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Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Mai 07, 2014 8:31 pm
por Penguin
LeandroGCard escreveu:
Penguin escreveu:Ok, quanto mais avançada a arma, maior a rigidez dos controles, para se evitar que caia em mãos erradas.
Os P-8I indianos estão equipados com esse mesmo míssil.
Qual é mesmo o problema?
Se quisermos ter total liberdade, temos que finalizar o desenvolvimento do MANSUP e desenvolver uma versão aero-lançada do mesmo. Mas enquanto isso, melhor termos alguma coisa, que tenha um custo-eficácia aceitável, pois quando o MANSUP aero-lançado entrar em operação, misseis anti-navio importados só serão necessários se o MANSUP não atender o que dele se espera.
Em breve a MB deverá selecionar um míssil anti-navio para os A-4BR. Vamos ver.

O fato é que o P-3 equipado com um míssil desses, que excede o alcance da grande maioria dos SAM navais, torna vulnerável qualquer navio que não esteja protegido por caças.
Se tivéssemos vários inimigos babando em nosso cangote como tem a Índia, e alguns deles fossem potências desafiantes dos EUA como é a China, eu concordaria plenamente contigo, Harpoons seriam uma necessidade imediata e seriam muito provavelmente bastante confiáveis em combate real.

Mas na nossa situação, sem poder apontar inimigos e dentro do quintal dos EUA, com as maiores ameaças militares potenciais pertencendo à OTAN e as que não pertencem sendo nações pequenas no nosso entorno, possuir Harpoons para os P-3 ou A-4 seria importante porquê mesmo?

Por outro lado, US$ 169 milhões a mais despejados no setor de P&D e em algumas das indústrias tecnologicamente mais avançadas do país em um momento em que nosso parque industrial está na UTI eu garanto que serria de grane ajuda, no mínimo para formar mais pessoal com experiência na engenharia e no gerenciamento do desenvolvimento de novos produtos avançados, um tipo de mão de obra importantíssimo para qualquer nação industrializada e do qual temos pouquíssimos ativos (e cujo número diminui ano a ano).


Leandro G. Card
Desenvolver doutrina, aprender a utilizar esse tipo de arma, aproveitar o potencial dos P-3.
Deixá-los banguela depois de tantos investimentos não só nos próprios Orion, mas em instalações na BASV e em pessoal seria o melhor caminho? Ainda faltam os torpedos.
Afinal, para que se adquiriu os P-3BR? Se fosse apenas para SAR, foi um grande desperdício.
No mais, qual o status real no MAN-1? Falta recursos? Quem financia, o MD ou a MB? Qual o cronograma desse projeto?
Será que a integração de outro míssil seria viável? Mais econômica? Tenho a impressão que tudo isso e muito mais foi analisado.

Quanto a priorizar investimentos com desenvolvimentos nacionais tb concordo.
Isso deveria ser a tônica. Mas os governos não atuam assim. Infelizmente.
Mas há uma questão de ordem prática. Há programas que são demandados pelas FAs e outros não.
O dinheiro corre muito mais fácil para fornecedores estrangeiros do que para empresas nacionais de tecnologia que lutam para sobreviver e se desenvolver.
Qual seria a consequência se aplicássemos 1,9 bilhões de euros no desenvolvimento de programas nacionais estratégicos na área de defesa? Tenho a forte impressão que os benefícios seriam muito mais relevantes do que ter helicópteros não demandados montados em uma multinacional. Há muitos outros exemplos nos quais foram priorizados outros interesses diferentes do desenvolvimento tecnológico nacional.

Apenas com o valor da aquisição desses helicópteros (sem contar os contratos adicionais), seria possível pagar o salário de mais de 1.000 engenheiros, cada um ganhando R$20.000 líquidos por mês durante 10 anos.

R$240.000 + encargos 100% => R$480.000 custo anual por engenheiro x 10 = R$4.800.000 por engenheiro por 10 anos
R$ 4.800.000 x 1.000 = R$ 4.800.000.000 ou 1,5 bilhões de euros
Sobrariam 400 milhões de euros para aumentos por produtividade :mrgreen:

O centro de "engenharia" da Helibrás/Eurocopter passou de 7 engenheiros para 72 com o projeto EC725.

