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Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 04, 2013 9:41 pm
por kirk
ELSONDUARTE escreveu:A questão da Russia estar que querendo fincar o pé aqui no Brasil, poderia estar influenciando este "amor" dos Americanos pelo Brasil ?

Este poderia ser o motivo de estarem olhando o Brasil com outros olhos e dispostos a nos tratarem de forma diferente?

Será que agora irão nos tratar verdadeiramente como parceiros?

Se paramos um minuto, veremos que os nossos vizinhos estão se aproximando cada vez mais dos Russos.
E dos chinas também

kirk

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 04, 2013 10:07 pm
por kirk
Contrato da Embraer firma relacionamento cordial entre Brasil e EUA

SAMANTHA PEARSON
DO "FINANCIAL TIMES"

Não é o que muita gente esperaria encontrar escondido nos campos pacíficos e verdejantes do interior do Estado de São Paulo. Uma pista de pouso de cinco quilômetros de comprimento corre ao longo dos campos de cana de açúcar, conduzindo ao vasto complexo de armazéns azuis e brancos da Embraer.

Dentro deles, fileiras de aviões de ataque, muitos decorados com pinturas sinistras de boca de tubarão, estão esperando os toques finais de acabamento antes de serem transportados a países como Angola, onde realizarão missões de patrulha de fronteira e participarão de operações de combate ao narcotráfico.

A linha de montagem da Embraer em Gavião Peixoto, onde a companhia fabrica diversos jatos e conclui a produção do Super Tucano, um avião de ataque leve, há muito está na vanguarda do setor industrial brasileiro.

No entanto, à medida que a Embraer assina novos contratos para fornecer aviões a forças aéreas de todo o planeta, esse polo industrial também se tornou um ponto focal para as relações internacionais brasileiras.

O momento decisivo surgiu em março deste ano, quando a força aérea dos Estados Unidos por fim aprovou o fornecimento pela Embraer de 20 aviões Super Tucano a serem usados em missões de combate a insurgentes no Afeganistão. A Embraer e sua parceira norte-americana Sierra Nevada conquistaram um contrato no valor de US$ 428 milhões --o primeiro da companhia brasileira com a força aérea norte-americana.

O contrato foi não só entendido como um "selo de qualidade" oferecido pelo país com o maior orçamento mundial de defesa mas também como um sinal de um relacionamento melhor entre Brasil e Estados Unidos, depois de um processo de concorrência longo e politicamente indelicado.

DISPUTA

A Embraer conquistou o contrato em janeiro de 2012, inicialmente; a encomenda tinha o valor original de US$ 355 milhões. No entanto, um mês mais tarde, a força aérea dos Estados Unidos repentinamente cancelou o acordo, afirmando não estar satisfeita com a documentação apresentada.

As autoridades norte-americanas vinham enfrentando intensa pressão da competidora derrotada no processo de concorrência, a Hawker Beechcraft, que pediu concordata três meses mais tarde. O cancelamento do contrato, que surgiu pouco antes de uma visita da presidente brasileira Dilma Rousseff a Washington, foi visto como grande revés político.

Muita gente no Brasil suspeitava que a decisão havia sido tomada por motivos políticos, já que a disputa amarga pelo contrato havia se expandido, gradualmente, a uma controvérsia pública sobre que programa seria mais capaz de gerar empregos nos Estados Unidos. A Embraer e a Sierra Nevada reagiram abrindo um processo contra o Departamento da Defesa dos EUA em um tribunal federal, e em fevereiro o contrato voltou a ser conferido à parceria.

Depois de uma suspensão de último minuto do contrato causada por nova contestação da Beechcraft, o nome que a companhia americana adotou depois de sair da concordata, a força aérea norte-americana em março enfim autorizou a Embraer a iniciar a produção.

O contrato é relativamente pequeno para os padrões dos Estados Unidos, que, apesar dos cortes no orçamento de defesa, ainda respondem por mais de 40% dos gastos militares mundiais.

Para a Embraer, representa uma porta de entrada vital no mercado dos Estados Unidos, que pode conduzir a novos negócios tanto lá quanto em outros países.

