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Israel rejeita críticas do premiê turco envolvendo o Holocausto
26 de setembro de 2011


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou de "falsas" e "escandalosas" as declarações de seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, que acusou Israel de explorar o Holocausto para matar "centenas de milhares de palestinos".

"Essas alegações são falsas. São acusações escandalosas contra Israel, que não têm nada a ver com os fatos", afirmou Netanyahu em entrevista que será publicada na quarta-feira pelo Jerusalém Post. O escritório do primeiro-ministro confirmou à AFP o conteúdo das declarações citadas pelo jornal.

"Lamento escutar esse tipo de declarações por parte do dirigente da Turquia", disse Netanyahu. "Nós não exploramos o Holocausto, que foi o pior crime perpetrado contra nosso povo", completou o primeiro-ministro israelense.

Em entrevista divulgada no sábado e publicada no site da CNN, o primeiro-ministro turco falou de "centenas de milhares de palestinos mortos" desde o início do conflito com Israel. "Os israelenses voltam sem parar à questão do genocídio, e ao explorar esse genocídio, agem sempre como se fossem vítimas permanentes", completou Erdogan, segundo a transcrição de sua entrevista.

Em resposta, Netanyahu acusou a Turquia de "atacar a liberdade de imprensa e prender jornalistas". Trata-se das primeiras críticas feitas pelo chefe de governo israelense a Erdogan desde o início da crise diplomática entre os dois países. Até agora, Netanyahu se absteve de responder diretamente aos ataques do líder turco.

Ancara decidiu recentemente expulsar o embaixador de Israel na Turquia, e congelar as relações militares, outrora muito importantes. Dessa forma, o governo turco protestou contra a negativa israelense de apresentar desculpas pelo ataque a uma flotilha turca que, em maio de 2010, tentou romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza. No ataque, em águas internacionais, morreram nove turcos.

É a "carta branca" que eles ganharam.

FOXTROT escreveu:terra.com.br

Israel rejeita críticas do premiê turco envolvendo o Holocausto
26 de setembro de 2011


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou de "falsas" e "escandalosas" as declarações de seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, que acusou Israel de explorar o Holocausto para matar "centenas de milhares de palestinos".

"Essas alegações são falsas. São acusações escandalosas contra Israel, que não têm nada a ver com os fatos", afirmou Netanyahu em entrevista que será publicada na quarta-feira pelo Jerusalém Post. O escritório do primeiro-ministro confirmou à AFP o conteúdo das declarações citadas pelo jornal.

"Lamento escutar esse tipo de declarações por parte do dirigente da Turquia", disse Netanyahu. "Nós não exploramos o Holocausto, que foi o pior crime perpetrado contra nosso povo", completou o primeiro-ministro israelense.

Em entrevista divulgada no sábado e publicada no site da CNN, o primeiro-ministro turco falou de "centenas de milhares de palestinos mortos" desde o início do conflito com Israel. "Os israelenses voltam sem parar à questão do genocídio, e ao explorar esse genocídio, agem sempre como se fossem vítimas permanentes", completou Erdogan, segundo a transcrição de sua entrevista.

Em resposta, Netanyahu acusou a Turquia de "atacar a liberdade de imprensa e prender jornalistas". Trata-se das primeiras críticas feitas pelo chefe de governo israelense a Erdogan desde o início da crise diplomática entre os dois países. Até agora, Netanyahu se absteve de responder diretamente aos ataques do líder turco.

Ancara decidiu recentemente expulsar o embaixador de Israel na Turquia, e congelar as relações militares, outrora muito importantes. Dessa forma, o governo turco protestou contra a negativa israelense de apresentar desculpas pelo ataque a uma flotilha turca que, em maio de 2010, tentou romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza. No ataque, em águas internacionais, morreram nove turcos.

