VENEZUELA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Bolovo
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2731 Mensagem por Bolovo » Qui Ago 06, 2009 5:08 am

O contrário também Nuk, Colômbia para de comprar da Venezuela e passa a comprar do Brasil....




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2732 Mensagem por U-27 » Qui Ago 06, 2009 9:28 am

na verdade...
o chavez é um opositor da nova ordem mundial e do governo mundial!
ele quer nos defender da ditadura dos banqueiros como os rockfeller e os rothschild!
e logo sobrara para nós, pois os governos são controlados pelos iluminatis e por eles e pelo grupo bilderberg!




"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer

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Re: CHAVEZ: de novo.

#2733 Mensagem por PQD » Qui Ago 06, 2009 9:39 am

TENSÃO NO CONTINENTE

Presidente da Venezuela diz que vai comprar tanques russos por causa de bases na Colômbia

Chávez: acordo pode levar a guerra regional

Morales diz que Uribe usa Farc para justificar presença de tropas dos EUA; governo chileno reconhece soberania colombiana

Janaína Figueiredo



BUENOS AIRES. Em meio à longa turnê do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, por vários países da região para explicar o acordo que seu governo está negociando com os Estados Unidos e que permitiria ao Pentágono a utilização de bases militares colombianas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou que o entendimento poderia desencadear uma guerra na América do Sul e antecipou sua intenção de adquirir "vários tanques russos" numa próxima visita a Moscou.

- Estas bases poderiam ser o início de uma guerra na América do Sul. Trata-se dos ianques, a nação mais agressora da História da Humanidade - declarou o líder venezuelano.

O presidente - que semana passada congelou as relações econômicas e comerciais com a Colômbia após o governo Uribe ter informado sobre a descoberta de armas suecas compradas pela Venezuela em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - disse que "em vez de mandar soldados, aviões, helicópteros e bombas para a Colômbia, (o presidente dos EUA, Barack) Obama deveria retirá-los".

Uribe, que hoje será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já se reuniu com os presidentes do Peru, Alan García; do Chile, Michelle Bachelet; da Bolívia, Evo Morales; e ontem à noite com a argentina Cristina Kirchner. Em sintonia com Chávez, o presidente da Bolívia questionou o acordo entre a Colômbia e os EUA e acusou o governo Uribe de utilizar as Farc para justificar a presença de militares americanos em seu país.

- O que diziam os EUA antes de invadir o Iraque? Que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. Onde estão? O objetivo era Saddam Hussein - argumentou Morales, que na próxima cúpula de presidentes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), marcada para o dia 10 de agosto, em Quito, vai propor a assinatura de uma resolução em repúdio ao acordo.

Em Santiago, o governo Bachelet manifestou seu respeito à soberania colombiana para decidir sobre as bases em seu território, numa atitude que contrastou com as posições de Chávez e Morales.

A crise entre os países andinos levou o presidente colombiano a cancelar sua participação na cúpula da Unasul, na qual a Colômbia será representada por um funcionário de segundo escalão. O objetivo de Uribe é justamente reunir-se com seus colegas sul-americanos antes da cúpula presidencial, para evitar uma declaração regional contra o acordo de seu país com o governo americano.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2734 Mensagem por PQD » Qui Ago 06, 2009 9:40 am

Coisas da Política

Conflito nos Andes

Mauro Santayana



Nada nos poderá dizer Uribe que não saibamos. Ele pertence a uma oligarquia de brancos de origem europeia, que gostariam de transformar a Colômbia em estado associado norte-americano, como é Porto Rico. Não entendem esses grandes senhores que Porto Rico é uma ilha, como também o Havaí, e que o destino da Colômbia está ligado ao futuro da América do Sul, a que pertence, na história e na geografia.

A imprensa colombiana defende o presidente Uribe, afirmando que Chávez quer instalar bases russas na Venezuela. O Brasil, em razão de sua história, se opõe à presença de tropas norte-americanas em sua vizinhança e não deve aceitar as russas. Amanhã ou depois, a China talvez queira ter também suas forças no continente.

O Brasil tem toda autoridade para essa postura. Quando, na luta contra o Eixo, cedemos a projeção oriental sobre o Atlântico aos Estados Unidos, para a base de Natal, deixamos estabelecido que essa presença seria temporária, enquanto durasse a guerra. Logo depois do armistício, o governo de Truman quis negociar o arrendamento da área e a permanência das bases – já na previsão de confronto com os soviéticos. Vargas não aceitou discutir o assunto – e os americanos se foram. Durante toda a história, só sofremos, na primeira fase da guerra da Tríplice Aliança, a presença de tropas inimigas na margem esquerda do Rio Paraguai. Logo que nos foi possível, as expulsamos dali. O Brasil não admite outra bandeira sobre seu território.

