Programa Viatura Blindada de Combate Fuzileiros - VBC FUZ
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
K-31 ou KF-41, com tanto que qualquer um deles esteja com essa criança aqui:
Aliás, os três canhões nos servem.
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Recordar é viver. Este texto é deste mesmo tópico, mas escrito ainda em 2013. E fala sobre os aspectos nos quais deve-se basear uma VBCI nacional.
Decorridos 6 anos daquele post, entre os requisitos listados, destaque-se a comunalidade de diversos fatores que devem dotar tanto uma viatura sobre lagartas como sobre rodas.
Podemos inferir que tais requisitos devem amparar hoje o reprojeto tanto do Guarani II 6x6 quanto futuros desenvolvimentos do bldo em tração 8x8, assim como a base para a futura VBTP-SL e família.
COBERTURA ESPECIAL - DOUTRINA MILITAR - TERRESTRE
05 de Setembro, 2013 - 09:06 ( Brasília )
A AUSÊNCIA DA VBCI NAS BRIGADAS BLINDADAS AS MANTÉM NOS "STATUS QUO" DA 2ª GUERRA MUNDIAL
“O Verdadeiro desafio não é inserir uma ideia nova na mente militar, mas sim expelir a ideia antiga!” (Lidell Hart).
1. Conceito de “VBCI”
As Viaturas Blindadas de Combate de Infantaria (VBCI) fazem parte das Viaturas Blindadas de Infantaria (VBI) juntamente com as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP).
A diferença básica entre uma VBCI e uma VBTP está em sua blindagem e poder de fogo que deve ser maior que esta última. Uma VBCI deve possibilitar que seus homens combatam a maior parte do tempo embarcado e em um conflito armado de nível médio a intenso. Já uma VBTP tem por finalidade transportar tropas, feridos e equipamentos até o campo de batalha de forma segura, porém sem a capacidade de combater embarcado. Normalmente utilizada em conflitos de baixa intensidade.
É importante salientar que esta humilde explicação cabe somente aos leigos. Para militares especializados no assunto, existem muitos outros fatores para definir uma legítima Viatura Blindada de Combate de Infantaria. Dessa forma, não é consenso na literatura mundial o que eleva este nobre meio de guerra de VBTP para VBCI. Recentemente o Exército Francês escolheu o GIAT/Renault 8x8 para ser o sucessor e substituto da VBCI AMX-10P.
Segundo a DefensesNews (2012), o Exército Norte-americano está em fase de testes do GCV 8x8 para substituir futuramente a VBCI A3 Bradley. Entretanto, já esta provada a eficácia e eficiência do próprio Bradley como VBCI por atuar com o poderoso M1 Abrams durante a invasão de Bagdá. Junta-se a ele a VBCI Marder que avança no campo de batalha lado a lado com os Leopard 2 A6 no Afeganistão com total sucesso (BASTOS, 2009).
A despeito da utilização de uma VBCI sobre rodas ou lagartas, Souza Junior (2011), conclui que a utilização de uma viatura Blindada sobre lagartas se faz necessário no mesmo nível que também devam existir tropas blindadas sobre rodas. Todavia, se sobre SL (Sobre lagartas) ou SR (sobre rodas) cada viatura é destinada para uma intensidade de combate, sendo os embates mais intensos realizados pelas tropas dotadas de meios SL, onde se encaixam as Brigadas Blindadas do Exército Brasileiro que necessitam de VBCI para cumprir as missões mais severas as quais lhe competem.
2. O combate moderno e o necessário emprego da VBCI nas Tropas Blindadas Brasileiras
Segundo Lind (2005), a guerra da era moderna está dividida em 4 gerações. A 1 ? geração foi do combate em formações rígidas em linha e coluna presente no período entre 1648 até 1860. A 2 ? geração surgiu na França com o invento das armas de retro carga e metralhadoras. Foi com Hitler e sua “Blitzkrieg” que entramos na guerra da 3 ? geração, onde com manobras desbordantes, surpresa e rapidez nas ações atingiam o inimigo em profundidade, levando a desorganização e o terror nas linhas de suprimentos adversárias. Após o dia 11 de setembro de 2001, o Talibã de Osama Bin Laden nos colocou de frente com a guerra da 4 ? geração, caracterizada por conflitos entre Estado e grupos não estatais.
Soma-se ainda o grande salto tecnológico que vivemos a cada dia, com novas armas sendo produzidas em escalas meteóricas. A “Internet” colocou a opinião pública como um dos principais itens no planejamento de um líder militar. A indefinição constante de quem é o inimigo e o preenchimento dos vazios demográficos com cidades tornou uma simples Guerra Linear com algumas medidas de controle em uma missão extremamente árdua e complexa.
Nesse contexto, um carro de combate não atua isoladamente. No mínimo em seção, apoiando um ao outro nas manobras e demonstrando maior força perante o inimigo. Mas os CC (Carros de Combate) por mais que atuem com até 4 CC,pelotão, ainda necessitam de outra força para garantir sua segurança, entrar onde eles não entram e por fim conquistar e manter o terreno: O Pelotão de Infantaria Blindado.
