Eletricidade para o Brasil
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Re: Eletricidade para o Brasil
Energia solar é interessante pra dar uma maior autonomia a regiões onde outras formas de energia não são economicamente atraentes, seja pela distancia ou pela falta do recurso.
È econômico não ter que ficar repondo centenas ou milhares de Quilômetros de fiação. Tb serve pra diminuir o risco de apagões a nivel regional.
Tb tem um beneficio em termos de logística. Transportar óleo, gás ou carvão custa mais do que dinheiro, tem seu preço na infraestrutura.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Existem vários métodos de produção de energia solar, captação por placas de silício (célula fotovoltaica) é só uma delas, e realmente é a mais cara. Existem alguns projetos bem interessantes para esse tipo de usina com investimento e dificuldades operacionais inferiores a desses painéis. Uma se dá através de convecção térmica, a maior dificuldade desta é a chaminé, que precisa ser alta, mas depois de instalada, a manutenção é relativamente simples. Também existe as torres termo-elétricas, onde espelhos aquecem e transformam a agua em câmaras.prp escreveu:Pra min isso é rasgar dinheiro para agradar os ecochatos
http://www.tecmundo.com.br/energia/1194 ... -mundo.htm
http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_n ... do%20mundo
Mesmo os sistemas baseados em célula fotovoltaica são viáveis, só não o são para centrais produtoras de grande porte, sua viabilidade está principalmente em sistemas para comunidades afastadas, como já citada acima, mas o seu futuro realmente deverá estar em sistemas de geração aliados ao smart grid, dependo da demanda elétrica da residência, um sistema desses se paga no médio prazo em 1/3 do tempo de sua vida útil ou menos.
Todas as tecnologias acima possuem viabilidade técnica e econômica, são importantes da diversificação na produção de energia elétrica , eu não diria que são rasgação de dinheiro ou agrado aos eco-chatos.
- prp
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Re: Eletricidade para o Brasil
Todos os paises que possui esses sistemas subsidiam essa producao de energia, ela é a mais cara, e puxa o preco da energia para cima. O Brasil investe nessa josta porque se comprometeu com os econojentos, mas está longe de ser um bom negócio. Estamos rasgando dinheiro, ponto.
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Re: Eletricidade para o Brasil
É mais cara? É rasgação de dinheiro? Dados existem para serem avaliados e não ignorados, quase todas as centrais instaladas hoje usam células fotovoltaicas para a geração de energia, como já citado, não são as mais eficientes para grandes centrais elétricas, por não terem um bom custo benefício nesse tipo de planta, mas existe outros tipos de tecnologias que tem mostrado custos bem inferiores a esse tipo de central e chegam até mesmo a terem custos similares a de outras soluções mais clássicas. Para efeito de comparação, Belo Monte que tem um custo estimado de 19 bilhões de reais com a capacidade instalada um pouco maior que 11GWh, a torre do deserto do Arizona tem um custo estimado de 750 milhões de dólares com capacidade projetada de 1GWh, considerando o dólar a R$2,30, o custo por KWh desse tipo de torre é praticamente o mesmo da usina hidrelétrica de Belo Monte.prp escreveu:Todos os paises que possui esses sistemas subsidiam essa producao de energia, ela é a mais cara, e puxa o preco da energia para cima. O Brasil investe nessa josta porque se comprometeu com os econojentos, mas está longe de ser um bom negócio. Estamos rasgando dinheiro, ponto.
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Re: Eletricidade para o Brasil
[ironia]Claro, células fotovoltaicas são uma merda, todas as centrais de energia solar não experimentais usam elas porque os engenheiros são incompetentes.[/ironia]bcorreia escreveu: Dados existem para serem avaliados e não ignorados, quase todas as centrais instaladas hoje usam células fotovoltaicas para a geração de energia, como já citado, não são as mais eficientes para grandes centrais elétricas, por não terem um bom custo benefício nesse tipo de planta, mas existe outros tipos de tecnologias que tem mostrado custos bem inferiores a esse tipo de central e chegam até mesmo a terem custos similares a de outras soluções mais clássicas.
Voltando a realidade, as células fotovoltaicas ainda são a forma mais eficiente de captação direta da energia solar, e esse tipo de energia ainda é economicamente inviável.
