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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 2:13 pm
por FCarvalho
jauro escreveu:Com este meu post espero responder alguns questionamentos.
-considerando que os 36M109A3 sejam elevados à categoria de A5;
-que a compra recente seja mesmo de 72VBOAP.
-total de 108VBOAP155mm.
Composição das AD
-Material
Caesar ou M777A/2 e M109A5
Organização
- Cmdo, BiaCmdo, 01GAC155AP SL, 01GAC155AP SR, 01GAC Misto (BiaLMF e Bia BA).
Grupos com 03Bia.
Quantidade
03AD
Jauro, eu coloquei esta imagem aqui quase que ao acaso uma página atrás, mas notando este seus post, é mais ou menos por aí que o EB está pensando a nova organização das AD's?
Uma outra coisa, a manutenção das atuais AD's não seria um antagonismo ou mesmo um passo na direção contrária da nova organização do EB, agora abrigando nas Brigadas como as suas GU de manobra, e que em tese deveria contar com apoio de GAC-AP e AR, segundo o modelo da bgda, orgânicos das mesmas?
Ainda existe espaço para artilharia divisionária em um exército de brigadas?
abs.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 3:36 pm
por jauro
O EB está reestruturando. Para isso escolheu um elemento de emprego para ter um norte e poder aplicar sua mudança em uma fração bem definida "a Brigada". No entanto as DE continuarão existindo , bem como os Btl, SU e Pel. O escalão acima da DE (ExCmp, FTC) também existirão e são os G Cmdos enquadrantes das Bdas e das DE.
As Divisões são antigas. Existem desde épocas remotas e sempre enquadraram Brigadas Regimentos e Btl, ajudam a diluir os Cmdos de Bda para os Cmdos Superiores. Imaginem um ExCmp tendo de empregar 015BdasInf e 05 Bdas de Cav, 01BdaPqdt, 01BdaOpEsp, 01BdaLvAmv, 01 BtlAv e uma BdaAAAe (sem contar os comandos que pode receber da Marinha e da e FAe. Com certeza o Cmt desta FTC iria a loucura juntamente com seu EM, por melhor que fosse.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 4:08 pm
por FCarvalho
Jauro, já houve por parte do EB algum ROB para a substituição dos M-114's ou a coisa toda está fechada em torno do M-777?
Pergunto pois, em princípio, este obuseiro foi pensado para prover o apoio de fogo mais pesado à forças leves, como pqdt's e aeromóveis. Em todo caso, comparativamente, em relação a outros materiais da mesma classe, seu alcance fica a dever para a imensa maioria dos concorrentes, que objetivamente, dispensando os requisitos de peso e aeromobilidade detém melhores capacidade de alcance e mesmo do uso de munição assistida de melhores qualidades, em termos opcionais e operacionais/alcance. Se aquele primeiro ronda os 30kms de alcance máximo, operando normalmente na faixa dos 24kms, estes últimos operam acima dos 40 kms em tiro regular e com munição assistida pode até ultrapassar, em alguns casos como o G5 da Denel, os 75kms, com munição de alcance estendido.
Dito isto, caso o EB venha mesmo a adotar a organização cita por ti, num misto de obuseiros AR e AP, não seria mais lógico integrar-se estas undes com o próprio Caesar AR, ou G5-2000 da Denel, ou ainda um FH-77 sueco, que teriam, penso, menos restrições no caso de operarem em unidades em nível de AD do que aquele obuseiro, que foi, insisto, pensado justamente para atuar em nível bgda?
http://www.revista-artilharia.net/index ... &Itemid=33
abs.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 4:10 pm
por jauro
A Brigada continua a ser o módulo básico de emprego da F Ter, sendo a “Gran-
de Unidade formada por um conjunto equilib
rado de elementos de combate e de co-
mando e controle e, de acor
do com seu nível de prontidão
e missões, de elementos
de apoio ao combate e de
apoio logístico, que lhe pr
oporcionem a capacidade de
atuar independentemente e durar na ação”.
Este é o pensamento do projeto de força para que a FT tenha um azimute e um objetivo definido, durante o processo de transformação.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 4:20 pm
por FCarvalho
Um link que creio seja interessante para esta discussão toda sobre novos obuseiros no EB, mas que pouco se comenta, quanto as modernas sistemáticas de identificação e localização dos alvos por esta.
http://artilhariaemcombate.zip.net/
abs.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 4:45 pm
por jauro
FCarvalho escreveu:Jauro, já houve por parte do EB algum ROB para a substituição dos M-114's ou a coisa toda está fechada em torno do M-777?