Os dois pelotões trabalham em FT (Forças Tarefas) em um ambiente com reduzidos setores de tiro, necessidade de visual em 360 ?, defendendo-se de múltiplos ataques de diferentes calibres, engajando vários alvos ao mesmo tempo, coordenando suas peças de manobra no espaço e tempo para evitar o fratricídio, sem diminuir a impulsão, em operações continuadas de dia e a noite, com ou sem chuva.
Para que possa combater com alta letalidade e sobrevivência nesse ambiente complexo, os exércitos que desejam lograr êxito devem utilizar CCs e VBCIs de última geração.
Como CC mais avançado temos unidades dos Leopard 1 A5, que foram considerados no Simpósio de Blindados promovido pelo Instituto Militar de Engenharia em 1996, CCs de 2 ? geração do pós 2 ? GM,anos 70. Atualmente já existem vários CCs de 4 ? geração aptos para os conflitos atuais no mundo todo. E as VBCIs para acompanhar os ultrapassados Leopard 1 A5?
Souza Junior (2011) relembra que o Exército Brasileiro utiliza desde 1980 as suas VBTP M-113 B, como se VBCI fossem em suas Brigadas Blindadas. Na maioria dos países, até mesmo nos menos desenvolvidos que o Brasil, esta VBTP é orgânica das Brigadas Mecanizadas. Como esta VBTP é do século passado (1960), e atuamos em FT, logo nossa Força Blindada fica estacionada há poucos anos à frente da 2 ? Guerra Mundial.
Para tentar diminuir a defasagem, as VBTP M-113 B estão passando por um processo de Modernização e Revitalização, porém apenas lhes dará uma sobrevida e maior potência para acompanhar os CCs. Mas continuará sendo uma VBTP e nenhuma blindagem a mais.
É imprescindível voltarmos aos anos 80, onde o Brasil tinha uma indústria Bélica promissora com dois projetos de 3 ? geração já naqueles tempos: Como CC o EE-T1 OSÓRIO e como VBCI o CHARRUA.
Alguns “estudiosos” afirmam categoricamente que, nos dias atuais, com várias missões no painel nacional enfatizando as operações de Garantia da Lei e da Ordem não se faz necessário à utilização de uma VBCI na tropa blindada, pois é um meio muito dispendioso, pesado e não tem mobilidade estratégica. Os Blindados mais leves, sobre rodas e que podem ser transportados por aeronave seriam a melhor solução.
Para chegarmos a um denominador comum pode-se relembrar alguns fatos históricos:
Foi na Batalha do Yom Kippour, 1973, que as Forças de Defesa de Israel (FDI) que mesmo com menor número, venceram a Coligação Árabe com 5 Brigadas Blindadas,1400 CC, contra 2 Brigadas Blindadas,150 CC.
A diferença foi que a FDI atuou empregando pela primeira vez na história em toda sua frente o combinado CC-Fuzileiro Blindado. Utilização não só de CC, mas com tropa de Infantaria em Viaturas Blindadas de Combate de Infantaria foi o a lição aprendida deste histórico embate, ensinamento este lecionado atualmente nas escolas de militares.
Indo de encontro ao que pensam todos os especialistas militares, durante a tomada de Bagdá, 2003, o exército estadunidense fez o improvável. Tomou a capital iraquiana com sua força blindada, local mais propício para o emprego de tropas leves a pé. Os CC Abrams juntamente com as VBCI Bradley eram muito superiores aos blindados e armas anticarro iraquianos. Graças à superioridade das VBCI Bradley o combate se deu na maior parte do tempo embarcado, levando a um ataque rápido e esmagador por todas as frentes (SOUZA JÚNIOR, 2010).
Zucchino (2004), explica a utilização de CC e VBCI SL durante o conflito em Bagdá. Fora ensinamento colhido durante a vexaminosa ação das tropas leves na Somália, onde Rangers e Delta Forces foram cercados e quase dizimados por somalis. O combate era considerado de nível baixo, mas somente com a penetração de uma coluna de Blindados CC e VBCI foi possível dominar a situação e evacuar com segurança a desprotegida tropa leve.
Já em Grozny no ano 1994, os Russos foram barrados pelos guerrilheiros Chechenos por desprezar o apoio mútuo com uma Infantaria Blindada a altura de seus CC. O grande emprego de Viaturas BRDM e BTR,sobre rodas e fraca blindagem) como se VBCI fosse tornou a coluna blindada baseada nos pesados T-72 de fácil aniquilação.
Os CC avançavam sozinhos, pois os BRDM além de não passar os escombros ou valas por serem sobre rodas eram facilmente destruídos pelos RPG-7. Sem apoio da infantaria, pois os soldados a pé estavam mortos, os T-72 eram presas fáceis para os infantes chechenos que conheciam muito bem o terreno e possuíam muitos RPGs (CASSIDY, 2003).