Você está confundindo as unidades, potência é medida em GW, é a capacidade instalada, a potência máxima que a usina pode produzir, os 11GW de Belo Monte são a potência máxima das suas turbinas, o quanto elas produziriam se alguém deixasse a água correndo no máximo, em uma usina solar a capacidade instalada também, é o máximo que a usina pode produzir, ao meio dia do solstício de verão de um dia claro e demais condições favoráveis, em nenhum dos dois casos é o que a usina produz continuamente ou mesmo, na média, alias, para a média pode dividir esse valor por 2,5 para Belo Monte e para a solar no Arizona, por 5, sabe como é, de noite não tem Sol e fora do meio dia e nos demais dias do ano a luz é muito mais fraca.bcorreia escreveu:Para efeito de comparação, Belo Monte que tem um custo estimado de 19 bilhões de reais com a capacidade instalada um pouco maior que 11GWh, a torre do deserto do Arizona tem um custo estimado de 750 milhões de dólares com capacidade projetada de 1GWh, considerando o dólar a R$2,30, o custo por KWh desse tipo de torre é praticamente o mesmo da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Mas até agora falamos só de custo de construção, existe o custo de operação que é muito maior e que vai nos dar o quanto a energia vai custar, alias, GWh é a unidade usada para energia e R$/MWh ou centavos/kWh as unidades usadas para medir o preço da energia, nos empreendimentos de Pernambuco o valor médio é quase 3 veses maior que o custo da energia de hidrelétricos (mais ou menos 80R$/MWh), a torre solar é um projeto, e seus custos hoje são só estimativas, mas, as estimativas que achei variam entre 2 e 10 vezes mais que o custo das hidrelétricas, na melhor das hipóteses é um avanço mas continua inviável, na pior, é mais um fiasco.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: Eletricidade para o Brasil
Marechal, a unidade "watt-hora" indica densidade de energia, é a unidade padrão quando se fala em produção (um ótimo exemplo foram as notícias recentes sobre o recorde de produção de energia de Itaipu) e consumo de energia elétrica (por isso é usado na conta), também é usado para especificar densidade de carga em baterias, a potência instantânea indica a capacidade da central, realmente ~11GW é a capacidade de potência instantânea instalada, a potência média esperada para Belo Monte é de cerca de 4GWh, e que como qualquer usina, esse fator capacidade nunca é de 100% (que tem o Watt-hora usado para seu cálculo), no caso o esperado pelos estudos de viabilidade de Belo Monte fica pouco abaixo dos 40%. Eu não me confundi, a notícia da torre solar fala na produção de energia é dada Watt-hora, e não em potência instantânea, meu erro foi usar a produção máxima de Belo Monte e não a estimada pelo fator capacidade da usina.Marechal-do-ar escreveu:[ironia]Claro, células fotovoltaicas são uma merda, todas as centrais de energia solar não experimentais usam elas porque os engenheiros são incompetentes.[/ironia]bcorreia escreveu: Dados existem para serem avaliados e não ignorados, quase todas as centrais instaladas hoje usam células fotovoltaicas para a geração de energia, como já citado, não são as mais eficientes para grandes centrais elétricas, por não terem um bom custo benefício nesse tipo de planta, mas existe outros tipos de tecnologias que tem mostrado custos bem inferiores a esse tipo de central e chegam até mesmo a terem custos similares a de outras soluções mais clássicas.
Voltando a realidade, as células fotovoltaicas ainda são a forma mais eficiente de captação direta da energia solar, e esse tipo de energia ainda é economicamente inviável.
Você está confundindo as unidades, potência é medida em GW, é a capacidade instalada, a potência máxima que a usina pode produzir, os 11GW de Belo Monte são a potência máxima das suas turbinas, o quanto elas produziriam se alguém deixasse a água correndo no máximo, em uma usina solar a capacidade instalada também, é o máximo que a usina pode produzir, ao meio dia do solstício de verão de um dia claro e demais condições favoráveis, em nenhum dos dois casos é o que a usina produz continuamente ou mesmo, na média, alias, para a média pode dividir esse valor por 2,5 para Belo Monte e para a solar no Arizona, por 5, sabe como é, de noite não tem Sol e fora do meio dia e nos demais dias do ano a luz é muito mais fraca.bcorreia escreveu:Para efeito de comparação, Belo Monte que tem um custo estimado de 19 bilhões de reais com a capacidade instalada um pouco maior que 11GWh, a torre do deserto do Arizona tem um custo estimado de 750 milhões de dólares com capacidade projetada de 1GWh, considerando o dólar a R$2,30, o custo por KWh desse tipo de torre é praticamente o mesmo da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Mas até agora falamos só de custo de construção, existe o custo de operação que é muito maior e que vai nos dar o quanto a energia vai custar, alias, GWh é a unidade usada para energia e R$/MWh ou centavos/kWh as unidades usadas para medir o preço da energia, nos empreendimentos de Pernambuco o valor médio é quase 3 veses maior que o custo da energia de hidrelétricos (mais ou menos 80R$/MWh), a torre solar é um projeto, e seus custos hoje são só estimativas, mas, as estimativas que achei variam entre 2 e 10 vezes mais que o custo das hidrelétricas, na melhor das hipóteses é um avanço mas continua inviável, na pior, é mais um fiasco.