O presidente Lula declarou que não podemos impedir que a Colômbia faça o que quiser em seu país. Trata-se de seu direito soberano, até mesmo, se assim o desejar, de transformar-se, de jure, em protetorado de Washington – o que já é de fato. Mas é preciso que nos reservemos o direito de tomar todas as medidas, a fim de impedir a violação de nossas fronteiras, incluídas as que se situam no espaço aéreo. Ao que se sabe, essa posição será reafirmada, com firmeza, na conversa de hoje com Uribe. Convém levar o mesmo statement ao governo de Alan Garcia. O presidente do Peru apoiou o seu colega colombiano, em termos mais do que elogiosos. É provável que o Peru de Garcia seja também candidato a acolher ianques armados em seu solo. Não façam de seu território uma plataforma para a violação da soberania dos outros países da América do Sul. E se enganam, se imaginam que podem dividir os nossos povos. Os governos são temporários, mas é imanente a consciência de que devemos continuar a construir a unidade de nossa pátria grande, da qual sejam cidadãos de pleno direito os ameríndios e os descendentes de europeus, asiáticos e africanos, que aqui aportaram nos últimos cinco séculos.

Não temos por que tomar partido no confronto verbal entre Bogotá e Caracas, mas isso não nos impede de identificar os interesses estrangeiros que se encontram por detrás dos incidentes registrados. Há sempre os que acendem o forno alheio, a fim de assar seu pão. Temos, mais do que o direito, o dever da franqueza na conversa com os vizinhos. Não somos senhores de suas portas, que podem abrir-se aos hóspedes que escolherem. Temos, porém, o dever de lhes dizer que nos incomodam quando oferecem sua casa a hóspedes que pretendem nos bisbilhotar com binóculos eletrônicos, ou cavar trincheiras junto à cerca.

Foram interesses estranhos, ligados à exploração dos recursos naturais do continente, que promoveram, no século 19, a Guerra do Pacífico, entre o Chile e o Peru, com consequências penosas para a Bolívia – que perdeu seu acesso ao mar. Naquele tempo, tratava-se da riqueza em fosfato do guano do litoral e das ilhas próximas, utilizado como fertilizante na Europa: um conflito pelo excremento de aves. No século 20, houve a Guerra do Chaco, pelo petróleo da região – e mais uma vez com o sacrifício maior dos bolivianos. É normal que Evo Morales seja definitivo na objeção à presença de tropas norte-americanas em nossas cercanias. O Barão do Rio Branco nos livrou de uma guerra com a Bolívia, no caso do Acre, e de lesão de nossa soberania no Pantanal, no caso da Colônia do Descalvado, que provavelmente nos exigiriam penosos sacrifícios para a libertação do solo pátrio. Em todos esses casos, foram os estranhos, americanos e europeus, a fomentar a discórdia, a fim de apoderar-se dos despojos.

Não aceitamos assistir, depois das guerras do Pacífico e do Chaco, a um conflito nos Andes setentrionais – e menos ainda com a presença de tropas de fora.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2735 Mensagem por Walter Gomes » Qui Ago 06, 2009 9:57 am

estoy de acuerdo con PRICK......la ultraderecha de Uribe es tan mala para America LAtina como la ultra izquierda de Chavez!




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2736 Mensagem por gerson_web » Qui Ago 06, 2009 10:10 am

James Jones Jr., assessor de Segurança Nacional de Obama, afirmou que os EUA negocia uma parceria estratégica com o Brasil no campo energético. O país também receberia armas de alta tecnologia.

O Jornal da Globo apurou que o governo americano enviou nesta quarta-feira uma carta ao brasileiro detalhando propostas de transferência de tecnologia para setores sensitivos, como armamentos.

Na comitiva do assessor de segurança nacional de Obama estavam dois subsecretários, ambos do Pentágono, responsáveis por compras e transferência de tecnologia de armas.