No Brasil, em novembro de 2010, foi marcada na história dos blindados brasileiros como o primeiro emprego efetivo durante uma invasão de uma favela. Em outros anos, como a ECO 92 sua utilização ocorreu, porém apenas como medida dissuasória em operações preventivas e em grandes vias de acesso. Na invasão do Morro do Alemão, operação que estava sobre o controle operacional do Comando Militar do Leste, as seguintes VBTPs foram utilizadas: URUTU do Exército Brasileiro; PIRANHA, M-113 e CLANF da Marinha do Brasil.
O conflito foi de baixa intensidade, porém as VBTP URUTU e PIRANHA pararam logo nos primeiros quarteirões devido aos obstáculos de concreto e trilhos de trem colocados pelos traficantes, pois estas VBTPs são sobre rodas. Somente as VBTP M-113 e os CLANF prosseguiram conquistando terreno, destruindo todos os obstáculos, pois possuem seus trens de rolamento sobre lagartas. Cabe salientar, o efeito dissuasório que causou sobre as forças adversas e a confiança gerada nas tropas do Estado para a conquista indiscutível da favela do Alemão.
A decisão de empregar VBTP sobre lagartas em ruelas no Rio de Janeiro fora acertada. Correta pelo fato dos traficantes não utilizarem armas AC, anticarro, caso eles fizessem a utilização dessa tecnologia, ocorreria um número de baixas maior durante a operação. Se esse fato ocorresse, talvez dessem importância em ter um blindado com poder de fogo maior, blindagem pesada e capacidade de levar infantes mais próximos do inimigo: uma VBCI.
3. Solução do problema
A solução deste embate é adquirir VBCI novas. Porém, deve-se tocar em dois pontos para não se incorrer em erros já cometidos. O que se quer nessa VBCI, suas capacidades, e quem a construirá.
Na primeira ideia, Sousa Júnior (2011) corrobora com Quirino (2009), que devem ser adquiridos equipamentos de última geração (4 ? do Pós Guerra), ou um nível superior. A aquisição dos Leopard 1A5 já serviu de ensinamento de como deve ser a estrutura logística dos blindados modernos.
Dentro do cenário bélico atual Sousa Júnior (2011), lista as características que uma VBCI deve possuir para ter a maior letalidade e sobrevivência no campo de batalha:
- Trens de rolamento sobre lagartas;
- Possuir GCB (Gerenciamento do campo de Batalha);
- Detecção automática de alvos;
- Controle de tiro computadorizado e a longa distância;
- Sistema de estabilização de torre;
- Blindagem modular (suporte no mínimo Can .30), podendo receber blindagem reativa (ERA);
- Munições especiais anticarro e contra tropas;
- Excelente relação potência peso;
- Sistema de visibilidade total em 360 ? quando embarcado;
- Sistema de Defesa Química Biológica e Nuclear;
- Sistema de Defesa Ativo (DAS);
- Sistema detector de projetil e rastreador (DPCue);
- Sistema de visão Noturna;
- Sistema de comunicação móvel, capaz de ter wireless entre o carro e os infantes desembarcados;
- Possibilitar a videoconferência entre os comandantes de fração;
- Sistema anti-fraticídio (IFF);
- Poder de fogo com Can .30 e mtr Coaxial.
- Capacidade de Carga de 9 homens fora a guarnição, devido à constituição da atual estrutura organizacional dos pelotões de fuzileiros blindados;
O segundo item a ser analisado é sobre sua construção. Como já foi visto nesse trabalho, o Brasil já possuiu estruturas bélicas para construção de blindados. Muitos especulam que não temos capacidade e nem condições para criarmos esse tipo de VBCI. Porém, outros, embasados em nossas conquistas nos anos 80 e embalados pelo patriotismo ferrenho, têm confiança plena de que o Brasil reúne condições para tal feito. De opinião em opinião, “achismos” por “achismos” o certo é que não podemos ficar a mercê da tecnologia de nossos possíveis inimigos em um futuro próximo.
-x-
Autor: Capitão de Infantaria Saul Isaias da Rosa.
Instrutor do Centro de Instrução de Blindados - General Walter Pires
Santa Maria – RS, Brasil.
Bibliografia
BASTOS, Expedito Carlos Estefani. Blindados Sobre Lagartas – Produzir, Modernizar ou Importar. 10/01/2010.
BASTOS, Expedito Carlos Estefani. O Futuro Incerto da Arma Blindada Brasileira. 19/07/2009.
BLOG FORÇAS TERRESTRES. EE-T1 Engesa Osório – A história do primeiro MTB Brasileiro. 2010.
LIND, Willin S. Compreendendo a Guerra da quarta geração. Military Review. Fort Leaveworth, p. 23-31, jan-fev, 2010.
ZUCHINO, David. Thunder Run. The armored Striker to capture bahgdad. Estados Unidos. Pub Group West. 1 Ed. 2004.
BRASIL. Exército. Secretaria de Ciência e Tecnologia. Simpósio: 80 anos de blindados. IME. Rio de janeiro. p16-17, set 1996.
Produção de blindados no Brasil – Uma lição não aprendida. 2004
BACK-UP FORCE: Infantry fighthing Vehicles. Jane’s Defense weekly. Jun 2010.