"Mesmo que a força aérea norte-americana não exerça a opção de adquirir aparelhos adicionais e serviços, além do disposto no contrato inicial, o contrato do A-29 Super Tucano pode representar valor muito maior do que a s0ma inicialmente anunciada, especialmente se considerarmos os montantes de contratos adicionais de serviços", escreveu a Moody's Investors Services em nota de pesquisa recente.

"Ter um pedido de valor considerável da parte do Departamento de Defesa norte-americano deve propiciar maior sucesso à companhia em futuras concorrências junto a clientes internacionais", acrescentou a agência de classificação de crédito.

TRANSPORTE

O contrato surge no momento em que a Embraer está desenvolvendo também o jato de transporte militar KC-390, em cooperação com a Boeing, uma parceria que pode lhe propiciar ainda mais acesso ao mercado de defesa americano.

"O segmento de defesa e segurança da Embraer responde por cerca de 16% do total de vendas da companhia, mas antecipamos que rapidamente se tornará um componente mais importante em sua receita consolidada, nos dois próximos anos", escreveu a Moody's.

Depois do final feliz para a Embraer nos Estados Unidos, talvez em breve chegue o momento em que os brasileiros retribuirão o favor. A presidente Dilma prometeu tomar este ano a decisão final sobre um contrato muito aguardado para o reequipamento da força aérea brasileira, cujo valor é estimado em pelo menos US$ 4 bilhões, quase 10 vezes mais que o contrato conquistado pela Embraer.

A Boeing está disputando com a Dassault, da França, e a Saab, da Suécia, um contrato cujo vencedor fornecerá ao Brasil mais de 36 caças a jato.

Autoridades brasileiras deram a entender que a Boeing agora está em melhor posição para garantir o contrato.

PESQUISA

No mês passado, a companhia anunciou planos para construir um centro de pesquisa em São José dos Campos, São Paulo, onde a Embraer está sediada, como parte do que parece ser uma nova tentativa de cortejar o governo brasileiro.

O Brasil vem postergando há anos a decisão sobre os caças, e restrições orçamentárias podem forçar a presidente a adiar a decisão ainda uma vez, até depois da eleição presidencial do ano que vem.

Uma vitória para a Boeing no Brasil certamente ajudaria a cimentar ainda mais o relacionamento entre Brasil e Estados Unidos, mas, diante de uma desaceleração na economia do país, Dilma pode optar por deixar os Estados Unidos esperando.

Tradução de Paulo Migliacci

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... -eua.shtml

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 04, 2013 10:42 pm
por kirk
Vídeo – Pilotos da FAB empregam HMD pela primeira vez

http://www.youtube.com/watch?v=XOdznLRyOSQ

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=21282

kirk

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 04, 2013 10:55 pm
por Carlos Lima
FCarvalho escreveu:Os americanos nunca esconderam que tratam, ainda, a AL como seu quintal. E continuam não gostando de "certas aproximações" dos russos na área, principalmente em se tratando de "áreas sensíveis".

A coisa é o seguinte. Enquanto continuarmos trocando carne de porco por coisas banais, ou triviais em qualquer seara da economia, os americanos não se importarão. Mas quando a coisa começar a mexer em questões como tecnologia aeroespacial, nuclear, sistemas de software avançados e outras correlatas, aí vamos ver com quanto tempo eles aguentam antes de afundar, ou não, este tipo de relação no seu quintal.

abs.
x2

É por essas e outras que tem que tomar cuidado com as 'bondades'.

Tem que planejar muito bem e não se encantar com qualquer coisa.

Ou seja, nada contra o relacionamento, só tem que saber aonde estamos no metendo.
[]s
CB_Lima

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 04, 2013 10:56 pm
por kirk
Brasil está mais perto de comprar caças da Boeing após visita de Biden
Brian Winter
Em São Paulo 04/06/201322h02


O Brasil está mais perto de escolher os caças F-18 da Boeing BA.N em um dos contratos de defesa mais cobiçados no mundo em desenvolvimento após o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tratar as principais dúvidas do governo brasileiro durante uma visita a Brasília, disseram autoridades à Reuters.

Biden se reuniu com a presidente Dilma Rousseff na sexta-feira passada (31) e assegurou-lhe que o Congresso dos EUA deverá respeitar a promessa da Boeing de transferir tecnologia para o Brasil como parte do negócio, disseram três autoridades que estavam presentes, sob condição de anonimato.


