Isso é um oxímoro.
O que você dizia sobre quem não entende?
Moderador: Conselho de Moderação
Isso é um oxímoro.
Usinas do NE querem vender etanol a postos
Em meio ao caos em que se transformou a distribuição de combustíveis no país diante da greve dos caminhoneiros, plantadores de cana e usineiros do Nordeste ampliaram a pressão para que a indústria sucroalcooleira possa voltar a vender etanol diretamente aos postos do país. Três projetos de lei nesse sentido já foram apresentados na Câmara, dois del
http://www.valor.com.br/brasil/5559221/ ... nol-postos
Tu acredita mesmo que ele pediu para sair? Pelo amor de Deus!!! Isso aqui é um fórum de adultos. Ontem mesmo teve um vídeo divulgado internamente para a força de trabalho, onde era nítido o desconforto do sujeito. Lembrei daquela baboseira toda de "grande gestor de crises" que se lê na imprensa de mercado. Parecia uma adolescente que acabou de ter o celular cheio de nudes roubado.nveras escreveu: Sex Jun 01, 2018 1:57 pm Mas uma coisa é certa. Quando um indicado político não concorda com o que lhe é imposto, deve mesmo pedir pra sair e não ficar fazendo papel de pinguim de geladeira.. Pedro Parente tem meu respeito por isso.
Não sei de que década você está falando, mas se for dos últimos 15 anos, essa sua análise não procede. O preço do petróleo começou a subir em 2004 e esteve por poucos momentos abaixo de US$ 30,00 dolares, chegou a picos de US$ 140,00 e se manteve por um período bem longo em patamares acima de US$ 100,00.Bourne escreveu: Sex Jun 01, 2018 5:30 pm Porque a Petrobras sempre vai dar problema:
É uma monopolista informal com ações negociadas em bolsa. Além de instrumentos que fazem importação e distribuição de combustíveis passarem por ela. Assim existe o conflito entre a posição de monopolista e empresa privada com instrumento da política de combustíveis.
O governo impôs no Lula e Dilma a obrigação da Petrobras investir em exploração e sobrecarregou a empresa. Dessa forma, se endividou para um tipo de operação que não é tão rentável. Já que o grande negócio das petroleias (estatais e privadas) na última década foi refino e derivados. O motivo era o petróleo estar em um nível de preço baixo, permanece baixo em relação ao passado recente e não tem perspectivas de explodir. Isso devido ao aumento da produção norte-americana/canadense/chinesa de xisto, boas relações do Irã com Europa, China e Rússia, mudanças tecnológicas.
Existe interferência política e que não é clara a função da Petrobras. Ninguém sabe o objetivo do Petrobras. Se é usar a posição de monopolista para ter lucro. Se é para amortecer choques cambiais ou do preço do petróleo no mercado internacional. Se é para trabalhar visando o abastecimento interno com uma estrutura de custos lastreada no custo de produção. Esses elementos entram em conflito com a posição de empresa privada.
Repito que escrevi lá trás. Se é para Petrobras agir como empresa privada monopolista como o PP propõem para deixar os acionistas felizes. Era melhor privatizar. Se é para pagar o mesmo preço que fosse uma Shell, Total ou Repsol é melhor não ter. E deixar uma agência reguladora ou empresa pública fazer a politica de amortecimento e estabilização.
Aliás, nem os impostos servem para estabilizar o preço como se faz em outros tais como Europa. Fora isso, cobram imposto até do tadinho do etanol. As usinas deveriam poder vender diretamente para distribuidora e postos. Isso já daria uma bombada no etanol como alternativa realista. Mas é claro que exige uma regulação clara de como fazer. O que tem não tem. Não adiante liminares que vão ser caçadas cedo ou tarde.
Usinas do NE querem vender etanol a postos
Em meio ao caos em que se transformou a distribuição de combustíveis no país diante da greve dos caminhoneiros, plantadores de cana e usineiros do Nordeste ampliaram a pressão para que a indústria sucroalcooleira possa voltar a vender etanol diretamente aos postos do país. Três projetos de lei nesse sentido já foram apresentados na Câmara, dois del
http://www.valor.com.br/brasil/5559221/ ... nol-postos
Gilmar Mendes manda soltar ex-presidente da Fecomércio-RJ
01/06/201816h17
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar na tarde desta sexta-feira (1º) Orlando Santos Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), preso em fevereiro, por determinação do juiz federal Marcelo Bretas. Ele foi alvo da Operação Jabuti, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Diniz foi preso sob a acusação do MPF (Ministério Pública Federal) de participar de um esquema criminoso que desviou mais de R$ 10 milhões de recursos públicos provenientes do Sesc (Serviço Social do Comércio) e do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio), por meio de notas fiscais sem a prestação de serviços e com o pagamento de funcionários fantasmas ligados a pessoas de confiança do ex-governador Sérgio Cabral.