Pergunto pois, em princípio, este obuseiro foi pensado para prover o apoio de fogo mais pesado à forças leves, como pqdt's e aeromóveis. Em todo caso, comparativamente, em relação a outros materiais da mesma classe, seu alcance fica a dever para a imensa maioria dos concorrentes, que objetivamente, dispensando os requisitos de peso e aeromobilidade detém melhores capacidade de alcance e mesmo do uso de munição assistida de melhores qualidades, em termos opcionais e operacionais/alcance. Se aquele primeiro ronda os 30kms de alcance máximo, operando normalmente na faixa dos 24kms, estes últimos operam acima dos 40 kms em tiro regular e com munição assistida pode até ultrapassar, em alguns casos como o G5 da Denel, os 75kms, com munição de alcance estendido.
Dito isto, caso o EB venha mesmo a adotar a organização cita por ti, num misto de obuseiros AR e AP, não seria mais lógico integrar-se estas undes com o próprio Caesar AR, ou G5-2000 da Denel, ou ainda um FH-77 sueco, que teriam, penso, menos restrições no caso de operarem em unidades em nível de AD do que aquele obuseiro, que foi, insisto, pensado justamente para atuar em nível bgda?
abs.
ROB é para material novo e desconhecido, que nunca foi empregado por outros Exércitos.
Estas informações que passei são de um simpósio de alto nível sobre artilharia de campanha. A partir das conclusões do simpósio, o ACE e o EME vão paulatinamente implantando as ideias levantadas e achadas conforme.
Batido martelo só para o M109A5.
BdaMec: 01GAC 155AP SR (Caesar);
BdaLv: 01GAC 105 AR (M119);
BdaInfPqdt, Sl e Amv: 01GAC 105 AR (M 56 e MrtP120)
Tudo está decidido desde Nov 2011. A parte dos M109A5 parece que está sendo feita e as demais para acontecer entre 2015, 2022 e 2030.
Acredito que com os cortes, o pessoal que está tratando do M109, aqui e lá nos EUA, devem estar passando vergonha.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 4:51 pm
por jauro
FCarvalho escreveu:Um link que creio seja interessante para esta discussão toda sobre novos obuseiros no EB, mas que pouco se comenta, quanto as modernas sistemáticas de identificação e localização dos alvos por esta.
http://artilhariaemcombate.zip.net/
abs.
Sim muito bom este trabalho. O simpósio foi composto por gente deste nível ou mais. Não conheço o Capitão, mas fui aluno do pai dele na Escola de Comando e Estado Maior.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 4:56 pm
por RobsonBCruz
jauro escreveu:RobsonBCruz escreveu:Jauro,
Hoje temos 4 ADs (AD/1 AD/3 AD/5 e AD/6).
Uma será extinta ou será transformada nesse escalão superior?
O EB terá as AD/1, AD/3 e AD/5.
No âmbito FAE (força de atuação estratégica) mais uma GU (grande unidade) de ArtCmp.
A AD/6 seria a da transformação.
Eventualmente as AD podem receber um GAAAe da BdaAAAe.
A FAE está prevista no PROFORÇA.
Obrigado, jauro.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 9:18 pm
por FCarvalho
jauro escreveu:FCarvalho escreveu:Jauro, já houve por parte do EB algum ROB para a substituição dos M-114's ou a coisa toda está fechada em torno do M-777?
ROB é para material novo e desconhecido, que nunca foi empregado por outros Exércitos.
Estas informações que passei são de um simpósio de alto nível sobre artilharia de campanha. A partir das conclusões do simpósio, o ACE e o EME vão paulatinamente implantando as ideias levantadas e achadas conforme.
Batido martelo só para o M109A5.
ok
BdaMec: 01GAC 155AP SR (Caesar);
Pode haver aqui a abertura para uma concorrência ou o povo já fechou no Caesar?
