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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Jun 21, 2018 5:20 pm
por knigh7
LeandroGCard escreveu: Qua Jun 20, 2018 5:41 pm
Clermont escreveu: Qua Jun 20, 2018 2:11 pm
Ignorância, má-fé e covardia.

Alexandre Schwartsman - Folha de São Paulo, 13 de junho de 2018.

É mentira que as despesas da dívida pública representem metade do gasto do governo, muito embora seja repetida à exaustão por candidatos que se dizem entendedores de economia, como Ciro Gomes. O truque empregado por quem quer propagar a lorota consiste em jogar no mesmo balaio o gasto com juros da dívida e o pagamento de amortizações, transações que têm natureza fundamentalmente distinta.
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Isto dito, é notável como nenhum dos economistas ligados ao candidato se manifestou acerca desta óbvia falsidade. Como imagino não ser por ignorância, adicionamos à má-fé outra possibilidade: a covardia, evidente no pavor de contrariar o chefe.
Meu Deus, que texto absurdo.

Então por este raciocínio os juros do cartão de crédito não pago também não são despesa, podemos deixar a bola de neve rolar ad-infinitum e nem precisamos nos preocupar... :roll: .


Leandro G. Card
Vc está usando um exemplo descabido.
O que ele disse é que o valor do principal no qual o Estado pegou emprestado e vem rolando, ou seja, as amortizações, não é despesa. Ele está devolvendo aquilo que pegou emprestado. Já os juros são despesa.

O discurso do Ciro Gomes é bastante demagogo. Até porque o Brasil não vem tendo superávit primário nem para pagar os juros.
E boa parte da divida pública, que é baseada em taxa pós-fixada tendo como referência a SELIC, o custo dela vem caindo bastante.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Jun 21, 2018 5:47 pm
por Marechal-do-ar
LeandroGCard escreveu: Qui Jun 21, 2018 1:03 pmMarechal, você vai ter que explicar melhor isso aí:

Que história é essa de que dinheiro é dívida? Quando eu pago meus impostos e o governo recebe o dinheiro o que é que ele fica automaticamente devendo e a quem?
Quando você paga impostos é como se o governo tomasse títulos de volta.

Originalmente o dinheiro era ouro, e então lastreado em ouro, quer dizer, dava para chegar no emissor e pegar ouro em troca, dava para quitar a dívida, hoje o dinheiro é basicamente um cheque sem fundo (não possui um lastro), mas o emissor vai aceitá-lo de volta, o Real é efetivamente um título emitido pelo governo brasileiro que, quando você precisar pagar alguma coisa ao governo, este vai aceitar esse título como forma de pagamento, só que o dinheiro é um título sem prazo, é tipo, hoje, então sem juros.
Já uma LFN ou qualquer outro título público tem prazo, não da para comprar hoje e, amanhã, exigir que o governo pague, o governo vai pagar, mas só no prazo estipulado, e quanto maior o prazo, maior o juros (o fiador vai exigir isso).
LeandroGCard escreveu: Qui Jun 21, 2018 1:03 pmMas o governo pode até certo ponto definir a taxa de juros que quer pagar. O limite mínimo é dado basicamente pela confiança que lhe confere o mercado, o que é medido por índices como o risco país. Este estava em 345 no dia 19/06/2018 ou seja, o limite estaria em 5,45% a.a. (considerando a taxa de juros anual dos EUA, que está em 2%). Valores acima disso não são mais necessários (pelo menos nesta data) para fins de se obter financiamnetos ou rolar a dívida pública, e são decisão do governo considerando outros motivos.
Não é bem assim, sei que em janeiro o governo captou dolares a 5,4%, se considerar a desvalorização do real, quem comprou título público em real pela taxa Selic perdeu dinheiro, mas essa taxa Selic tem um impacto muito menor nos juros que o governo paga do que aparanta a primeira vista, por exemplo, o prazo médio da dívida pública do Brasil hoje é de 4,75 anos, para esse prazo o juros está nos 9%, reduzir a Selic (reduzir a oferta de títulos a curto prazo) implicaria ou em inflação ou em aumentar a oferta de títulos de longo prazo, aumentando os juros, no economês*, "aumentaria a inclinação da curva de juros".
LeandroGCard escreveu: Qui Jun 21, 2018 1:03 pmNo caso brasileiro, o motivo alegado é o controle da inflação, e é aí que está o grande problema. Com esta idéia de que rolagem da dívida não é despesa o BC se sente livre (ou é deixado livre) para elevar as taxas de juros para quanto ele bem achar que deve, como se não fosse necessário pensar depois no pagamento do aumento do serviço da dívida. Só que isso É PRECISO, pois caso contrário irá gerar volumes de juros cada vez mais altos que serão impossíveis de pagar e farão a dívida explodir não importa o que governo faça em termos de esforço fiscal e redução de despesas. Foi exatamente isso o que aconteceu entre 2015 e 2018, quando a soma dos déficits públicos somou algo entre 200 e 300 bilhões, mas devido á elevação dos juros a dívida pública subiu mais de 1 trilhão devido justamente ao "desimportante" e "inócuo" serviço da dívida. E enquanto persistir esta idéia de que os juros da dívida não são despesa isso vai continuar acontecendo, como vem ocorrendo desde o início do governo FHC, até que o país fique inadimplente e seja obrigado ou ao calote ou a um novo surto de hiperinflação. E não tem economia possível nos gastos do governo que possa evitar isso se a taxa de juros continuar a ser utilizada de forma tão irresponsável.
Como o Bourne disse, o BC busca manter a dívida estável, e como já mencionei, para o governo, dinheiro é dívida, o desafio aqui não é zerar a dívida, o desafio é equilibrar onde o custo for o menor possível (emitir dinheiro resultaria em inflação o que traz seu próprio custo, que pode ser maior do que os juros pagos, a parte dificil de entender é que esse custo não é em Reais, que é justamente o que perde valor no caso de inflação).