SOUZA JÚNIOR, Jorge Francisco de. As Forças Blindadas do Exército Brasileiro: Atualização, Modificação e Modernização: uma proposta. 2011
QUIRINO, Leandro Soares da Silva. Discussão de Especificações para Projeto de Viatura Blindada de Combate de Fuzileiros. 2005
http://www.defesanet.com.br/doutrina/no ... a-Mundial/
Decorridos 6 anos daquele post, entre os requisitos listados, destaque-se a comunalidade de diversos fatores que devem dotar tanto uma viatura sobre lagartas como sobre rodas.
Podemos inferir que tais requisitos devem amparar hoje o reprojeto tanto do Guarani II 6x6 quanto futuros desenvolvimentos do bldo em tração 8x8, assim como a base para a futura VBTP-SL e família.
COBERTURA ESPECIAL - DOUTRINA MILITAR - TERRESTRE
05 de Setembro, 2013 - 09:06 ( Brasília )
A AUSÊNCIA DA VBCI NAS BRIGADAS BLINDADAS AS MANTÉM NOS "STATUS QUO" DA 2ª GUERRA MUNDIAL
“O Verdadeiro desafio não é inserir uma ideia nova na mente militar, mas sim expelir a ideia antiga!” (Lidell Hart).
1. Conceito de “VBCI”
As Viaturas Blindadas de Combate de Infantaria (VBCI) fazem parte das Viaturas Blindadas de Infantaria (VBI) juntamente com as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP).
A diferença básica entre uma VBCI e uma VBTP está em sua blindagem e poder de fogo que deve ser maior que esta última. Uma VBCI deve possibilitar que seus homens combatam a maior parte do tempo embarcado e em um conflito armado de nível médio a intenso. Já uma VBTP tem por finalidade transportar tropas, feridos e equipamentos até o campo de batalha de forma segura, porém sem a capacidade de combater embarcado. Normalmente utilizada em conflitos de baixa intensidade.
É importante salientar que esta humilde explicação cabe somente aos leigos. Para militares especializados no assunto, existem muitos outros fatores para definir uma legítima Viatura Blindada de Combate de Infantaria. Dessa forma, não é consenso na literatura mundial o que eleva este nobre meio de guerra de VBTP para VBCI. Recentemente o Exército Francês escolheu o GIAT/Renault 8x8 para ser o sucessor e substituto da VBCI AMX-10P.
Segundo a DefensesNews (2012), o Exército Norte-americano está em fase de testes do GCV 8x8 para substituir futuramente a VBCI A3 Bradley. Entretanto, já esta provada a eficácia e eficiência do próprio Bradley como VBCI por atuar com o poderoso M1 Abrams durante a invasão de Bagdá. Junta-se a ele a VBCI Marder que avança no campo de batalha lado a lado com os Leopard 2 A6 no Afeganistão com total sucesso (BASTOS, 2009).
A despeito da utilização de uma VBCI sobre rodas ou lagartas, Souza Junior (2011), conclui que a utilização de uma viatura Blindada sobre lagartas se faz necessário no mesmo nível que também devam existir tropas blindadas sobre rodas. Todavia, se sobre SL (Sobre lagartas) ou SR (sobre rodas) cada viatura é destinada para uma intensidade de combate, sendo os embates mais intensos realizados pelas tropas dotadas de meios SL, onde se encaixam as Brigadas Blindadas do Exército Brasileiro que necessitam de VBCI para cumprir as missões mais severas as quais lhe competem.
2. O combate moderno e o necessário emprego da VBCI nas Tropas Blindadas Brasileiras
Segundo Lind (2005), a guerra da era moderna está dividida em 4 gerações. A 1 ? geração foi do combate em formações rígidas em linha e coluna presente no período entre 1648 até 1860. A 2 ? geração surgiu na França com o invento das armas de retro carga e metralhadoras. Foi com Hitler e sua “Blitzkrieg” que entramos na guerra da 3 ? geração, onde com manobras desbordantes, surpresa e rapidez nas ações atingiam o inimigo em profundidade, levando a desorganização e o terror nas linhas de suprimentos adversárias. Após o dia 11 de setembro de 2001, o Talibã de Osama Bin Laden nos colocou de frente com a guerra da 4 ? geração, caracterizada por conflitos entre Estado e grupos não estatais.
Soma-se ainda o grande salto tecnológico que vivemos a cada dia, com novas armas sendo produzidas em escalas meteóricas. A “Internet” colocou a opinião pública como um dos principais itens no planejamento de um líder militar. A indefinição constante de quem é o inimigo e o preenchimento dos vazios demográficos com cidades tornou uma simples Guerra Linear com algumas medidas de controle em uma missão extremamente árdua e complexa.
Nesse contexto, um carro de combate não atua isoladamente. No mínimo em seção, apoiando um ao outro nas manobras e demonstrando maior força perante o inimigo. Mas os CC (Carros de Combate) por mais que atuem com até 4 CC,pelotão, ainda necessitam de outra força para garantir sua segurança, entrar onde eles não entram e por fim conquistar e manter o terreno: O Pelotão de Infantaria Blindado.