BdaLv: 01GAC 105 AR (M119); e BdaInfPqdt, Sl e Amv: 01GAC 105 AR (M 56 e MrtP120)
Quanto a este tipo de unidades, não seria mais prudente, e lógico, recorrer ao mesmo tipo de obuseiro para todas elas, no caso o Light Gun, já que os M-56 estão descontinuados e superados há tempos? A continuidade dos M-56 deve primariamente a questões financeiras ou os artilheiros amam ele demais para deixá-lo de lado?Qual o impecilho técnico que não nos permitiria a comunalidade neste item?
Tudo está decidido desde Nov 2011. A parte dos M109A5 parece que está sendo feita e as demais para acontecer entre 2015, 2022 e 2030.
Acredito que com os cortes, o pessoal que está tratando do M109, aqui e lá nos EUA, devem estar passando vergonha.
Somos dois então.
Sim muito bom este trabalho. O simpósio foi composto por gente deste nível ou mais. Não conheço o Capitão, mas fui aluno do pai dele na Escola de Comando e Estado Maior.
abs.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 9:24 pm
por henriquejr
Sei que o questionamento sobre a utilização do Obus Otomelara M56 foi para o Jauro, mas contribuindo para a discussão, li algum tempo atrás que a maior vantagem deste obus é a sua grande mobilidade devido ao seu pequeno tamanho. Li que é possível transporta-lo, desmontado, no lombo de búfalos ou pelos próprios soldados, fazendo desta arma a melhor opção para as unidades de infantaria de selva.
Agora é aguardar o comentário do Jauro, que é quem realmente entende da coisa!
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jul 31, 2013 11:36 pm
por jauro
henriquejr escreveu:Sei que o questionamento sobre a utilização do Obus Otomelara M56 foi para o Jauro, mas contribuindo para a discussão, li algum tempo atrás que a maior vantagem deste obus é a sua grande mobilidade devido ao seu pequeno tamanho. Li que é possível transporta-lo, desmontado, no lombo de búfalos ou pelos próprios soldados, fazendo desta arma a melhor opção para as unidades de infantaria de selva.
Agora é aguardar o comentário do Jauro, que é quem realmente entende da coisa!
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Entender de tudo é muito difícil, porque os estudos de técnica de armamento são restritos às respectivas armas e ao Quadro Material Bélico lá nos bancos escolares da AMAN.
Quanto a este tipo de unidades, não seria mais prudente, e lógico, recorrer ao mesmo tipo de obuseiro para todas elas, no caso o Light Gun, já que os M-56 estão descontinuados e superados há tempos? A continuidade dos M-56 deve primariamente a questões financeiras ou os artilheiros amam ele demais para deixá-lo de lado?Qual o impecilho técnico que não nos permitiria a comunalidade neste item?
Quem ama na realidade o M56 são os artilheiros paraquedistas.
Porém, já escutei por aí que o LG é um Obuseiro que não resiste às intempéries da Amz, tais como a umidade, pressão, calor excessivo, as chuvas e a areia dos rios e igarapés (córregos); por sua vez, os OM56 são robustos, resistentes, lançáveis por paraquedas, desmontáveis, fáceis de montar, tem uma rapidez incrível para entrada em posição e execução dos fogos, boa precisão e realizam, na selva e para a tropa Pqdt, o tiro direto, como se canhão fora.
Pode haver aqui a abertura para uma concorrência ou o povo já fechou no Caesar?
Como disse esta é a conclusão a que chegou o Simpósio (01GenBda e vários Cel, TC e Maj de Art).
Colocaram ao lado de Caesar (fazer uma parceria c/ os franceses).
Não acredito em fechamento com os gauleses.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Ago 01, 2013 2:55 pm
por FCarvalho
Bom, que os M-56 parecem ser tudo isso, já tinha também escutado e sabido há tempos. Mas convenhamos que não poderemos seguir em pleno Sec. XXI armando-nos com equipamentos que, no geral, tem sua gênese a mais de 50 anos atrás, por mais que que ele seja bom. E ser bom aqui, nem sempre significa ser o mais adequado ou o melhor para as nossas necessidades atuais, ou futuras.
Se há problemas com os LG, seria o caso de: um, obtermos junto ao fabricante a retificação destes problemas, caso se interessem e/ou queiram vender mais unidades para nós ou, dois, selecionarmos no mercado exterior, um modelo que supra todas as necessidades e características objeto dos meios de operação para a artilharia leve em todos nossos ambientes operacionais.