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/ ... z1TJqfHcDR
Células fotovoltaicas são muito ineficientes, as células mais recentes ainda possuem um fator de eficiência bem abaixo dos 20%, e como todo e qualquer semicondutor, conforme a sua temperatura sobe, a sua eficiência cai, acima dos 40 graus, a sua capacidade de geração fica em torno de 80% da sua capacidade máxima (dado contido nos datasheets dos painéis da LG), o seu custo por watt ainda é muito alto, cerca de US$1,50, tudo bem que na década de 70 era coisa de 30 dólares, mas ainda sim é cara e ineficiente para grandes centrais, o melhor custo benefício dessa tecnologia está na pequena produção em locais remotos e em centros urbanos aliados a uma rede elétrica do tipo "smart-grid"
Dá uma lida sobre o projeto dessa usina, realmente, de noite não faz sol, o tempo pode ficar nublado, pode chover e esses fatores afetam a produção de energia em uma usina solar tradicional, essa usina possui um projeto bem interessante e bem diferente do que se viu até hoje, o seu princípio de funcionamento não é baseado em converter a radiação solar diretamente em energia, como no caso das usinas com painéis fotovoltaicos e torres solares, nessa usina o Sol é usado para aquecer uma estufa com piscinas em seu fundo, de dia o sol esquenta tanto o ar quanto a água sobre a cobertura dessa estufa, a noite a água aquecida durante o dia mantém a estufa quente, que mantém o funcionamento da usina mesmo durante a noite, para a produção ser muito afetada são necessários vários dias com o tempo fechado, o grande inconveniente dela, pelas turbinas serem giradas por ação da convecção térmica, a torre necessária para alcançar 1GW precisa ser do tamanho de um arranha-céu . Não achei dados sobre o seu fator capacidade, porém essa usina tem como vantagem a manutenção muito mais fácil e barata do que a de outros tipos de outros tipos de plantas.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Watt hora é energia, equivalente a 3600 Joules e é a energia consumida por uma lâmpada de 60W ligada por um minuto, e... enfim, essa unidade geralmente é usada para medir consumo de energia elétrica, você diz que não se confundiu, e seguida no texto diz que a potência média de Belo Monte é 4GWh... A potência média* de Belo Monte é 4GW porque GW é unidade de potência GWh não, nessa média em um ano Belo Monte produz 35TWh de energia, agora sim, uma unidade de energia para medir quanto Belo Monte produziu em um período específico, por exemplo, no recorde de Itaipu a usina produziu em 2013 98,5 milhões de MWh ou 98,5TWh.bcorreia escreveu:Marechal, a unidade "watt-hora" indica densidade de energia
*Potência média funciona mas é um pouco estranho de usar.
ps: Não quero ser um nazista em relação ao uso das unidades, onde apontei no post anterior foi por causa que a troca de W por Wh afetaria muito a conta do preço da energia, sei que na imprensa é muito comum os jornalistas confundirem essas duas unidades, não é preciso corrigir o texto deles toda vez que eles se confundem, mas também não é preciso insistir no erro deles e nem invocar conceitos completamente diferentes, como por exemplo, densidade de energia que é uma coisa completamente diferente e medido por unidades mais diferentes ainda dependendo do que se deseja.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Camarada, eu estou falando em produção, que leva em consideração uma potência gerada em um determinado tempo e não em potência instantânea. Se houve alguma palavra trocada, pelo simples fato de eu citar o fator capacidade da usina já se liga o comentário a produção média a usina, esse fator é dado em Watt-hora e não em potência instantânea.
Não faria sentido algum citar que a a produção média esperada para essa usina é de 4GW, watt é unidade de medida de potência instantânea, isso vai variar, em uma determinada época a potência instantânea vai ser maior do que 4GW, época de chuvas, represa cheia, em outras épocas essa produção vai ser menor, senão a represa se esvazia de forma rápida, essa média de energia produzida então precisa levar em consideração o tempo o no qual ela foi gerada, que é dado em Watts x Horas, resultando em um resultado que tem Wh como unidade de medida. Até porque, como eu iria levar em consideração custos das diferentes formas de geração de energia sem levar em consideração o tempo em que essa energia é gerada, para isso eu preciso usar a unidade de Watt-hora.
Watt-hora apesar de ser mais usada para energia, também é usada para densidade de energia.
