros "estratégicos" tratavam de ocupar os mercados do mundo rico. Esses países, sim, não têm complexo de vira-lata.
O ESP está surpreendendo com sua posição referente a certos temas.
Primeiro o artigo contra a posse da ZEE pelo Brasil.
Agora isso...
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A Alca e os complexados
O chanceler Celso Amorim vangloriou-se em Genebra de uma das maiores tolices cometidas pela diplomacia brasileira em várias décadas. Segundo ele, o Brasil ganhou por haver rejeitado em 2003 o projeto de criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A declaração foi feita num seminário sobre segurança internacional. No auditório havia militares e estrategistas americanos e europeus. Alguns deles deviam saber alguma coisa sobre economia e comércio internacional. Devem ter ficado perplexos diante das explicações do ministro brasileiro. Depois, devem ter rido muito.
Segundo o chanceler, a aceitação da Alca teria consolidado a posição da América Latina como quintal dos Estados Unidos. O governo brasileiro, de acordo com seu arrazoado, preferiu promover um novo arranjo regional, trabalhando pela integração sul-americana. Esse trabalho foi realizado, na área comercial, por meio de acordos entre o Mercosul e parceiros da região.
Uma das consequências dessa política, explicou o chanceler, foi a redução da importância do mercado americano como destino das exportações brasileiras. Há oito anos, 26% dos dólares obtidos pelo Brasil no comércio exterior vinham dos Estados Unidos. Hoje essa participação é inferior a 10% (de fato, 9,9% entre janeiro e agosto deste ano).
É fácil perceber o outro lado da história. As exportações do Brasil para os EUA poderiam ter crescido mais do que cresceram nesse período. Entre 2002 e 2008, quando começou a fase aguda da crise, as importações americanas de bens aumentaram 82,6%, segundo o governo americano. Nesse período, as compras de produtos brasileiros cresceram 94,6%. Bom desempenho do Brasil? Nem tanto. Outros países tiraram mais proveito da prosperidade da maior economia do mundo.
Na prática, exportadores brasileiros deixaram de conquistar fatias desse mercado, ocupadas por produtores de várias partes do mundo. Entre os maiores beneficiários estiveram os chineses. Entre 2002 e 2008, suas exportações para os EUA cresceram 170,2%.
Robert Zoellick, principal negociador comercial dos EUA naquela época, havia prevenido: se a Alca fosse criada, os brasileiros teriam alguns anos de vantagem sobre os chineses. Estava certo, mas o presidente Lula havia decidido enterrar o projeto de integração comercial do hemisfério, com a ajuda do governo argentino.
Mas o projeto de integração foi enterrado apenas para alguns países da região. O México já era sócio do Nafta, o acordo comercial dos três países da América do Norte. Sem a Alca, os EUA concluíram acertos comerciais com países do hemisfério. Um dos sul-americanos, o Chile, já se havia antecipado. Suas exportações para os EUA aumentaram 118,2% entre 2002 e 2008. As da Colômbia cresceram 137,8%. Excluídas as quatro maiores economias da região - Brasil, Argentina, México e Venezuela -, as vendas da América Latina e do Caribe para os EUA expandiram-se 112,7% nesses anos.
Ao mesmo tempo, ampliaram-se as exportações dos Estados Unidos para a América Latina. O Brasil não tirou proveito significativo das preferências negociadas com os sul-americanos, até porque nos anos seguintes houve a invasão chinesa. A China tornou-se o maior mercado para produtos brasileiros, mas quase só compra matérias-primas e bens intermediários. Os EUA sempre foram mais importantes para os exportadores brasileiros de manufaturados. Mas Brasília desprezou esse fato e hoje se vangloria de ver o Brasil transformado num grande fornecedor de commodities para a China. Para isso, não seria preciso renunciar à Alca.