O acordo envolverá 36 caças avaliados em US$ 4 bilhões, com prováveis encomendas subsequentes que deverão aumentar o valor do contrato de forma significativa ao longo do tempo. O acordo é crítico no momento em que os EUA e muitos países da Europa estão apertando os orçamentos militares. Os outros finalistas na competição são a francesa Dassault AVMD.PA e a sueca Saab SAABb.ST.

Dilma ainda não tomou a decisão final, e o momento para realizar o anúncio ainda não está claro, frisaram as fontes. Mas elas também disseram que os comentários de Dilma para Biden e outros recentes acontecimentos sobre o tema sugerem uma preferência pela Boeing, com uma possível decisão antes da visita da presidente brasileira à Casa Branca para se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama, em outubro.

"Se for a Boeing, Biden vai merecer muito do crédito", disse um alto funcionário do governo brasileiro.

A principal preocupação de Dilma com a oferta da Boeing foi o fato de que o Congresso dos EUA poderia bloquear a transferência de tecnologia por questões de segurança nacional.

O Brasil tem relações amistosas com os EUA, mas irritou alguns legisladores norte-americanos nos últimos anos por suas interações com Irã, Venezuela e outros países que antagonizam com Washington.

Dilma disse que a transferência de tecnologia é ainda mais importante do que os caças em si, porque o negócio deve impulsionar a própria indústria brasileira de defesa, incluindo a fabricante de aviões Embraer EMBR3.SA.

Biden não fez promessas absolutas sobre o que o Congresso norte-americano faria. Mas ele citou suas mais de três décadas de experiência no Senado para tratar das preocupações da presidente, ponto por ponto, disseram as fontes.

Segundo o relato das fontes, Biden explicou que os senadores democratas nunca se colocaram contra Obama em vendas estratégicas na área de defesa, enquanto a maioria dos republicanos segue a liderança do senador do Arizona, John McCain, que manifestou apoio ao negócio com o Brasil.

Biden teria dito ainda que os cortes no orçamento de defesa dos EUA podem reduzir a oposição no Congresso a um acordo que ajudaria uma empresa dos EUA. Ele também citou exemplos que mostram que o Congresso norte-americano bloqueou vendas no segmento de defesa em regiões estrategicamente difíceis no mundo, como no Oriente Médio, mas não em áreas pacíficas e democráticas, como a América do Sul.
Antes que a conversa fosse para outros assuntos, Dilma teria agradecido a Biden pelos argumentos "fortes" à favor da Boeing, disseram duas das fontes.

Perguntado sobre a conversa, um representante da Casa Branca disse que não iria fazer comentários sobre encontros privados, "mas em geral os EUA apoiam fortemente a oferta da Boeing".

O Brasil começou a considerar a substituição de seus caças Mirage na década dos anos 1990, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou publicamente em 2009 que iria escolher a Dassault. No entanto, por uma série de razões, desde restrições orçamentárias a ciclos eleitorais, a compra de caças pelo governo brasileiro ainda não foi fechada.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -biden.htm

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 04, 2013 11:40 pm
por NettoBR
Quanta notícia pipocando dizendo que a Boeing já ganhou... 8-]

kirk escreveu:...disseram que os comentários de Dilma para Biden e outros recentes acontecimentos sobre o tema sugerem uma preferência pela Boeing, com uma possível decisão antes da visita da presidente brasileira à Casa Branca para se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama, em outubro.

"Se for a Boeing, Biden vai merecer muito do crédito", disse um alto funcionário do governo brasileiro.
Jedi Mind Trick?? :shock:

http://rookery.s3.amazonaws.com/2609500/2609738_8ede_625x1000.jpg


:lol:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 4:35 am
por Andre Correa
Carlos Lima escreveu:
FCarvalho escreveu:Os americanos nunca esconderam que tratam, ainda, a AL como seu quintal. E continuam não gostando de "certas aproximações" dos russos na área, principalmente em se tratando de "áreas sensíveis".