Fonte
Prioridade do Brasil é revogar a ‘Lei de Murphy’
Josias de Souza
02/06/2018 04:37
O Brasil enfrenta a crise dos ‘Três Ds’. Faltam ao país decência, direção e desenvolvimento. No dia 1º de janeiro de 2019, Michel Temer será apenas matéria-prima para a Polícia Federal. Haverá outro inquilino na Presidência da República. Nem por isso a corrupção desaparecerá, a luz surgirá no fim do túnel e 13 milhões de carteiras de trabalho serão assinadas. O Brasil ainda será um país por fazer.
O derretimento do atual governo tornou a satanização de Temer um passatempo inútil. A essa altura, os presidenciáveis deveriam demonstrar ao eleitorado que são capazes de inaugurar um espetáculo novo. Mas a maioria desperdiça a sua hora oferecendo raiva e indefinições. O vácuo conceitual é tão dramático que um pedaço da sociedade começa a considerar a própria democracia desnecessária. É como se o Brasil estivesse condenado a viver sob o domínio da Lei de Murphy.
Abre parêntese: o capitão Edward Murphy, da Força Aérea dos Estados Unidos, enxergou o DNA da urucubaca ao acompanhar os experimentos de seu chefe, o major John Paul Stapp. Cobaia de testes de resistência a grandes acelerações, Stapp desafiava a velocidade num trenó-foguete. Em 1949, bateu o recorde de aceleração. Mas não conseguiu celebrar o feito. Os acelerômetros do veículo não funcionaram.
Engenheiro, Murphy foi investigar o que havia ocorrido. Descobriu que um técnico ligara os circuitos dos aparelhos ao contrário. E concluiu: ''Se há mais de uma forma de fazer um trabalho e uma dessas formas redundará em desastre, então alguém fará o trabalho desta forma''. Em entrevista, Stapp se referiu à frase como ''Lei de Murphy''. Resumiu-a assim: ''Se alguma coisa pode dar errado, dará''. Fecha parêntese.
Quando FHC passou pelo poder, consolidou o Plano Real, um feito econômico notável. Na política, porém, entregou-se a realpolitik que o tornou aliado do rebotalho parlamentar. O PSDB desfigurou-se. Nunca mais retornou ao Planalto. Quando Lula chegou à Presidência, preservou os pilares da econômica e distribuiu renda. Mas comprou com moeda sonante o apoio da mesma banda arcaica que se aninhara sob FHC. Deu em mensalão e petrolão. A certa altura, a verba da arca eleitoral clandestina se confundia com o dinheiro que bancou os conforto$. Deu em cadeia.
Tomados pelo espírito da Lei de Murphy, tucanos e petistas jamais conseguiram se unir. Preferiram se juntar ao atraso. Deu no que está dando. Ao deixar a Presidência, Lula poderia ter levado seus 83% de popularidade para a câmara de descompressão de São Bernardo. Optou por continuar mandando por meio de Dilma Rousseff. E ainda enfiou Michel Temer na vice. Murphy em dose dupla.
Temer talvez não se reelegesse deputado. Mas foi convertido em presidente pelo destino e pelos traidores do petismo. Poderia ter compreendido seu papel histórico, compondo um ministério de notáveis. Preferiu entregar a maioria das pastas a dois tipos de aliados: os capazes de tudo e os incapazes de todo. Chega ao ocaso do seu mandato cercado de auxiliares fora da lei e com quatro fardos sobre os ombros: duas denúncias e dois inquéritos por corrupção. Murphy elevado à última potência.
A Lava Jato dividiu os políticos em dois grupos: os culpados e os cúmplices. Como não consegue enxergar inocentes, o eleitorado também se dividiu em duas alas: a dos pessimistas e dos desesperados. A primeira banda engrossa o bloco dos sem-candidato; a segunda, em vez de aproveitar os escândalos e a ladroagem para qualificar o próprio voto, sonha em resolver a bagunça com ditadura. É a Lei de Murphy em sua versão ''manu militari''.
O descrédito no sistema político é tão devastador que a liberdade democrática produz a fúria dos imbecis —gente que compreende a democracia como um regime em que o sujeito tem ampla e irrestrita liberdade para exercitar sua capacidade de fazer besteiras por conta própria —como trocar ofensas, defender corruptos e pregar a volta dos militares nas redes sociais. É a tecnologia a serviço do efeito Murphy.
