Paraguai
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
É esquisita a organização do exército do Paraguai: se divide em três corpos de exército com seis divisões de infantaria e três divisões de cavalaria. Isso deve dar um montão de generais e oficiais de patentes menores.
E o efetivo total é de uns 9.000 soldados, deve ter mais cacique do que índio essa tribo...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Um monte de general desocupado só pode dar encrencaTúlio escreveu:É esquisita a organização do exército do Paraguai: se divide em três corpos de exército com seis divisões de infantaria e três divisões de cavalaria. Isso deve dar um montão de generais e oficiais de patentes menores.
E o efetivo total é de uns 9.000 soldados, deve ter mais cacique do que índio essa tribo...
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- Túlio
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Tá, mas imagines a composição de uma DIVISÃO de infantaria deles: uns 8 Btls, cada Btl deve ser do tamanho de uma Cia e ser comandado por um Ten Cel ou Cel, com EM completo e aí já vai mais um punhado de Oficiais, capitães e majores; cada Cia deve ser pouco menor que um Pel e ser comandada por um ou mais oficiais (Tens 1/2 ou mesmo Cap); o Pel deve ser menor que um GC e ter ao menos um Sgt e um Cb (possivelmente um ten). E o GC?
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
"Estos son una manga de cretinos, en la inmensa mayoría. ¡Por favor, se oponían a Venezuela! Se oponían y querían un soborno. Es vergonzoso y esa fue la denuncia que hizo la presidenta de Brasil, que decía que con unos millones se arreglaban. El hecho de que tengan esa actitud es un problema para el país, hay que fusilarlos. Por favor. Es una deshonestidad", afirmó el dirigente Julio Marenales al diario El País.
Marenales se refirió así sobre los parlamentarios paraguayos quienes se oponían al ingreso de Venezuela al Mercosur, y que supuestamente pidieron un soborno para aprobar en el Senado el ingreso de ese país al bloque.
El dirigente, que fue compañero de armas del presidente uruguayo Mujica en el movimiento guerrillero Tupamaros, se mostró plenamente de acuerdo con el ingreso de Venezuela al Mercosur.
"¿Cómo se hacía si no era así para ingresarlo, porque Paraguay no iba a votar jamás. Algo había que hacer, capaz que lo que había que hacer era echar a Paraguay. Capaz que sí y no por el pueblo paraguayo, echar a Paraguay porque era el único que se oponía, porque además se oponía de esta manera por estos cretinos", disparó Marenales.
http://www.ultimahora.com/notas/545101- ... araguayos-
Marenales se refirió así sobre los parlamentarios paraguayos quienes se oponían al ingreso de Venezuela al Mercosur, y que supuestamente pidieron un soborno para aprobar en el Senado el ingreso de ese país al bloque.
El dirigente, que fue compañero de armas del presidente uruguayo Mujica en el movimiento guerrillero Tupamaros, se mostró plenamente de acuerdo con el ingreso de Venezuela al Mercosur.
"¿Cómo se hacía si no era así para ingresarlo, porque Paraguay no iba a votar jamás. Algo había que hacer, capaz que lo que había que hacer era echar a Paraguay. Capaz que sí y no por el pueblo paraguayo, echar a Paraguay porque era el único que se oponía, porque además se oponía de esta manera por estos cretinos", disparó Marenales.
http://www.ultimahora.com/notas/545101- ... araguayos-
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Túlio escreveu:É esquisita a organização do exército do Paraguai: se divide em três corpos de exército com seis divisões de infantaria e três divisões de cavalaria. Isso deve dar um montão de generais e oficiais de patentes menores.
E o efetivo total é de uns 9.000 soldados, deve ter mais cacique do que índio essa tribo...
Não sei como funciona no Paraguai, mas na Bolívia as promoções para General não possui nenhuma seleção por mérito , a turma inteira é promovida por antiguidade quando chega a sua hora,ou seja, todo ano uma turma inteira é promovida a general, independentemente de vaga ou mérito.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O ARP C1 Paraguai foi remotorizado e ainda se encontra em uso, já o ARP C2 Humaitá virou museu.delmar escreveu:Ao redor de 1930 o Paraguai mandou construir na Itália dois patrulheiros fluviais fortemente armados e blindados. Cada um contava com 4 canhões de 119mm, mais 3 canhões antiaéreos de 76mm e metralhadoras. Além da tripulação cada barco podia transportar, em condições precárias é claro, mais de mil outros soldados armados. As duas canhoneira receberam os nomes de Humaitá e Paraguai. O comentário é que tratavam-se dos mais poderosos navios fluviais em operação no mundo.Clermont escreveu:A Marinha paraguaia pode ser insignificante em termos de belonaves, mas tem tradições de combate honrosas. A vitória brasileira em Riachuelo não teria tido significado se não tivesse sido conquistada contra um inimigo ousado, habilidoso e que não hesitava um instante em sacrificar a própria vida pela sua pátria.