O "resto do mundo" também não desprezou o mercado americano. As exportações da Holanda para os EUA aumentaram 119,9% naqueles anos; as da Suíça, 148%; as da Áustria, 119,6%; e as da África do Sul, 147%. Enquanto isso, o Brasil ficou preso a um Mercosul emperrado, sem nenhum acordo internacional importante, enquanto seus parceiros "estratégicos" tratavam de ocupar os mercados do mundo rico. Esses países, sim, não têm complexo de vira-lata.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
A nova guerra do Paraguai
Policiais federais brasileiros e paraguaios enfrentam-se nos dois lados da fronteira com acusações mútuas, ameaças e prisões de agentes dos dois países
Claudio Dantas Sequeira
As polícias federais do Brasil e do Paraguai sempre atuaram de forma conjunta e integrada no combate ao crime nos dois lados da fronteira. Nos últimos meses, no entanto, o clima de cooperação fica reservado às instâncias oficiais. Agentes dos dois países têm protagonizado cenas impensáveis num ambiente de ação conjunta. Em vez de combaterem os criminosos, os policiais enfrentam-se uns aos outros com ameaças e voz de prisão. Na última ocorrência, há pouco mais de dois meses, agentes da PF brasileira quase trocaram tiros ao tentarem abordar uma patrulha da Polícia Nacional do Paraguai que transitava em Ponta Porã sem autorização. De acordo com um policial envolvido na operação, ao serem abordados pela PF, os paraguaios sacaram as armas. “Foi um dos momentos mais tensos da minha carreira. Brasileiros e paraguaios discutiam e apontavam suas armas uns para os outros”, diz o agente, que prefere não se identificar para evitar represálias. Segundo ele, os paraguaios pediram reforços e a situação se complicou. “Em três minutos, estávamos sendo enquadrados por aproximadamente 80 policiais paraguaios dentro de nosso território”, afirma o policial, que teve de ligar para o 190. Foram socorridos pela PM, que chegou tarde ao local e não evitou que a viatura fosse levada para o lado de lá da fronteira.
Não é a primeira vez que algo assim acontece. Em março, quatro agentes da PF foram presos no Paraguai acusados de terem violado a soberania territorial do país vizinho. Os policiais perseguiam um veículo brasileiro com contrabando e avançaram 700 metros em território paraguaio, na localidade de Saltos del Guairá, a 450 quilômetros de Assunção. Acabaram na cadeia. Em outubro de 2009, outros dois agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de São Paulo foram presos no município de Capitan Bado, enquanto perseguiam um traficante. As autoridades paraguaias novamente acusaram os brasileiros de invasão de território. O Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul teve que contratar um advogado paraguaio para conseguir um habeas corpus para os policiais brasileiros.
SOCORRO
Agente da PF teve que pedir reforço da PM durante embate com policiais paraguaios em solo brasileiro
Para o diretor de relações do trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Alves Albino, os enfrentamentos entre policiais são fruto de problemas de comunicação entre as autoridades locais e da indisciplina de muitos agentes federais. “Não existe respeito. A situação é extremamente instável e tenho medo de que um policial nosso acabe morto”, diz. A assessoria de imprensa da PF minimiza as queixas e diz que são casos isolados. “O Paraguai é onde se tem a melhor relação de cooperação e serviu de modelo para os acordos firmados com Colômbia, Bolívia e Uruguai”, diz a PF.
Policiais federais brasileiros e paraguaios enfrentam-se nos dois lados da fronteira com acusações mútuas, ameaças e prisões de agentes dos dois países
Claudio Dantas Sequeira
As polícias federais do Brasil e do Paraguai sempre atuaram de forma conjunta e integrada no combate ao crime nos dois lados da fronteira. Nos últimos meses, no entanto, o clima de cooperação fica reservado às instâncias oficiais. Agentes dos dois países têm protagonizado cenas impensáveis num ambiente de ação conjunta. Em vez de combaterem os criminosos, os policiais enfrentam-se uns aos outros com ameaças e voz de prisão. Na última ocorrência, há pouco mais de dois meses, agentes da PF brasileira quase trocaram tiros ao tentarem abordar uma patrulha da Polícia Nacional do Paraguai que transitava em Ponta Porã sem autorização. De acordo com um policial envolvido na operação, ao serem abordados pela PF, os paraguaios sacaram as armas. “Foi um dos momentos mais tensos da minha carreira. Brasileiros e paraguaios discutiam e apontavam suas armas uns para os outros”, diz o agente, que prefere não se identificar para evitar represálias. Segundo ele, os paraguaios pediram reforços e a situação se complicou. “Em três minutos, estávamos sendo enquadrados por aproximadamente 80 policiais paraguaios dentro de nosso território”, afirma o policial, que teve de ligar para o 190. Foram socorridos pela PM, que chegou tarde ao local e não evitou que a viatura fosse levada para o lado de lá da fronteira.
Não é a primeira vez que algo assim acontece. Em março, quatro agentes da PF foram presos no Paraguai acusados de terem violado a soberania territorial do país vizinho. Os policiais perseguiam um veículo brasileiro com contrabando e avançaram 700 metros em território paraguaio, na localidade de Saltos del Guairá, a 450 quilômetros de Assunção. Acabaram na cadeia. Em outubro de 2009, outros dois agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de São Paulo foram presos no município de Capitan Bado, enquanto perseguiam um traficante. As autoridades paraguaias novamente acusaram os brasileiros de invasão de território. O Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul teve que contratar um advogado paraguaio para conseguir um habeas corpus para os policiais brasileiros.