Acho que o governo americano pecou ao não informar ao governo brasileiro antes da midia tomar conhecimento, caso tivesse falado antes teria passado a idéia de confiança ao governo brasileiro. mais há gente no governo que poderia avisar também ao chaves antes, todos nós sabemos que o marco aurelio garcia tem uma queda pela esquerda radical. no mais acho que os americanos agora vão tentar cobrir este vasilo! com algumas bugigangas para nossos militares, mais mim parece claro que por hora o objetivo ainda não é o brasil pois temos muito espaço para dialogo com eles! acho também que deveriamos conversar sobre a transferencia de alguns navios que estejam em boas condições e depois fazermos um upgrade nestes sem descuidar de comprar tambem algum material russo de boa qualidade pois não é mais hora de ficar só com discursos pacifistas pois acho que os gringos vão dá um ultimato ao brasil para que se decida de que lado vai ficar.




jauro
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2737 Mensagem por jauro » Qui Ago 06, 2009 11:29 am

Visão militar
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O Exército se sente ameaçado pela presença de bases americanas na Colômbia? Um general me disse que não. Acha que os americanos deveriam ter nos informado previamente, mas lembrou, pragmático: "Entre as bases na Colômbia e o nosso território tem a selva. Não dá para as tropas se movimentarem por terra. Para isso, eles têm porta-aviões, bombardeiros que reabastecem no ar e supremacia aérea."

Hoje o Brasil tem 53 militares, de patentes diferenciadas, treinando em escolas americanas como West Point. Há uma longa tradição de cooperação. Ainda que mantendo-se a necessária distância. Visitas militares americanas, inclusive de oficiais de alta patente, têm sido mais frequentes.

- A gente sente que eles querem agradar, mas são meio atrapalhados. Não vejo qualquer ameaça militar americana ao Brasil nem direta, nem indireta - disse.

Há pouco mais de um mês houve uma competição das forças especiais de 21 países latino-americanos. É uma competição tradicional, sempre organizada, financiada e arbitrada pelos Estados Unidos. É uma espécie de competição de esportes radicais. O ganhador é sempre a Colômbia cujo Exército é treinado pelos americanos.

Desta vez, foi um pouco diferente. Nossas Forças Armadas disseram que como era em solo brasileiro, a competição seria organizada e arbitrada por brasileiros. Aceitaram apenas o financiamento americano. Quem ganhou foi o Brasil. O segundo lugar, surpreendentemente, foi do Equador, e a Colômbia veio em terceiro.

Ou seja, há espaço para visitas, intercâmbio e até olimpíadas militares entre os países da região. Nada lembra um clima belicoso. Para o general, o mal-estar agora foi causado por uma incapacidade americana de entender quais são os sentimentos e reações dos países latino-americanos em relação a eles.

Até por confusões históricas, o governo americano deveria ter consultado os países da região. Na visão do general, a tensão é causada mais por Hugo Chávez e ela pode vir a ser uma ameaça para o Brasil mais adiante.

- Ele hoje já controla o governo dele, da Bolívia, do Equador, tem influência na Argentina e Paraguai. No Peru, onde seu candidato Ollanta Humala perdeu no photochart, o presidente Alan Garcia está com baixíssima popularidade. Chávez jogará todo o dinheiro possível para controlar o governo de Lima. Quando acontecer isso ele completa seu arco bolivariano. Enquanto o governo brasileiro fizer tudo o que ele quer, fica tudo bem. Mas no futuro pode haver tensão entre nós. Eles têm força econômica, saída para o Pacífico, Atlântico, Caribe e um governo que gosta de confrontos. Nosso problema não é militar com os Estados Unidos, é de geopolítica da região - disse o general.

Para o militar, não há qualquer ameaça dos americanos sobre o território brasileiro. Na avaliação que faz, os americanos perderam a base de Manta no Equador, perderam a presença na Bolívia, onde a DEA (departamento de combate às drogas) trabalhava livremente. Além disso, não têm tido tanto sucesso assim na Colômbia:

- As Farc estão mais enfraquecidas, mas o tráfico não teve queda sensível. Os americanos já estão na Colômbia há muito tempo e todo mundo sabe.

Ontem, Hugo Chávez escalou e falou que as bases americanas na Colômbia podem detonar uma guerra na América do Sul. É claro, pura retórica. Ele gosta de manter esse clima de beligerância no qual cresce, aparece, e foge do desgaste provocado pelas crises política e econômica.

Nesta situação, cabe ao Brasil manter seu tradicional equilíbrio com o qual vem se mantendo em paz por mais de um século com os países do continente. O que deveria ser evitado é tomar satisfação da Colômbia e ser condescendente com a Venezuela. É achar normal que a Venezuela faça exercícios com a esquadra russa, mas tratar o acordo militar dos Estados Unidos com a Colômbia como um risco iminente de invasão do território brasileiro.