[]s

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Mai 07, 2014 9:57 pm
por Marino
JL escreveu:Penso o seguinte: 1- Vontade Política + 2 Dinheiro + 3 Pessoal Técnico Capacitado = Resultado. O que vem faltando aqui, durante anos, são os dois primeiros vontade política e lógico o dinheiro.

Por isso tudo anda tão devagar. O MAN já deveria ser uma realidade há anos. O que deveria estar em projeto hoje deveria ser uma arma muito mais avançada. Mas vamos assim. Devagar.

Quanto a necessidade de mísseis anti navio eu tenho um pensamento completamente diferente de outros colegas, penso que são armas estratégicas para a necessidade brasileira, pois tudo no Brasil depende hoje do mar (petróleo, comércio exterior etc, concentrações populacionais e industriais próximas ou no litoral) e os mísseis anti navio são armas essenciais neste panorama e objeto de embargo número um em caso de conflito.

Qual a realidade atual: Simplesmente a maior força aérea latino americana, hoje, não tem em seu inventário um míssil anti navio operacional.

Agora quanto aos Harpoon, bem quando se optou pelo avião norte americano em detrimento do projeto da Embraer, já sabíamos que iriamos ficar nas mão dos USA, os argentinos estão tentando colocar o AM 39 nos Orion deles, mas como disse apenas tentando.
JL, o programa de mísseis da MB começou "outro dia".
Veja no tópico específico nas navais.
O bom, sao os resultados obtidos em tão pouco tempo.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Mai 07, 2014 9:59 pm
por Marino
LeandroGCard escreveu:
Penguin escreveu:Temo muito que o MANSUP vire o AM-39 com nacionalização parcial.
Seria o golpe de mestre da MBDA. A eletrônica sensível continuaria sob o seu controle (através de sua subsidiaria Omnisys).
Mata o MANSUP e ainda vai ter muita gente alardeando por ai que é um AM39 é um míssil nacional e que é o próprio "MANSUP".
Disso não duvido nada.

Mas ainda teremos o AVMT... 8-] .

Leandro G. Card
Já contestei.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Mai 07, 2014 10:15 pm
por Paisano
Interessante:

MB-> Desenvolvimento do MANSUP;

EB -> Desenvolvimento do AVMT;

FAB -> Compra de prateleira do Harpoon.

PS: Quero deixar bem claro que não estou insinuando/acusando nada em relação a FAB, mas apenas analisando critérios de rearmamento.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Mai 07, 2014 10:36 pm
por Duka
Paisano escreveu:Interessante:

MB-> Desenvolvimento do MANSUP;

EB -> Desenvolvimento do AVMT;

FAB -> Compra de prateleira do Harpoon.

PS: Quero deixar bem claro que não estou insinuando/acusando nada em relação a FAB, mas apenas analisando critérios de rearmamento.
A-Darter, MAR-1, Acauan...
Todos os três desenvolvem projetos nacionais e realizam compras no exterior.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Mai 07, 2014 10:45 pm
por Penguin
Duka escreveu:
Paisano escreveu:Interessante:

MB-> Desenvolvimento do MANSUP;

EB -> Desenvolvimento do AVMT;

FAB -> Compra de prateleira do Harpoon.

PS: Quero deixar bem claro que não estou insinuando/acusando nada em relação a FAB, mas apenas analisando critérios de rearmamento.
A-Darter, MAR-1, Acauan...
Todos os três desenvolvem projetos nacionais e realizam compras no exterior.
Imagem
Míssil MAA-1

Imagem
Míssil MAA-1B

Imagem
Míssil A-DARTER

Imagem
Míssil MAR-1

Imagem
Kit de Guiamento para Bombas Convencionais ACAUAN
Em comunicado divulgado à imprensa, os ministros mencionaram a disposição de Brasil e África do Sul em fortalecer a relação entre as indústrias de defesa dos dois países. Uma das possibilidades nesse campo é o desenvolvimento conjunto de um novo míssil ar-ar de longo alcance - até 100 km.
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... de-Defesa/

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 12:09 am
por henriquejr
Concordo com os dois ultimos posts! Cada força com as suas prioridades em termos de desenvolvimento.