A paralisação dos caminhoneiros, uma espécie de junho de 2013 com boleia, expôs o tamanho da indignação dos brasileiros: 87% dos entrevistados do Datafolha disseram apoiar um movimento que impôs à sociedade o desasbastecimento de combustíveis e mantimentos, que reteve medicamentos e retardou cirurgias, que apavorou pacientes dependentes de hemodiálise. É como se as pessoas quisessem produzir o caos que transformará o Brasil num lugar perfeito para a construção de algo inteiramente novo.
O problema é que a fome do “novo” esbarra numa legislação que privilegia a eleição de um Congresso Nacional velho. Muitos se perguntam quem será o próximo presidente da República. Convém formular uma segunda questão: como será governado o país a partir de 2019? Juntando-se o salvacionismo de certos presidenciáveis com o arcaísmo de sempre, perpetua-se o desastre. Ou o Brasil revoga a Lei de Murphy ou ficará mais próximo da Idade Média do que da Renascença.
Fonte
sistema podre e corrompido. Só se resolverá quando o povo se tocar que todo o sistema foi cunhado por picaretas desde a primeira república, só uma revolução de verdade para mudar essa merda. Não a canalhice dos militares que mudaram para não mudar nada, ficaram brincando de caçar "comunistas" enquanto a velha oligarquia se fortalecia ainda mais no poder. Na verdade, os militares são a base desta oligarquia.cassiosemasas escreveu: Sáb Jun 02, 2018 4:58 pmPrioridade do Brasil é revogar a ‘Lei de Murphy’
Josias de Souza
02/06/2018 04:37
O Brasil enfrenta a crise dos ‘Três Ds’. Faltam ao país decência, direção e desenvolvimento. No dia 1º de janeiro de 2019, Michel Temer será apenas matéria-prima para a Polícia Federal. Haverá outro inquilino na Presidência da República. Nem por isso a corrupção desaparecerá, a luz surgirá no fim do túnel e 13 milhões de carteiras de trabalho serão assinadas. O Brasil ainda será um país por fazer.
O derretimento do atual governo tornou a satanização de Temer um passatempo inútil. A essa altura, os presidenciáveis deveriam demonstrar ao eleitorado que são capazes de inaugurar um espetáculo novo. Mas a maioria desperdiça a sua hora oferecendo raiva e indefinições. O vácuo conceitual é tão dramático que um pedaço da sociedade começa a considerar a própria democracia desnecessária. É como se o Brasil estivesse condenado a viver sob o domínio da Lei de Murphy.
Abre parêntese: o capitão Edward Murphy, da Força Aérea dos Estados Unidos, enxergou o DNA da urucubaca ao acompanhar os experimentos de seu chefe, o major John Paul Stapp. Cobaia de testes de resistência a grandes acelerações, Stapp desafiava a velocidade num trenó-foguete. Em 1949, bateu o recorde de aceleração. Mas não conseguiu celebrar o feito. Os acelerômetros do veículo não funcionaram.
Engenheiro, Murphy foi investigar o que havia ocorrido. Descobriu que um técnico ligara os circuitos dos aparelhos ao contrário. E concluiu: ''Se há mais de uma forma de fazer um trabalho e uma dessas formas redundará em desastre, então alguém fará o trabalho desta forma''. Em entrevista, Stapp se referiu à frase como ''Lei de Murphy''. Resumiu-a assim: ''Se alguma coisa pode dar errado, dará''. Fecha parêntese.
Quando FHC passou pelo poder, consolidou o Plano Real, um feito econômico notável. Na política, porém, entregou-se a realpolitik que o tornou aliado do rebotalho parlamentar. O PSDB desfigurou-se. Nunca mais retornou ao Planalto. Quando Lula chegou à Presidência, preservou os pilares da econômica e distribuiu renda. Mas comprou com moeda sonante o apoio da mesma banda arcaica que se aninhara sob FHC. Deu em mensalão e petrolão. A certa altura, a verba da arca eleitoral clandestina se confundia com o dinheiro que bancou os conforto$. Deu em cadeia.
Tomados pelo espírito da Lei de Murphy, tucanos e petistas jamais conseguiram se unir. Preferiram se juntar ao atraso. Deu no que está dando. Ao deixar a Presidência, Lula poderia ter levado seus 83% de popularidade para a câmara de descompressão de São Bernardo. Optou por continuar mandando por meio de Dilma Rousseff. E ainda enfiou Michel Temer na vice. Murphy em dose dupla.