Quando eclodiu a guerra do Chaco, do Paraguai contra a Bolivia, os paraguaios dominaram completamente a navegação no rio Paraguai. Os dois barcos juntos transportaram mais de 100.000 soldados, além de armas, equipamentos e provisões. Como tinham forte artilharia antiaérea conseguiram repelir todos os ataques dos aviões bolivianos Credita-se a presença deste barcos uma grande parte da vitória paraguaia no conflito.
O C2 Humaitá em 1930
Abraços,
Paulo Bastos
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
União Europeia interrompe negociações com Paraguai e Mercosul devido à destituição de Lugo
Por Agência Brasil, Agência Brasil, Atualizado: 19/07/2012 07:54
Brasília - A destituição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em junho, levou a União Europeia a interromper as negociações em curso não só com os paraguaios, como também com os demais países do Mercosul. A decisão foi anunciada ontem (18) pela missão de deputados do Parlamento Europeu, que visitou nos últimos dias Assunção, a capital paraguaia. Porém, serão mantidos os programas de apoio e cooperação já existentes com o país.
O líder da missão, o deputado espanhol Luis Yántilde;ez-Barnuevo, disse que as negociações serão retomadas após as eleições presidenciais do Paraguai, em 21 de abril de 2013. Segundo ele, a decisão foi tomada depois de conversas com vários setores da sociedade paraguaia e também análises de relatórios referentes ao impeachment de Lugo, em 22 de junho
'As próximas eleições serão realizadas no âmbito de uma paz social com respeito aos direitos humanos e transparência no Paraguai', ressaltou o parlamentar europeu. '[É necessário] incentivar o diálogo e manter a paz social até as eleições gerais.'
Lugo foi destituído do poder após a conclusão de um processo de impeachment, que levou menos de 24 horas, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ele foi substituído pelo vice-presidente da República, Federico Franco, no entanto, diz que foi vítima de um golpe de Estado. Lugo anunciou que será candidato ao Senado - que dispõe de 45 vagas.
A destituição de Lugo levou o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) a suspender o Paraguai de reuniões e debates até as eleições de 2013. Para os líderes internacionais, houve uma ruptura democrática no país.
Em entrevistas coletivas concedidas durante a visita a Assunção, os parlamentares europeus se disseram preocupados com os danos à imagem internacional do Paraguai pela suspeita de ruptura da ordem institucional e social.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252550437
Por Agência Brasil, Agência Brasil, Atualizado: 19/07/2012 07:54
Brasília - A destituição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em junho, levou a União Europeia a interromper as negociações em curso não só com os paraguaios, como também com os demais países do Mercosul. A decisão foi anunciada ontem (18) pela missão de deputados do Parlamento Europeu, que visitou nos últimos dias Assunção, a capital paraguaia. Porém, serão mantidos os programas de apoio e cooperação já existentes com o país.
O líder da missão, o deputado espanhol Luis Yántilde;ez-Barnuevo, disse que as negociações serão retomadas após as eleições presidenciais do Paraguai, em 21 de abril de 2013. Segundo ele, a decisão foi tomada depois de conversas com vários setores da sociedade paraguaia e também análises de relatórios referentes ao impeachment de Lugo, em 22 de junho
'As próximas eleições serão realizadas no âmbito de uma paz social com respeito aos direitos humanos e transparência no Paraguai', ressaltou o parlamentar europeu. '[É necessário] incentivar o diálogo e manter a paz social até as eleições gerais.'
Lugo foi destituído do poder após a conclusão de um processo de impeachment, que levou menos de 24 horas, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ele foi substituído pelo vice-presidente da República, Federico Franco, no entanto, diz que foi vítima de um golpe de Estado. Lugo anunciou que será candidato ao Senado - que dispõe de 45 vagas.
A destituição de Lugo levou o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) a suspender o Paraguai de reuniões e debates até as eleições de 2013. Para os líderes internacionais, houve uma ruptura democrática no país.
Em entrevistas coletivas concedidas durante a visita a Assunção, os parlamentares europeus se disseram preocupados com os danos à imagem internacional do Paraguai pela suspeita de ruptura da ordem institucional e social.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252550437
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Parte da barbeiragem diplomática do itamaraty. Se bem que as negociações com a UE estavam paradas e tendiam a continuar no limbo.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
a UE ta nessas "negociações" desde que entrei nesse forum.