SOCORRO
Agente da PF teve que pedir reforço da PM durante embate com policiais paraguaios em solo brasileiro
Para o diretor de relações do trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Alves Albino, os enfrentamentos entre policiais são fruto de problemas de comunicação entre as autoridades locais e da indisciplina de muitos agentes federais. “Não existe respeito. A situação é extremamente instável e tenho medo de que um policial nosso acabe morto”, diz. A assessoria de imprensa da PF minimiza as queixas e diz que são casos isolados. “O Paraguai é onde se tem a melhor relação de cooperação e serviu de modelo para os acordos firmados com Colômbia, Bolívia e Uruguai”, diz a PF.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
È a velha mania de burocratas escrotos de botar panos quentes e empurrar com a barriga, ao inves de se inteirar e buscar uma solução para o problema.Marino escreveu:A nova guerra do Paraguai
Policiais federais brasileiros e paraguaios enfrentam-se nos dois lados da fronteira com acusações mútuas, ameaças e prisões de agentes dos dois países
Claudio Dantas Sequeira
As polícias federais do Brasil e do Paraguai sempre atuaram de forma conjunta e integrada no combate ao crime nos dois lados da fronteira. Nos últimos meses, no entanto, o clima de cooperação fica reservado às instâncias oficiais. Agentes dos dois países têm protagonizado cenas impensáveis num ambiente de ação conjunta. Em vez de combaterem os criminosos, os policiais enfrentam-se uns aos outros com ameaças e voz de prisão. Na última ocorrência, há pouco mais de dois meses, agentes da PF brasileira quase trocaram tiros ao tentarem abordar uma patrulha da Polícia Nacional do Paraguai que transitava em Ponta Porã sem autorização. De acordo com um policial envolvido na operação, ao serem abordados pela PF, os paraguaios sacaram as armas. “Foi um dos momentos mais tensos da minha carreira. Brasileiros e paraguaios discutiam e apontavam suas armas uns para os outros”, diz o agente, que prefere não se identificar para evitar represálias. Segundo ele, os paraguaios pediram reforços e a situação se complicou. “Em três minutos, estávamos sendo enquadrados por aproximadamente 80 policiais paraguaios dentro de nosso território”, afirma o policial, que teve de ligar para o 190. Foram socorridos pela PM, que chegou tarde ao local e não evitou que a viatura fosse levada para o lado de lá da fronteira.
Não é a primeira vez que algo assim acontece. Em março, quatro agentes da PF foram presos no Paraguai acusados de terem violado a soberania territorial do país vizinho. Os policiais perseguiam um veículo brasileiro com contrabando e avançaram 700 metros em território paraguaio, na localidade de Saltos del Guairá, a 450 quilômetros de Assunção. Acabaram na cadeia. Em outubro de 2009, outros dois agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de São Paulo foram presos no município de Capitan Bado, enquanto perseguiam um traficante. As autoridades paraguaias novamente acusaram os brasileiros de invasão de território. O Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul teve que contratar um advogado paraguaio para conseguir um habeas corpus para os policiais brasileiros.
SOCORRO
Agente da PF teve que pedir reforço da PM durante embate com policiais paraguaios em solo brasileiro
Para o diretor de relações do trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Alves Albino, os enfrentamentos entre policiais são fruto de problemas de comunicação entre as autoridades locais e da indisciplina de muitos agentes federais. “Não existe respeito. A situação é extremamente instável e tenho medo de que um policial nosso acabe morto”, diz. A assessoria de imprensa da PF minimiza as queixas e diz que são casos isolados. “O Paraguai é onde se tem a melhor relação de cooperação e serviu de modelo para os acordos firmados com Colômbia, Bolívia e Uruguai”, diz a PF.
Quanto aos soldados que estão engajados no front...FODÂO-SE
Editado pela última vez por suntsé em Ter Set 14, 2010 5:08 pm, em um total de 1 vez.
Re: GEOPOLÍTICA
Marino escreveu:Aqui eu concordo que a Alca seria a recolonização do Brasil.
O ESP está surpreendendo com sua posição referente a certos temas.
Primeiro o artigo contra a posse da ZEE pelo Brasil.
Agora isso...
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A Alca e os complexados
O chanceler Celso Amorim vangloriou-se em Genebra de uma das maiores tolices cometidas pela diplomacia brasileira em várias décadas. Segundo ele, o Brasil ganhou por haver rejeitado em 2003 o projeto de criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A declaração foi feita num seminário sobre segurança internacional. No auditório havia militares e estrategistas americanos e europeus. Alguns deles deviam saber alguma coisa sobre economia e comércio internacional. Devem ter ficado perplexos diante das explicações do ministro brasileiro. Depois, devem ter rido muito.