Temer talvez não se reelegesse deputado. Mas foi convertido em presidente pelo destino e pelos traidores do petismo. Poderia ter compreendido seu papel histórico, compondo um ministério de notáveis. Preferiu entregar a maioria das pastas a dois tipos de aliados: os capazes de tudo e os incapazes de todo. Chega ao ocaso do seu mandato cercado de auxiliares fora da lei e com quatro fardos sobre os ombros: duas denúncias e dois inquéritos por corrupção. Murphy elevado à última potência.
A Lava Jato dividiu os políticos em dois grupos: os culpados e os cúmplices. Como não consegue enxergar inocentes, o eleitorado também se dividiu em duas alas: a dos pessimistas e dos desesperados. A primeira banda engrossa o bloco dos sem-candidato; a segunda, em vez de aproveitar os escândalos e a ladroagem para qualificar o próprio voto, sonha em resolver a bagunça com ditadura. É a Lei de Murphy em sua versão ''manu militari''.
O descrédito no sistema político é tão devastador que a liberdade democrática produz a fúria dos imbecis —gente que compreende a democracia como um regime em que o sujeito tem ampla e irrestrita liberdade para exercitar sua capacidade de fazer besteiras por conta própria —como trocar ofensas, defender corruptos e pregar a volta dos militares nas redes sociais. É a tecnologia a serviço do efeito Murphy.
A paralisação dos caminhoneiros, uma espécie de junho de 2013 com boleia, expôs o tamanho da indignação dos brasileiros: 87% dos entrevistados do Datafolha disseram apoiar um movimento que impôs à sociedade o desasbastecimento de combustíveis e mantimentos, que reteve medicamentos e retardou cirurgias, que apavorou pacientes dependentes de hemodiálise. É como se as pessoas quisessem produzir o caos que transformará o Brasil num lugar perfeito para a construção de algo inteiramente novo.
O problema é que a fome do “novo” esbarra numa legislação que privilegia a eleição de um Congresso Nacional velho. Muitos se perguntam quem será o próximo presidente da República. Convém formular uma segunda questão: como será governado o país a partir de 2019? Juntando-se o salvacionismo de certos presidenciáveis com o arcaísmo de sempre, perpetua-se o desastre. Ou o Brasil revoga a Lei de Murphy ou ficará mais próximo da Idade Média do que da Renascença.
Fonte
Isso é uma coincidência maior ainda.Bolovo escreveu: Sáb Jun 02, 2018 7:19 pm PGR pede que inquérito sobre José Serra seja enviado para 1ª instância
02/06/2018 às 11h40
Por Agência Brasil
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o inquérito que investiga supostas doações eleitorais de diversos valores e não contabilizadas a campanhas do senador José Serra (PSDB-SP) seja enviado para a primeira instância da Justiça Federal em São Paulo. O pedido será analisado pelo ministro Gilmar Mendes.
A entrevistaQuem não tem Macron caça como Ciro?
Neste momento de falta de lideranças, a população brasileira procura alguém de pulso firme
O “como” do título deste artigo é proposital, já que o dito popular tem duas versões. Em uma delas, diz-se “Quem não tem cão caça como gato”, isto é, quem não tem cachorro para encurralar a presa precisa caçar com astúcia, manha, sagacidade. E, claro, sempre com assertividade, sobretudo diante do quadro brutalmente desolador enfrentado pelo Brasil.
A entrevista do pré-candidato Ciro Gomes ao Roda viva teve, como ocorre com todos, altos e baixos. Antes de discutir os altos e os baixos, duas impressões: o candidato demonstrou a argúcia e a assertividade necessárias para encarar seus oponentes, sobretudo um certo inflamado populista travestido de neoconservador liberal. Assertividade é também qualidade que falta a outros candidatos e candidatas que aparecem nas pesquisas com algum grau de competitividade. Que fique claro: neste momento de falta de lideranças, a população brasileira procura alguém de pulso firme. Mais ainda após testemunhar a pusilanimidade de Temer perante os caminhoneiros.
Posturas à parte, Ciro teve grandes altos na entrevista. Emplacou ótimas respostas às perguntas sobre educação. Referindo-se a sua experiência no Ceará, discorreu sobre o constrangimento de adultos que não sabem ler, sobre a indignidade — suas próprias palavras — de forçar pessoas a repetir o bê-á-bá. Sublinhou que a ênfase deve ser capacitar adultos iletrados para o trabalho e concentrar os esforços de alfabetização nas crianças. Além de pragmática e realista sobre o uso dos recursos públicos, a resposta revelou empatia e sobriedade de um candidato frequentemente chamado de destemperado.
