Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Fev 25, 2013 4:47 pm
Será que por isso que a Embraer cortou o AMX do site? Sentiram que como aeronave de ataque está antiquada e como treinador não simula os caças atuais.
Ok. Entendi.LeandroGCard escreveu:Existe uma questão técnica aqui que precisa ser levada em consideração na discussão.Luís Henrique escreveu:Já postei isto aqui antes e defendo novamente, um Super AMX, atualizado, como o máximo de equipamentos nacionais e, obviamente mais moderno que o AMX antigo, poderia ter sucesso em exportações, uma vez que existem muitos países mais pobres que não podem operar um caça como o Rafale ou o F-35. E poderiam utilizar o Super AMX como caça de linha de frente. Este Super AMX seria utilizado como LIFT e como segunda linha para nós e para outros países ricos. E seria a primeira linha para os países mais pobres. Teria vantagens sobre Yak 130 e demais, justamente por ser uma aeronave de caça/ataque desde a raiz.
Conforme o Bourne já colocou, o AMX foi projetado tendo em vista uma missão específica, que é a penetração e o bombardeio em baixas altitudes, e as demais missões possíveis foram consideradas secundárias. Por isso ele tem uma carga alar muito alta (319kg/m2, cerca de 60% maior que os 195 kg/m2 do Yak-130 só para citar um exemplo) e um perfil de asa supercrítico específico, que lhe permitem obter elevada estabilidade e autonomia em baixa altitude e alta velocidade, mas prejudicam seu desempenho em manobra e em altitudes mais elevadas (e também sua capacidade de carga). Embora a Embraer tenha se esmerado nos seus elementos de controle (com tailerons e spoilerons) pelo que me consta ele não é capaz de executar manobras tão violentas quanto um caça puro-sangue moderno em altitudes médias e elevadas, coisa que os treinadores a jato atuais são projetados para simular.
As perdas do Tornado na primeira guerra do Iraque fizeram todo mundo desistir de ataques à baixa altitude e passar a usar armamento inteligente lançado de altitudes maiores, e aí as características do AMX passaram a ser pouco adequadas para os cenários modernos. Por isso não acredito que ele nem mesmo em uma versão modernizada pudesse ter muito sucesso no mercado internacional, fosse como treinador fosse como avião de ataque. Assim, acho perda de tempo pensar em uma versão moderna para ele, se o Brasil quiser desenvolver e produzir algum avião de treinamento avançado ou combate precisa pensar em um projeto totalmente novo. Alguns AMX-T a mais para a FAB apenas para cumprir a missão de Lift poderiam ser até imaginados, mas me parece que uma modernização maior visando o mercado internacional seria jogar dinheiro fora.
Leandro G. Card
kekosam escreveu:Enfrentaríamos de cara, com este projeto, só para citar alguns: Bae Hawk, Yak-130, Kai T-50, SAAB Gripen ...
E não esquecer os aviões usados e reformados que entrarão em disponibilidade logo logo. Só de F-16 serão centenas de unidades. E tem ainda os aviões chineses baratinhos como o JF-17 e mesmo o J-10.kekosam escreveu:Enfrentaríamos de cara, com este projeto, só para citar alguns: Bae Hawk, Yak-130, Kai T-50, SAAB Gripen ...
Luís Henrique escreveu:Se não temos escala para uma produção de um caça exclusivamente nacional, uma boa opção seria uma parceria com os russos no Pak Fa.
Seria uma parceria nós $$$$ e eles entregando o caça, mais ou menos o que a Índia está fazendo. Mas se pelo menos os parafusos puderem ser apertados para o lado certo tá valendo. E claro montado por aqui pela Embraer.Luís Henrique escreveu:Se não temos escala para uma produção de um caça exclusivamente nacional, uma boa opção seria uma parceria com os russos no Pak Fa.
Existem aí dois problemas:Luís Henrique escreveu:Se não temos escala para uma produção de um caça exclusivamente nacional, uma boa opção seria uma parceria com os russos no Pak Fa.
Estas características se parecem muito com o projeto do futuro caça sul-coreano, uma ótima oportunidade que deixamos de aproveitar...LeandroGCard escreveu:E não esquecer os aviões usados e reformados que entrarão em disponibilidade logo logo. Só de F-16 serão centenas de unidades. E tem ainda os aviões chineses baratinhos como o JF-17 e mesmo o J-10.kekosam escreveu:Enfrentaríamos de cara, com este projeto, só para citar alguns: Bae Hawk, Yak-130, Kai T-50, SAAB Gripen ...
Por isso na minha opinião pensar em algo do gênero agora seria pouco produtivo, acho que a oportunidade já passou. Se eu fosse cuidar do assunto pensaria em algo bem mais avançado, que pudesse ser comparado a um F-35 e não a um T-50 ou mesmo um Gripen. Não precisaria ser tãaaaao stealth como os americanos querem para o F-35, mas teria que ser algo bem melhor neste quesito que um Rafale ou Typhoon da vida usando baias internas, e ter um desempenho na mesma categoria mais a capacidade real de supercruzeiro. Mas em outros aspectos poderia ser algo até menos sofisticado do que eles, sem grandes pretensões de ser o máximo em superioridade aérea como o F-22 ou ter completa multifuncionalidade como um Rafale.
Acho que algo assim até daria para fazer, se contarmos com alguma ajuda, que é o que deveria ser muito bem definido no quesito transferência de tecnologia do FX-2. O problema estaria na escala, baixa demais para viabilizar o projeto. Só mesmo através de parcerias para resolver este ponto.
Leandro G. Card
Na verdade para que isso beneficiasse ao máximo a indústria nacional e pudesse receber apoio do governo, sem o que nada feito .Bourne escreveu:Por que o líder do projeto tem que ser o Brasil? Isso que Turquia, Coreia e outros emergentes perguntariam. Principalmente devido a eles ensaiarem alguma coisa, vão comprar mais unidades e se comprometer com o desenvolvido. Eles estão em regiões quentes e sabem o nome do inimigo. Portanto é mais fácil ao contrário. O Brasil entrar como sócio e adaptar as ideias existentes a realidade nacional.