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Pessoalmente não gostei da ideia pelo mesmo motivo do Túlio, mas não vejo como birutagem, tem gente no SPC porque perdeu o emprego, porque o estado deixou de pagar salários (olha só, poderia ser o Túlio, que todo mês conta com uma gorda aposentadoria, parcelou aquela moto contando com a aposentadoria e de repente, a aposentadoria não é mais depositada na conta), ai todo esse povo deixa de consumir e mais gente perde o emprego porque baixa a produção, é uma situação atípica, como o Bourne falou, é como a crise de 2008, mas não pode virar norma, como ocorreu com o REFIS.

O que gera emprego é crescimento econômico, o que gera crescimento econômico é emprego (produtivo), é uma ideia válida para resolver esse problema de ovo ou galinha, não é a única forma e talvez nem a melhor, mas é bem mais efetiva do que propostas em drieção a revogar a lei áurea.

Marechal-do-ar escreveu: Sáb Ago 11, 2018 7:50 pm Pessoalmente não gostei da ideia pelo mesmo motivo do Túlio, mas não vejo como birutagem, tem gente no SPC porque perdeu o emprego, porque o estado deixou de pagar salários (olha só, poderia ser o Túlio, que todo mês conta com uma gorda aposentadoria, parcelou aquela moto contando com a aposentadoria e de repente, a aposentadoria não é mais depositada na conta),

Acho que você se refere a CPMF, não?

Marechal-do-ar escreveu: Sáb Ago 11, 2018 10:00 pm Acho que você se refere a CPMF, não?

Perdoes, corrigido...

Túlio escreveu: Sáb Ago 11, 2018 9:09 pm
Sobre minha "gorda aposentadoria", me permitas lembrar-te que pago 30% do ganho bruto em pensão alimentícia para minha Mãe, que imposto de renda e previdência vêm feito Divisões Panzer pra cima de mim e, finalizando, que hoje é 11/08 e nem sei quando me pagar (ou seja, não vi um tusta até agora). Seriam belas desculpas para não pagar mais ninguém, né não?

Você sabe que a pensão alimentícia é dedutível do imposto de renda. Certo? Tem um limite mas é dedutível.

Sobre a previdência, é pouco provável que esteja errado mas por via das dúvidas faça um cálculo rápido ai. Você só deve pagar a previdência sobre o que exceder o teto do INSS, que hoje está na casa dos 5 mil. A parte da sua aposentadoria que estiver abaixo de 5 mil não paga por força de uma decisão do STF. Ex: se você ganha 7 mil o desconto em folha da alíquota da previdência é sobre 2 mil, os outros 5 mil são isentos.

Essa decisão do STF é pelo seguinte motivo: quem é aposentado pelo INSS (regime privado) não paga contribuição previdenciária. A contribuição dos aposentados foi instituída apenas para os servidores públicos. Eles entraram na justiça e o STF entendeu que havia uma quebra de isonomia, assim ficou decidido que a contribuição do servidor aposentado só incide na parte que exceder o limite do INSS, a parcela inferior ao limite do INSS é isento por questão de isonomia entre a aposentadoria do servidor público e a aposentadoria da iniciativa privada.

gabriel219 escreveu: Sáb Ago 11, 2018 6:14 pm Você escreveu várias coisas e se quer colocou um ponto pra sustentar essa bizarrice!

Eu não expliquei pelo simples motivo de que nem ele e sua equipe econômica explicaram ainda, quem sou eu para fazer isso.

O que eu disse, e outros também disseram, é que é possível. Sabemos disso porque dívidas não pagas sao vendidas com deságio absurdo. Ja vi um caso de uma pessoa dever 17 mil e pagar a dívida por 4 mil em feirão limpa nome. Isso significa que a empresa que estava negociando deve ter comprado a dívida do banco por não mais que uns 3 mil, tirando aí um lucro com a negociação ainda.

Ser possível é a única coisa que eu e outros argumentaram. Dizer se é viável ou não é tarefa da equipe dele, não minha. Dizer qual mecanismo vai ser utlizado também não é tarefa minha. Ele disse que vai explicar e minha frase foi: "esperemos e oremos".