*Lingua que alias, eu não falo tão bem assim, é como eu entendo.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Jun 21, 2018 6:13 pm
por knigh7
Evento ocorrido nesta semana:


Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Sex Jun 22, 2018 1:37 pm
por GIL
Palestra equilibrada, sensata.
A galera que chama o Bolsonaro de asno é a mesma que pensa que Lula e Dilma são intelectuais.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Seg Jun 25, 2018 5:23 pm
por Clermont
Ciro e o tempo.

Miriam Leitão - O Globo, 24.06.18.

Ciro Gomes chega à terceira disputa presidencial confirmando certos defeitos e algumas qualidades. Continua sendo um atirador a esmo, como mostrou nos últimos dias quando mirou em um vereador de primeira legislatura. O tempo não conteve seu temperamento.

Ele tem se preparado para o cargo e pode mostrar bons trunfos como gestor, mas suas ideias econômicas permanecem com muitos equívocos.

No Ceará, Ciro e depois seu irmão Cid, como governadores, fizeram uma revolução na educação e, curiosamente, ele tem falado pouco disso. Hoje são inúmeras as cidades cearenses que constam entre as mais bem avaliadas nos anos iniciais e finais do ensino médio. Em Sobral, onde ele foi prefeito, há várias escolas com as melhores avaliações. Esse bom desempenho se espalhou pelo estado. No excruciante problema da educação, há um caminho que passa pelo Ceará no fundamental, como há um caminho que passa por Pernambuco no ensino médio. Sei de visitar escolas nos dois estados.

Na economia, o ex-ministro da Fazenda continua confuso e com propostas mal explicadas. A ideia que ele defende de estabelecer um teto para o gasto com a dívida é a mais perigosa das que já defendeu nesta campanha. Segundo ele, seria um mecanismo parecido com o que existe nos Estados Unidos. Lá quando bate no teto, como se viu, ou o Congresso o eleva ou o governo fecha as portas. Mas o que espanta é ele não ter entendido ainda o que é ser emissor da moeda mais desejada do mundo, e da dívida que mais atrai investidores, e ser um país que sequer tem grau de investimento. Ao mesmo tempo que diz que sabe que a dívida é a poupança dos brasileiros, Ciro aproveita as entrevistas para defender a ideia, fácil e errada, de que os juros da dívida pública são pagos apenas aos banqueiros. Foi exatamente desse erro que o PT fugiu quando quis se tornar viável em 2002. Tantos anos depois, Ciro comete o mesmo equívoco. Limite para pagamento do serviço da dívida pode ser o primeiro passo para um calote.