Com relação a essas criticas sobre a compra do Harpoon, vejo e acho muito engraçado. Até ontem a crítica era que o P-3AM jamais lançaria o Harpoon porque este míssil não estava integrado ao sistema FITS do P-3, e que seria um grande patrulheiro caro e banguelo. Agora a FAB sinaliza a compra dos mísseis, e a crítica passou a ser essa. O que noto a algum tempo atrás é um ressentimento que alguns tem da FAB, por causa de decisões que esta tomou que não estava alinhada ao pensamento dessas pessoas, então tudo que a FAB faz é motivo de crítica, e seu profissionais são taxados de incompetentes, etc...

Na minha opinião as três forças tiveram avanços expressivos nos últimos anos, basta lembrar como era a FAB a alguns poucos anos atrás, e olhar hoje em dia, onde está se tornando uma força aérea bastante moderna e com elevador conhecimento tecnológico e de desenvolvimento de sistemas estratégicos, como mísseis anti-radiação (produto altamente controlado por quem detém esta tecnologia), misseis Ar-Ar, bombas inteligentes, etc... Como eu disse acima, cada força tem suas prioridades em relação ao desenvolvimento de seus armamentos.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 12:14 am
por Pablo Maica
LeandroGCard escreveu:
Pablo Maica escreveu:Pois é.

Até a versão aerotransportada do MANSUP estiver totalmente operacional, se vão uns bons anos senão uma década pelo menos.

Até lá se faz necessária a aquisão de um armamento desse tipo para que a capacidade ofensiva do P-3 seja maximizada. E além do mais foi uma requisição do Brasil, e não uma oferta americana.



Um abraço e t+ :D
Acrescente mais US$ 169 milhões no orçamento do projeto com uma cláusula de contrapartida na redução de prazo e garanto que tanto a versão de lançamento terrestre quanto a de lançamento aéreo do MANSUP saem muito mais rápido :wink: .

Pablo Maica escreveu:Paisano, a FAB também comprou kits de guiagem para bombas e nem por isso a Britanite parou os projetos deles. Nos compramos Python e nem por isso paramos os projetos Piranha II e A-Darter, o EB ainda compra AT-4 e nem por isso descartou o ALAC.
E por alguma razão todas as empresas que fabricam estes armamentos estão sempre com a corda no pescoço, trabalhando no limite para ganhar o suficiente apenas para não fechar suas áreas militares (ou mesmo a empresa inteira, como já ocorreu antes com vários fabricantes de armamentos nacionais). Enquanto isso vamos alegremente despejar milhões e milhões no bolso da McDonnell Douglas, afinal, ela precisa tanto... :( .
Se fosse uma compra de exocets seriam os franceses tentando acabar com o MANSUP? Ta certo que os gringos não são santos mas acho que sinceramente o MANSUP não corre rsico.
Não tenha dúvida de que isso passaria também pela mente do pessoal da MBDA, e que o Exocet só não foi oferecido porque não está integrado. E com os cortes de orçamento que já se sabe o próximo governo será obrigado a fazer, programas como o MANSUP correm sim enormes riscos, não de serem sumariamente cancelados (nossos governantes não tem coragem de tomar nenhuma decisão, nem mesmo para cancelar nada) mas de passarem a ser empurrados com a barriga por anos ou mesmo décadas, como já aconteceu antes com o MSS-1, o Piranha e ainda ocorre com o VLS.

Com um histórico assim eu também vejo com muito maus olhos a idéia de gastar uma grana preta comprando mísseis que quase certamente não acrescentarão nada em termos das necessidades reais do país, só para ficarem bonitinhos debaixo das asas dos aviõezinhos novos :roll: .


Leandro G. Card
Concordo em gênero que se todos os recursos gastos em compras no exterior fossem revertidos à nossa indústria de armamentos a mesma seria muito mais desenvolvida, e teríamos uma independência muito maior. Mas e como ficam nossos paióis até la? Vazios?

