Flávio, com todo o respeito, você citar o Guarani e a Iveco pra falar sobre Viatura SL é forçar demais a barra. Estamos falando de um programa abrangendo 1072 unidades, pelo menos, custando algo em torno de R$ 40 bilhões. Você citar o Guarani nisso é jogar fora qualquer coisa que envolva a complexidade e levar algo sério a um nível absurdo de baixo.FCarvalho escreveu: Dom Dez 29, 2019 1:35 pmabsgabriel219 escreveu: Sáb Dez 28, 2019 3:08 pm Nenhuma empresa estrangeira vai vir aqui e desenvolver uma viatura SL, vão oferecer produtos já existentes. Ninguém vai perder tempo com uma bobagem que é desenvolver uma viatura sob lagartas, sem motivo algum, enquanto existem outras por ai, já prontas, que cobrem bem nossas necessidades. É pura perda de dinheiro e de tempo!
Mas foi exatamente isso que a Iveco fez quando o EB lançou o ROB do Guarani. Queriam um veículo de desenho próprio. E conseguiram. Tanto é que a propriedade intelectual do bldo é do exército. Se vai ser assim novamente, o tempo dirá. Eu acho que não.
A KMW em momento algum ofereceu VBTP e muito menos desenvolver um, ofereceu um VBCI e foi o Puma.
Bem, falei de memória sobre comentários aqui no DB de muito tempo atrás. De PPT que teriam sido mostrados ao EB pela KMW relativos a nova família VBTP-SL, e que até o presente momento, pelo que sei, não houve modificação nos planos do EB, salvo erro, para o seu desenvolvimento aqui. Mas obviamente os planos mudam com o tempo. Ou não. Acho que vai demorar um pouco ainda para a gente saber com certeza.
Financiamento externo pra desenvolver uma viatura do zero? Boa sorte!
Eu só mostrei as opções. Se serão usadas, cabe ao MD decidir qual/quais as melhores alternativas.
A Indústria Nacional está capacitada em oferecer componentes complementares, não o blindado.
Não falei nada diferente. A participação da BID será no exato tamanho da sua capacidade de alocar soluções, produtos e recursos ao projeto. Simples assim. A gestão será do CTEx e da empresa selecionada. Haverá obrigatoriamente uma percentagem nacional em qualquer bldo que seja escolhido, seja desenvolvido ou importado para montagem sob licença. Da mesma forma como ocorre hoje com o Guarani.
10 anos é uma estimativa muuuito otimista. Considere falta de ROB, falta de fábricas e indústria capacitada, depois considere o tempo de desenvolvimento.
O ROB deve ser emitido, avalio, até 2027, conforme o PEEx à época. Depois disso, no PEEx seguinte, entre 2028 - 2031 deve acontecer a escolha e/ou desenvolvimento propriamente dito do bldo.
Tenho cá para mim que com a experiência do Guarani já temos bastante informações técnicas sobre o que é uma VBCI, como utilizar, na teoria, e principalmente, o que ela deve possuir em termos de características. Tendo todos estes referenciais, adicionados a colaboração em termos de troca de informações com outros exércitos que dispõe destes tipo de bldos, é possível montar um ROB sem maiores problemas. A aquisição eventual de Marders pode ajudar mais ainda neste aspecto. Então, como disse antes, se tudo der certo, a partir de 2035 poderemos começar a receber as primeiras unidades do novo bldo. Se a escolha for pela adoção de um bldo pronto e sua produção sob licença aqui, com certeza este tempo pode ser bastante diminuído. Mesmo assim, não acredito em nenhuma VBCI SL nova antes de 2030.
Se você pegar o preço cheio de US$ 10 milhões cada K2BP e um KF-41, custando algo em torno dos US$ 7 milhões, ainda dá metade que esse programa.
Mas esse blindado que a KMW ofereceu era o Puma, num programa semelhante aos Marder/TAM Argentinos, que por sinal é uma ideia horrível pelos motivos já citados anteriormente em outros debates.
Ninguém vai querer financiar um programa de altíssimo risco desse nível e quem for querer, vai enfiar o juros nas alturas. Um financiamentos exterior para compra, atrelada a ToT e produção nacional, de uma viatura já existente é um negócio com risco muito baixo, com juros ainda menor.
2027 saí um ROB, 2031 começam a desenvolver e somente em 2041 teremos um protótipo, com 2044 começando a produção seriada. Jesus!
Por que não fazer o simples e já produzir um produto já existente muito antes disso?