Na Previdência, ele não nega o déficit, mas quase. Usa números para o rombo que não fazem sentido algum. Aliás, Ciro e números são seres que estão sempre em desencontro. Ele os confunde e mistura, mas fala com uma convicção que quem não entende acredita, quem entende se cansa se for discutir um por um.

Há muito tempo ele propõe como solução fazer uma reforma na Previdência que a leve do regime de repartição para o de capitalização. Desta vez, ele já demonstra entender que há “dificuldades monstruosas” para essa transição. Mas seu modelo ainda não ficou de pé.

A sua proposta de política de preços para a Petrobras repete, sem dizer, a mesma prática do governo Dilma. Ele quer que a estatal receba apenas a seguinte quantia: “quanto custa produzir um litro de gasolina, mais a remuneração do investimento, mais a depreciação, mais o lucro em linha com os competidores estrangeiros.” Ou seja, Ciro está propondo aquilo que critica, controle de preços. Quem dirá quanto é cada parcela do preço? O governo?

São inúmeras as confusões que ele tem feito, mas o que é espantoso é o fato de o tempo não ter dado a ele nem um pouco de temperança. O ataque ao vereador Fernando Holiday — a quem chamou de “capitãozinho do mato” e do qual disse que “a pior coisa é um negro que é usado para estigmatizar” — foi absolutamente gratuito. A jornalista da Jovem Pan até alertou que ele falava aquilo “sem ninguém ter perguntado”. Como ele é ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro da Fazenda, ex-ministro da Integração, candidato à Presidência pela terceira vez, o que o faz atirar gratuitamente em um iniciante na política e nestes termos?

Há analistas que consideram que Ciro nunca teve tantas condições, como agora, de disputar de forma competitiva a Presidência da República. Outros acham que ele não mudou e continuará sendo o seu maior adversário. Nesta pré-campanha ele tem confirmado a segunda visão. Cid Gomes, cuja principal função é apagar os incêndios do irmão mais velho, disse que o Brasil quer alguém assim “franco e sincero”. É uma versão. A verdade é que a maturidade chegou em vão para Ciro Gomes.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:23 am
por knigh7
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 6:54 am
por gabriel219
A Petrobrás importa a maioria do petróleo utilizado no país para refino (densidade leve), pois o petróleo nacional (muito mais denso) não conseguimos refinar e o cara me vem com proposta de controlar os preços sem considerar importação (preço do barril negociado em dólar)...

Jeniauuu, por que não pensei nisso antes?

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:08 pm
por Juniorbombeiro
gabriel219 escreveu: Ter Jun 26, 2018 6:54 am A Petrobrás importa a maioria do petróleo utilizado no país para refino (densidade leve), pois o petróleo nacional (muito mais denso) não conseguimos refinar e o cara me vem com proposta de controlar os preços sem considerar importação (preço do barril negociado em dólar)...

Jeniauuu, por que não pensei nisso antes?
Isso não é verdade.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:10 pm
por knigh7
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:13 pm
por gabriel219
Juniorbombeiro escreveu: Ter Jun 26, 2018 5:08 pm
Isso não é verdade.
Como não? https://br.reuters.com/article/business ... N1AJ-OBRBS
https://www.google.com.br/amp/s/economi ... eo.amp.htm

O petróleo extraído no Brasil é bruto e mais pesado, precisa ser refinado com óleo mais leve, que é importado. O excedente é exportado.

Importando petróleo leve pra fazer a mistura, você fica dependente da variação cambial do dólar e também do preço do barril.

O único jeito de ter estabilidade no preço de combustível é a flexibilidade fiscal dos impostos sobre combustíveis, diminuindo quando houver alta do preço dos combustíveis e do dólar, aumentando somente na queda de ambos.

Já a proposta do DOIDO é congelar preço.

A grande problema do país não é o preço dos combustíveis, já que estamos perto da média mundial, mas sim da instabilidade dos custos. Isso só vai ser resolvida com uma nova política fiscal e não com controle de preços pela Petrobrás a partir do congelamento, já que dependemos do petróleo leve importado.