Ultimamente ultima coisa que eles querem é abrir mercados.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
O novo sócio.
Miriam Leitão, O Globo - 18.07.12.
A Venezuela, que está entrando no Mercosul, exibe a lamentável situação política descrita no relatório do Human Rights Watch. Na economia, o PIB cresce este ano puxado, principalmente, pelo aumento do gasto público. A construção de casas populares está sendo turbinada por razões eleitorais. O país exporta petróleo, por isso, os grandes beneficiários da integração podem ser Brasil e Argentina, mas até quando?
Dado que a Venezuela não cumpre o requerimento político básico para entrar no bloco, a grande pergunta é: na economia será um bom negócio? Num primeiro momento, pode ser bom para Brasil e Argentina, na opinião do economista Pedro Palma, da consultoria Ecoanalítica e professor do Instituto de Estudos Superiores de Administração (IESA) de Caracas.
Ele baseia sua tese no argumento de que a Venezuela tem importado cada vez mais para suprir a redução da capacidade produtiva provocada por uma política econômica hostil às empresas. Com o dólar artificialmente baixo, o país consegue reduzir o preço das importações; com um forte controle de preços, tem atingido diretamente a capacidade de produção interna.
A Venezuela vive há muitos anos com inflação anual entre 25% e 30%, a maior da América Latina. Segundo o último dado divulgado, agora está em 21,3% e deve terminar o ano entre 22% e 23%, de acordo com as previsões. O controle de preços é para evitar piora desse problema.
— Podemos exportar muito pouco além do petróleo, devido ao ataque persistente do governo à atividade produtiva privada, que destruiu boa parte da estrutura de produção interna e desestimulou investimentos. As expropriações e estatizações fizeram com que a produção em diversas áreas se tornasse pouco eficiente. Isso é verdade na agricultura, agroindústria, atividade manufatureira básica, como cimento e aço. Isso restringiu a capacidade de geração de oferta interna. Paralelamente a isso, o governo aumentou muito o gasto público — diz Palma.
Os dados mostram essa disparada: no primeiro semestre, a elevação foi de 24% em termos reais, descontada a inflação, na comparação com igual período do ano passado.
Em 2012, o país está crescendo forte. Segundo a previsão do FMI, o PIB deve ter alta de 4,7% este ano — bem acima, por exemplo, da projeção feita para o Brasil (2,5%). No primeiro semestre, a expansão foi de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O PIB da construção civil cresceu quase 30%. As importações aumentaram 48% em valor e 38% em volume para atender à demanda criada pelo governo para construir um ambiente favorável nas eleições. E está conseguindo. Hugo Chávez, que tenta o terceiro mandato, continua em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais, bem à frente do candidato da oposição, Henrique Capriles.
O quadro político é resultado daquele lento desmonte do arcabouço institucional descrito no relatório “Apertando o cerco: concentração e abuso de poder na Venezuela de Chávez”, da Human Rights Watch.
Na economia, a receita tem sido aumentar os gastos públicos, atender a demandas sociais que, de fato, existem, mas que são atendidas como favores paternalistas, e não como direito e, assim, criar o ambiente favorável.
A conta certamente virá em aumento da inflação. Se a desaceleração mundial derrubar o preço do petróleo, o país tem queda do crescimento. Esse tem sido o padrão recente e o ponto de preocupação dos analistas. Pedro Palma comenta que os últimos anos terminados em 3 foram de profunda crise na Venezuela. Ele teme que 2013 seja assim também.
— O ano pode ser muito adverso, devido à queda do preço do petróleo e aos profundos desequilíbrios presentes na economia. Uma piora da crise europeia e a desaceleração nas economias dos EUA e da China podem traduzir-se em severas limitações às possibilidades de exportar dos países emergentes, no aprofundamento da queda dos preços das commodities e em restrição e encarecimento do financiamento internacional — afirma.
Apesar de a Venezuela estar com gordos números de crescimento a apresentar num ano difícil, já houve o oposto. Anos em que a América Latina inteira cresceu, menos a Venezuela. O país tem tido um crescimento errático, uma política econômica intervencionista, uma tolerância com níveis de inflação muito altos. Para manter sua popularidade, Chávez aumenta gastos públicos usando as receitas do petróleo e até o caixa da PDVSA, uma empresa que tem tido dificuldades de manter o investimento.
A Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi imaginada para ser um investimento conjunto, mas a parte da Venezuela foi sendo sucessivamente adiada. Porém, como ela foi projetada para refinar o petróleo daquele país, que é mais pesado, não se pode mais voltar atrás. O Brasil terá que processar lá o produto a ser importado da Venezuela.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram como está o intercâmbio entre Brasil e Venezuela: em 2011, a corrente de comércio atingiu US$ 5,9 bilhões, o que representou um aumento de 25% sobre 2010. Entre janeiro e junho deste ano, já chegou a quase US$ 3 bi.
