Fórum Defesa Brasil

Carlos Mathias escreveu:

Olá

Quanto otimismo para a vinda desses protótipos para o Brasil Very Happy .

Lindos, mas por enquanto = F-20 Wink ... quando aparecerem encomendas até de casa... veremos o que vai acontecer.

Infelizmente, por enquanto é tudo igual ao F-20.

Tava indo bem, tava indo bem, mas...

joao fernando escreveu:Mas, o que os USA poderiam fazer (alem de pagar uma mala preta pros caras da CPMF?) caso o Brasil queira uns SU, umas baterias antiaereas na amazonia, alguns misseis terra ar de ombro, tudo com um carimbo de foice e martelo ?

Armar a argentina ? Ficar amigo do Chaves? Apoiar o Indio? Invadir o Brasil? Ou tudo isso junto?

Diplomacia começa sabendo onde a gente quer chegar. Pra poder jogar o jogo.

Mas que seria legal ter o 5º maior pais do Mundo com armas made in URSS - seria bom pros Russos (um cliente grande para o portfolio) e pro Brasil (no maximo muda a cor da coleira).

Adriano escreveu:

joao fernando escreveu:Mas, o que os USA poderiam fazer (alem de pagar uma mala preta pros caras da CPMF?) caso o Brasil queira uns SU, umas baterias antiaereas na amazonia, alguns misseis terra ar de ombro, tudo com um carimbo de foice e martelo ?

Armar a argentina ? Ficar amigo do Chaves? Apoiar o Indio? Invadir o Brasil? Ou tudo isso junto?

Diplomacia começa sabendo onde a gente quer chegar. Pra poder jogar o jogo.

Mas que seria legal ter o 5º maior pais do Mundo com armas made in URSS - seria bom pros Russos (um cliente grande para o portfolio) e pro Brasil (no maximo muda a cor da coleira).

Como o Sr. Orestes já colocou muito bem aqui em vários de seus posts, uma guinada para os russos na compra de um vetor estratégico como um caça desse tipo não é a mesma coisa que comprar pirulitos.

Muitos pensarão muitas coisas sobre isso. A diplomacia teria a função de deixar tudo bem claro, sem más interpretações e espaços para entrelinhas, enfim, deixar claro que somos amiguinhos.

O mundo é complexo, ou não?

[ ]´s

Adriano

Pelo visto somos 70% flankeiros aqui no DB(dentre os quais eu modestamente me incluo),não sei porque tão poucos acreditam nesta possibilidade.... Smile

Carlos Mathias escreveu:

Pelo visto somos 70% flankeiros aqui no DB(dentre os quais eu modestamente me incluo),não sei porque tão poucos acreditam nesta possibilidade.... Smile

Você percebeu como se fala aqui em não magoar os EUA? Percebeste em como se fala em sermos protegidos dos EUA e como seria bom isso prá nos proteger dos bolivarianos? Percebes a preocupação com as opiniões americanas com as compras que faremos com o NOSSO dinheiro para o NOSSO país? Percebe como se fla em que tecnologias eles estariam dispostos a nos ceder, sendo que pagaremos por ela com nosso dinheiro?

Percebes porque poucos acreditam nessa possibilidade e muitos mais na mesmice, mesmo que surjam opções irrecusáveis????

Beronha escreveu:

Carlos Mathias escreveu:Está começando a aparecer uns pensamentos menos radicais aqui, que bom.

Vamos olhar por outro prisma. Nossa política externa sempre foi baseada e ditada pela auto-determinação dos povos. Isso posto, quais seriam as consequências do nosso alinhamento aos EUA? Aqui na regiaõ, que está navegando na onda de esquerda, como nossos vizinhos nos veriam ombreados e abraçados aos EUA? Vamos sempre nos lembrar que juntos com os F-15E e etc, vem uma corrente para ser posta no pé. Por mais que digamos aos quatro ventos que a chegada de talvez uma centena de F-18E/F-15E e futuramente o F-35 seja meramente uma transação comercial, na verdade estaria mostrando uma mudança na nossa política externa.