Isso causou um rombo de centenas de bilhões em poucos anos, imagine em 4.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:19 pm
por gabriel219
knigh7 escreveu: Ter Jun 26, 2018 5:10 pm Imagem

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Normal pra um órgão que legisla mais que o congresso nacional.

Hoje nosso poder judiciário, ao contrário de interpretar as leis, escolhe qual deve ser seguida e qual não deve.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:25 pm
por J.Ricardo
Então, esses juízes estão cutucando a onça com vara curta, se empolgaram em pela primeira vez na história, julgar e condenar figurões, agora também querem legislar, só esqueceram que um bom café na Câmara dos Deputados, pode mudar e muito a vida de todos eles.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:33 pm
por gabriel219
Dois tweets já mudaram a decisão de muitos deles, até a postura do Barroso. Imagine umas visitas e cafés-da-manhã...

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:54 pm
por Juniorbombeiro
Você deveria ao menos ler as coisas que você posta, mas eu sinceramente já cansei de explicar esse assunto dezenas de vezes, estou cheio de escrever para as paredes, esse espaço aqui está se tornando cada dia mais um espaço de discussão raza e mentiras repetidas. Por isso que cada vez mais e mais pessoas que poderiam contribuir se afastam.
Vou apenas comentar por cima, pq obviamente, já deu para perceber que não estou com saco para isso.
A matéria fala de DERIVADOS de petróleo, é Justamente o contrário do que vc diz, não é importar petróleo para refinar, mas sim importar produtos já refinados.
Existe sim uma capacidade marginal de operar com petróleo importado, afinal existem várias características diferentes de petróleo (e preços diferentes também), mas aí já é um assunto que inclusive está além da minha capacidade técnica, prefiro nem comentar.
Agora...existe de fato uma capacidade ociosa de refino no Brasil (que não é pouca), coisa que não tem uma explicação convincente que possa ser digerida. Pode acreditar que estão tentando, mas chega a ser constrangedor ver as desculpas que tentam empurrar goela abaixo do corpo técnico da Petrobras.
Eu tenho uma explicação: não existe vácuo na política (nem na corrupção). Quantas refinarias de petróleo existem na Suíça? (pode até existir, mas não me ocorre nenhuma). E traders de derivados? Existe a Trafigura, uma das maiores do mundo nesse tipo de negócio (e a mais corrupta também). Agora vamos pensar... vocês acham que o "MP" da Suíça entregaria de mãos beijadas para um bando de caipiras de jurisdição de roça, uma empresa que movimenta centenas de BILHÕES de dólares por ano? Isso explica pq a lava jato passou ao Largo do setor de petróleo tido como o mais corrupto de todos, a comercialização, também explica pq essa mudança brusca de estratégia desse governo mulambo, se a torneira de propina está restrita no Brasil, onde eles vão procurar amarrar o burro? Hora...parece óbvio não? Tem mais, os EUA respondem hoje por mais de 40% das importações de diesel para o Brasil, enquanto nossas refinarias estão operando com baixa carga (por questões nem um pouco técnicas), coincidência? Bom, tem gente que bateu panela para isso, eu estou me fudendo (estou tendo que trabalhar longe de casa), mas me adapto, e tem gente que está se fudendo bonito e não pode nem ir para os EUA limpar privadas e cocô de cachorro de gringo, pq não sabe nem falar a porra do inglês, e mesmo que soubesse, é arriscado de ficar preso em uma jaula e apartado dos filhos ainda por cima. Para essa gente eu só posso dar os parabéns mesmo, e viva o mito...

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Ter Jun 26, 2018 5:58 pm
por knigh7
gabriel219 escreveu: Ter Jun 26, 2018 5:19 pm
Normal pra um órgão que legisla mais que o congresso nacional.

Hoje nosso poder judiciário, ao contrário de interpretar as leis, escolhe qual deve ser seguida e qual não deve.
O nó que o Lewandowski fez no caso do assassinato do Celso Daniel foi uma vergonha. Há partidos como o PT que agem como uma máfia com a cobertura de parte dos ministros do STF e STJ.