E quanto ao questionamento que fiz referente aos exocets, é retórico. O que quis apontar é que parece que ultimamente o pessoal anda vendo o mundo dividido em bem e mal, no mocinho e no bandido. É claro que se os franceses (e qualquer outra nação) tiverem a chance vão jogar uma pá de cal no MANSUP e qualquer outro projeto que vá criar concorrentes aos produtos de empresas francesas, principalmente em uma área tão sensível quanto esta. Não existe anjinho nesse mundo.

Agora se é para entrar na questão do que é ou não necessário, não teria sido melhor e mais barato comprar aeronaves que contassem apenas com capacidade de vigilância/SAR?



Um abraço e t+ :D

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 1:51 am
por Sniper
Pablo Maica escreveu:Paisano, a FAB também comprou kits de guiagem para bombas e nem por isso a Britanite parou os projetos deles. Nos compramos Python e nem por isso paramos os projetos Piranha II e A-Darter, o EB ainda compra AT-4 e nem por isso descartou o ALAC.

Se fosse uma compra de exocets seriam os franceses tentando acabar com o MANSUP? Ta certo que os gringos não são santos mas acho que sinceramente o MANSUP não corre rsico.



Um abraço e t+ :D
Perfeito Pablo. Concordo plenamente.

Até porque 18 andorinhas não fazem um verão, não um verão como o Brasileiro.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 8:59 am
por JL
Colocar alguns pontos:

1) Amigo Leandro, com relação a importância dos mísseis, claro que todos os tipos são fundamentais, basta ver os exemplos práticos, no caso os anti carro os Milan nas Malvinas ou a grande quantidade de vídeos dos rebeldes sírios atirando nos velhos carros T 62 e 72 do governo, como fariam isso sem os mísseis. Mas eu estava me referindo a questão do nosso mar. Afinal ter um oceano inteiro na porta de casa e não ter uma arma anti navio é algo meio complicado não?

2-) Comandante Marino, que a Marinha se esforça para caramba para cumprir a sua missão é fato consumado, o problema é que como a II Guerra Mundial demonstrou no caso da Alemanha, não basta o esforço dos seus militares se a estratégia global do governo for errada. Na minha modesta opinião, programas de desenvolvimento de mísseis, sejam eles quais forem são de prioridade estratégica e governamental e não deveriam ser iniciativas pontuais de empresas ou projetos secundários de forças específicas ou estudos acadêmicos. Devo lembrar que a primeira vez que falou-se do Piranha na imprensa foi em 1979, salvo engano, em uma "notinha" na revista Flap, todos sabem a novela que foi até parir a criança. Quanto ao projétil anti-navio, temos a história da oferta do Gabriel na época do Almirante Maximiniano da Fonseca como Ministro da Marinha, a história ou talvez estória do Barracuda da Avibrás, bem o senhor saber muitas vezes mais do que eu possa sequer imaginar o labirinto de idas e voltas que foram estes projetos naufragados ou natimortos. Seja como for a realidade nua e crua é que hoje em 2014, temos os seguintes mísseis anti-navio:

Lançadas de aeronaves de asa fixa = ZERO ----- teremos agora os Harpoon.
Lançados de helicópteros = AM 39 e Penguin ( penso que os Sea Skua já devem ter expirado a validade, não sei, por isso estou entre parênteses)
Embarcados: MM 40 block 2.

3-) Para fechar, não sei se comprar os Harpoon foi a melhor solução, pois estamos reformando os A 1 da FAB, os A 4 da Marinha e em breve teremos os Gripen e eles precisam ter uma arma anti-navio, então talvez fosse melhor esperar, porque não temos inimigos a vista, como disse o Leandro. Por outro lado já não esperamos demais. Mas o dinheiro é curto e o gasto nesta importação talvez faça com que no futuro os caças não tenham mísseis anti-navio por exemplo. Talvez o míssil anti navio brasileiro nunca tenha uma versão aero lançada. Não sei.

Só um devaneio, fico pensando como um país como o Irã, sob um tremendo embargo de armas etc, consegue fazer cópias sob licença ou sem licença não sei, de mísseis chineses como o C 802 e uma par de outros modelos e nós temos tanta dificuldade. Não é falta de vontade governamental. Mas é aquilo faremos um sub nuclear primeiro, depois faremos os mísseis e os torpedos.