Os dois pelotões trabalham em FT (Forças Tarefas) em um ambiente com reduzidos setores de tiro, necessidade de visual em 360 ?, defendendo-se de múltiplos ataques de diferentes calibres, engajando vários alvos ao mesmo tempo, coordenando suas peças de manobra no espaço e tempo para evitar o fratricídio, sem diminuir a impulsão, em operações continuadas de dia e a noite, com ou sem chuva.
Para que possa combater com alta letalidade e sobrevivência nesse ambiente complexo, os exércitos que desejam lograr êxito devem utilizar CCs e VBCIs de última geração.
Como CC mais avançado temos unidades dos Leopard 1 A5, que foram considerados no Simpósio de Blindados promovido pelo Instituto Militar de Engenharia em 1996, CCs de 2 ? geração do pós 2 ? GM,anos 70. Atualmente já existem vários CCs de 4 ? geração aptos para os conflitos atuais no mundo todo. E as VBCIs para acompanhar os ultrapassados Leopard 1 A5?
Souza Junior (2011) relembra que o Exército Brasileiro utiliza desde 1980 as suas VBTP M-113 B, como se VBCI fossem em suas Brigadas Blindadas. Na maioria dos países, até mesmo nos menos desenvolvidos que o Brasil, esta VBTP é orgânica das Brigadas Mecanizadas. Como esta VBTP é do século passado (1960), e atuamos em FT, logo nossa Força Blindada fica estacionada há poucos anos à frente da 2 ? Guerra Mundial.
Para tentar diminuir a defasagem, as VBTP M-113 B estão passando por um processo de Modernização e Revitalização, porém apenas lhes dará uma sobrevida e maior potência para acompanhar os CCs. Mas continuará sendo uma VBTP e nenhuma blindagem a mais.
É imprescindível voltarmos aos anos 80, onde o Brasil tinha uma indústria Bélica promissora com dois projetos de 3 ? geração já naqueles tempos: Como CC o EE-T1 OSÓRIO e como VBCI o CHARRUA.
Alguns “estudiosos” afirmam categoricamente que, nos dias atuais, com várias missões no painel nacional enfatizando as operações de Garantia da Lei e da Ordem não se faz necessário à utilização de uma VBCI na tropa blindada, pois é um meio muito dispendioso, pesado e não tem mobilidade estratégica. Os Blindados mais leves, sobre rodas e que podem ser transportados por aeronave seriam a melhor solução.
Para chegarmos a um denominador comum pode-se relembrar alguns fatos históricos:
Foi na Batalha do Yom Kippour, 1973, que as Forças de Defesa de Israel (FDI) que mesmo com menor número, venceram a Coligação Árabe com 5 Brigadas Blindadas,1400 CC, contra 2 Brigadas Blindadas,150 CC.
A diferença foi que a FDI atuou empregando pela primeira vez na história em toda sua frente o combinado CC-Fuzileiro Blindado. Utilização não só de CC, mas com tropa de Infantaria em Viaturas Blindadas de Combate de Infantaria foi o a lição aprendida deste histórico embate, ensinamento este lecionado atualmente nas escolas de militares.
Indo de encontro ao que pensam todos os especialistas militares, durante a tomada de Bagdá, 2003, o exército estadunidense fez o improvável. Tomou a capital iraquiana com sua força blindada, local mais propício para o emprego de tropas leves a pé. Os CC Abrams juntamente com as VBCI Bradley eram muito superiores aos blindados e armas anticarro iraquianos. Graças à superioridade das VBCI Bradley o combate se deu na maior parte do tempo embarcado, levando a um ataque rápido e esmagador por todas as frentes (SOUZA JÚNIOR, 2010).
Zucchino (2004), explica a utilização de CC e VBCI SL durante o conflito em Bagdá. Fora ensinamento colhido durante a vexaminosa ação das tropas leves na Somália, onde Rangers e Delta Forces foram cercados e quase dizimados por somalis. O combate era considerado de nível baixo, mas somente com a penetração de uma coluna de Blindados CC e VBCI foi possível dominar a situação e evacuar com segurança a desprotegida tropa leve.
Já em Grozny no ano 1994, os Russos foram barrados pelos guerrilheiros Chechenos por desprezar o apoio mútuo com uma Infantaria Blindada a altura de seus CC. O grande emprego de Viaturas BRDM e BTR,sobre rodas e fraca blindagem) como se VBCI fosse tornou a coluna blindada baseada nos pesados T-72 de fácil aniquilação.
Os CC avançavam sozinhos, pois os BRDM além de não passar os escombros ou valas por serem sobre rodas eram facilmente destruídos pelos RPG-7. Sem apoio da infantaria, pois os soldados a pé estavam mortos, os T-72 eram presas fáceis para os infantes chechenos que conheciam muito bem o terreno e possuíam muitos RPGs (CASSIDY, 2003).