Quando veio a esquadra russa, circularam rumores de que o presidente Lula não gostou, mas oficialmente o Brasil não disse que os russos aqui, em águas venezuelanas, lembravam a guerra fria. Hugo Chávez criticou quem pensasse nisso. "Este é um velho plano. Trataram de especular que é a nova Guerra Fria, toda uma manipulação, isso não é nenhuma provocação, é um intercâmbio entre dois países livres e soberanos", disse Chávez na noite da chegada dos navios russos. No fim, os dois países assinaram um acordo para a construção de uma usina nuclear na Venezuela.

O semi-ministro das relações exteriores do Brasil, Marco Aurélio Garcia, disse sobre as bases americanas na Colômbia que cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça. A expressão é engraçada, mas não traduz o clima no país, nem nas relações com os Estados Unidos. O Brasil não é uma republiqueta ameaçada, é um país soberano, que saberá manter essa posição. Não precisa tremer diante de qualquer coisa, nem deixar que o rabo balance o cachorro, como, por exemplo, aceitando que Chávez dê o tom da nossa atitude diplomática, na relação com o nosso maior parceiro comercial e país do qual recebemos o maior volume de investimentos.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
PRick

Re: CHAVEZ: de novo.

#2738 Mensagem por PRick » Qui Ago 06, 2009 12:28 pm

PQD escreveu:Coisas da Política

Conflito nos Andes

Mauro Santayana



Nada nos poderá dizer Uribe que não saibamos. Ele pertence a uma oligarquia de brancos de origem europeia, que gostariam de transformar a Colômbia em estado associado norte-americano, como é Porto Rico. Não entendem esses grandes senhores que Porto Rico é uma ilha, como também o Havaí, e que o destino da Colômbia está ligado ao futuro da América do Sul, a que pertence, na história e na geografia.

A imprensa colombiana defende o presidente Uribe, afirmando que Chávez quer instalar bases russas na Venezuela. O Brasil, em razão de sua história, se opõe à presença de tropas norte-americanas em sua vizinhança e não deve aceitar as russas. Amanhã ou depois, a China talvez queira ter também suas forças no continente.

O Brasil tem toda autoridade para essa postura. Quando, na luta contra o Eixo, cedemos a projeção oriental sobre o Atlântico aos Estados Unidos, para a base de Natal, deixamos estabelecido que essa presença seria temporária, enquanto durasse a guerra. Logo depois do armistício, o governo de Truman quis negociar o arrendamento da área e a permanência das bases – já na previsão de confronto com os soviéticos. Vargas não aceitou discutir o assunto – e os americanos se foram. Durante toda a história, só sofremos, na primeira fase da guerra da Tríplice Aliança, a presença de tropas inimigas na margem esquerda do Rio Paraguai. Logo que nos foi possível, as expulsamos dali. O Brasil não admite outra bandeira sobre seu território.

O presidente Lula declarou que não podemos impedir que a Colômbia faça o que quiser em seu país. Trata-se de seu direito soberano, até mesmo, se assim o desejar, de transformar-se, de jure, em protetorado de Washington – o que já é de fato. Mas é preciso que nos reservemos o direito de tomar todas as medidas, a fim de impedir a violação de nossas fronteiras, incluídas as que se situam no espaço aéreo. Ao que se sabe, essa posição será reafirmada, com firmeza, na conversa de hoje com Uribe. Convém levar o mesmo statement ao governo de Alan Garcia. O presidente do Peru apoiou o seu colega colombiano, em termos mais do que elogiosos. É provável que o Peru de Garcia seja também candidato a acolher ianques armados em seu solo. Não façam de seu território uma plataforma para a violação da soberania dos outros países da América do Sul. E se enganam, se imaginam que podem dividir os nossos povos. Os governos são temporários, mas é imanente a consciência de que devemos continuar a construir a unidade de nossa pátria grande, da qual sejam cidadãos de pleno direito os ameríndios e os descendentes de europeus, asiáticos e africanos, que aqui aportaram nos últimos cinco séculos.

