Combatentes ou terroristas ingleses?
Enviado: Ter Set 27, 2005 10:36 am
Vejam o que a "nossa" imprensa omitiu. A matéria divulgada pela imprensa "brasileira?" omitiu detalhes para proteger a imagem das tropas de coalizão. Porque faz isso? Somos palhaços? Idiotas? Coniventes?
21 de setembro de 2005.
IRAQUE OCUPADO
Iraque: Britânicos disfarçados de árabes iriam cometer atentado
Depois que tanques das forças invasoras britânicas libertaram à força dois dos seus soldados — detidos pela polícia colaboracionista iraquiana enquanto circulavam disfarçados de árabes em um carro carregado de armas e explosivos —, uma multidão indignada atacou os blindados e suas tripulações. O fato ocorreu na segunda-feira (19) em Basra, sul do país.
O incidente resultou em duas mortes de civis iraquianos. Porta-vozes do religioso xiita al-Sadr afirmaram que os dois soldados britânicos presos "se dirigiam a um santuário xiita em Basra para explodir as pessoas reunidas ali". A semana foi marcada por duros enfrentamentos entre os britânicos e a resistência xiita da cidade, por causa da detenção de seguidores do religioso Muqtada al-Sadr acusados de "terrorismo".
Os dois militares foram interrogados ontem por um juiz. "Dirigiam um veículo civil e estavam vestidos com roupas civis quando aconteceu o tiroteio com a patrulha da polícia", informou um funcionário iraquiano. Fotografias divulgadas pela imprensa mostravam os dois militares vestidos com roupas árabes. Fontes da polícia afirmaram que eles vestiam roupas tradicionais árabes durante a sua "missão secreta".
Policiais de uma patrulha desconfiaram dos dois e se aproximaram. "Foram recebidos com balas e depois foram capturados", disse Mohamed al Abadi, funcionário do governo de Basra. No veículo encontraram armas e material explosivo.
Após a prisão, centenas de pessoas incendiaram um carro de combate britânico, atacando sua tripulação. Dois iraquianos morreram nos distúrbios. O carro de combate tratou de recuar, mas foi alcançado por coquetéis Molotov e em seguida cercado por uma multidão. Com o veículo em chamas, um soldado tentou deixar o veículo e foi apedrejado pela multidão.
Os manifestantes protestavam a favor da prisão dos ingleses. Pouco depois as tropas britânicas cercaram a sede dos serviços secretos iraquianos com veículos blindados e exigiram a libertação dos militares. Com a negativa dos iraquianos, os carros de combate adentraram a sede quebrando os muros e resgataram os dois militares das mãos da polícia iraquiana. Enquanto as autoridades britânicas "investigam" o incidente, os liberais e conservadores, em Londres, exigem a retirada das tropas do Iraque.
O deputado xiita Fatá al-Sheikh, representante do religioso Muqtada al-Sadr, afirmou que tinha informações seguras de que os britânicos detidos "iriam até o santuário xiita de Basra para explodir as pessoas que estivessem ali reunidas".
Apesar dos britânicos terem disparado contra os policiais iraquianos no momento de sua detenção, fontes oficiais do Reino Unido afirmam — de forma paradoxal — que seus dois soldados "atuavam de forma secreta, de acordo com as autoridades iraquianas". As mesmas fontes asseguram também que os prisioneiros "não foram libertados com o uso da força". As declarações do comando militar britânico são patéticas diante da imagem dos muros destroçados pelos blindados.
Esses fatos parecem demonstrar, mais uma vez, que os ocupantes têm implicação direta — nesse caso sem intermediários locais — na onda de atentados terroristas indiscriminados contra objetivos civis, que tem atravessado o Iraque nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, procuram implicar a resistência nesses atentados.
Fonte: Rebelión
[b]Temos imprensa livre no Brasil?[/b] :!:
21 de setembro de 2005.
IRAQUE OCUPADO
Iraque: Britânicos disfarçados de árabes iriam cometer atentado
Depois que tanques das forças invasoras britânicas libertaram à força dois dos seus soldados — detidos pela polícia colaboracionista iraquiana enquanto circulavam disfarçados de árabes em um carro carregado de armas e explosivos —, uma multidão indignada atacou os blindados e suas tripulações. O fato ocorreu na segunda-feira (19) em Basra, sul do país.
O incidente resultou em duas mortes de civis iraquianos. Porta-vozes do religioso xiita al-Sadr afirmaram que os dois soldados britânicos presos "se dirigiam a um santuário xiita em Basra para explodir as pessoas reunidas ali". A semana foi marcada por duros enfrentamentos entre os britânicos e a resistência xiita da cidade, por causa da detenção de seguidores do religioso Muqtada al-Sadr acusados de "terrorismo".
Os dois militares foram interrogados ontem por um juiz. "Dirigiam um veículo civil e estavam vestidos com roupas civis quando aconteceu o tiroteio com a patrulha da polícia", informou um funcionário iraquiano. Fotografias divulgadas pela imprensa mostravam os dois militares vestidos com roupas árabes. Fontes da polícia afirmaram que eles vestiam roupas tradicionais árabes durante a sua "missão secreta".
Policiais de uma patrulha desconfiaram dos dois e se aproximaram. "Foram recebidos com balas e depois foram capturados", disse Mohamed al Abadi, funcionário do governo de Basra. No veículo encontraram armas e material explosivo.
Após a prisão, centenas de pessoas incendiaram um carro de combate britânico, atacando sua tripulação. Dois iraquianos morreram nos distúrbios. O carro de combate tratou de recuar, mas foi alcançado por coquetéis Molotov e em seguida cercado por uma multidão. Com o veículo em chamas, um soldado tentou deixar o veículo e foi apedrejado pela multidão.
Os manifestantes protestavam a favor da prisão dos ingleses. Pouco depois as tropas britânicas cercaram a sede dos serviços secretos iraquianos com veículos blindados e exigiram a libertação dos militares. Com a negativa dos iraquianos, os carros de combate adentraram a sede quebrando os muros e resgataram os dois militares das mãos da polícia iraquiana. Enquanto as autoridades britânicas "investigam" o incidente, os liberais e conservadores, em Londres, exigem a retirada das tropas do Iraque.
O deputado xiita Fatá al-Sheikh, representante do religioso Muqtada al-Sadr, afirmou que tinha informações seguras de que os britânicos detidos "iriam até o santuário xiita de Basra para explodir as pessoas que estivessem ali reunidas".
Apesar dos britânicos terem disparado contra os policiais iraquianos no momento de sua detenção, fontes oficiais do Reino Unido afirmam — de forma paradoxal — que seus dois soldados "atuavam de forma secreta, de acordo com as autoridades iraquianas". As mesmas fontes asseguram também que os prisioneiros "não foram libertados com o uso da força". As declarações do comando militar britânico são patéticas diante da imagem dos muros destroçados pelos blindados.
Esses fatos parecem demonstrar, mais uma vez, que os ocupantes têm implicação direta — nesse caso sem intermediários locais — na onda de atentados terroristas indiscriminados contra objetivos civis, que tem atravessado o Iraque nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, procuram implicar a resistência nesses atentados.
Fonte: Rebelión
[b]Temos imprensa livre no Brasil?[/b] :!: