Decisão da Justiça tem que ser cumprida, acatada, mas, foi-se o tempo em que não podia nem ser discutida, contestada, reprovada, ainda que pela ótica do cidadão leigo. Ocorre que não dá para entender como o Desembargador Tourinho Neto, que já havia adiado por tempo indeterminado o depoimento do senhor Carlinhos Cachoeira, agora entendeu que as escutas do caso são ilegais.
O juiz que autorizou as escutas, tinha competência para tal, o mesmo questionamento ( de ilegalidade das fitas / gravações) no STF não foi acolhido, e as referidas escutas que envolvem também o ainda senador DEMóstenes, foram consideradas legais.
O Brasil inteiro (fora o Cachoeira e seus advogados e mais toda a turma que está presa junto com ele), espera que os outros dois desembargadores não acompanhem o voto do relator Tourinho, considerando as escutas da Operação Monte Carlo ilegais.
Vai ser difícil de entender, QUE DIANTE DAS PROVAS CABAIS, do que essa quadrilha andou aprontando, AS FITAS, tenham que ser ESQUECIDAS, IGNORADAS COMO PROVAS, por um tecnicismo e preciosidade pouco racional. Difícil entender que uma Instância da Justiça, inferior ao STF adote essa linha.
Impossível deixar de lembrar que o Desembargador Tourinho Neto em 2002, por conta de escutas telefônicas, esteve no olho do furacão de um tempestuoso caso de suposta venda de sentenças, e que venha daí sua aversão por escutas, ainda que devidamente autorizadas.
Vai ficar cada dia mais difícil de dizer para o filho da gente, seja honesto, o crime não compensa.
Com todos os que conversei sobre a possibilidade de Cachoeira ser solto e das escutas serem mesmo descartadas como prova, não houve um só que não esteja indignado e descascando a decisão.
Texto completo em:
http://advivo.com.br/comentario/re-fora-de-pauta-41245
E já se passaram 10 anos dessa suspeita. Quantas sentenças esse Desembergador já concedeu neste período?
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).