Marcelo Ponciano escreveu: Sáb Ago 11, 2018 11:36 pm

Túlio escreveu: Sáb Ago 11, 2018 9:09 pm
Sobre minha "gorda aposentadoria", me permitas lembrar-te que pago 30% do ganho bruto em pensão alimentícia para minha Mãe, que imposto de renda e previdência vêm feito Divisões Panzer pra cima de mim e, finalizando, que hoje é 11/08 e nem sei quando me pagar (ou seja, não vi um tusta até agora). Seriam belas desculpas para não pagar mais ninguém, né não?

Você sabe que o a pensão alimentícia é dedutível do imposto de renda. Certo? Tem um limite mas é dedutível.

Sobre a previdência, é pouco provável que esteja errado mas por via das dúvidas faça um cálculo rápido ai. Você só deve pagar a previdência sobre o que exceder o teto do INSS, que hoje está na casa dos 5 mil. A parte da sua aposentadoria que estiver abaixo de 5 mil não paga por força de uma decisão do STF.

Me parece divertido, assim, faço agora algo que nunca fiz, ou seja, liberar alguns dados do meu IRPF 2018

TOTAL RECEBIDO GOV RS - 120.371,60

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PENSAO PAGA - 36.273,47

IR RETIDO NA FONTE - 10.685,25

PREVIDENCIA - 7.468,72

SISTEMA DE SAÚDE DOS SERVIDORES - 3.731,42


TOTAL

120.371,60 - 58.158,86, ou seja, fiquei com pouco mais que a metade! Ah, mas claro, tem abatimento, que resultou em uma devoluçao de...
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1.070,76!


Eis ai o fat cat Tulio, no alto de sua RIQUEZA...

Segundo sua declaração, vc ganha cerca de 10 mil bruto por mês.
Isso significa que vc ganha mais do que 98% da população brasileira e 97% das pessoas do Estado do Rio Grande do Sul.
Fonte: Nexo

Estamos diante de um sucessor do trono de Orleans e Bragança. Todos, se ajoelhem perante a realeza!

Marcelo Ponciano escreveu: Sáb Ago 11, 2018 11:43 pm

gabriel219 escreveu: Sáb Ago 11, 2018 6:14 pm Você escreveu várias coisas e se quer colocou um ponto pra sustentar essa bizarrice!

Eu não expliquei pelo simples motivo de que nem ele e sua equipe econômica explicaram ainda, quem sou eu para fazer isso.

O que eu disse, e outros também disseram, é que é possível. Sabemos disso porque dívidas não pagas sao vendidas com deságio absurdo. Ja vi um caso de uma pessoa dever 17 mil e pagar a dívida por 4 mil em feirão limpa nome. Isso significa que a empresa que estava negociando deve ter comprado a dívida do banco por não mais que uns 3 mil, tirando aí um lucro com a negociação ainda.

Ser possível é a única coisa que eu e outros argumentaram. Dizer se é viável ou não é tarefa da equipe dele, não minha. Dizer qual mecanismo vai ser utlizado também não é tarefa minha. Ele disse que vai explicar e minha frase foi: "esperemos e oremos".

Como não explicaram? O mesmo já deu detalhes, comparando o modelo com o Refis e disse a BOBAGEM de que isso servia para estimular a compra.

Santo Deus, como você estimula a compra de pessoas que não tem emprego? O próprio disse que seu prograna era quitar dívida e depois gerar empregos.

"Já ví divida de 17 mil e pagar 4 mil em feirão". Ah meu Deus!

Cara, não precisa ser gênio pra você saber que, mesmo com desconto no JUROS (não é desconto da dívida, são nos JUROS), parte do crédito ainda fica no banco. Você continua a ter dívida, porém "fantasma", seu nome não está no SPC mas você perde a possibilidade de um novo crediário com o banco.

Se você perde isso, já mata a ideia RIDÍCULA de "limpar nome no SPC para estimular o consumo" e depois criar, novamente, uma legião de endividados.

É inacreditável como tem gente que gosta de bater palma pra maluco dançar!

Vem um jêniu coroné, quer usar R$ 84 Bilhões de outros pagadores de impostos, limpar nome das pessoas do SPC para gerar consumo e as pessoas se endividarem de novo, já que não tem emprego!