A coisa é o seguinte. Enquanto continuarmos trocando carne de porco por coisas banais, ou triviais em qualquer seara da economia, os americanos não se importarão. Mas quando a coisa começar a mexer em questões como tecnologia aeroespacial, nuclear, sistemas de software avançados e outras correlatas, aí vamos ver com quanto tempo eles aguentam antes de afundar, ou não, este tipo de relação no seu quintal.

abs.
x2

É por essas e outras que tem que tomar cuidado com as 'bondades'.

Tem que planejar muito bem e não se encantar com qualquer coisa.

Ou seja, nada contra o relacionamento, só tem que saber aonde estamos no metendo.
[]s
CB_Lima
Exato... espero que tenham aprendido com as lições do passado, pois sempre há alguém a pensar diferente no meio de uma multidão... e é com esses que o Brasil deve ficar esperto, e saber como detetar, e resolver a tempo... política é algo complicado, pois sempre há alguém a tentar lucrar com o contrário...

[009]

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 6:35 am
por Wingate
Carlos Lima escreveu:
FCarvalho escreveu:Os americanos nunca esconderam que tratam, ainda, a AL como seu quintal. E continuam não gostando de "certas aproximações" dos russos na área, principalmente em se tratando de "áreas sensíveis".

A coisa é o seguinte. Enquanto continuarmos trocando carne de porco por coisas banais, ou triviais em qualquer seara da economia, os americanos não se importarão. Mas quando a coisa começar a mexer em questões como tecnologia aeroespacial, nuclear, sistemas de software avançados e outras correlatas, aí vamos ver com quanto tempo eles aguentam antes de afundar, ou não, este tipo de relação no seu quintal.

abs.
x2

É por essas e outras que tem que tomar cuidado com as 'bondades'.

Tem que planejar muito bem e não se encantar com qualquer coisa.

Ou seja, nada contra o relacionamento, só tem que saber aonde estamos no metendo.
[]s
CB_Lima




Wingate

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 1:53 pm
por Lirolfuti
E a rainha da sucata ataca novamente

Mirage F.1 para a Argentina?
Publicado em 04/06/2013 por Giordani em Militar

A Espanha está prestes a retirar do serviço os últimos Mirage F-1. O ministério da Defesa deseja obter algum ganho financeiro com a ‘aposentadoria’ dos caças e a Argentina é o país mais bem cotado para comprá-los.

O dinheiro seria um “extra” necessário. No total são oito Mirage F-1, atualmente em serviço na Ala 14, com sede em Los Llanos (Albacete), além de outros quatro (para servirem como fonte de peças de reposição).

A Argentina enviou uma delegação para a base em Albacete para verificar as condições dos caças, cuja a unidade em breve deve chegar as 200 mil horas de voo. De acordo com fontes da Força Aérea, os recursos desta transferência “são essenciais para cobrir determinadas emergências”, mas se recusam a comentar um valor estimado para o contrato.

Alguns militares expressaram relutância para com este contrato em potencial com a Argentina, pois existem rancores e mágoas com o governo argentino, como por exemplo o caso da expropriação da YPF.O Mirage F-1 serviu por 38 anos com a força aérea espanhola e os últimos oito aviões serão desativados ainda este mês, durante um show aéreo, previsto para o dia 23 de junho.



NOTA DO EDITOR: Realmente eu gostaria de ver o Mirage F.1 com o cocar da FAA, mas qual seria o ganho? A FAA mal consegue manter seus velhos e desdentados Mirages voando. E a FAA receberia armamento compatível? Valeria o investimento?

NOTA DO EDITOR²: O Mirage F.1 pra mim foi o melhor de todos! Além, é claro, de ser lindíssimo!