O "afastamento" dos EUA começou nos governos militares. Depois de meio século de sobras militares, os milicos começaram a ver que havia coisa melhor no mercado, mas a pressão americana era para continuarmos com M-41 e adjacências. Nessa época vieram os F-5E, caça de pobre. Por outro lado, vieram os MIII e viu-se que o sol brilha em outras paragens. Daí por diante, cada vez mais, buscou-se a independência dos EUA, justamente pelo condicionante político embutido nas compras militares deste país. Fora a visão de bananal que impera por aquelas bandas em relação a nossa região.

Hoje mais do que nunca, a concorrência é acirrada e há gente disposta a vender material de excelente qualidade por melhores preços e sem a corrente no pé.

Digamos que me 2010 a Heloísa Helena e um vice do PSTU assumam a presidência. Isso seria uma preocupação para a Rússia ou para os EUA? Creio que por parte dos russos as coisas continuariam na mesma.

Agora a outra vertente. Digamos que o cap. Bolsonaro assumisse a pres da república. Os EUA estariam exultantes ou pelo menos tranquilos. Mas a Rússia deixaria de nos vender ou cooperar? Não, prá eles tanto faz.

Em ambos os casos, quem poderia ou tenderia a dar uma babadinha nos programas de cooperação tecnológica sensível? Digamos um programa espacial (civil no papel como sempre) e propulsores nucleares para submarinos. Quem estaria mais propenso a dar umas escorregadas e atrasadas nos programas?

Os russos são santos? Não, mas não tem tantas implicações políticas nem ingerência na política de outros países. Não tem interesses conflitantes conosco, pois que as economias se completam e se ajudam.

Os EUA continuam agindo como na era da guerra fria, atrelando politicamente suas vendas militares(e etc) e suscitando desconfiança no mundo todo.

A Rússia hoje trabalha com Índia, China. De certa forma, antagônicos e competidores na hegemonia regional. Entra a no e sai ano eles estão lá, vendendo e cooperando.

Os EUA agora, e somente agora mostraram disposição de entrar na Índia, mas alguém imagina eles vendendo F-15E ou F-35 na China comunista?

Eu penso que essa conversa de dar recado para mostrar quem está do nosso lado é insustentável na argumentação. Se precisamos de mostrar que tem alguém nos suportando, somos fracos e só isso já é prova mais que suficiente. Chamar o irmão maior prá defender-nos do anão é covardia.

Outra questão já levantada por outros colegas é a parte de tecnologia. O que diz a tradição americana na região e mesmo no mundo? Transferem uns parafusos e pneus. No máximo 40% dos aviões, como no Japão. Certos eles estão, mas embarca quem quer ou quem precisa. Na Europa, um grande parcela dos países(se não todos) dependia/depende da proteção americana contra um ataque de fúria do urso polar.

Mas e aqui na América do Sul? Aqui não tem urso, no máximo onça. Somos a onça ou vamos assumir a condição de tatú?

Abraços pensativos!

Um dos melhores pontos de vista do FX que já li... e imparcial ao meu ver.

Adriano escreveu:Senhores,

Quando disse que, em minha humilde opinião, o Jobim e o Manga iriam aos EUA apenas fazer diplomacia, é porque eles mesmo devem saber que dali não se tira grandes coisas.

Mas então, por quê vão? Gostam de viajar de avião? Vão fazer compras?

Não. Acredito que vão fazer uma visita de cortesia para mostrar que o Brasil está prestes a assumir uma nova posição no mundo. Que vai dar mais valor ao seu poder militar.
Contudo, caso o Brasil faça isso "as escuras", o Mundo e, principalmente os EUA vão estranhar, congressistas republicanos vão começar a falar bobagens, até o "ratting" do Brasil nas agências do mercado financeiro pode mudar, por conta de uma possível "reviravolta armamentista" na América do Sul.... vai saber?

Portanto, não se trata de ir lamber botas dos americanos, mas sim dar um recado amigável e de gente grande para um país que, convenhamos, tem imensa importância no mundo. Como qualquer país decente faz hoje.

Especulação minha.

[ ]´s

Adriano

Adriano escreveu:Senhores,

Quando disse que, em minha humilde opinião, o Jobim e o Manga iriam aos EUA apenas fazer diplomacia, é porque eles mesmo devem saber que dali não se tira grandes coisas.

Mas então, por quê vão? Gostam de viajar de avião? Vão fazer compras?

