Missilhouse do Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Mssilhouse do Brasil

#2701 Mensagem por knigh7 » Qui Ago 04, 2016 11:39 pm


MECTRON - ELBIT Systems negocia com Odebrecht compra de ativos
Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
Com informes da Bloomberg

A empresa de tecnologia e defesa israelense ELBIT Systems, fabricante de drones e sistemas eletrônicos, está em negociações com a Odebrecht Defesa e Tecnologia. A informação da Agência Bloomberg, divulgada no fim de semana, foi confirmada por DefesaNet, nesta segunda-feira (25JUL2016).

As negociações envolvem a empresa MECTRON e os valores giram em torno de US$ 50 milhões, segundo a Bloomberg.. Os ativos em negociação fazem parte da MECTRON, unidade da Odebrecht Defesa e Tecnologia que desenvolve e fabrica produtos e sistemas de alta tecnologia para defesa, tais como: mísseis ar-ar, terra-terra, sistemas eletrônicos de vigilância para atividades de segurança e aviônicos. Também está em desenvolvimento torpedo para a Marinha do Brasil.

Os campos de atividades da MECTRON na atualidade, com alguns projetos são:

Missile House – A-Darter, MAA-1 e MAA-1B, Antirradiação (MAR), Antinavio Superfície (MANSUP), Solo-solo (MSS-1);
Aeroespacial – Radar SCP1 (modernização do A-1);
Comunicação – Link BR2, RDS, e,
Sistemas de Defesa– Atuação como uma Softerhouse, vários projetos para o PROSUB e incluindo o submarino com propulsão nuclear.


Para estes vários projetos há inúmeros parceiros tecnológicos estrangeiros, já ativos ou em prospecção, entre outros: DENEL (África do Sul), Harris (EUA), MBDA (Europa), Rafael (Israel), SELEX (Itália), ATLAS Eletronik (Alemanha), THALES (França), MOTOROLA (EUA) e Rosoboronexport (Rússia).

A Odebrecht Defesa e Tecnologia iniciou negociações com várias empresas de defesa internacionais com o objetivo de uma parceira tecnológica para a MECTRON. Porém as negociações não evoluíram em especial pelas condições de restrições orçamentárias que tornaram a área de defesa do Brasil desinteressante para as grandes empresas

Em artigo Exclusivo DefesaNet, ODT - A NOVA MECTRON (Link), publicado em Outubro 2015, é detalhada a busca de um caminho que a administração da Odebrecht buscava naquela oportunidade, naquela oportunidade a busca de um parceiro tecnológico.

Porém, a contínua restrição orçamentária e a perspectiva de o encolhimento do mercado de defesa brasileiro levar vários anos a Odebrecht buscou de uma nova alternativa.

A Odebrecht visa manter a sua presença na área do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Tanto as atividades de construção do submarino, como a da Base Naval de Itaguaí (RJ). Está em etapas variadas de construção o primeiro e segundo submarino baseados na Classe Scorpène, da empresa francesa DCNS. Dentro do PROSUB é planejada e contratada a construção de 4 submarinos com propulsão convencional diesel-elétrica e um com propulsão nuclear.

Porém, não está claro quais atividades dos quatro principais campos de atuação da empresa MECTRON serão adquiridos pela ELBIT. Nem se está será controlada diretamente pela ELBIT Systems ou sua subsidiária AEL Sistemas, localizada em Porto Alegre (RS).

De interesse para a ELBIT são os sistemas relacionados ao caça Gripen NG, atualmente em desenvolvimento pela empresa sueca SAAB para a Força Aérea Brasileira. Também o importante sistema LINK-BR2 atualmente em desenvolvimento e que deverá ser integrado a todas as aeronaves da FAB.

Há dúvidas se a ELBIT queira incorporar os programas de mísseis da área de Missile House.

Ao contrário do anunciado na nota da Bloomberg as maiores dificuldades com as empresas estrangeiras, não foi a situação do Grupo Odebrecht frente aos processos judiciais no Brasil, mas sim ao brusco encolhimento da Base de Defesa Brasileira

A ELBIT, que no ano passado obteve cerca de 11 por cento de suas receitas na América Latina. No Brasil tem fornecido sensores para o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), e a sua filial a AEL desenvolve o aviônico Painel de Grandes Dimensões para o futuro caça Gripen NG.

Recentemente a ELBIT Systems anunciou contrato de sistemas de segurança "Safe District" com o Uruguai por um valor de U$ 19 milhões.

Não há informes sobre o cronograma de negociações entre a Odebrecht Defesa e Tecnologia e a ELBIT Systems, nem o prazo para a sua conclusão.
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... de-ativos/




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2702 Mensagem por toncat » Qua Ago 31, 2016 8:16 pm

O Caso da Extinção da MECTRON - Parte 4
Olá leitor!

Trago agora para vocês mais um capítulo do caso MECTRON. Segundo a minha fonte o mesmo esteve dias atrás com alguns de seus informantes que lhe passaram o seguinte:

1 - Existe um enorme passivo trabalhista que a Odebrecht não quer pagar. Como a MECTRON não foi vendida e sim seus projetos, a demissão dos funcionários cabe à própria Odebrecht. Só que isto custa muito caro, já que existem funcionários que receberiam quase 1 milhão de rescisão. A empresa propôs pagar em 36 meses, porém isso é ilegal e o sindicato da categoria não aceitou. Está um grande impasse.

2 - Cogitou-se até da AEL abrir uma subsidiaria em SJC, mas essa ideia não foi à frente e não se sabe o porquê disto.

3 - A ida dos projetos da MECTRON para a AVIBRAS ainda não se concretizou e há ainda uma grande interrogação se irá realmente acontecer. Há opiniões a favor e contra dentro da AVIBRAS aliado ao fato de uma empresa de consultoria ter desaconselhado a aquisição. A queda do presidente pode não ter diretamente a ver com isso (talvez tenha sido a gota dàgua). O pior cenário é que os projetos simplesmente desapareçam...

4 - E o mais importante é que certamente tem dedo do inimigo nisso. A Odebrecht tem muitos negócios nos EUA e foi gentilmente aconselhada a se livrar da MECTRON para continuar com negócios por lá. Segundo a minha fonte, ele estava achando estranho que quisessem acabar com o projeto mais avançado já desenvolvido no Brasil, o MAR. Agora faz todo o sentido.

Minha fonte finaliza dizendo que na opinião dele a Odebrecht é uma empresa predadora para o país, e como tal tinha de ser extinta e seus executivos todos presos, coisa que concordamos em grande parte e somos até ainda mais radicais quanto aos seus executivos e todos os vermes envolvidos neste episódio. Afinal leitor, como traidores da pátria, todos eles deveriam ser fuzilados em praça publica para assim dar o exemplo, e seus familiares diretos expulsos do país com a perda da cidadania e também dos bens, para assim amenizar os prejuízos causados a Sociedade Brasileira e ao país.

Duda Falcão

http://brazilianspace.blogspot.com.br/2 ... rte-4.html
Sobre a venda do "negócio de sistemas de comunicação" da Mectron.

DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO

Pela presente Operação a Mectron pretende vender à AEL todos os ativos relacionados ao seu negócio de sistemas de comunicação.

Ressalta-se que os demais produtos e sistemas fornecidos pela MECTRON não estão envolvidos na Operação.

A Operação está sendo notificada apenas no Brasil e a cessão dos contratos celebrados com a Força Aérea Brasileira e com o Exército Brasileiro deve ser previamente autorizada pelas referidas unidades, conforme informam as Requerentes.

Ver link abaixo:
http://sei.cade.gov.br/sei/instituciona ... VZVOw0748w,,
A Mectron não tem nada desenvolvido nessa área de "sistemas de comunicação".




Editado pela última vez por toncat em Qui Set 01, 2016 12:13 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2703 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 01, 2016 10:28 am

Cada vez que aparece uma noticia sobre este assunto, as coisas ficam cada vez mais nebulosas.

abs.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2704 Mensagem por toncat » Qua Set 07, 2016 6:48 pm

Olhando a Lista das empresas expositoras da 4ª Mostra BID Brasil, que acontece no fim do mês.

Só uma pergunta, Cadê a Mectron/Odebrecht ????


http://www.mostrabidbrasil.com.br/empresas-expositoras/

Não tem mais uma teta pra sugar a Odebrecht jogou a Mectron no lixão. Empresa mais parasita do Pais.

Oque aconteceu com a Mectron ?




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2705 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 08, 2016 11:08 am

Repartida e vendida para os interessados que pagarem melhor.

abs.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2706 Mensagem por knigh7 » Ter Set 13, 2016 1:15 am

3]
henriquejr escreveu:
Sobre o A-Darter, lembro que, algumas meses atrás, postaram um extrato de uma liberação de verba para a fase de industrialização do mesmo. A coisa deve está em andamento. Só nos resta aguardar.
Essa informação é importante. Henrique, fazendo o favor, poderia colocar o link da notícia para que possamos nos inteirar melhor?




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2707 Mensagem por henriquejr » Ter Set 13, 2016 4:23 pm

knigh7 escreveu:3]
henriquejr escreveu:
Sobre o A-Darter, lembro que, algumas meses atrás, postaram um extrato de uma liberação de verba para a fase de industrialização do mesmo. A coisa deve está em andamento. Só nos resta aguardar.
Essa informação é importante. Henrique, fazendo o favor, poderia colocar o link da notícia para que possamos nos inteirar melhor?
Acho que foi o Bolovo quem postou. Não lembro se foi neste tópico ou no FAB News. Infelizmente agora estou sem tempo para procurar nas páginas anteriores, mas assim que chegar em casa dou uma olhada.




.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2708 Mensagem por toncat » Sex Out 21, 2016 7:10 pm

Defesanet publicou uma matéria sobre a Ezute na Euronaval, e publicou uma foto do MAN-SUP. A novidade é que até hoje sempre que apresentavam o ManSup o logo da Mectron é que aparecia.

Olhando essa foto o logotipo da MEctron sumiu e apareceu o da Avibras. Então aconteceu oque já se falava, Avibras ficou com os projetos. A Mectron já não tinha participado da Mostra BID, só esta faltando um anuncio oficial.

Imagem

http://www.defesanet.com.br/euronaval/n ... Euronaval/




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2709 Mensagem por Tikuna » Sáb Out 22, 2016 2:11 am

De certa forma foi bom pra dar uma resgatada na Avibrás

A empresa que vende milhões mundo afora e todo ano está em crise e não paga funcionários.




"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2710 Mensagem por Penguin » Sáb Out 22, 2016 9:55 am

Tikuna escreveu:De certa forma foi bom pra dar uma resgatada na Avibrás

A empresa que vende milhões mundo afora e todo ano está em crise e não paga funcionários.
Os tempos bicudos para a Avibrás parece que ficaram para trás.
Neste ano, ela faturará aprox. R$ 1,3 bilhão e menos de R$100 milhões virão das FAs brasileiras.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2711 Mensagem por LeandroGCard » Dom Out 23, 2016 4:37 pm

toncat escreveu:Defesanet publicou uma matéria sobre a Ezute na Euronaval, e publicou uma foto do MAN-SUP. A novidade é que até hoje sempre que apresentavam o ManSup o logo da Mectron é que aparecia.

Olhando essa foto o logotipo da MEctron sumiu e apareceu o da Avibras. Então aconteceu oque já se falava, Avibras ficou com os projetos. A Mectron já não tinha participado da Mostra BID, só esta faltando um anuncio oficial.

Imagem

http://www.defesanet.com.br/euronaval/n ... Euronaval/
O Man-Sup sempre teve participação da Avibrás, o desenvolvimento do motor e provavelmente da aerodinâmica foram feitos por ela. E o programa em si é da MB, não era um programa especificamente da Mectron. Não é de todo estranho que ele continue sendo tocado pelos participantes "sobreviventes", até porque no momento a Avibrás tem cacife para tocá-lo adiante.