Nisso, o país precisa diminuir o gasto público, fazer o ajuste fiscal (Ciro é CONTRA a diminuição, disse que o povo precisa gostar de pagar imposto e não entende que isso é ruim) e desburocratizar para incentivar o empreendedorismo, sem falar na diminuição de encargos na CLT (também é CONTRA), mas não, antrs disso, vamos quitar a dívida desse pessoal pra se endividarem de novo!

UM JENIU!!!

O cara é tão bom que vira piada no meio e não consegue se aliar com ninguém, depois é o Bolsonaro que vai ser impichado por não ter apoio no parlamento.

Bolovo escreveu: Dom Ago 12, 2018 12:38 am Segundo sua declaração, vc ganha cerca de 10 mil bruto por mês.
Isso significa que vc ganha mais do que 98% da população brasileira e 97% das pessoas do Estado do Rio Grande do Sul.
Fonte: Nexo

Estamos diante de um sucessor do trono de Orleans e Bragança. Todos, se ajoelhem perante a realeza!

Os dados que foram desenvolvidos pelo Carlos Góes. Esse é o fundador do Mercado Popular que se diz liberal e progressista. No entanto, aceitou um cargo técnico no governo Temer na secretária da Presidência para ajudar nas reformas microeconômicas. Ele foi um dos gênios que criou o teto de gasto e não disse como cumprir no prazo estimado. Entre outras ideias na mesma linha não dizer como operacionaliza como reforma da previdência e abertura comercial. É um tecnocrata. E tenha cuidado com esses tecnocratas porque eles não tem noção das ideias que apresentam. Tanto que os economistas de todos os candidatos falam que tem que repensar o teto e as reformas para 2019.

Carlos Góes é doutorando em Economia (Universidade da Califórnia em San Diego) mestre em Economia Internacional (Johns Hopkins), com especializações em finanças e métodos quantitativos, e bacharel em Relações Internacionais (Universidade de Brasília). Publica com frequência na imprensa nacional e em periódicos científicos internacionais sobre temas que incluem econometria, economia monetária, economia do desenvolvimento, desigualdade econômica, análise econômica do direito e filosofia política. Editou o livro "Repensando uma Cultura de Paz e Liberdade" (Ed. UnB) e, como Pesquisador-Chefe do Instituto Mercado Popular, coordena a edição de policy papers que buscam alternativas de políticas públicas para o Brasil baseadas no estado da arte da evidência científica.

http://mercadopopular.org/author/goes/

Sobre o teto na sua defesa intransigente. Também teve outras como defender a política de preços da Petrobras como certa e ponto.

Se a PEC 241 tivesse sido adotada dez anos atrás, como estaria o Brasil?

http://mercadopopular.org/2016/10/pec-2 ... nos-atras/

Vamos aos dois problemas principais desses dados sobre distribuição de renda.

Primeiro, os dados comparam a renda do individuo. A renda do individuo quer dizer pouco porque ele tem uma família, outras rendas informais e propriedades. Então, se mora ou boa relação com a família tem uma qualidade de vida muito maior do que que tem a mesma renda e é sozinho. As rendas informais são importantes porque parte considerável passam a margem da formalidade. O mesmo ocorre com propriedades familiares e são difícil estimação do seu real valor de mercado. Por exemplo, morar em um imóvel que é de mamãe ou vovô. Ou deixar papai usar um carro que fica no nome do filho ou filha. Assim tem transferência de renda e propriedade dentro das famílias. Isso é muito comum no Brasil e mundo. Também muito difícil estimar.

Segundo, a renda é estimada pela média e individual. Em universo de milhões de pessoas e infinitas graduações de atividades fica difícil comparar os indivíduos mesmo que tenham a mesma profissão e supostamente a mesma qualificação formal. Não tem dados suficientes e fazer a ponderação estatística e learning machine é muito difícil.