Erdogan tocou na ferida e Netanyahu acusou o golpe.
Os israelenses usam e abusam do Holocausto, como uma forma de proteção preventiva contra qualquer crítica.
Mas... Vamos lembrar que os turcos têm ficha suja: cometeram, eles, o genocídio dos armênios que viviam dentro dos limites do Império Otomano. Tanto é assim, que Hitler respondeu aos seus, quando revelaram receios em relação à "Solução Final": "Quem se lembra dos armênios?"...

TIME Meets Turkish Prime Minister Recep Tayyip Erdogan

Regarding Turkish relations with the U.S., has there be any change over the last few years, particularly with the new administration?

In the last nine years, relations between the U.S. and Turkey have never recessed, never gone back, but they have not improved as much as we'd like. The relationship especially between Obama and us has always been very positive. Whenever we speak to each other, we talk about negotiations of certain processes whether in the region or more globally — we always talk about matters quite frankly. But of course what we want to see is relations getting reinforced at the upmost extent possible, particularly in the realms of the economy and commerce. Because Turkey has great potential to take advantage of. We're really willing to see more and more U.S. entrepreneurs conducting investments in Turkey. I'm optimistic for the future. I should tell you honestly, there are no tensions between us.

What about over Israel?

There might be different points of view. We agree to disagree on certain issues. But these disagreements are not reasons for disconnecting relations. Turkey is a sovereign state, just like the U.S. We might go to different directions, in terms of our impressions and ideas, but we'll always remain friends.

As Turkey's role in the Middle East has grown, has it given up on its earlier ambition of joining the E.U.? Is integration into Europe now a closed chapter?

When [former French President Jacques] Chirac or [former German Chancellor Gerhard] Schroder were there, Turkey would be involved in all of the European leaders' summits. But when [current Chancellor Angela] Merkel or [French President Nicolas] Sarkozy took over their offices, the ambience changed dramatically. Despite their attitudes, we were determined to continue this path toward E.U. membership. But unfortunately the trust among my people in E.U. membership started to shake and turn. We're still determined, because no leader in the E.U. will be there forever. They'll be replaced one day. We might be replaced one day. But Turkey is getting stronger as time goes by, and the situation of many European states is quite obvious.

http://globalspin.blogs.time.com/2011/0 ... z1ZB9MNAWK

Muito esclarecedor, a Turquia é cada vez mais forte, enquanto, os Estados Europeus estão cada vez mais fracos...

Saudações

suntsé escreveu:

FoxTroop escreveu: Sabe a fundamentação dos turcos para não querer que haja qualquer exploração até a situação em Chipre estar resolvida e caso a exploração avance, queiram também explorar?

Particularmente não sei. E gostaria de saber. Talves um forista esclarecido como você possa nos ajudar.

Meu caro, não me considero esclarecido, apenas tento entender um pouco de algo que se passa no meu "quintal" para não ser apanhado de calças na mão. Não penso que isso me coloque num patamar de "esclarecido", muito pelo contrário. Penso que parte da respostas ao que eu acho sobre esse assunto está já acima.Os turcos querem que não haja qualquer exploração até que a situação em Chipre seja resolvida e querem também a sua parte no quinhão (quer directamente, quer indirectamente através dos cipriotas turcos) Se reparar no mapa, verifica-se que apenas uma pequena porcão dos campos se encontram na ZEE israelita e cipriota. Parte fica na egípcia, outra é abrangida pela Faixa de Gaza e boa parte cai na plataforma libanesa. Isso torna a exploração desses campos um enorme puzzle e o mexer de um vai levar a uma reacção de outro. Não dou muito para que os egípcios comecem a "grunhir" sobre isto também, só mais uns litros de gasolina para a fogueira que ali se está a montar.

rodrigo escreveu:

Recep Tayyip Erdogan said Turkey has stopped a Syrian-flagged ship in the Sea of Marmara in the past, the state-run Anatolia news agency reported. He did not say when the ship was stopped or whether any weapons were found aboard it.

A Turquia deveria ensinar como se faz abordagens pacíficas. Ou será que não foi pacífica..