Já os demais projetos, que eram genuinamente da Mectron (MSS-1.2, MAA-1, A-Darter e MAR-1) estão ainda no limbo até onde eu sei.


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Re: Mssilhouse do Brasil

#2712 Mensagem por LeandroGCard » Dom Out 23, 2016 4:42 pm

Penguin escreveu:Os tempos bicudos para a Avibrás parece que ficaram para trás.
Neste ano, ela faturará aprox. R$ 1,3 bilhão e menos de R$100 milhões virão das FAs brasileiras.
Qualquer empresa brasileira que atue no setor de equipamentos militares mais avançados do que uniformes, pistolas ou granadas e que queira sobreviver ao longo do tempo terá que buscar um balanço de vendas mais ou menos assim. Fora isso é morrer, ou viver eternamente com o pé na cova.

E isso tem grandes implicações, principalmente no ponto que concerne à importância relativa concedida às especificações de nossas próprias FA´s.


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Re: Mssilhouse do Brasil

#2713 Mensagem por henriquejr » Dom Out 23, 2016 8:01 pm

LeandroGCard escreveu:
toncat escreveu:Defesanet publicou uma matéria sobre a Ezute na Euronaval, e publicou uma foto do MAN-SUP. A novidade é que até hoje sempre que apresentavam o ManSup o logo da Mectron é que aparecia.

Olhando essa foto o logotipo da MEctron sumiu e apareceu o da Avibras. Então aconteceu oque já se falava, Avibras ficou com os projetos. A Mectron já não tinha participado da Mostra BID, só esta faltando um anuncio oficial.

Imagem

http://www.defesanet.com.br/euronaval/n ... Euronaval/
O Man-Sup sempre teve participação da Avibrás, o desenvolvimento do motor e provavelmente da aerodinâmica foram feitos por ela. E o programa em si é da MB, não era um programa especificamente da Mectron. Não é de todo estranho que ele continue sendo tocado pelos participantes "sobreviventes", até porque no momento a Avibrás tem cacife para tocá-lo adiante.

Já os demais projetos, que eram genuinamente da Mectron (MSS-1.2, MAA-1, A-Darter e MAR-1) estão ainda no limbo até onde eu sei.


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Até onde eu sei, nenhum desses projetos citados são genuinamente da Mectron. Esta foi apenas contratada pela FAB, e EB (no caso do MSS) para desenvolver os projetos citados. Provavelmente todos esses projetos, seus maquinários, e mão de obra, serão assumidos por outras empresas, como a Avibras. Veja o exemplo do Radar SCP-1 Scipio, e o próprio MSS-1.2, passaram por outras empresas durante desenvolvimento, até chegar na Mectron.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2714 Mensagem por LeandroGCard » Dom Out 23, 2016 10:51 pm

henriquejr escreveu:Até onde eu sei, nenhum desses projetos citados são genuinamente da Mectron. Esta foi apenas contratada pela FAB, e EB (no caso do MSS) para desenvolver os projetos citados. Provavelmente todos esses projetos, seus maquinários, e mão de obra, serão assumidos por outras empresas, como a Avibras. Veja o exemplo do Radar SCP-1 Scipio, e o próprio MSS-1.2, passaram por outras empresas durante desenvolvimento, até chegar na Mectron.
Sim, muitos dos projetos militares no Brasil demoram tanto tempo e as empresas envolvidas recebem tão pouco suporte para mantê-los que é comum que pulem de empresa em empresa até serem anunciados como prontos (mesmo quando não estão realmente). O incomum é que sejam realmente adquiridos em qualquer quantidade significativa.

Portanto, pode até ser que venham a ser migrados para a Avibrás. Mas ainda não encontrei nenhuma notícia dando conta disso, veja que no mesmo estande em que está o Man-Sup não estão os demais mísseis. Por enquanto o assunto permanece no limbo.


