Fórum Defesa Brasil

EDSON escreveu:

Rodrigoiano escreveu: Prezado xará, achei essa "divulgação" russa mais um recado contra a ofensiva americana. Normalmente não divulgariam um dado que atestasse a precisão dos seus alertas longe das fronteiras, então por que divulgaram? Será que não é para dizer que quando (e se...) ocorrerem os ataques, os sírios serão (ou podem ser...) previamente avisados?

O fato é que fazia tempo que a Rússia não colocava tanta pressão contra os EUA. Foi o asilo ao espião, foi a contrariedade à ofensiva americana na Síria, alerta de mísseis, tudo isso em menos de 3 meses! O Putin realmente está engajado. Até o secretário geral da ONU, por muitas vezes apagado, frisou que o ataque teria que ser autorizado pelo CS da ONU.

A sociedade americana parece que aos poucos teve leve mudança, com a maioria (cerca de 60%) contrária ao ataque, mudança considerável se lembrarmos os tempos de GWB. Agora o presidente que começou tão popular, que ganhou o premio Nobel da paz (também lembrado por Putin!...) agirá da mesma maneira. É lógico que está em uma sinuca de bico. Se atacar, sem aval da ONU, sem opinião favorável da população interna, resultará novamente nos EUA virarem motivo de ódio pelo mundo e, internamente, terminar com aprovação pífia, mas ganha confiança do lobby militar. Se não atacar, passará como fraco, relutante ao Putin, além de ganhar mais poderosos inimigos internos.

Enfim, será tentador o que o Congresso americano decidirá. Contra o ataque, favoreceria em tese os republicanos para retomarem ao poder....A favor, o lobby militar agradeceria....

Dias nervosos pela frente....

Abs

Achei interessante esta capacidade russa de monitorar disparos de mísseis balísticos bem longe de suas fronteiras . O Brasil poderia ser assim não é ?

De que adiantaria termos meios de detectar e monitorar se não tivermos 'MEIOS' de destruir a ameaça!

É importante lembrar que a Russia possui navios de guerra naquela área e provavelmente foi um desses navios que detectou o lançamento, inclusive o Brasil possui uma fragata la e é bem possível que ela também tenha detectado esses disparos.
Lembrando que o mar Mediterrâneo é "pequeno", e a área de mar próxima ao conflito é bem confinada, para se ter uma ideia, a distância entre Beirute e Chipre (no "meio" do caminho entre Síria e Israel) é de pouco mais de 170 km, apenas um E-99 tem condições de monitorar o litoral do Líbano, Israel e Síria. Para um bom comparativo, a BASM dista aproximadamente 250 km da BACO e em alguns exercícios de combate, os E-99 conseguiam detectar as aeronaves na corrida para a decolagem (claro que os E-99 não estavam necessariamente em cima da BASM, mas essa era a "área de conflito").

EDSON escreveu:

Rodrigoiano escreveu: Achei interessante esta capacidade russa de monitorar disparos de mísseis balísticos bem longe de suas fronteiras . O Brasil poderia ser assim não é ?

Tenho a mesma curiosidade. Contudo, eu creio que o SIGAAZ possa servir para muita coisa, menos para isso. E se não serve, é porque ou alguém na MB não acredita nisso, ou não interessa, ou não temos e não queremos este tipo de tecnologia. E sendo assim, vamos ficar com mais este simulacro na defesa do nosso poder naval.

Mas, posso estar enganado, e alguém ter gostado da ideia na MB. E não contaram isso a ninguém. Vai saber.

abs.

Strider escreveu:

EDSON escreveu: Achei interessante esta capacidade russa de monitorar disparos de mísseis balísticos bem longe de suas fronteiras . O Brasil poderia ser assim não é ?

De que adiantaria termos meios de detectar e monitorar se não tivermos 'MEIOS' de destruir a ameaça!

Esta questão não é pertinente somente a MB, mas seria antes uma das responsabilidades do COMDABRA.
O problema continua sendo o mesmo de sempre. O Comdabra não possui meios próprios, e depende dos meios empregados pelas ffaa's na área de defesa aérea e AAe para atuar.
E como nunca dispusemos em níveis credíveis tanto de uma coisa como outra, na verdade fica realmente difícil entender esta lógica meio maluca de possuir um sistema que, em termos práticos, só funciona pela metade.
Mas tudo tem de ter um princípio. E o desenvolvimento e integração entre os três sistemas de C4ISR das ffaa's - SISCEA, SISFRONT E SIGAAZ - nos próximos vinte anos, este é o cronograma, já será um grande passo nessa direção. Ao menos saber o que se passa ao nosso redor é mais do que uma obrigação mínima que tem que se estabelecer para a nossa defesa.
Fazer algo de concreto, e poder intervir, a partir desta consciência situacional, aí já é outra questão para mais vinte anos de planos, planejamentos e postergações...

abs.

Isto é muito grave, muito mais grave do que um civil pode alguma vez pensar!

http://www.infowars.com/military-revolt ... -on-syria/

Eu não os culpo de nada, estão à anos a lutar contra a Al Qaeda e agora vão lutar em nome dela?!

Tem circulado por aí que o ataque dos EUA será limitado e que Moscou prometeu a Damasco repor tudo que Washington destruir.

Tem circulado por aí que o ataque dos EUA será limitado e que Moscou prometeu a Damasco repor tudo que Washington destruir.

hades767676 escreveu:Tem circulado por aí que o ataque dos EUA será limitado e que Moscou prometeu a Damasco repor tudo que Washington destruir.