Espero que comprem alguns torpedos anti-submarino para os Orion, porque senão corre o risco futuro de que em algum conflito real (livre nos Deus, pois isto não acontece como o Brasil), os nossos bravos aviadores ficarão que nem os tripulantes de um Neptune argentino nas Malvinas, que não me recordo o motivo, viram o periscópio de um sub nuclear e tudo o que puderam fazer foi dar uma boa olhada. Gasta-se milhões de dólares mas se deixa o bicho sem dentes.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 9:45 am
por LeandroGCard
Penguin escreveu:Desenvolver doutrina, aprender a utilizar esse tipo de arma, aproveitar o potencial dos P-3.
Deixá-los banguela depois de tantos investimentos não só nos próprios Orion, mas em instalações na BASV e em pessoal seria o melhor caminho? Ainda faltam os torpedos.
Afinal, para que se adquiriu os P-3BR? Se fosse apenas para SAR, foi um grande desperdício.
Sem um inimigo que possamos sequer apontar, 169 milhões de dólares só para desenvolver doutrina é na minha opinião um enorme desperdício. Com este valor muito provavelmente poderíamos desenvolver os torpedos que também estão fazendo enorme falta tanto para a FAB quanto para a MB.

O P-3 é principalmente uma plataforma de reconhecimento e esclarecimento, não de ataque. Ah, mas ele pode atacar também se for equipado para isso? Sim claro, mas porque gastar tantos milhões para dar a ele a capacidade de fazer isso se existem outras plataformas até mais capazes disponíveis? Os torpedos já são outro assunto, caças e aviões de ataque não são adequados para lança-los, e aí só sobram mesmo os P-3 ou outras plataformas semelhantes para isso.
No mais, qual o status real no MAN-1? Falta recursos? Quem financia, o MD ou a MB? Qual o cronograma desse projeto? Será que a integração de outro míssil seria viável? Mais econômica? Tenho a impressão que tudo isso e muito mais foi analisado.
O Marino pode dar maiores informações sobre isso. Mas pelo que ele já colocou, a integração no A-4 já está garantida, e seria um absurdo total se a FAB não garantisse a integração pelo menos nos novos Gripen. Então este custo já vai existir de qualquer jeito, a compra de outro míssil não vai economizar nem um centavo neste aspecto. E eu gostaria de vê-los também nos A1-M.

Mas uma coisa é certa: Existem 99,999999999999% de probabilidade do MAN-1 ficar pronto e estar operacional em todas as versões possíveis e imagináveis antes do Brasil precisar lançar um míssil desta categoria contra algum inimigo real :wink: . Vale mesmo à pena gastar toda esta grana para cobrir as possibilidades em contrário?


Qual seria a consequência se aplicássemos 1,9 bilhões de euros no desenvolvimento de programas nacionais estratégicos na área de defesa? Tenho a forte impressão que os benefícios seriam muito mais relevantes do que ter helicópteros não demandados montados em uma multinacional. Há muitos outros exemplos nos quais foram priorizados outros interesses diferentes do desenvolvimento tecnológico nacional.

Apenas com o valor da aquisição desses helicópteros (sem contar os contratos adicionais), seria possível pagar o salário de mais de 1.000 engenheiros, cada um ganhando R$20.000 líquidos por mês durante 10 anos.

R$240.000 + encargos 100% => R$480.000 custo anual por engenheiro x 10 = R$4.800.000 por engenheiro por 10 anos
R$ 4.800.000 x 1.000 = R$ 4.800.000.000 ou 1,5 bilhões de euros
Sobrariam 400 milhões de euros para aumentos por produtividade :mrgreen:

O centro de "engenharia" da Helibrás/Eurocopter passou de 7 engenheiros para 72 com o projeto EC725.

[]s
Nesta questão da compra dos EC725, e mesmo da própria existência da Helibrás, concordo totalmente contigo. E na verdade vou além, existem inúmeros outros setores de nossa economia (sendo o mais notório o automobilístico) que foram totalmente tomados por empresas estrangeiras sem nenhum compromisso com o Brasil, e que agora utilizam seu poder econômico e influências políticas não apenas para impedir qualquer desenvolvimento genuinamente nacional nestes setores como também para manter a sociedade como verdadeira refém, exigindo do governo condições que lhes permitem explorar os brasileiros descaradamente como não ocorre em nenhum outro lugar do planeta, sob pena de fechar fábricas e eliminar postos de trabalho, deixar de pagar impostos, etc... . E não existe sequer forma jurídica estabelecida para diferenciar estas empresas estrangeiras das genuinamente nacionais (Thanks to FHC), o que nos causa enormes prejuízos.

Mas esta é uma outra discussão, e um erro não conserta o outro. Porque somos reféns sem esperança nos mercados civis isso não significa que devemos entregar da mesma forma o mercado militar se pudermos evitar. Muito pelo contrário, esta é provavelmente nossa última linha de defesa.


Leandro G. Card

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 10:11 am
por joao fernando
Meus 2 cents...comprando podemos lançar e ter parametros reais de um missel moderno anti navio. Como testar um MAN se não sabemos nada sobre misseis? Se compra, aprende, e passamos o conhecimento pro MAN

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 10:24 am
por LeandroGCard
joao fernando escreveu:Meus 2 cents...comprando podemos lançar e ter parametros reais de um missel moderno anti navio. Como testar um MAN se não sabemos nada sobre misseis? Se compra, aprende, e passamos o conhecimento pro MAN
US$169 milhões para isso?

E não esqueça que já temos o MM-39, porque precisaríamos do Harpoon só para aprender sobre alguns parâmetros? Aliás, se a história é conhecer mísseis realmente modernos tanto o Exocet quanto o Harpoon na verdade vão deixar a desejar :wink: .


Leandro G. Card

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 10:56 am
por Penguin
LeandroGCard escreveu:
Penguin escreveu:Desenvolver doutrina, aprender a utilizar esse tipo de arma, aproveitar o potencial dos P-3.
Deixá-los banguela depois de tantos investimentos não só nos próprios Orion, mas em instalações na BASV e em pessoal seria o melhor caminho? Ainda faltam os torpedos.
Afinal, para que se adquiriu os P-3BR? Se fosse apenas para SAR, foi um grande desperdício.
Sem um inimigo que possamos sequer apontar, 169 milhões de dólares só para desenvolver doutrina é na minha opinião um enorme desperdício. Com este valor muito provavelmente poderíamos desenvolver os torpedos que também estão fazendo enorme falta tanto para a FAB quanto para a MB.

O P-3 é principalmente uma plataforma de reconhecimento e esclarecimento, não de ataque. Ah, mas ele pode atacar também se for equipado para isso? Sim claro, mas porque gastar tantos milhões para dar a ele a capacidade de fazer isso se existem outras plataformas até mais capazes disponíveis? Os torpedos já são outro assunto, caças e aviões de ataque não são adequados para lança-los, e aí só sobram mesmo os P-3 ou outras plataformas semelhantes para isso.

Acho que é uma plataforma de reconhecimento e esclarecimento e ataque. Pode atacar submarinos com torpedos e cargas de profundidade, navios com mísseis adequados e lançar minas. Estão integrados a ele, além do Harpoon e de bombas diversas, o Maverick, o Standoff Land Attack Missile (SLAM-ER).
O que acho muito arriscado é entrar ao alcance do SAMs de um navio com um avião desses para lançar algum míssil. Mas caso o míssil anti-navio exceda em muito o alcance dos SAMs (caso da versão do Harpoon L), o navio é que estará em uma situação complicada.


É bastante comum que aeronaves de patrulha marítima tenham a opção de utilizar mísseis anti-navio.
Imagem

O P-3 pode ir a lugares que estão simplesmente fora do alcance de qualquer caça.
De qq forma, acho que se deve integrar tb mísseis anti-navio em algum caça, tanto da FAB e obrigatoriamente ao A-4BR

No mais, qual o status real no MAN-1? Falta recursos? Quem financia, o MD ou a MB? Qual o cronograma desse projeto? Será que a integração de outro míssil seria viável? Mais econômica? Tenho a impressão que tudo isso e muito mais foi analisado.
O Marino pode dar maiores informações sobre isso. Mas pelo que ele já colocou, a integração no A-4 já está garantida, e seria um absurdo total se a FAB não garantisse a integração pelo menos nos novos Gripen. Então este custo já vai existir de qualquer jeito, a compra de outro míssil não vai economizar nem um centavo neste aspecto. E eu gostaria de vê-los também nos A1-M.

Mas uma coisa é certa: Existem 99,999999999999% de probabilidade do MAN-1 ficar pronto e estar operacional em todas as versões possíveis e imagináveis antes do Brasil precisar lançar um míssil desta categoria contra algum inimigo real :wink: . Vale mesmo à pena gastar toda esta grana para cobrir as possibilidades em contrário?

Isso se encaixa em tudo com o Brasil. Afinal, não temos ameaças imediatas...
Se formos raciocinar assim, deveríamos parar de importar armas e desenvolvê-las todas aqui. Algum dia elas ficarão prontas. :roll:
E torcer que alguém nos ajude se essa cenário mudar.
Acho que essa compra é apenas para eliminar um gap operacional que alguém considera relevante. Se havia outras opções no mrecado e até esperar uma versão aero-lançada do MAN ficar pronto, creio que tudo foi considerado.
Quanto ao custo, inicialmente me parece elevado, mas deve-se saber exatamente o que compõe o contrato. Isso só será divulgado quando assinado e se for assinado.

Qual seria a consequência se aplicássemos 1,9 bilhões de euros no desenvolvimento de programas nacionais estratégicos na área de defesa? Tenho a forte impressão que os benefícios seriam muito mais relevantes do que ter helicópteros não demandados montados em uma multinacional. Há muitos outros exemplos nos quais foram priorizados outros interesses diferentes do desenvolvimento tecnológico nacional.

Apenas com o valor da aquisição desses helicópteros (sem contar os contratos adicionais), seria possível pagar o salário de mais de 1.000 engenheiros, cada um ganhando R$20.000 líquidos por mês durante 10 anos.

R$240.000 + encargos 100% => R$480.000 custo anual por engenheiro x 10 = R$4.800.000 por engenheiro por 10 anos
R$ 4.800.000 x 1.000 = R$ 4.800.000.000 ou 1,5 bilhões de euros
Sobrariam 400 milhões de euros para aumentos por produtividade :mrgreen:

O centro de "engenharia" da Helibrás/Eurocopter passou de 7 engenheiros para 72 com o projeto EC725.

[]s
Nesta questão da compra dos EC725, e mesmo da própria existência da Helibrás, concordo totalmente contigo. E na verdade vou além, existem inúmeros outros setores de nossa economia (sendo o mais notório o automobilístico) que foram totalmente tomados por empresas estrangeiras sem nenhum compromisso com o Brasil, e que agora utilizam seu poder econômico e influências políticas não apenas para impedir qualquer desenvolvimento genuinamente nacional nestes setores como também para manter a sociedade como verdadeira refém, exigindo do governo condições que lhes permitem explorar os brasileiros descaradamente como não ocorre em nenhum outro lugar do planeta, sob pena de fechar fábricas e eliminar postos de trabalho, deixar de pagar impostos, etc... . E não existe sequer forma jurídica estabelecida para diferenciar estas empresas estrangeiras das genuinamente nacionais (Thanks to FHC), o que nos causa enormes prejuízos.

Mas esta é uma outra discussão, e um erro não conserta o outro. Porque somos reféns sem esperança nos mercados civis isso não significa que devemos entregar da mesma forma o mercado militar se pudermos evitar. Muito pelo contrário, esta é provavelmente nossa última linha de defesa.


Leandro G. Card
[]s

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qui Mai 08, 2014 11:04 am
por Marino
Uma questão aos companheiros da FAB.
O FITS foi adquirido na Espanha por sua alegada (espanhola) integração com o Harpoon BL 1. Isto foi questionado em alguns fóruns, pois nunca foi noticiado um P3 espanhol lançando o míssil.
Agora compramos o BL 2.
E a integração ao FITS, como fica? Quem fará? Quem paga (esta resposta é óbvia)?