Ou divagando um pouco, investir no projeto, desenvolvimento e produção de um obuseiro leve de campanha nacional. Tempos atrás aqui mesmo neste tópico, se bem me lembro, falando sobre esta questão, em função do projeto argentino de obuseiro leve CALA 105, parece-me que com o colega RobsonCruz, verificou-se que teríamos, em tese, uma demanda em torno de umas 200 a 300 peças neste calibre, caso queiramos manutenir todas as bgdas que deles deverão dispor como planejado no Proforça. Estes números me parecem em princípio justos para requisitarmos à industria nacional um projeto como este. Caso contrário, este seriam também a necessidade atual e futura no médio/longo prazo para a reposição/disposição das peças AR105 de que iremos precisar, caso planejamento do EB seja alcançado integralmente. Em termos comerciais e industriais, é mais do que um chamariz para os atuais fabricantes de obuseiros leves, que na atualidade não são muitos, eu sei, mas que nos daria com certeza uma certa flexibilidade de decidir e definir qual melhor equipamento para nós. E não simplesmente aceitar o que nos quiserem impor.
Mas, penso que pelo andar da carruagem, em termos de nossas artilharia de campanha, os ralos LG's e os poucos M-56 de que dispomos, continuarão a fazer o seu trabalho, junto as centenas de vestutos e antiquados M-101's em seus Gac's ainda por muitos anos, antes de o EB conseguir decidir-se a poder rever a sua manutenção e organização deste nível de nossas artilharia. Por enquanto, a vinda de mais M-109 parece estar mais do que de bom tamanho.
abs.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Ago 01, 2013 7:26 pm
por Clermont
jauro escreveu:Quem ama na realidade o M56 são os artilheiros paraquedistas.
Porém, já escutei por aí que o LG é um Obuseiro que não resiste às intempéries da Amz, tais como a umidade, pressão, calor excessivo, as chuvas e a areia dos rios e igarapés (córregos); por sua vez, os OM56 são robustos, resistentes, lançáveis por paraquedas, desmontáveis, fáceis de montar, tem uma rapidez incrível para entrada em posição e execução dos fogos, boa precisão e realizam, na selva e para a tropa Pqdt, o tiro direto, como se canhão fora.
Não seria viável substituir todos os obuseiros M56 por morteiros raiados 120 mm?
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Ago 01, 2013 8:48 pm
por knigh7
tykuna escreveu:Tá com cara de verdade... eles falam em assinar contrato até agosto. O contrato antigo já foi até pago parcialmente.
Land Platforms
Brazil set to sign M109A5 howitzer contract with US
Victor Barreira, Lisbon - IHS Jane's Defence Weekly
25 July 2013
The Brazilian Army is to sign a contract with the US Department of Defense (DoD) for a foreign military sale of 36 M109A5 155 mm self-propelled howitzers plus associated systems and services.
Officials hope to complete the contract signing by 31 August 2013, the Brazilian Army told IHS Jane's on 19 July.
The vehicles are to come from the US Army's inventory and will be modernised to the M109A5+ standard before delivery to Brazil.
It is understood that a contract to upgrade the vehicle is to be awarded later by the US Army Tank Automotive Command Life Cycle Management Command to the equipment's original manufacturer (OEM), BAE Systems Land & Armaments
Fonte:
http://www.janes.com/article/25068/braz ... ct-with-us
Essa notícia se trata daquela aquisição anunciada no ano passado...é igual.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Ago 01, 2013 10:20 pm
por jauro
Clermont escreveu:jauro escreveu:Quem ama na realidade o M56 são os artilheiros paraquedistas.
Porém, já escutei por aí que o LG é um Obuseiro que não resiste às intempéries da Amz, tais como a umidade, pressão, calor excessivo, as chuvas e a areia dos rios e igarapés (córregos); por sua vez, os OM56 são robustos, resistentes, lançáveis por paraquedas, desmontáveis, fáceis de montar, tem uma rapidez incrível para entrada em posição e execução dos fogos, boa precisão e realizam, na selva e para a tropa Pqdt, o tiro direto, como se canhão fora.
Não seria viável substituir todos os obuseiros M56 por morteiros raiados 120 mm?
Um Obus (qualquer que seja) possui um rol de vantagens a mais que os MrtP. Entre eles a precisão e a velocidade de tiro.