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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Set 22, 2010 4:14 pm
por Reginaldo Bacchi
Túlio escreveu:A 'flecha' da ENGESA era na verdade um HEAT 90 mm em forma de taça (ponteaguda) com aletas traseiras para o Cascavel, que eu me lembre...
Toda munição da ENGESA para o canhão EC-90 (Cockerill Mk 3) - era licença PRB-Belgica.

Toda esta munição (tipos: HEAT, HESH, HE e Fumigena) era estabilizada por aleta (fin stabilized).

O termo "flecha" é universalmente usado para designar a APDSFS.

Bacchi

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Set 22, 2010 4:23 pm
por Guerra
Reginaldo Bacchi escreveu:Se você está também perguntando se os protótipos desta munição APDSFS foram completamente fabricados no Brasil?

A resposta é sim. A flecha de tungstênio sinterizado foi fabricado pela firma Brassinter, com sede na Av. das Naçoes Unidas em São Paulo, SP e os trabalhos nela foram dirigidos pelo seu diretor industrial, engenheiro Hegendorn Saião, meu colega de formatura na Faculdade de Engenharia Industrial de PUCSP (Mesma faculdade onde dei aula de projeto de veículos motorizados de 1965 até 1977).

Os diversos outros componentes dos protótipos da APDSFS da ENGESA, foram fabricados no Departamento de Protótipos da ENGESA, ou por alguns fornecedores da mesma.

Realizamos em 1987 os testes de tiro na Marambaia, com resultados positivos e começamos a oferecer aos vários clientes nossos.
A minha dúvida era essa, mas foi porque não entendi seu post. Tudo ficou claro.

Obrigado pelas informações!
Não chegamos a produzir esta munição, pois, como você deve saber, a ENGESA entrou em concordata em 1990, e teve suas atividades encerradas.

Espero ter dirimido suas duvidas.

Abraços

Bacchi
É impressionante como falamos sobre material bélico (e eu me incluo nessa) como se fosse algo inacessível, quando nós temos todo esse conhecimento com pessoas como o Bacchi.
Acho que não tem como medir o que nós perdemos.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Set 22, 2010 4:40 pm
por Túlio
Reginaldo Bacchi escreveu:
Túlio escreveu:A 'flecha' da ENGESA era na verdade um HEAT 90 mm em forma de taça (ponteaguda) com aletas traseiras para o Cascavel, que eu me lembre...
Toda munição da ENGESA para o canhão EC-90 (Cockerill Mk 3) - era licença PRB-Belgica.

Toda esta munição (tipos: HEAT, HESH, HE e Fumigena) era estabilizada por aleta (fin stabilized).

O termo "flecha" é universalmente usado para designar a APDSFS.

Bacchi


Pois é, foi uma reportagem que li há muitos anos, me confundi legal. Valews!!! :D :D :D :D

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Set 22, 2010 7:28 pm
por Francoorp
Mas esta munição flecha não passa pela couraça reativa certo??

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Set 22, 2010 8:18 pm
por Túlio
Depende de qual flecha e qual couraça. Falas de ERA, não? Bueno, é brabo uma flecha disparada por um 105 raiado perfurar a chapa frontal de um Leo2A6; tem uns posts tri umas páginas atrás, onde até de blindagem elétrica se fala... :wink: 8-]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Set 22, 2010 8:31 pm
por Francoorp
Valeu vou dar uma olhada... o DB é realmente uma biblioteca enorme... Eu adoro!! :P

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Set 23, 2010 12:39 am
por xvss
Túlio escreveu:Depende de qual flecha e qual couraça. Falas de ERA, não? Bueno, é brabo uma flecha disparada por um 105 raiado perfurar a chapa frontal de um Leo2A6; tem uns posts tri umas páginas atrás, onde até de blindagem elétrica se fala... :wink: 8-]
A mecar fabrica uma munição APFSDS(armour-piercing fin-stabilized discarding sabot) com o perfurador em DU que deve dar conta disso :twisted:

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Set 23, 2010 12:59 am
por Túlio
Sei não. E ainda tem aquela ERA Russa, a Kontakt-5, praticamente impenetrável tanto a projéteis cinéticos 120 quanto a hollow charges, ainda mais com o apoio do sistema ARENA de defesa ativa... 8-]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Set 23, 2010 2:05 pm
por xvss
Duas munições modernas "flechas" utilizadas nos canhões de 120mm e 125mm:

Imagem

Imagem

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Set 23, 2010 6:41 pm
por Carlos Mathias
Munição ERA defende contra caga ôca. Uma explosão contra outra, por isso o nome blindagem reativa.
Contra penetradores de tungstênio e urânio, placas de cerâmica e laminação da blindagem.

O ARENA tem a capacidade de ou destruir, ou desestabilizar os dardos de tungstênio, o que lhes faz atingir a blindagem em ângulo não ideal e perder sua eficácia.