Pelo simples facto de o Mar de Marmara ser águas territoriais da Turquia e atendendo ao direito marítimo internacional, não vejo nenhuma razão para que possa ter sido violenta.

Engraçado, os judeus israelenses vivem querendo terras do passado, e com isso estão acordando/provocando gente que foram fortes e desagradáveis... como os turcos (otomanos)...
Eles têm um passado tão sombrio como a dos alemães...
Como dizem "quem procura acaba achando", os israelenses precisam abaixar a crista um pouco...

Anton escreveu:Engraçado, os judeus israelenses vivem querendo terras do passado, e com isso estão acordando/provocando gente que foram fortes e desagradáveis... como os turcos (otomanos)...
Eles têm um passado tão sombrio como a dos alemães...
Como dizem "quem procura acaba achando", os israelenses precisam abaixar a crista um pouco...

Os Turcos estão melindrados por causa da parceria de Israel com a Grécia e Chipre. Mas os Turcos se esqueceram que as reservas de petróleo não ficam sob aguas territoriais dos Cipriotas Turcos, o que ao meu ver invalida qualquer argumento deles.

Não sei que espécie de definição eles esperam em relação a Chipre, sendo que eles ja definiram a situação de Chipre quando reconheceram a Independência do norte da Ilha.

Mas os Turcos estão mexendo com os caras errados agora, ao contrário dos Gregos Israel dará uma resposta militar se os Turcos se mostrarem "Audaciosos Demais".

Gente, observem a big picture... Não fiquem apenas na questão do petróleo.

Caro Hader, mas isso significa que Israel está a fazer o jogo para os Sauditas?

suntsé escreveu:

Anton escreveu:Engraçado, os judeus israelenses vivem querendo terras do passado, e com isso estão acordando/provocando gente que foram fortes e desagradáveis... como os turcos (otomanos)...
Eles têm um passado tão sombrio como a dos alemães...
Como dizem "quem procura acaba achando", os israelenses precisam abaixar a crista um pouco...

Os Turcos estão melindrados por causa da parceria de Israel com a Grécia e Chipre. Mas os Turcos se esqueceram que as reservas de petróleo não ficam sob aguas territoriais dos Cipriotas Turcos, o que ao meu ver invalida qualquer argumento deles.

Não sei que espécie de definição eles esperam em relação a Chipre, sendo que eles ja definiram a situação de Chipre quando reconheceram a Independência do norte da Ilha.

Mas os Turcos estão mexendo com os caras errados agora, ao contrário dos Gregos Israel dará uma resposta militar se os Turcos se mostrarem "Audaciosos Demais".

Sim, mas a questão é que vai desagradável para os dois lados.
Pelo que dizem ambos se equivalem militarmente, tirando as nukes de Israel.
Israel pode até vencer, mas não vai ser como os ataques aos palestinos.

FoxTroop escreveu:Caro Hader, mas isso significa que Israel está a fazer o jogo para os Sauditas?

FoxTrop, arguto como sempre.

Hader escreveu:

FoxTroop escreveu:Caro Hader, mas isso significa que Israel está a fazer o jogo para os Sauditas?

FoxTrop, arguto como sempre.

COm todo o respéito meus prezados colegas. Mas estou até agora tentando entender. Uma mãozinha seria bem vinda

Penso eu que eles estão falando da disputa árabe, turcos x sauditas (via Israel, no caso em questão), pelo poder na região (ou simplesmente, turcos e sauditas se perguntando: quem é a potência árabe regional no Oriente Médio?).

Cunha escreveu:Penso eu que eles estão falando da disputa árabe, turcos x sauditas (via Israel, no caso em questão), pelo poder na região (ou simplesmente, turcos e sauditas se perguntando: quem é a potência árabe regional no Oriente Médio?).

Obrigado prezado colega.

Nesse caso, eu acho que os Turcos estão a frente da Árabia Saudita. Naquele região, o povo adora quem contrapoe Israel.