Ou seja, o mesmo individuo pode ter uma grande área de atuação, mas tem infinitos sub-grupos com rendas diferentes e elevada amplitude. É o caso de um professor universitário de federal que entrou na década de 1980, chegou por osmose no topo da carreira com outras regras e vai ganhar uns 20 mil mês. Porém é bem diferente do novinho com 30 e poucos anos que entrou a partir de 2010, após a reestruturação da carreira em 2013, vai patinar no básico com vários descontos até umas duas décadas. Já o professor universitário de particular com a mesma qualificação formal pode ir do docente da FGV-SP full que ganha 50 mil por mês até o horista da uniesquina que ganha 33 reais a hora. A base de dados vai usar renda bruta, estimar uma média e te colocar em algum ponto. O que é muito, mais muito distorcido.

E porque tem esses dados? Oras pois, virou o cavalo de batalha para dizer que todo mundo é elite. Tipo o jovem @Túlio que é considerado pelos dados uma elite. Porém olha os dados do senhor aposentado e indica que ele não recebe metade do bruto estimado. Assim vive com R$ 4,8 mil mensal (R$ 58 mil anual). É uma boa renda, mas o @Túlio tá no fim na vida, todo estropiado depois de décadas cuidando de bandido. Em outra perspectiva, os 4,8 liquido é o que um jovem com 20 e poucos anos que saiu de uma boa e renomada universidade ganha após a graduação e algumas especializações.

Túlio escreveu: Dom Ago 12, 2018 12:20 am
Me parece divertido, assim, faço agora algo que nunca fiz, ou seja, liberar alguns dados do meu IRPF 2018

TOTAL RECEBIDO GOV RS - 120.371,60
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PENSAO PAGA - 36.273,47
IR RETIDO NA FONTE - 10.685,25
PREVIDENCIA - 7.468,72
SISTEMA DE SAÚDE DOS SERVIDORES - 3.731,42
TOTAL
120.371,60 - 58.158,86, ou seja, fiquei com pouco mais que a metade! Ah, mas claro, tem abatimento, que resultou em uma devoluçao de...
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1.070,76!
Eis ai o fat cat Tulio, no alto de sua RIQUEZA...

Nesses tempo de corte de bolsas e crises nas universidades li artigos que acusavam os bolsistas de elites. Já que estavam entre os mais ricos do brasil pelo valor das bolsas: mestrado R$ 1,5 mil; doutorado R$ 2,2 mil; e pos-doutorado R$ 4,1 mil. Se jogar os dados brutos nessa base dá isso. Só que não é a realidade. Desconta as despesas básicas (alimentação, previdência, plano de saúde, transporte), despesas das atividades de pesquisa que vai ter que pagar do bolso, mais moradia e despesas domésticas em que geralmente mora longe da cidade de origem da família. Além de considerar uma cidade grande como São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte que o custo de vida é alto e precisa morar perto de onde trabalha. No fim não sobra nada. Ou pior falta e tem que aceitar o déficit.

Vi a mesma crítica para policiais, professores do ensino fundamental, micro-empresários e outros grupos que estão longe de serem elites. E lembrem que o Brasil é pobre e muita gente faz parte dos setores de baixa renda e produtividade. Então, a desigualdade é enorme e a comparação de renda pode ser muito enganosa.

A comparação correta e mais coerentes seria com profissionais similares em outros países. Por exemplo, a comparação do salário total de um juiz ou membros da justiça com outros países. É absurda a diferença. Ou para cargos técnicos que podem ser comparados entre iniciativa privada e pública. O problema é difícil fazer a comparação porque tem um monte de coisa que não sabemos e não tem dados.

Aí que o @Túlio. O serviço público brasileiro tem uma monte de bizarrices. Não precisa maquiar os dados para destruir a tal "elites com super salários". Por exemplo, um jovem senhor como tu ser aposentado compulsoriamente. E em vários tipos de trabalho acontece. Aumentem o prêmio que vai ter na aposentadoria. Já que vai viver menos anos com aposentadoria e tira a necessidade de contratar alguém para certas funções.

Outra coisa, em vários cargos de peão ou "peão técnico" dos governos estaduais e federal prometem uma remuneração X. Parece muito alta. Mas se retira todos os descontos vira uns 60% ou menos do valor bruto. Incluindo uma previdência especial para servidor público que muita gente não quer. E para os novinhos é inútil porque a previdência privada e pública vão convergir para mínimo. O mínimo é um ou dois salários mínimo e se vira. A previdência vai ser cada vez um seguro para não ir para debaixo da ponte.