No Brasil, em novembro de 2010, foi marcada na história dos blindados brasileiros como o primeiro emprego efetivo durante uma invasão de uma favela. Em outros anos, como a ECO 92 sua utilização ocorreu, porém apenas como medida dissuasória em operações preventivas e em grandes vias de acesso. Na invasão do Morro do Alemão, operação que estava sobre o controle operacional do Comando Militar do Leste, as seguintes VBTPs foram utilizadas: URUTU do Exército Brasileiro; PIRANHA, M-113 e CLANF da Marinha do Brasil.
O conflito foi de baixa intensidade, porém as VBTP URUTU e PIRANHA pararam logo nos primeiros quarteirões devido aos obstáculos de concreto e trilhos de trem colocados pelos traficantes, pois estas VBTPs são sobre rodas. Somente as VBTP M-113 e os CLANF prosseguiram conquistando terreno, destruindo todos os obstáculos, pois possuem seus trens de rolamento sobre lagartas. Cabe salientar, o efeito dissuasório que causou sobre as forças adversas e a confiança gerada nas tropas do Estado para a conquista indiscutível da favela do Alemão.
A decisão de empregar VBTP sobre lagartas em ruelas no Rio de Janeiro fora acertada. Correta pelo fato dos traficantes não utilizarem armas AC, anticarro, caso eles fizessem a utilização dessa tecnologia, ocorreria um número de baixas maior durante a operação. Se esse fato ocorresse, talvez dessem importância em ter um blindado com poder de fogo maior, blindagem pesada e capacidade de levar infantes mais próximos do inimigo: uma VBCI.
3. Solução do problema
A solução deste embate é adquirir VBCI novas. Porém, deve-se tocar em dois pontos para não se incorrer em erros já cometidos. O que se quer nessa VBCI, suas capacidades, e quem a construirá.
Na primeira ideia, Sousa Júnior (2011) corrobora com Quirino (2009), que devem ser adquiridos equipamentos de última geração (4 ? do Pós Guerra), ou um nível superior. A aquisição dos Leopard 1A5 já serviu de ensinamento de como deve ser a estrutura logística dos blindados modernos.
Dentro do cenário bélico atual Sousa Júnior (2011), lista as características que uma VBCI deve possuir para ter a maior letalidade e sobrevivência no campo de batalha:
- Trens de rolamento sobre lagartas;
- Possuir GCB (Gerenciamento do campo de Batalha);
- Detecção automática de alvos;
- Controle de tiro computadorizado e a longa distância;
- Sistema de estabilização de torre;
- Blindagem modular (suporte no mínimo Can .30), podendo receber blindagem reativa (ERA);
- Munições especiais anticarro e contra tropas;
- Excelente relação potência peso;
- Sistema de visibilidade total em 360 ? quando embarcado;
- Sistema de Defesa Química Biológica e Nuclear;
- Sistema de Defesa Ativo (DAS);
- Sistema detector de projetil e rastreador (DPCue);
- Sistema de visão Noturna;
- Sistema de comunicação móvel, capaz de ter wireless entre o carro e os infantes desembarcados;
- Possibilitar a videoconferência entre os comandantes de fração;
- Sistema anti-fraticídio (IFF);
- Poder de fogo com Can .30 e mtr Coaxial.
- Capacidade de Carga de 9 homens fora a guarnição, devido à constituição da atual estrutura organizacional dos pelotões de fuzileiros blindados;
O segundo item a ser analisado é sobre sua construção. Como já foi visto nesse trabalho, o Brasil já possuiu estruturas bélicas para construção de blindados. Muitos especulam que não temos capacidade e nem condições para criarmos esse tipo de VBCI. Porém, outros, embasados em nossas conquistas nos anos 80 e embalados pelo patriotismo ferrenho, têm confiança plena de que o Brasil reúne condições para tal feito. De opinião em opinião, “achismos” por “achismos” o certo é que não podemos ficar a mercê da tecnologia de nossos possíveis inimigos em um futuro próximo.
-x-
Autor: Capitão de Infantaria Saul Isaias da Rosa.
Instrutor do Centro de Instrução de Blindados - General Walter Pires
Santa Maria – RS, Brasil.
Bibliografia
BASTOS, Expedito Carlos Estefani. Blindados Sobre Lagartas – Produzir, Modernizar ou Importar. 10/01/2010.
BASTOS, Expedito Carlos Estefani. O Futuro Incerto da Arma Blindada Brasileira. 19/07/2009.
BLOG FORÇAS TERRESTRES. EE-T1 Engesa Osório – A história do primeiro MTB Brasileiro. 2010.
LIND, Willin S. Compreendendo a Guerra da quarta geração. Military Review. Fort Leaveworth, p. 23-31, jan-fev, 2010.
ZUCHINO, David. Thunder Run. The armored Striker to capture bahgdad. Estados Unidos. Pub Group West. 1 Ed. 2004.
BRASIL. Exército. Secretaria de Ciência e Tecnologia. Simpósio: 80 anos de blindados. IME. Rio de janeiro. p16-17, set 1996.
Produção de blindados no Brasil – Uma lição não aprendida. 2004
BACK-UP FORCE: Infantry fighthing Vehicles. Jane’s Defense weekly. Jun 2010.