Mas é assim desde a guerra dos seis dias!

Traduzindo: Deixem eles fazerem a festinha deles que eu pago a conta!

Israel deve estar torcendo para cair um morteiro em seu território vindo da Síria, é aquela velha frase:

"Eu dou um boi para não entrar nessa briga, mas se entrar
eu dou uma boiada para não sair".

Espionagem alemã diz que Assad está por trás de ataque com gás
Agência afirmou que interceptou conversa telefônica de presidente sírio.
Assad teria falado com Hezbollah que cometeu um erro ao ordenar ataque.

Da Reuters


De acordo com pessoas que participaram do encontro confidencial na segunda-feira (2), na qual o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, esteve presente, o chefe da agência de inteligência externa BND disse aos parlamentares que as indicações que apontam Assad como culpado pelo episódio do dia 21 de agosto incluem uma ligação telefônica que se acredita ter sido entre um membro de alto escalão do Hezbollah e a embaixada do Irã em Damasco.

Na conversa telefônica o integrante do Hezbollah diz que a ordem de Assad para realizar o ataque foi um erro e que o líder sírio estava perdendo a calma, disse o BND na reunião, segundo participantes. Tanto o Hezbollah quanto o Irã apoiam Assad.

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Rússia alerta para 'catástrofe' se reator sírio for atingido por ataque
País tem pequeno reator com urânio próximo a Damasco, diz Moscou.
Russos se opõem a ataque americano às forças de Assad.

Da Reuters

A Rússia disse nesta quarta-feira (4) que um ataque militar contra a Síria poderia ter efeitos catastróficos se um míssil atingir um pequeno reator perto de Damasco que contém urânio radiativo.

O Ministério das Relações Exteriores russo pediu à agência nuclear da ONU para avaliar o risco com urgência, à medida que os Estados Unidos consideram realizar uma ação militar para punir o governo da Síria por um suposto ataque com gás.

"Se uma ogiva, por planejamento ou por acidente, atingir o reator MNSR perto de Damasco, as consequências podem ser catastróficas", disse um comunicado do ministério.

A chancelaria disse ainda que as áreas próximas podem ser contaminadas por urânio altamente enriquecido e que seria impossível contabilizar o material nuclear após um eventual ataque, o que sugere que poderia cair nas mãos de pessoas que poderiam usá-lo como uma arma.

A Rússia pediu ao secretariado da Agência Internacional de Energia Atômica para "reagir rapidamente" e solicitou aos atuais membros da AIEA "uma análise dos riscos associados a possíveis ataques americanos ao MNSR e a outras instalações na Síria".

cabeça de martelo escreveu:Isto é muito grave, muito mais grave do que um civil pode alguma vez pensar!

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Eu não os culpo de nada, estão à anos a lutar contra a Al Qaeda e agora vão lutar em nome dela?!

já tinha ouvido falar disto, pelo menos há nos EUA alguns que ainda pensam pela própria cabeça

04/09/2013 16h30 - Atualizado em 04/09/2013 16h46
Comissão do Senado dos EUA aprova projeto para ação na Síria
Obama tenta obter aval do Congresso para atacar forças de Assad.
EUA acusam governo sírio de usar armas químicas, o que o regime nega.


O Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (4), por 10 votos a 7, o projeto que autoriza o uso limitado de força militar americana na Síria.

Votaram contra tanto senadores democratas como da oposição republicana.

Agora, o projeto precisa ser aprovado em plenário pelo Senado e pela Câmera de Representantes, o que deve ocorrer apenas na próxima semana.

O texto em questão prevê a autorização de uma ação militar por 60 dias, período que poderia, eventualmente, ser estendido para 90, e que proíbe explicitamente a presença de tropas terrestres na Síria.

O resultado da votação desta quarta foi considerado uma vitória para o presidente democrata Barack Obama, que busca aval no Congresso para o ataque ao regime sírio de Bashar al-Assad, acusado de usar armas químicas contra civis.

O governo sírio nega o uso de armas químicas e diz que é vítima de terroristas ligados à rede da Al-Qaeda, que tentam desestabilizar o país.

Rússia e China, aliados de Assad, barram, no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, qualquer resolução que permita um ataque à Síria.

DERAM SINAL VERDE

QUE CAIAM AS BOMBAS

cabeça de martelo escreveu:Isto é muito grave, muito mais grave do que um civil pode alguma vez pensar!

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Eu não os culpo de nada, estão à anos a lutar contra a Al Qaeda e agora vão lutar em nome dela?!

Sem dúvida que se pode tornar um problema muito grave, tão grave como estas acções de militares activos.

FoxTroop escreveu:

cabeça de martelo escreveu:Isto é muito grave, muito mais grave do que um civil pode alguma vez pensar!

http://www.infowars.com/military-revolt ... -on-syria/

Eu não os culpo de nada, estão à anos a lutar contra a Al Qaeda e agora vão lutar em nome dela?!

Sem dúvida que se pode tornar um problema muito grave, tão grave como estas acções de militares activos.

E vários destes militares são veteranos altamente condecorados, inclusive de Forças Especiais.

Imaginem só, o que acontecerá se os americanos sofrerem baixas fatais na hipotética intervenção contra a Síria? O respeito dos militares pela presidência dos Estados Unidos iria para o fundo igual a uma âncora.