FONTE: elconfidencialdigital
http://www.cavok.com.br/blog/?p=66961

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 1:59 pm
por BrasilPotência
Vão comprar caças que o motor não dura nem um ano, e nem podem passar por uma MLU, não entendi qual a vantagem desses caças.
Poderiam é usar esse dinheiro e comprar os JF17 da China, que recentemente divulgaram o inicio das vendas ao exterior.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 2:04 pm
por Sávio Ricardo
BrasilPotência escreveu:Vão comprar caças que o motor não dura nem um ano, e nem podem passar por uma MLU, não entendi qual a vantagem desses caças.
Poderiam é usar esse dinheiro e comprar os JF17 da China, que recentemente divulgaram o inicio das vendas ao exterior.
E Argentino por um acaso tem inteligência para pensar assim?! :twisted:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 2:12 pm
por FCarvalho
Nem ligues para isso. É coisa de nossos hermanos, que sabe-se lá como é que ainda conseguem ter forças armadas no país.
Para eles é como trocar uma dentadura velha de dois dentes amarelos, por uma nova, todos brancos, só que com apenas 13 dentes. Para a realidade deles nada demais.

abs.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 2:29 pm
por BrasilPotência
Triste situação. Deus me livre um dia ver a FAB assim.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 2:57 pm
por FCarvalho
Bem que estão tentando. Onde não interessa. 8-]

abs.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Qua Jun 05, 2013 4:35 pm
por ELSONDUARTE
F-X2: Reuters dá como certa a escolha do Super Hornet pelo Brasil

Imagem

Fontes ouvidas pela agência de notícias com sede em Londres disseram que o anúncio ocorrerá antes de outubro



Dave Gregorio

O Brasil está perto de fechar com a fabricante de aeronaves norte-americana Boeing a compra de caças F/A-18 Super Hornet em uma das disputas mais cobiçadas do mundo após o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, visitar autoridades do governo brasileiro em Brasília e sanar dúvidas, segundo fontes da agência Reuters.

Biden se encontrou com a presidente brasileira Dilma Rousseff na sexta-feira passada e assegurou-a de que o Congresso dos EUA provavelmente respeitará o acordo de transferência de tecnologia sensível ao Brasil, parte do negócio, informaram três fontes que estiveram presentes ao encontro.

O acordo envolve a compra de 36 caças por um valor próximo de US$4 bilhões, com possíveis aquisições posteriores que podem elevar o valor do contrato com o tempo. Isto representaria um grande prêmio para as empresas de defesa norte-americanas num momento em que os EUA e muitos países europeus estão enxugando os orçamentos de defesa.

A presidente Rousseff ainda não tomou a sua decisão final, e o momento do anúncio ainda não está claro, segundo dito pelas fontes.

Mas comentários da presidente para Biden e outros acontecimentos recentes sugerem a preferência pela Boeing, sendo que uma decisão deve ser anunciada antes da visita de estado que Dilma fará à Casa Branca para se encontrar com o presidente dos EUA, Barack Obama, em outubro.

“Se for a Boeing, Biden merece muito dos créditos por isso” disse uma autoridade brasileira.

A principal desconfiança de Dilma em relação à proposta norte-americana sempre foi a possibilidade do Congresso dos EUA vetar a transferência de tecnologia em função de preocupação com relação à segurança nacional. O Brasil possui relações cordiais com os Estados Unidos, mas irritou alguns congressistas nos últimos anos por meio de suas interações com o Irã, a Venezuela e outros países que antagonizam com Washington.

Dilma, uma militante pragmática da esquerda, disse que a tecnologia é até mesmo mais importante que os próprios jatos porque o negócio pode impulsionar as indústrias de defesa do Brasil, como a Embraer.

No encontro da última sexta-feira, Dilma primeiramente levantou suas dúvidas em relação ao acordo de transferência de tecnologia, disseram as fontes.

Biden não fez promessas sobre o que o Congresso fará. Mas ele disse, do alto das suas três décadas de experiência no Senado, para tratar ponto a ponto as preocupações.
Fator “SEQUESTRATION”?

Segundo o relato de algumas autoridades, Biden explicou que os senadores democratas nunca estiveram contra as vendas estratégicas do governo Obama, enquanto que muitos dos Republicados, encabeçados pelo senador John McCain do Arizona, mostraram disposição em apoiar a negociação com o Brasil.

Biden disse que a redução do orçamento de defesa dos EUA pode reduzir qualquer tentativa de oposição ao negócio no Congresso em um acordo que auxiliará a indústria de defesa dos EUA.

Ele também citou exemplos de bloqueios feitos pelo Congresso em acordos de defesa com países situados em regiões estrategicamente difíceis como o Oriente Médio, mas não com áreas pacíficas e predominantemente democráticas como a América do Sul.