SOUZA JÚNIOR, Jorge Francisco de. As Forças Blindadas do Exército Brasileiro: Atualização, Modificação e Modernização: uma proposta. 2011
QUIRINO, Leandro Soares da Silva. Discussão de Especificações para Projeto de Viatura Blindada de Combate de Fuzileiros. 2005
http://www.defesanet.com.br/doutrina/no ... a-Mundial/
Carpe Diem
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
É imprescindível a aquisição de Marder 1A3 ou M2 Bradley para formar doutrina, mesmo que sejam apenas para equipar uma Brigada.
É ridículo ainda operar M113 como sua principal viatura dos Fuzileiros Blindados em pleno século XXI.
Não sei o que o EB tinha na cabeça pra custear mais de US$ 116 milhões na modernização dos mesmos, quando este recurso poderia ter sido utilizado na aquisição de Marder ou Bradley.
Até a chegada de um meio que transporte um GCB completo e sua tripulação (12, ao todo), cobrem muito bem o gap.
Não custariam muito caro, a Croácia receberá 60 Bradley M2 e ainda modernizados a um custo baixo - ainda mais 24 para spare - e um país do Oriente Médio pagou €25 milhões por 25 Marder 1A3 modernizados para o padrão 1A5 (blindagem contra 30 mm APFSDS em toda viatura e capaz de disparar mísseis Spike).
Não precisamos moderniza-los, já que são um meio paliativo. O máximo seria recondicionamento e possibilidade de disparar mísseis Spike.
É ridículo ainda operar M113 como sua principal viatura dos Fuzileiros Blindados em pleno século XXI.
Não sei o que o EB tinha na cabeça pra custear mais de US$ 116 milhões na modernização dos mesmos, quando este recurso poderia ter sido utilizado na aquisição de Marder ou Bradley.
Até a chegada de um meio que transporte um GCB completo e sua tripulação (12, ao todo), cobrem muito bem o gap.
Não custariam muito caro, a Croácia receberá 60 Bradley M2 e ainda modernizados a um custo baixo - ainda mais 24 para spare - e um país do Oriente Médio pagou €25 milhões por 25 Marder 1A3 modernizados para o padrão 1A5 (blindagem contra 30 mm APFSDS em toda viatura e capaz de disparar mísseis Spike).
Não precisamos moderniza-los, já que são um meio paliativo. O máximo seria recondicionamento e possibilidade de disparar mísseis Spike.
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
A partir da notícia de que o orçamento do MD para 2020 não será contingenciado, e se tal assertiva permanecer até 2022, é possível que durante este tempo ao menos o Guarani II venha à luz e a produção dele possa não sofrer novamente soluções de continuidade. Falo isso tomando por base que o que foi solicitado pelo MD na PLOA 2020, apesar de não atendido na íntegra pelo ministério da economia, não será diminuído ainda mais ou bloqueado.gabriel219 escreveu: ↑Qui Dez 26, 2019 9:17 pm É imprescindível a aquisição de Marder 1A3 ou M2 Bradley para formar doutrina, mesmo que sejam apenas para equipar uma Brigada.
É ridículo ainda operar M113 como sua principal viatura dos Fuzileiros Blindados em pleno século XXI.
Não sei o que o EB tinha na cabeça pra custear mais de US$ 116 milhões na modernização dos mesmos, quando este recurso poderia ter sido utilizado na aquisição de Marder ou Bradley.
Até a chegada de um meio que transporte um GCB completo e sua tripulação (12, ao todo), cobrem muito bem o gap.
Não custariam muito caro, a Croácia receberá 60 Bradley M2 e ainda modernizados a um custo baixo - ainda mais 24 para spare - e um país do Oriente Médio pagou €25 milhões por 25 Marder 1A3 modernizados para o padrão 1A5 (blindagem contra 30 mm APFSDS em toda viatura e capaz de disparar mísseis Spike).
Não precisamos moderniza-los, já que são um meio paliativo. O máximo seria recondicionamento e possibilidade de disparar mísseis Spike.
O ideal é que os valores solicitados fossem atendidos na íntegra, mas isso é praticamente impossível de se conseguir. Resta então verificar no que o EB pretende gastar os míseros trocados que terá a disposição no ano que vem para tentar fazer avançar os projetos.
No caso da aquisição de uma VBCI de verdade, como o Eligio palpitou aqui outro dia, é provável que alguns Marders possam ser adquiridos para os BIB e RCB a fim de fazermos uma transição mais adequada à realidade financeira que nos cerca. Não imagino que sofram qualquer intervenção que não o seu recondicionamento e volta à operação.
Existem ainda muitos destes veículos nos estoques alemães. Se conseguirmos que eles nos cedam os mais novos que nós conseguirmos encontrar (A3, A4 ou mesmo A5) , e que estejam em boas condições, a fim de rodar por aqui mais 10/15 anos, já terá valido a pena. Serão muito úteis para o EB fazer o que mais gosta que é "manter a doutrina".