Não temos por que tomar partido no confronto verbal entre Bogotá e Caracas, mas isso não nos impede de identificar os interesses estrangeiros que se encontram por detrás dos incidentes registrados. Há sempre os que acendem o forno alheio, a fim de assar seu pão. Temos, mais do que o direito, o dever da franqueza na conversa com os vizinhos. Não somos senhores de suas portas, que podem abrir-se aos hóspedes que escolherem. Temos, porém, o dever de lhes dizer que nos incomodam quando oferecem sua casa a hóspedes que pretendem nos bisbilhotar com binóculos eletrônicos, ou cavar trincheiras junto à cerca.

Foram interesses estranhos, ligados à exploração dos recursos naturais do continente, que promoveram, no século 19, a Guerra do Pacífico, entre o Chile e o Peru, com consequências penosas para a Bolívia – que perdeu seu acesso ao mar. Naquele tempo, tratava-se da riqueza em fosfato do guano do litoral e das ilhas próximas, utilizado como fertilizante na Europa: um conflito pelo excremento de aves. No século 20, houve a Guerra do Chaco, pelo petróleo da região – e mais uma vez com o sacrifício maior dos bolivianos. É normal que Evo Morales seja definitivo na objeção à presença de tropas norte-americanas em nossas cercanias. O Barão do Rio Branco nos livrou de uma guerra com a Bolívia, no caso do Acre, e de lesão de nossa soberania no Pantanal, no caso da Colônia do Descalvado, que provavelmente nos exigiriam penosos sacrifícios para a libertação do solo pátrio. Em todos esses casos, foram os estranhos, americanos e europeus, a fomentar a discórdia, a fim de apoderar-se dos despojos.

Não aceitamos assistir, depois das guerras do Pacífico e do Chaco, a um conflito nos Andes setentrionais – e menos ainda com a presença de tropas de fora.
Exite luz no fim do túnel! Até que enfim um texto decente! Esse dá para assinar. :D :D :D

[]´s




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2739 Mensagem por PRick » Qui Ago 06, 2009 12:29 pm

Walter Gomes escreveu:estoy de acuerdo con PRICK......la ultraderecha de Uribe es tan mala para America LAtina como la ultra izquierda de Chavez!

Pois é, essa luta arranjada, e armada nos bastidores não nos interessa, isso é agenda de forças externas ao nosso sub-continente. Na conjuntura atual, Uribe consegue ser mais danoso ainda que Chavez.

[]´s




PRick

Re: CHAVEZ: de novo.

#2740 Mensagem por PRick » Qui Ago 06, 2009 12:34 pm

Bolovo escreveu:O contrário também Nuk, Colômbia para de comprar da Venezuela e passa a comprar do Brasil....

Dado que Chavez vende uma comoditie e compra todo o resto, a Colômbia vai perder muito, porque não conseguirá exportar carros para o Brasil, nosso comércio com a Colômbia é bastante restrito, mesmo porque nossos produtos básicos são concorrentes.

[]´s




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2741 Mensagem por gaitero » Qui Ago 06, 2009 1:19 pm

Chávez vai a Moscou 'comprar uns 40 tanques'

CARACAS, Venezuela, 5 Ago 2009 (AFP) - Rússia e Venezuela firmarão um "importante" acordo armamentista, que incluirá a compra de "de uns 40 tanques" durante a visita do presidente Hugo Chávez a Moscou, em meados de setembro, informou nesta quarta-feira o próprio líder venezuelano.

"Vai ser um acordo importante de armamento para incrementar nossa capacidade defensiva", declarou Chávez a um grupo de jornalistas, explicando que também firmará acordos agrícolas, de petróleo e mineração.

Após manter hoje uma conversa por telefone com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o presidente venezuelano reafirmou que comprará tanques modernos, ao que parece dos modelos BMP3, BTR e T-72.

"São uns 30 ou 40 tanques. Nos faltavam tanques. Nosso Exército vai seguir crescendo, também as milícias e a defesa de todo o povo", explicou Chávez.

Os tanques "são os mais modernos que há, com visão noturna. Quase voam, se transformam como os (carros) do 007 (agente secreto), que entram na água e se tornam submarino".

"Não queria gastar um centavo em armas e nos primeiros anos do meu governo foi assim (...), mas o Império (americano) quer nos desarmar e se não fosse a Rússia, estaríamos quase sem armas".

Na semana passada, Venezuela e Rússia firmaram em Caracas um acordo que incrementará o intercâmbio entre as forças armadas dos dois países, incluindo venda de armas e transferência de tecnologia militar.

Entre 2005 e 2007, Caracas e Moscou firmaram contratos para a compra de armas totalizando 4,4 bilhões de dólares.

A Rússia já vendeu à Venezuela 24 caças Sukhoi, 50 helicópteros de combate e 100 mil fuzis de assalto Kalashnikov.




Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2742 Mensagem por P44 » Qui Ago 06, 2009 1:22 pm

Venezuela could order T-72 tanks from Russia

MOSCOW, August 6 (RIA Novosti) - The tanks that Venezuela is planning to buy from Russia could be of the T-72 type, a Russian military analyst said on Thursday.

Venezuelan President Hugo Chavez said at a press conference on Wednesday that the country plans to buy several battalions of Russian tanks in response to a possible increase in U.S. military personnel in neighboring Colombia.

"The tanks in question are most likely the T-72 model, which best fit the needs of the Latin American market," said Konstantin Makiyenko, deputy director of the Center for Strategic Analysis, a Moscow based think tank.

He added that Venezuela could afford even new T-90 tanks, but that due to the low price of oil on current markets, it would be more logical to expect the purchase of the T-72.

The price of a T-90 main battle tank (MBT), manufactured by Russia's Uralvagonzavod plant is $5-7 million, while the price of a T-72 model is $1-2 million, the analyst said.

A Russian tank battalion comprises 31 tanks.

Last year, Uralvagonzavod produced a total of 165 T-90 tanks. Over half of the vehicles were exported, and the remaining tanks replaced some of the T-72s in the Russian Armed Forces.

The analyst said Russia may have enough T-72 tanks available for the sale to Venezuela.

Venezuela has already spent around $4 billion since 2005 on Russian arms, including helicopters, fighter planes, and Kalashnikov assault rifles.
http://www.en.rian.ru/mlitary_news/2009 ... 43859.html

T-72
http://www.inetres.com/gp/military/cv/tank/T-72.html
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2743 Mensagem por Vitor » Qui Ago 06, 2009 1:24 pm

Walter Gomes escreveu:estoy de acuerdo con PRICK......la ultraderecha de Uribe es tan mala para America LAtina como la ultra izquierda de Chavez!
Vejamos...a "ultra-direita" de Uribe reduziu número de homícidios e criminalidade em geral, não ameaçou e nem censurou nenhum meio de comunicação e não ameaça jornalistas, não toma medidas econômicas irresponsáveis se baseando em algo tão volátil como preço de um commodity, não sabota empresas que não ajam de acordo com o que o governo consideral "ideal".

Durante o governo de "ultra-esquerda" de Chavez a criminalidade subiu bastante, 1 grande canal de televisão foi fechado, outras 34 estações de rádio, vários outras estações, jornais e canais de televisão são constantementes ameaçados, gastos governamentais estão fora de controle, a indústria venezuelana é quase zero, empresas que tentam manter seu negócio sustentável em vez de atender as demandas do governo venezuelano são estatizadas.

Tem certeza que as duas são igualmente ruins?




NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2744 Mensagem por Vitor » Qui Ago 06, 2009 1:29 pm

Os russos estão felizes da vida, tem a confiança de Chavez e são praticamente os únicos fornecedores, sabem que podem vender até areia que Chavez vai achar bom. :lol:

Seria interessante ver como os T-72 se locomovem em mata densa, ainda mais subindo ladeira, já que a Colômbia é um país de alta altitude.




NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2745 Mensagem por U-27 » Qui Ago 06, 2009 1:40 pm

Vitor escreveu:
Walter Gomes escreveu:estoy de acuerdo con PRICK......la ultraderecha de Uribe es tan mala para America LAtina como la ultra izquierda de Chavez!
Vejamos...a "ultra-direita" de Uribe reduziu número de homícidios e criminalidade em geral, não ameaçou e nem censurou nenhum meio de comunicação e não ameaça jornalistas, não toma medidas econômicas irresponsáveis se baseando em algo tão volátil como preço de um commodity, não sabota empresas que não ajam de acordo com o que o governo consideral "ideal".

Durante o governo de "ultra-esquerda" de Chavez a criminalidade subiu bastante, 1 grande canal de televisão foi fechado, outras 34 estações de rádio, vários outras estações, jornais e canais de televisão são constantementes ameaçados, gastos governamentais estão fora de controle, a indústria venezuelana é quase zero, empresas que tentam manter seu negócio sustentável em vez de atender as demandas do governo venezuelano são estatizadas.

Tem certeza que as duas são igualmente ruins?

perfeito




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