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Re: Mssilhouse do Brasil

#2715 Mensagem por knigh7 » Seg Out 24, 2016 2:24 am

Essa matéria é do ano passado, não a vi aqui.
Ela é importante, pois o jornalista (Roberto Lopes) está se embasando em documentos:

Crise! Sem dinheiro, FAB renegocia contrato do míssil A-Darter e pagará quase R$ 1 milhão a mais

Por Roberto Lopes

Em razão de mudanças no contrato que mantém com a companhia Mectron Engenharia, de São José dos Campos (SP), para o desenvolvimento e integração dos subsistemas do projeto do míssil ar-ar A-Darter, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) do Comando da Aeronáutica aceitaram reajustar seu compromisso com a empresa em R$ 894.342,45.

O contrato que, originalmente, era de R$ 22.364.217,88, passou para R$ 23.258.560,33. Mas, ao contrário do que possa parecer – ou vir a ser alegado –, o aumento do valor não se deu por incrementos de especificações ou de novas tecnologias.

O reajuste é decorrente de uma renegociação dos pagamentos causada pela escassez de recursos na área do Ministério da Defesa, o que irá gerar, além do aumento no valor do contrato, o aumento dos prazos para entrega final do míssil.

O projeto A-Darter é um desenvolvimento conjunto da companhia sul-africana Denel com a brasileira Mectron, que pertence ao grupo Odebrecht. Esse vetor deve ser integrado aos aviões de combate que equipam atualmente a Força Aérea Brasileira (FAB), e também ao Gripen E, que a aviação militar do Brasil espera receber do grupo SAAB e da Embraer a partir de 2019.

Seguem-se o Extrato de Dispensa de Licitação e o Extrato do Termo Aditivo relacionados ao aumento dos custos do projeto A-Darter:

COMISSÃO COORDENADORA DO PROGRAMA

AERONAVE DE COMBATE

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO N 1/2015

N Processo: 67701.028741/2013-51. Objeto: Desenvolvimento da Industrialização e Integração dos Subsistemas do Projeto A-Darter. Autoridade Solicitante: Brig Ar José Augusto Crepaldi Affonso. Autoridade Ratificadora: Ten Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato. Contratada: Mectron Engenharia Indústria e Comércio S.A. Justificativa: Comprometimento da segurança nacional. Valor: R$ 22.364.217,88 (vinte e dois milhões, trezentos e sessenta e quatro mil, duzentos e dezessete reais e oitenta e oito centavos). Amparo Legal: inciso IX, do artigo 24, da Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993.

COMISSÃO COORDENADORA DO PROGRAMA

AERONAVE DE COMBATE

EXTRATO DE TERMO ADITIVO N 7/2015

Processo: 011-03/SDDP. Espécie: Termo Aditivo de Contrato. Contratante: A União, Ministério da Defesa, por intermédio do Comando da Aeronáutica – COMAER, representado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA e pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate – COPAC. Contratada: MECTRON ENGENHARIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO S. A. Nº do Termo Aditivo e Contrato Original: 4º Termo Aditivo ao Contrato nº 002/DEPED-SDDP/2002. Finalidade: a) adequar os itens: II – CONVENÇÕES e III – Documentos Integrantes; B) Ajustar As Cláusulas: Primeira – Objeto, Terceira – Preço, Quarta – Custeio, Quinta – Forma de Pagamento, Sétima – Garantias Financeiras, Décima Primeira – Acompanhamento e Fiscalização, Décima Terceira -Prazo, Local e Condições de Apresentação, Vigésima Primeira -Início e Término de Vigência, Vigésima Segunda – Eficácia Contratual e Liquidação de Despesas e Trigésima – Foro; e c) adequar os ANEXOS: I – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO, II – SOW e III – MODELOS. Amparo Legal: artigo57, parágrafo 1º, inciso VI, da Lei nº 8.666/93 e suas alterações posteriores, e demais normas que regulam a matéria. Valor do Contrato: aumento de R$ 894.342,45 (oitocentos e noventa e quatro mil, trezentos e quarenta e dois reais e quarenta e cinco centavos).
Data de assinatura: 30 de junho 2015.

Vigência: 31 de julho de 2016.




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