Mas, o que se viu no Iraque, é que mesmo quando as cargas ôcas de 125mm (da década de 50/60) usadas pelos iraquianos não furaravam o carro, a pancada da explosão esculhambava os equipamentos eletrônicos do carro, uma espécie de soft-kill.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Set 23, 2010 7:54 pm
por Guerra
O carro voltava aos anos 50!! :shock: Muito interessante isso :!: :!: :!: :!:

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Set 23, 2010 8:15 pm
por Túlio
Carlos Mathias escreveu: Munição ERA defende contra caga ôca. Uma explosão contra outra, por isso o nome blindagem reativa.
Contra penetradores de tungstênio e urânio, placas de cerâmica e laminação da blindagem.
Se kga ôca ou maciça eu não sei, quem gosta de buscar post no mangue não sou bem eu. Apenas dês uma espiada nesta página, aproveitando para ver no final uma foto de uma APFSDS sendo parada por uma Kontact... :wink: 8-]

http://fofanov.armor.kiev.ua/Tanks/EQP/era.html#K5


Carlos Mathias escreveu:O ARENA tem a capacidade de ou destruir, ou desestabilizar os dardos de tungstênio, o que lhes faz atingir a blindagem em ângulo não ideal e perder sua eficácia.

Acho difícil, desde que uma flecha voa de 1,4 a 1,8 Km/s e as munições do ARENA são projetadas para atacar alvos de 70 a 700 m/s...

Specifications:
Package mass: 1100 kg
Reaction time: 0.07 sec
Engagement rate: 0.2 .. 0.4 sec/threat
Threat speed range: 70 .. 700 m/sec
Awareness range: 50 m
Protected angle: ±110°H -6..15°V
Energy consumption: 1kW
Operating power: 27V
Number of protective elements: 22-26

Carlos Mathias escreveu:Mas, o que se viu no Iraque, é que mesmo quando as cargas ôcas de 125mm (da década de 50/60) usadas pelos iraquianos não furaravam o carro, a pancada da explosão esculhambava os equipamentos eletrônicos do carro, uma espécie de soft-kill.

É a teoria por trás da HESH. Vai saber se não funciona assim com outras munições também... 8-]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sex Set 24, 2010 8:24 am
por Reginaldo Bacchi
Túlio escreveu: ( o Leandro explicou bem em outro tópico a diferença entre aumentar massa e velocidade para se obter energia cinética)...
Tulio, será que você poderia fazer a gentileza de postar (ou me informar como obte-lo) este texto?

Eu gostaria muito de ler o que se escreveu sobre energia cinética neste sítio!

Abraços

Bacchi

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sex Set 24, 2010 2:55 pm
por Túlio
Brabo de achar, aqui a postagem é muito dinâmica, a gente muda de tópico e, quando volta, já andaram várias páginas. Este que li já faz um tempo, sequer sei em que tópico está mas é algo relacionado a uma equação (E=MV2/2). Note-se que o valor "V" (velocidade) aumenta ao quadrado enquanto que o valor ''M'' (massa) aumenta apenas proporcionalmente. Então, aumentando a massa (vamos estipular um valor arbitrário, 10) se aumenta proporcionalmente a energia em 10; se aumentarmos a velocidade, teremos um aumento de 10 ao quadrado na energia, ou seja, 100...


Para entender melhor, vamos fazer a equação:

E = ?
m = 10
v = 10

:arrow: Primeiro acrescentemos o valor 10 à massa. Fica então:

E = M.V2/2 > 10+10. 10 ao quadrado/2 > 20.100/2 > 2000/2. Então E = 1000


:arrow: Agora acrescentemos o valor 10 à velocidade. Fica então:

E = M.V2/2 > 10.(10+10) ao quadrado/2 > 10.20 ao quadrado/2 > 10.400/2 > 4000/2. Então, E = 2000.


Foi o que entendi... 8-]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sex Set 24, 2010 4:23 pm
por Hader
Mas Túlio véio, imaginemos o seguinte:

Dentro do tubo, após a ignição da carga propelente, o projétil é impulsionado em grande velocidade, criando uma zona de alta pressão adiante do projétil. Esta onda de choque se propaga comprimindo o ar no tubo logo à frente de projétil, em um fluxo epistonado. Isto torna o formato aerodinâmico do sabot pouco relevante diante das demais forças em ação. Ao sair do tubo o sabot separa-se do projétil em quatro partes devido a ação conjunta da desintegração do adesivo que é aplicado para montagem do conjunto (onda de choque e temperatura) e às forças de arrasto do ar. Neste ponto também não há ganho por conta da aerodinâmica.
Isto posto eu, assim como o Bacchi, não consigo ver muito sentido nisto. Você tem algum link que fale mais deste efeito? Fiquei bastante interessado no assunto.

Abraços!