Sobre a economia, teve dois altos bem altos e dois altos mais baixos. O primeiro alto com envergadura foi a proposta para tornar o sistema tributário menos regressivo, taxando lucros e dividendos como fazem diversos países, os EUA inclusive, além de heranças e doações. O segundo foi a discussão sobre o teto dos gastos, o reconhecimento de que a Emenda Constitucional 95 está repleta de falhas fundamentais, como discuti em diversos artigos críticos publicados em 2016 no Estado de S. Paulo e em entrevista ao Roda viva concedida em outubro daquele ano. Na época, o teto era tudo, e ninguém queria ouvir críticas. Hoje, sem a peça-chave da reforma da Previdência, o teto está prestes a ruir.
Ciro falou da experiência do Ceará. Curiosamente, a experiência do Ceará com limites para a despesa pública é muito parecida com a do Peru entre 2000 e 2013. Na época, para reconquistar a credibilidade da política fiscal, o Peru adotou regra para o crescimento dos gastos, porém, ao contrário do Brasil, não a enrijeceu excessivamente, congelando-a por 20 anos, com revisões a cada década. O Peru introduziu cláusulas de escape para refletir o ciclo econômico — períodos de crescimento permitiam afrouxamento dos limites —, além de excluir o investimento público e os gastos sociais, sobretudo com saúde e educação. Funcionou. Como documenta o FMI, são vários os países emergentes que adotam, simultaneamente, tetos de gastos como o do Peru e limites para a dívida pública, como defende Ciro. O problema do limite para a dívida é não constranger a política monetária, sobretudo em país onde a despesa financeira chega a 6% do PIB. A questão tem de ser pensada com mais cuidado, configurando um dos altos-baixos mencionados anteriormente. O outro alto-baixo foi a discussão vaga sobre a atuação do Banco Central e o possível uso excessivo de operações compromissadas. Operações compromissadas são necessárias para a gestão de liquidez, mas usadas em excesso podem privilegiar parte do setor financeiro. As nuances são tema para outro artigo.
Vamos aos baixos: a menção confusa sobre o déficit da Previdência, que está em R$ 268 bilhões, não em apenas R$ 25 bilhões; a insistência em não condenar a Venezuela pelas práticas autoritárias e antidemocráticas do regime de Maduro; os diversos ataques à Petrobras e a seu dirigente, que pegou a empresa em estado de calamidade e hoje faz o melhor que pode para reerguê-la; referir-se aos EUA como imperialista para acenar à esquerda retrógrada.
O candidato não precisa de nenhum desses artifícios para se sobressair na cacofonia que caracteriza parte da esquerda e a esquisita direita que nasce querendo ser americana, quando não trumpista. Se conseguir superar essas tentações caçando como deve, poderá conquistar os votos de todos os que não veem no triste rol de candidatos a saída do atoleiro.
https://epoca.globo.com/economia/Monica ... harDesktop
Quem "não entende" o que eu tinha falado. Eu me referi apenas ao espectro econômico de duas vias.Marechal-do-ar escreveu: Sex Jun 01, 2018 4:37 pmIsso é um oxímoro.
O que você dizia sobre quem não entende?
Eu particularmente nem acredito no rótulo que eles colocam e sim nas suas ações.Túlio escreveu: Sex Jun 01, 2018 3:55 pmgabriel219 escreveu: Sex Jun 01, 2018 3:43 pm
Túlio, me perdoe, mas estou falando de medidas econômicas.
Congelamento de gastos, aumento e descontrole de gastos públicos, aumento do tamanho do estado e entre outras medidas econômicas são de DIREITA?
Ficar tentando pagar essa de isentão de "naun existi isqueda e direta, so papai nueu" é pra quem não entende de propostas econômicas de ambos os espectros políticos.
Desde a redemocratização passamos por uma série de medidas econômicas desastrosas, como congelamento de gastos, aumento de impostos, aumento de gastos públicos na mesma proporção, criação desenfreada de estatais, boa parte delas inúteis.
Ah, mas não, o Brasil sempre foi governado pela Direita, só que com medidas econômicas de esquerda. Acredite nisso sim abiguinho.Sem problemas, cupincha, creio até que a tchurma do tripéquis te agradece pela FÉ. De um jeito ou de outro eles sempre ganham - e não importa o rótulo que se lhes aplique, ou algum rico "de direita" ficou pobre com a ascensão da "esquerda" e vice-versa? - mesmo, talvez ofereçam até comendas e condecorações aos Verdadeiros Crentes.
De minha parte, sigo cético porque é de minha natureza, desculpes.