Não faria sentido algum citar que a a produção média esperada para essa usina é de 4GW, watt é unidade de medida de potência instantânea, isso vai variar, em uma determinada época a potência instantânea vai ser maior do que 4GW, época de chuvas, represa cheia, em outras épocas essa produção vai ser menor, senão a represa se esvazia de forma rápida, essa média de energia produzida então precisa levar em consideração o tempo o no qual ela foi gerada, que é dado em Watts x Horas, resultando em um resultado que tem Wh como unidade de medida. Até porque, como eu iria levar em consideração custos das diferentes formas de geração de energia sem levar em consideração o tempo em que essa energia é gerada, para isso eu preciso usar a unidade de Watt-hora.
Watt-hora apesar de ser mais usada para energia, também é usada para densidade de energia.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Potência é medida em GW, potência média, é medida em GW, as duas são a mesma unidade porque estamos falando de potência! Agora energia é medida em GWh (ou Joule), energia está para potência da mesma forma que distância está para velocidade, se a definição de velocidade é a distância percorrida por unidade de tempo a definição de potência é a energia transformada por unidade de tempo, em uma analogia com carros, digamos que um carro atinge a velocidade máxima de 110km/h (os 11GW de capacidade instalada de Belo Monte) e digamos que em um ano esse carro tenha percorrido 350 000 km (a produção anual de 35TWh de Belo Monte) a velocidade média dele foi de 40km/h (os 4GW de potência média, que é a capacidade instalado multiplicada pelo fator de utilização) mesmo que durante um trecho a velocidade desse carro tenha sido 110km/h e durante um período ele ficou parado.bcorreia escreveu:Camarada, eu estou falando em produção, que leva em consideração uma potência gerada em um determinado tempo e não em potência instantânea. Se houve alguma palavra trocada, pelo simples fato de eu citar o fator capacidade da usina já se liga o comentário a produção média a usina, esse fator é dado em Watt-hora e não em potência instantânea.
Não faria sentido algum citar que a a produção média esperada para essa usina é de 4GW, watt é unidade de medida de potência instantânea, isso vai variar, em uma determinada época a potência instantânea vai ser maior do que 4GW, época de chuvas, represa cheia, em outras épocas essa produção vai ser menor, senão a represa se esvazia de forma rápida, essa média de energia produzida então precisa levar em consideração o tempo o no qual ela foi gerada, que é dado em Watts x Horas, resultando em um resultado que tem Wh como unidade de medida. Até porque, como eu iria levar em consideração custos das diferentes formas de geração de energia sem levar em consideração o tempo em que essa energia é gerada, para isso eu preciso usar a unidade de Watt-hora.
Notar que na velocidade o "h" divide a distância, na energia o "h" multiplica a potência, alias, como eu disse antes, potência é a energia transformada por unidade de tempo, sendo assim se a energia for medida em Joules a potência seria J/s, unidade que damos o nome de "Watt", sendo assim Watt hora é Joules * hora / segundo, como cada hora tem 3600 segundos temos a relação de 1 Wh = 3600 J, por mais estranha que a unidade Wh é ela é a mais usada para medir energia elétrica.
Na conta de energia pagamos pela energia consumida, da mesma forma que em um taxi pagamos pela distância percorrida e não pela velocidade média.
Voltando a Belo Monte, podemos dizer que a produção média é 4,5GW, alias, esse valor está descrito no contrato como a média mínima que a concessionária deve produzir, o que vai totalizar em 39 420 GWh nos anos não bissextos e 39 528 GWh nos anos bissextos, a razão do contrato citar a média é justamente por não especificar um prazo.
Quanto aos custos da energia, citando um exemplo mais tangível, se eu comprar um gerador a gasolina ele terá uma certa potência, digamos 100kW e um certo custo de aquisição, digamos R$1000,00, para ele gerar energia ele precisa de gasolina, um litro de gasolina produz uma certa quantidade de energia, a gasolina tem uma densidade energética de 36MJ/L (agora sim, MJ/L uma unidade de densidade energética) ou, já que estamos falando em Wh são 10kWh/L, digamos que o motor tenha uma eficiência de 20% (baixa, mas normal para motores de combustão interna), então cada litro de gasolina vai me dar 2kWh de energia, com o litro de gasolina a 3 reais o custo dessa energia será R$ 1,50 por kWh (entre 4 e 5 vezes mais que o que pago pela energia elétrica em casa...), a potência do motor e o preço de aquisição dele não entram diretamente no custo da energia, bem, um motor mais potente gera energia mais rápido (consumindo gasolina mais rápido...) e como dizem, tempo é dinheiro, mas essa relação não tem nada a ver com a física, e voltando as usinas, ao comparar formas diferentes de geração não devemos olhar apenas o custo de construção, o custo de operação (a "gasolina") é o principal fator que vai afetar o custo de produção, e, para medir o quanto a energia vai custar vemos o custo por unidade de energia, quanto custa produzir cada kWh que em São Paulo é vendido às residências por 35 centavos.