Na lista dos principais produtos exportados pelo Brasil, há bovinos vivos, carne congelada, aquecedores, peças para veículos. Para a Venezuela, exportamos mais produtos manufaturados, o que não é a regra. Pelo menos, isso.
Miriam Leitão, O Globo - 18.07.12.
A Venezuela, que está entrando no Mercosul, exibe a lamentável situação política descrita no relatório do Human Rights Watch. Na economia, o PIB cresce este ano puxado, principalmente, pelo aumento do gasto público. A construção de casas populares está sendo turbinada por razões eleitorais. O país exporta petróleo, por isso, os grandes beneficiários da integração podem ser Brasil e Argentina, mas até quando?
Dado que a Venezuela não cumpre o requerimento político básico para entrar no bloco, a grande pergunta é: na economia será um bom negócio? Num primeiro momento, pode ser bom para Brasil e Argentina, na opinião do economista Pedro Palma, da consultoria Ecoanalítica e professor do Instituto de Estudos Superiores de Administração (IESA) de Caracas.
Ele baseia sua tese no argumento de que a Venezuela tem importado cada vez mais para suprir a redução da capacidade produtiva provocada por uma política econômica hostil às empresas. Com o dólar artificialmente baixo, o país consegue reduzir o preço das importações; com um forte controle de preços, tem atingido diretamente a capacidade de produção interna.
A Venezuela vive há muitos anos com inflação anual entre 25% e 30%, a maior da América Latina. Segundo o último dado divulgado, agora está em 21,3% e deve terminar o ano entre 22% e 23%, de acordo com as previsões. O controle de preços é para evitar piora desse problema.
— Podemos exportar muito pouco além do petróleo, devido ao ataque persistente do governo à atividade produtiva privada, que destruiu boa parte da estrutura de produção interna e desestimulou investimentos. As expropriações e estatizações fizeram com que a produção em diversas áreas se tornasse pouco eficiente. Isso é verdade na agricultura, agroindústria, atividade manufatureira básica, como cimento e aço. Isso restringiu a capacidade de geração de oferta interna. Paralelamente a isso, o governo aumentou muito o gasto público — diz Palma.
Os dados mostram essa disparada: no primeiro semestre, a elevação foi de 24% em termos reais, descontada a inflação, na comparação com igual período do ano passado.
Em 2012, o país está crescendo forte. Segundo a previsão do FMI, o PIB deve ter alta de 4,7% este ano — bem acima, por exemplo, da projeção feita para o Brasil (2,5%). No primeiro semestre, a expansão foi de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O PIB da construção civil cresceu quase 30%. As importações aumentaram 48% em valor e 38% em volume para atender à demanda criada pelo governo para construir um ambiente favorável nas eleições. E está conseguindo. Hugo Chávez, que tenta o terceiro mandato, continua em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais, bem à frente do candidato da oposição, Henrique Capriles.
O quadro político é resultado daquele lento desmonte do arcabouço institucional descrito no relatório “Apertando o cerco: concentração e abuso de poder na Venezuela de Chávez”, da Human Rights Watch.
Na economia, a receita tem sido aumentar os gastos públicos, atender a demandas sociais que, de fato, existem, mas que são atendidas como favores paternalistas, e não como direito e, assim, criar o ambiente favorável.
A conta certamente virá em aumento da inflação. Se a desaceleração mundial derrubar o preço do petróleo, o país tem queda do crescimento. Esse tem sido o padrão recente e o ponto de preocupação dos analistas. Pedro Palma comenta que os últimos anos terminados em 3 foram de profunda crise na Venezuela. Ele teme que 2013 seja assim também.
— O ano pode ser muito adverso, devido à queda do preço do petróleo e aos profundos desequilíbrios presentes na economia. Uma piora da crise europeia e a desaceleração nas economias dos EUA e da China podem traduzir-se em severas limitações às possibilidades de exportar dos países emergentes, no aprofundamento da queda dos preços das commodities e em restrição e encarecimento do financiamento internacional — afirma.
Apesar de a Venezuela estar com gordos números de crescimento a apresentar num ano difícil, já houve o oposto. Anos em que a América Latina inteira cresceu, menos a Venezuela. O país tem tido um crescimento errático, uma política econômica intervencionista, uma tolerância com níveis de inflação muito altos. Para manter sua popularidade, Chávez aumenta gastos públicos usando as receitas do petróleo e até o caixa da PDVSA, uma empresa que tem tido dificuldades de manter o investimento.
A Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi imaginada para ser um investimento conjunto, mas a parte da Venezuela foi sendo sucessivamente adiada. Porém, como ela foi projetada para refinar o petróleo daquele país, que é mais pesado, não se pode mais voltar atrás. O Brasil terá que processar lá o produto a ser importado da Venezuela.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram como está o intercâmbio entre Brasil e Venezuela: em 2011, a corrente de comércio atingiu US$ 5,9 bilhões, o que representou um aumento de 25% sobre 2010. Entre janeiro e junho deste ano, já chegou a quase US$ 3 bi.
Na lista dos principais produtos exportados pelo Brasil, há bovinos vivos, carne congelada, aquecedores, peças para veículos. Para a Venezuela, exportamos mais produtos manufaturados, o que não é a regra. Pelo menos, isso.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Pelo menos essa crise ajudou a movimentar:
-negociação mercosul com a china;
-negociação de base americana no paraguai;
-negociação UE com mercosul .
E na próxima eleição do Paraguai tudo voltará a ser como era.
-negociação mercosul com a china;
-negociação de base americana no paraguai;
-negociação UE com mercosul .
E na próxima eleição do Paraguai tudo voltará a ser como era.
- marcelo l.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
http://www.ultimahora.com/notas/546348- ... a-Paraguay
conversación con ULTIMAHORA.COM el presidente de la Cámara Paraguaya de Gas, Pedro Ballota, afirma que recibió la confirmación que el país vecino levantó la medida restrictiva anunciada en la mañana.
"No habrá faltante de gas con esta nueva noticia. Las medidas de restricción fueron levantadas y los permisos siguen activos", refirió éste referente del sector.
Cabe recordar, que la entidad había denunciado esta mañana la interrupción del envío de gas en camión desde Argentina, con la explicación de que el país vecino pretendía así evitar la escasez del gas allí.
conversación con ULTIMAHORA.COM el presidente de la Cámara Paraguaya de Gas, Pedro Ballota, afirma que recibió la confirmación que el país vecino levantó la medida restrictiva anunciada en la mañana.
"No habrá faltante de gas con esta nueva noticia. Las medidas de restricción fueron levantadas y los permisos siguen activos", refirió éste referente del sector.
Cabe recordar, que la entidad había denunciado esta mañana la interrupción del envío de gas en camión desde Argentina, con la explicación de que el país vecino pretendía así evitar la escasez del gas allí.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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- delmar
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
-negociação Mercosul com a China: - Não vai dar em nada pelas divergências entre Brasil, Argentina e Uruguai.mmatuso escreveu:Pelo menos essa crise ajudou a movimentar:
-negociação mercosul com a china;
-negociação de base americana no paraguai;
-negociação UE com mercosul .
E na próxima eleição do Paraguai tudo voltará a ser como era.
-negociação de base americana no Paraguai: - É só um blefe paraguaio, não vai dar em nada também.
-negociação entre UE e Mercosul: - Está onde sempre esteve e vai continuar ali por muito tempo.
...e os mochileiros continuam indo ao Paraguai para buscar quinquilharias, os traficantes para buscar maconha, os assaltantes para levarem automóveis, os comerciantes para buscarem cigarros tipo Colombo (cada tragada é um tombo). Ou seja, continua tudo dentro dos costumes de sempre.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- mmatuso
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explora
Sim, por isso que coloquei o ícone de risada.delmar escreveu:-negociação Mercosul com a China: - Não vai dar em nada pelas divergências entre Brasil, Argentina e Uruguai.mmatuso escreveu:Pelo menos essa crise ajudou a movimentar:
-negociação mercosul com a china;
-negociação de base americana no paraguai;
-negociação UE com mercosul .
E na próxima eleição do Paraguai tudo voltará a ser como era.
-negociação de base americana no Paraguai: - É só um blefe paraguaio, não vai dar em nada também.
-negociação entre UE e Mercosul: - Está onde sempre esteve e vai continuar ali por muito tempo.
...e os mochileiros continuam indo ao Paraguai para buscar quinquilharias, os traficantes para buscar maconha, os assaltantes para levarem automóveis, os comerciantes para buscarem cigarros tipo Colombo (cada tragada é um tombo). Ou seja, continua tudo dentro dos costumes de sempre.
Foi um "blefe" generalizado tudo isso "acontecer" ao mesmo tempo, mas com a eleição paraguai as duas partes (mercosul e paraguai) vão "sossegar o facho" e parar de querem um assustar outro.
Na prática a única mudança é a venezuela entrando para o mercosul.