Enquanto isso, as elites e como juizes ganham muito mais que o bruto. Porque eles conseguem um monte de benefícios que entram na margem da remuneração normal. É o caso do auxílio moradia e outros que viram bola de neve. O mesmo para alta burocracia que por mágica bombar os salários a margem do teto do STF e da lei.

Bolsonaro não representa candidatura militar; seria risco às Forças Armadas.

Eliane Cantanhêde - Estado de São Paulo, 12.08.18.

Se alguém acha que a atual campanha para a Presidência da República está sendo uma boa propaganda para a imagem dos militares, está redondamente enganado. Depois do capitão Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão e agora o inacreditável Cabo Daciolo, que foi do PSOL e concorre a presidente pelo Patriota. Bom para quem? Na fala dele, sobra Deus e falta a letra “S”.

As Forças Armadas são a instituição mais admirada pela população em todas as pesquisas e os oficiais fazem sofisticados cursos na carreira, passam por escolas superiores de excelência, estudam geopolítica e estratégia. Demoraram anos para se livrar das marcas da ditadura, apesar de ainda não confortáveis com a abertura dos arquivos, e concluir esse ciclo da história.

Lamentável que a campanha resgate velhos estigmas e preconceitos, como o de que militares são toscos, turrões, alheios ao mundo fora da caserna - uns “brucutus”. Eles não são nada disso, mas o que dizer de Bolsonaro? Militar, largou a carreira como capitão por indisciplina e para ser vereador. Deputado desde 1991, no sétimo mandato, nunca se destacou no plenário, nas comissões, nem por projetos: dois em 27 anos. Candidato, demonstra evidente despreparo para governar um País complexo e mergulhado em crise como o Brasil.

Tem-se, pois, que o líder nas pesquisas, quando o nome do ex-presidente Lula não entra, é um militar que não é militar há quase 30 anos e um deputado que critica os colegas, mas é do “baixo clero”, usa imóvel funcional indevidamente e é acusado de desviar funcionários pagos pela Câmara para cuidar de sua casa no Rio. Ele, o filho mais velho, o segundo e o terceiro são políticos e até a ex-mulher tentou ser. Se a política é tão abjeta, o que a família inteira faz dentro dela? Um mistério.

Bolsonaro procurou seu vice entre astronauta, príncipe, pastor, general, socialite, advogada polêmica... O risco seria um príncipe presidindo nossa República ou o Brasil indo para o espaço com o astronauta. Prevaleceu o general Mourão, que já defendeu intervenção militar e já estreou como vice decretando a “indolência” dos índios e a “malandragem” dos negros. E o Exército é justamente reduto e símbolo dessa rica miscigenação brasileira.

Para piorar, os eleitores acabam de descobrir o Cabo Daciolo, que nem chegou a sargento, mas já se imagina presidente. Bombeiro, foi expulso da corporação depois de tentar invadir um quartel. Do PSOL, foi expulso por querer incluir Deus na Constituição. Uma piada, mas uma piada de mau gosto.

Antes mesmo de Daciolo aboletar-se no debate de presidenciáveis na Rede Bandeirantes, o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, já tinha dado o primeiro alerta de que as Forças Armadas não têm nada a ver com essas maluquices. Disse que vê “com naturalidade” Mourão na vice de Bolsonaro, mas frisando que não se trata de “uma chapa de militares”. Leia-se: “Não temos nada a ver com isso”.

Quem conhece de dentro as Forças Armadas e os generais Luna e Silva, Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, aplaudiu a fala: “Eles têm de se distanciar rapidamente dessa aventura do Bolsonaro, porque, depois que cola, não descola mais”.

Bolsonaro atraiu legiões de seguidores nas redes sociais com a condenação à corrupção e um discurso conservador e caro à expressiva parcela da população, senão à maioria, na área de costumes: família tradicional, papel das mulheres, drogas, aborto. Ok, é um direito de quem prega e de quem segue. Só não se pode transformar essa embalagem de comportamento social numa candidatura militar e menos ainda numa promessa de governo militar. Além da ameaça para o Brasil, é um enorme risco para as próprias Forças Armadas.