Não, não é usada para densidade, mais ao invés de discutir e insistir nisso, o que acha de citar um exemplo?bcorreia escreveu:Watt-hora apesar de ser mais usada para energia, também é usada para densidade de energia.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Então diga, como fazer os cálculos de custos relativos a produção ou até mesmo o fator capacidade sem levar em consideração a produção em Wh. E qual a diferença em citar a produção total em um ano e a média gerada por hora. Estou citando geração e custos, não faz o menor sentido citar potência para fazer a comparação entre as usinasMarechal-do-ar escreveu:Potência é medida em GW, potência média, é medida em GW, as duas são a mesma unidade porque estamos falando de potência! Agora energia é medida em GWh (ou Joule), energia está para potência da mesma forma que distância está para velocidade, se a definição de velocidade é a distância percorrida por unidade de tempo a definição de potência é a energia transformada por unidade de tempo, em uma analogia com carros, digamos que um carro atinge a velocidade máxima de 110km/h (os 11GW de capacidade instalada de Belo Monte) e digamos que em um ano esse carro tenha percorrido 350 000 km (a produção anual de 35TWh de Belo Monte) a velocidade média dele foi de 40km/h (os 4GW de potência média, que é a capacidade instalado multiplicada pelo fator de utilização) mesmo que durante um trecho a velocidade desse carro tenha sido 110km/h e durante um período ele ficou parado.bcorreia escreveu:Camarada, eu estou falando em produção, que leva em consideração uma potência gerada em um determinado tempo e não em potência instantânea. Se houve alguma palavra trocada, pelo simples fato de eu citar o fator capacidade da usina já se liga o comentário a produção média a usina, esse fator é dado em Watt-hora e não em potência instantânea.
Não faria sentido algum citar que a a produção média esperada para essa usina é de 4GW, watt é unidade de medida de potência instantânea, isso vai variar, em uma determinada época a potência instantânea vai ser maior do que 4GW, época de chuvas, represa cheia, em outras épocas essa produção vai ser menor, senão a represa se esvazia de forma rápida, essa média de energia produzida então precisa levar em consideração o tempo o no qual ela foi gerada, que é dado em Watts x Horas, resultando em um resultado que tem Wh como unidade de medida. Até porque, como eu iria levar em consideração custos das diferentes formas de geração de energia sem levar em consideração o tempo em que essa energia é gerada, para isso eu preciso usar a unidade de Watt-hora.
Notar que na velocidade o "h" divide a distância, na energia o "h" multiplica a potência, alias, como eu disse antes, potência é a energia transformada por unidade de tempo, sendo assim se a energia for medida em Joules a potência seria J/s, unidade que damos o nome de "Watt", sendo assim Watt hora é Joules * hora / segundo, como cada hora tem 3600 segundos temos a relação de 1 Wh = 3600 J, por mais estranha que a unidade Wh é ela é a mais usada para medir energia elétrica.
Na conta de energia pagamos pela energia consumida, da mesma forma que em um taxi pagamos pela distância percorrida e não pela velocidade média.
Voltando a Belo Monte, podemos dizer que a produção média é 4,5GW, alias, esse valor está descrito no contrato como a média mínima que a concessionária deve produzir, o que vai totalizar em 39 420 GWh nos anos não bissextos e 39 528 GWh nos anos bissextos, a razão do contrato citar a média é justamente por não especificar um prazo.
Quanto aos custos da energia, citando um exemplo mais tangível, se eu comprar um gerador a gasolina ele terá uma certa potência, digamos 100kW e um certo custo de aquisição, digamos R$1000,00, para ele gerar energia ele precisa de gasolina, um litro de gasolina produz uma certa quantidade de energia, a gasolina tem uma densidade energética de 36MJ/L (agora sim, MJ/L uma unidade de densidade energética) ou, já que estamos falando em Wh são 10kWh/L, digamos que o motor tenha uma eficiência de 20% (baixa, mas normal para motores de combustão interna), então cada litro de gasolina vai me dar 2kWh de energia, com o litro de gasolina a 3 reais o custo dessa energia será R$ 1,50 por kWh (entre 4 e 5 vezes mais que o que pago pela energia elétrica em casa...), a potência do motor e o preço de aquisição dele não entram diretamente no custo da energia, bem, um motor mais potente gera energia mais rápido (consumindo gasolina mais rápido...) e como dizem, tempo é dinheiro, mas essa relação não tem nada a ver com a física, e voltando as usinas, ao comparar formas diferentes de geração não devemos olhar apenas o custo de construção, o custo de operação (a "gasolina") é o principal fator que vai afetar o custo de produção, e, para medir o quanto a energia vai custar vemos o custo por unidade de energia, quanto custa produzir cada kWh que em São Paulo é vendido às residências por 35 centavos.