Não. Acredito que vão fazer uma visita de cortesia para mostrar que o Brasil está prestes a assumir uma nova posição no mundo. Que vai dar mais valor ao seu poder militar.
Contudo, caso o Brasil faça isso "as escuras", o Mundo e, principalmente os EUA vão estranhar, congressistas republicanos vão começar a falar bobagens, até o "ratting" do Brasil nas agências do mercado financeiro pode mudar, por conta de uma possível "reviravolta armamentista" na América do Sul.... vai saber?

Portanto, não se trata de ir lamber botas dos americanos, mas sim dar um recado amigável e de gente grande para um país que, convenhamos, tem imensa importância no mundo. Como qualquer país decente faz hoje.

Especulação minha.

[ ]´s

Adriano

Adriano escreveu:Senhores,

Quando disse que, em minha humilde opinião, o Jobim e o Manga iriam aos EUA apenas fazer diplomacia, é porque eles mesmo devem saber que dali não se tira grandes coisas.

Mas então, por quê vão? Gostam de viajar de avião? Vão fazer compras?

Não. Acredito que vão fazer uma visita de cortesia para mostrar que o Brasil está prestes a assumir uma nova posição no mundo. Que vai dar mais valor ao seu poder militar.
Contudo, caso o Brasil faça isso "as escuras", o Mundo e, principalmente os EUA vão estranhar, congressistas republicanos vão começar a falar bobagens, até o "ratting" do Brasil nas agências do mercado financeiro pode mudar, por conta de uma possível "reviravolta armamentista" na América do Sul.... vai saber?

Portanto, não se trata de ir lamber botas dos americanos, mas sim dar um recado amigável e de gente grande para um país que, convenhamos, tem imensa importância no mundo. Como qualquer país decente faz hoje.

Especulação minha.

[ ]´s

Adriano

Immortal Horgh escreveu:

Adriano escreveu:Senhores,

Quando disse que, em minha humilde opinião, o Jobim e o Manga iriam aos EUA apenas fazer diplomacia, é porque eles mesmo devem saber que dali não se tira grandes coisas.

Mas então, por quê vão? Gostam de viajar de avião? Vão fazer compras?

Não. Acredito que vão fazer uma visita de cortesia para mostrar que o Brasil está prestes a assumir uma nova posição no mundo. Que vai dar mais valor ao seu poder militar.
Contudo, caso o Brasil faça isso "as escuras", o Mundo e, principalmente os EUA vão estranhar, congressistas republicanos vão começar a falar bobagens, até o "ratting" do Brasil nas agências do mercado financeiro pode mudar, por conta de uma possível "reviravolta armamentista" na América do Sul.... vai saber?

Portanto, não se trata de ir lamber botas dos americanos, mas sim dar um recado amigável e de gente grande para um país que, convenhamos, tem imensa importância no mundo. Como qualquer país decente faz hoje.

Especulação minha.

[ ]´s

Adriano

Sim, tens razão. O que me refiro quando devemos pensar grande e isso significa projeção de poder, é não ficar como nossos políticos adoram fazer: "deixa que o Itamaraty resolve".
Política de boa vizinhança é muito bom, mas devemos mostrar ao "vizinho" que estaremos preparados caso seja necessário.

[ ]s

Adriano escreveu:Senhores,

Quando disse que, em minha humilde opinião, o Jobim e o Manga iriam aos EUA apenas fazer diplomacia, é porque eles mesmo devem saber que dali não se tira grandes coisas.

Mas então, por quê vão? Gostam de viajar de avião? Vão fazer compras?

Não. Acredito que vão fazer uma visita de cortesia para mostrar que o Brasil está prestes a assumir uma nova posição no mundo. Que vai dar mais valor ao seu poder militar.
Contudo, caso o Brasil faça isso "as escuras", o Mundo e, principalmente os EUA vão estranhar, congressistas republicanos vão começar a falar bobagens, até o "ratting" do Brasil nas agências do mercado financeiro pode mudar, por conta de uma possível "reviravolta armamentista" na América do Sul.... vai saber?

Portanto, não se trata de ir lamber botas dos americanos, mas sim dar um recado amigável e de gente grande para um país que, convenhamos, tem imensa importância no mundo. Como qualquer país decente faz hoje.

Especulação minha.

[ ]´s

Adriano