Antes que a conversa mudasse de rumo, Dilma agradeceu Biden por fornecer fortes argumentos para usar a favor da Boeing, disseram duas fontes.

Perguntado sobre a questão, um funcionário da Casa Branca disse: “Nós não nos manifestaremos sobre conversas privadas, mas no aspecto geral os EUA apoiam fortemente a proposta da Boeing.”

O programa F-X2 anda fragilizado pela sua longa demora.

O Brasil inicialmente procurava um substituto para os caças Mirage na década de 1990, e o antecessor de Dilma declarou publicamente em 2009 que ele escolheria a Dassault.

No entanto, por uma série de razões, desde problemas orçamentários até ciclos eleitorais, o governo adiou a decisão sucessivamente. Executivos da companhia, alguns deles tentando convencer o Brasil por mais de uma década, diziam de forma jocosa que o Brasil não tinha intenção nenhuma de comprar caças.

Relação de longa duração

No entanto, existem razões diveersas para a presidente Dilma anunciar a decisão sobre os caças antes do final desse ano, quando a Boeing deverá ser declarada a vencedora.

Militares brasileiros tem dito sistematicamente que manter os caças Mirage será difícil após o final desse ano. Nesse meio tempo, a sensibilidade de anunciar o gasto de milhões de dólares durante um período econômico de retração poderia levar Dilma a anunciar a decisão antes de 2014, quando ela enfrentará a reeleição.

Dilma lançou o acordo como uma parte crucial do alinhamento do Brasil nas décadas que virão – uma mensagem que ela repetiu para Biden na sexta-feira.

Apesar de desafiar as vontades de Washington em questões como a da Síria, Dilma tem procura estreitar relações com os EUA. Ela recebeu um fluxo constante de secretários de gabinete e senadores, e aceitou o convite de Obama para uma visita de Estado, a primeira de um líder brasileiro em 20 anos.

Pelo seu lado, os EUA, pela primeira vez na história da USAF, escolheu a Embraer em fevereiro para o fornecimento de 20 aviões de ataque leve – um negócio que muito brasileiros viram como fundamental para a escolha do F/A-18.

A Boeing também aprofundou seu relacionamento com a Embraer em tempos recentes.

Enquanto isso, o governo brasileiro tem sido menos feliz com os outros finalistas do programa F-X2. O recente acordo com a França para a construção de submarinos resultou em menor número de transferências de tecnologia que o esperado, disse um oficial.

França e Suécia se opuseram ao candidato do Brasil para liderar a Organização Mundial do Comércio, que ganhou o cargo no mês passado. Os Estados Unidos também apoiaram um candidato diferente, mas foram mais contidos em seu apoio, na visão de Brasil.

“Notamos estas coisas, e eles são todos os fatores que influenciam a decisão (jatos)”, disse uma brasileira. “Trata-se de muito dinheiro, e queremos escolher o parceiro certo.

FONTE: Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

Lembrando a proposta da Boeing para a FAB:
(Lembrando que a lista abaixo foi obtida a partir da notificação do Pentágono ao Congresso dos EUA. O conteúdo muito provavelmente foi modificado para melhor nas revisões das posteriores)
Imagem

Fornecimento de 28 F/A-18E Super Hornet e 8 F/A-18F Super Hornet, 72 F414-GE-400 motores instalados, peças de reposição e armas por US$ 7 bilhões.
4 motores F414-GE-400 para reposição
36 radares AN/APG-79
36 canhões M61A2 20mm
36 RWR AN/ALR-67(V)
144 lançadores LAU-127
44 Joint Helmet Mounted Cueing Systems (JHMCS)
28 mísseis AIM-120C-7 AMRAAM
28 AIM-9M SIDEWINDER
60 GBU-31/32 Joint Direct Attack Munitions (JDAM)
36 AGM-154 Joint Standoff Weapons (JSOW)
10 AGM-88B HARM Missiles
36 Pods AN/ASQ-228 (V2) Advanced Targeting Forward-Looking Infrared (ATFLIR)
36 AN/ALQ-214 Radio Frequency Countermeasures.
40 AN/ALE-47 Electronic Warfare Countermeasures Systems
112 decoys rebocados AN/ALE-50