Até porque, se o único dado que foi passado pelo projeto acima citado foi a potência média gerada em GWh, não tem como eu fugir muito, ou multiplico o que foi dado pelas horas existentes em um ano, ou divido a produção total do modelo levado em consideração por essas mesmas horas, que vai dar em um valor em GWh.
Exemplo? Saque o seu celular e leia o que está impresso na bateria. Os cálculos referente a densidade volumétrica de e densidade por peso de baterias consideram o Wh para seus cálculos. O mesmo pode ser usado para densidade de energia presente em outros combustíveis. Se o Joule é usado para isso e um Joule = 1W x 1s, citar a densidade energética em joules ou Wh é falar na mesma coisa.Marechal-do-ar escreveu:Não, não é usada para densidade, mais ao invés de discutir e insistir nisso, o que acha de citar um exemplo?bcorreia escreveu:Watt-hora apesar de ser mais usada para energia, também é usada para densidade de energia.
Voltando para o assunto, não achei nada referente ao fator capacidade desse projeto, apenas o dado da produção média horária, de 1GWh, por um valor de 750 milhões de dólares, e um projeto relativamente simples, uma estufa e cata ventos não são tecnologias tão complexas de manutenir, se provado que funciona, acredito ser uma alternativa viável para o nordeste brasileiro.
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Re: Eletricidade para o Brasil
1GWh produzido a cada hora é 1 GW, mas acho que começo a entender o problema, você está se baseando no artigo assumindo que ele está correto, mas ele não está, ao menos não está completo, para começar ele não fala em 1GW, o que ele diz é:bcorreia escreveu:Então diga, como fazer os cálculos de custos relativos a produção ou até mesmo o fator capacidade sem levar em consideração a produção em Wh. E qual a diferença em citar a produção total em um ano e a média gerada por hora. Estou citando geração e custos, não faz o menor sentido citar potência para fazer a comparação entre as usinas
Até porque, se o único dado que foi passado pelo projeto acima citado foi a potência média gerada em GWh, não tem como eu fugir muito, ou multiplico o que foi dado pelas horas existentes em um ano, ou divido a produção total do modelo levado em consideração por essas mesmas horas, que vai dar em um valor em GWh.
Que da 1TWh, mas ele não diz o tempo que leva para produzir isso, ou por acaso esse prédio é descartável? Fazendo três suposições:one million megawatt hours
1) Para começar, a mais absurda, o prédio é descartável, vai gerar 1TWh ao custo de US$700 milhões e terá que ser demolido, nesse caso a energia custaria US$0,70 por kWh, o que estaria longe de ser viável;
2) O artigo colocou um "h" a mais e a capacidade instalada ou potência média é 1TW, nesse caso seria impossível porque a área da estufa não recebe essa quantidade de luz;
3) O artigo esqueceu de mencionar que esse 1TWh será produzido ao longo de um (ou mais) ano, se for um ano seria comparável aos 39,5TWh que Belo Monte produz em um ano, e potência média seria 114MW comparável com 4,5GW de Belo Monte, o que é plausível, mas 40 vezes menos que Belo Monte.
Também existe a possibilidade desse número ter sido chutado sem base nenhuma, não encontrei esses valores nem no site da empresa.
O gráfico corretamente usa a unidade kWh/gal para densidade que é energia por unidade de volume, Wh não é densidade de energia.bcorreia escreveu:Exemplo? Saque o seu celular e leia o que está impresso na bateria. Os cálculos referente a densidade volumétrica de e densidade por peso de baterias consideram o Wh para seus cálculos. O mesmo pode ser usado para densidade de energia presente em outros combustíveis. Se o Joule é usado para isso e um Joule = 1W x 1s, citar a densidade energética em joules ou Wh é falar na mesma coisa.