Segundo o chanceler, a aceitação da Alca teria consolidado a posição da América Latina como quintal dos Estados Unidos. O governo brasileiro, de acordo com seu arrazoado, preferiu promover um novo arranjo regional, trabalhando pela integração sul-americana. Esse trabalho foi realizado, na área comercial, por meio de acordos entre o Mercosul e parceiros da região.
Uma das consequências dessa política, explicou o chanceler, foi a redução da importância do mercado americano como destino das exportações brasileiras. Há oito anos, 26% dos dólares obtidos pelo Brasil no comércio exterior vinham dos Estados Unidos. Hoje essa participação é inferior a 10% (de fato, 9,9% entre janeiro e agosto deste ano).
É fácil perceber o outro lado da história. As exportações do Brasil para os EUA poderiam ter crescido mais do que cresceram nesse período. Entre 2002 e 2008, quando começou a fase aguda da crise, as importações americanas de bens aumentaram 82,6%, segundo o governo americano. Nesse período, as compras de produtos brasileiros cresceram 94,6%. Bom desempenho do Brasil? Nem tanto. Outros países tiraram mais proveito da prosperidade da maior economia do mundo.
Na prática, exportadores brasileiros deixaram de conquistar fatias desse mercado, ocupadas por produtores de várias partes do mundo. Entre os maiores beneficiários estiveram os chineses. Entre 2002 e 2008, suas exportações para os EUA cresceram 170,2%.
Robert Zoellick, principal negociador comercial dos EUA naquela época, havia prevenido: se a Alca fosse criada, os brasileiros teriam alguns anos de vantagem sobre os chineses. Estava certo, mas o presidente Lula havia decidido enterrar o projeto de integração comercial do hemisfério, com a ajuda do governo argentino.
Mas o projeto de integração foi enterrado apenas para alguns países da região. O México já era sócio do Nafta, o acordo comercial dos três países da América do Norte. Sem a Alca, os EUA concluíram acertos comerciais com países do hemisfério. Um dos sul-americanos, o Chile, já se havia antecipado. Suas exportações para os EUA aumentaram 118,2% entre 2002 e 2008. As da Colômbia cresceram 137,8%. Excluídas as quatro maiores economias da região - Brasil, Argentina, México e Venezuela -, as vendas da América Latina e do Caribe para os EUA expandiram-se 112,7% nesses anos.
Ao mesmo tempo, ampliaram-se as exportações dos Estados Unidos para a América Latina. O Brasil não tirou proveito significativo das preferências negociadas com os sul-americanos, até porque nos anos seguintes houve a invasão chinesa. A China tornou-se o maior mercado para produtos brasileiros, mas quase só compra matérias-primas e bens intermediários. Os EUA sempre foram mais importantes para os exportadores brasileiros de manufaturados. Mas Brasília desprezou esse fato e hoje se vangloria de ver o Brasil transformado num grande fornecedor de commodities para a China. Para isso, não seria preciso renunciar à Alca.
O "resto do mundo" também não desprezou o mercado americano. As exportações da Holanda para os EUA aumentaram 119,9% naqueles anos; as da Suíça, 148%; as da Áustria, 119,6%; e as da África do Sul, 147%. Enquanto isso, o Brasil ficou preso a um Mercosul emperrado, sem nenhum acordo internacional importante, enquanto seus parceiros "estratégicos" tratavam de ocupar os mercados do mundo rico. Esses países, sim, não têm complexo de vira-lata.
A mídia PGI não me surpreende, afinal, sei muito bem o que eles são , quinta colunas, a solução é a deportação desse pessoal para Cuba! Fidel cuidaria deles rapidim!


Uma das coisas que fazem é a manipulação dos dados, vejam que só usam os dados até 2008, e fala do crescimento das exportações do México, sem analisar o NAFTA e seus efeitos desatrosos na economia mexicana! Já falei, não comprem esse lixo ideológico, o governo tem é que zerar todas as verbas para esse bando de traíras!!!
[]´s
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Re: GEOPOLÍTICA
Ele cita países europeus que o comércio com os EUA aumentou e estes obviamente também não fazem parte da ALCA. Ou seja, o comércio com os EUA poderia crescer sem que o Brasil se metesse a besta de entrar no playground americano.
Que cara mais patético... Fora o fato que o PRick mencionou, de que ele não cita o que a dependência que o México tem dos EUA causou à economia mexicana durante a crise. Um peido nos EUA vira uma diarréia no México.
Cuba é pouco, mandem para o Irã, para ele ser apedrejado no lugar da mulher lá...
Que cara mais patético... Fora o fato que o PRick mencionou, de que ele não cita o que a dependência que o México tem dos EUA causou à economia mexicana durante a crise. Um peido nos EUA vira uma diarréia no México.
Cuba é pouco, mandem para o Irã, para ele ser apedrejado no lugar da mulher lá...

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