Também não achei nada em relação aos custos de manutenção, sem eles fica difícil de comparar com outras fontes.bcorreia escreveu:Voltando para o assunto, não achei nada referente ao fator capacidade desse projeto, apenas o dado da produção média horária, de 1GWh, por um valor de 750 milhões de dólares, e um projeto relativamente simples, uma estufa e cata ventos não são tecnologias tão complexas de manutenir, se provado que funciona, acredito ser uma alternativa viável para o nordeste brasileiro.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Prp,prp escreveu:Todos os paises que possui esses sistemas subsidiam essa producao de energia, ela é a mais cara, e puxa o preco da energia para cima. O Brasil investe nessa josta porque se comprometeu com os econojentos, mas está longe de ser um bom negócio. Estamos rasgando dinheiro, ponto.
O investimento em energia solar no país está sendo de modo voluntário, não há nenhum compromisso internacional que obrigue o país em investir diretamente em energia solar. Que eu saiba, a única obrigação do país foi na redução do GEE (Gases do Efeito Estufa) cuja redução pode ser obtida de várias formas (redução de desmatamento, queimadas, reciclagem, eficiência energética, incentivo ao transporte público e produção de energia limpa - PCH, biomassa, eólica, solar).
A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) responsável pelo planejamento do sistema elétrico liberou recentemente que as empresas pudessem ofertar nos leilões de energia projetos de usinas solares para o ambiente regulado (onde inclui os consumidores residenciais, pequenas industrias e comércio). Mas o critério de contratação é a modicidade tarifária, ou seja, ganha a venda de energia quem se compromete em cobrar a menor tarifa, e os últimos vencedores nesses leilões tem sido as hidroelétricas de grande porte, usinas eólicas e, menor escala, PCHs e usinas de biomassa. Assim, nesse momento, não há usinas solares contratadas para o ambiente regulado pois as tarifas ainda estão bem acima do que vem sendo obtido nos leilões.
Fora isso, há 4 formas para o uso de fontes de energia solar fotovoltaica no país:
1- Em sistemas isolados combinadas ou não com outras fontes de energia.
2- Em projetos das empresas de energia (geradores, distribuidoras) que estão sendo usadas para testes e criação de know-how
3- No ambiente livre (para grandes e médios consumidores), onde o preço é livremente negociado entre compradores e vendedores.
4- E por autoprodução que, ao contrário de outros países, não recebe subsidio direto do seu investimento, que deve ser rentabilizado apenas pela energia não consumida das distribuidoras.
Espero que entenda que os "ecochatos" fizeram mais estrago no sistema elétrico ao conseguir impedir a construção de reservatórios de água para as UHE do que incentivando a energia solar.
Bcorreia,bcorreia escreveu:É mais cara? É rasgação de dinheiro? Dados existem para serem avaliados e não ignorados, quase todas as centrais instaladas hoje usam células fotovoltaicas para a geração de energia, como já citado, não são as mais eficientes para grandes centrais elétricas, por não terem um bom custo benefício nesse tipo de planta, mas existe outros tipos de tecnologias que tem mostrado custos bem inferiores a esse tipo de central e chegam até mesmo a terem custos similares a de outras soluções mais clássicas. Para efeito de comparação, Belo Monte que tem um custo estimado de 19 bilhões de reais com a capacidade instalada um pouco maior que 11GWh, a torre do deserto do Arizona tem um custo estimado de 750 milhões de dólares com capacidade projetada de 1GWh, considerando o dólar a R$2,30, o custo por KWh desse tipo de torre é praticamente o mesmo da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Não há como comparar os projetos. Belo Monte possui 11 GW de potência instalada e o projeto foi dimensionado para gerar 795.000 GWh ao longo de 30 ano, o que dá em média 26.500 GWh em 1 ano. O projeto desta usina solar é uma produção de 1 GWh em 1 ano.
Abaixo tem um link para comparar Belo Monte com outras formas de geração:
http://www.mme.gov.br/system/modules/br ... monte!html
[]´s
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Re: Eletricidade para o Brasil
Marechal,
O que eu tenho dito desde o começo realmente é baseado na produção horária da usina, foi o dado que eu consegui sobre a mesma é dado em GWh, considerei que essa produção é horária, pois não acredito que pelo valor e o tamanho físico desta, que uma produção desta anual acabaria sendo muito pequena para a tornar viável, ainda mais se levar em conta o entusiasmo no qual ela tem sido citada, o problema é que as matérias que tenho visto não citam nada de fator capacidade e o período que essa energia é gerada, das duas uma, creio que ou a potência instalada seja de 1GW, ou a produção horária é de 1GWh, mas tenho achado poucos dados sobre isso, mesmo assim acredito que ela seja mais eficiente do que os ~20% das centrais com células fotovoltaicas ou ~25% das torres solares (achei comentários falando em coisa de 60%, mas como não foi nada oficial, preferi não colocar por aqui, existe um projeto similar que fala em cerca de 1,2GW no verão e 0,4GW no inverno, porém esse não possui estufas e piscinas em sua base como esse que citei).
Quanto a bateria, a capacidade nominal normalmente informada pelos fabricantes se dá em Wh, eu preciso me basear nesse dado para a dimensionar a bateria de acordo com o meu circuito e consumo do sistema, nem sempre preciso ou sequer tenho para trabalhar o seu peso ou o seu volume, geralmente sou informado apenas a densidade de energia em Wh por esses dados, preciso assumir que é isso que ela me pode fornecer, tantos watts por um período de uma hora.
Pedro,
O esperado para Belo Monte são 4,5GW de potência média, isso daria cerca de 39,5TWh em um ano como citado pelo colega mais acima. Essa usina citada não gera apenas 1GWh ao ano, se ela gerasse apenas isso, não haveria viabilidade nenhuma nesse projeto, para efeito de comparação, a espanhola PS10 que tem uma potência instalada de 11MW e fator capacidade de ~24% gera cerca 23GWh em um ano, e custa cerca de 1/20 do que esse essa torre por convecção térmica deverá custar.
O que eu tenho dito desde o começo realmente é baseado na produção horária da usina, foi o dado que eu consegui sobre a mesma é dado em GWh, considerei que essa produção é horária, pois não acredito que pelo valor e o tamanho físico desta, que uma produção desta anual acabaria sendo muito pequena para a tornar viável, ainda mais se levar em conta o entusiasmo no qual ela tem sido citada, o problema é que as matérias que tenho visto não citam nada de fator capacidade e o período que essa energia é gerada, das duas uma, creio que ou a potência instalada seja de 1GW, ou a produção horária é de 1GWh, mas tenho achado poucos dados sobre isso, mesmo assim acredito que ela seja mais eficiente do que os ~20% das centrais com células fotovoltaicas ou ~25% das torres solares (achei comentários falando em coisa de 60%, mas como não foi nada oficial, preferi não colocar por aqui, existe um projeto similar que fala em cerca de 1,2GW no verão e 0,4GW no inverno, porém esse não possui estufas e piscinas em sua base como esse que citei).
Quanto a bateria, a capacidade nominal normalmente informada pelos fabricantes se dá em Wh, eu preciso me basear nesse dado para a dimensionar a bateria de acordo com o meu circuito e consumo do sistema, nem sempre preciso ou sequer tenho para trabalhar o seu peso ou o seu volume, geralmente sou informado apenas a densidade de energia em Wh por esses dados, preciso assumir que é isso que ela me pode fornecer, tantos watts por um período de uma hora.
Pedro,
O esperado para Belo Monte são 4,5GW de potência média, isso daria cerca de 39,5TWh em um ano como citado pelo colega mais acima. Essa usina citada não gera apenas 1GWh ao ano, se ela gerasse apenas isso, não haveria viabilidade nenhuma nesse projeto, para efeito de comparação, a espanhola PS10 que tem uma potência instalada de 11MW e fator capacidade de ~24% gera cerca 23GWh em um ano, e custa cerca de 1/20 do que esse essa torre por convecção térmica deverá custar.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Primeiro, de onde veio esse 1GWh? O artigo que você colocou o link fala em 1TWh.bcorreia escreveu:potência instalada seja de 1GW, ou a produção horária é de 1GWh
Uma bateria armazena uma quantidade fixa de energia, portanto, ao dizer quanta energia uma bateria tem se fala em Wh, mas isso não é densidade.bcorreia escreveu: Quanto a bateria, a capacidade nominal normalmente informada pelos fabricantes se dá em Wh, eu preciso me basear nesse dado para a dimensionar a bateria de acordo com o meu circuito e consumo do sistema, nem sempre preciso ou sequer tenho para trabalhar o seu peso ou o seu volume, geralmente sou informado apenas a densidade de energia em Wh por esses dados, preciso assumir que é isso que ela me pode fornecer, tantos watts por um período de uma hora.
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Re: Eletricidade para o Brasil
Eu tenho vontade de colocar na minha casa, pelo menos para ter água quente, mas se eu puder ter até luz por esse sistema, seria ótimo.
Creio que o foco da energia solar deveria ser voltado para as residências, não vejo muito sentido em cobrir imensas porções de terra (que deveriam ser usadas para plantar), quando cada casa já funcionaria como uma pequena usina.
Creio que o foco da energia solar deveria ser voltado para as residências, não vejo muito sentido em cobrir imensas porções de terra (que deveriam ser usadas para plantar), quando cada casa já funcionaria como uma pequena usina.