E quando finalmente tivermos alguma resposta quanto as soluções apontadas pelo GT do Nova Couraça para os problemas da cavalaria, blda e mec, então teremos como avaliar melhor as opões apontadas. Seja na forma de uma família de VBTP-SL + VBC SL, ou CC + VBTP-SL e respectivas famílias.
Confesso que hoje penso que para nós é mais viável conseguir desenvolver uma nova família de VBTP-SL e a partir dela pensar em uma VBC do que investir em um CC de verdade. Pelo menos essa parece ser a tendência. O pessoal está olhando muito a questão logística e financeira. E nem creio que poderia ser diferente.
Mas em se tratando do EB, e suas tradicionalices, é capaz do pessoal da cav bater pé, fazer manha, birra e bico caso a solução adotada pelo cmdo e EME provinda daquele GT não vislumbre a aquisição e/ou desenvolvimento de um CC puro. Por mais que isto signifique deixar a cav blda à mingua e sem qualquer relevância operacional verdadeira. Não duvido de mais nada agora.
O que realmente é importante neste texto, é que a dependência no que diz respeito a reconstrução da cav blda nacional deve levar muito a sério as aprendizagens tidas com os Leo 1A5 e mesmo com as M-113 na hora de decidir qual o caminho a seguir. O contrário disso, pode ser o risco, muito alto, de continuarmos incorrendo num eterno looping de erros passados.
abs
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Enquanto todos adotam VBCI-SL, vamos de VBTP-SL?
"Pra nós hoje é mais viável desenvolver uma VBTP-SL", baseado em quê diz isso? Temos indústria nacional capaz de comportar isso? Temos dinheiro? Tempo para desenvolver? A qual custo? Quando viria o primeiro protótipo?
Qual o problema de já adotar viaturas existentes e fabricar nacionalmente?
Parece um looping esse debate.
"Pra nós hoje é mais viável desenvolver uma VBTP-SL", baseado em quê diz isso? Temos indústria nacional capaz de comportar isso? Temos dinheiro? Tempo para desenvolver? A qual custo? Quando viria o primeiro protótipo?
Qual o problema de já adotar viaturas existentes e fabricar nacionalmente?
Parece um looping esse debate.
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Apenas usei a nomenclatura do EB. E notar que falei em familia, não em uma viatura específica.
Assim, alem da viatura básica, podemos inferir uma serie de VBE a partir da mesma.
Como disse, é provável que o EB obtenha Marders para os BIB/RCB para quebrar um galho. E neste meio tempo elaborar o ROB e RTI para uma VBTP-SL e familia.
Isso só deve acontecer, penso, assim que o Guarani II estiver pronto e testado, pois ele na pratica será potencialmente a base sobre a qual muitas das tecnologias para uma VBCI SL deverão utilizar, inclusive a TORC 30 ou outra torre qualquer. Além de corrigir os erros da primeira versão, claro.
É preciso lembrar que o EB não tem experiência com quase nada das tecnologias requeridas no texto que expus acima. Então, temos que partir de algum lugar. Acredito que o Guarani II possa ser esta bancada de avaliação prática da concepção à logística de um bldo complexo como uma VBCI.
Faria mais sentido se uma VBCI-SR 8x8 fosse o passo lógico na sequência do Guarani II. Mas definitivamente não acredito que o EB seja capaz de dar este passo.
Assim, com ou sem uma solução nacional para este tipo de bldo, poderemos contar com certa qualificação de parte da BID e indústria nacional no que tange a produção sob licença ou o desenvolvimento local da VBCI e derivados.
Este é o principio que rege o projeto Guarani. E não deverá ser diferente em relação à nova família VBTP-SL.
Se vai dar certo ou não, só o tempo irá dizer.
abs
Assim, alem da viatura básica, podemos inferir uma serie de VBE a partir da mesma.
Como disse, é provável que o EB obtenha Marders para os BIB/RCB para quebrar um galho. E neste meio tempo elaborar o ROB e RTI para uma VBTP-SL e familia.
Isso só deve acontecer, penso, assim que o Guarani II estiver pronto e testado, pois ele na pratica será potencialmente a base sobre a qual muitas das tecnologias para uma VBCI SL deverão utilizar, inclusive a TORC 30 ou outra torre qualquer. Além de corrigir os erros da primeira versão, claro.
É preciso lembrar que o EB não tem experiência com quase nada das tecnologias requeridas no texto que expus acima. Então, temos que partir de algum lugar. Acredito que o Guarani II possa ser esta bancada de avaliação prática da concepção à logística de um bldo complexo como uma VBCI.
Faria mais sentido se uma VBCI-SR 8x8 fosse o passo lógico na sequência do Guarani II. Mas definitivamente não acredito que o EB seja capaz de dar este passo.
Assim, com ou sem uma solução nacional para este tipo de bldo, poderemos contar com certa qualificação de parte da BID e indústria nacional no que tange a produção sob licença ou o desenvolvimento local da VBCI e derivados.
Este é o principio que rege o projeto Guarani. E não deverá ser diferente em relação à nova família VBTP-SL.
Se vai dar certo ou não, só o tempo irá dizer.
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
A pergunta continua sem ser respondida: quem vai desenvolver esse blindado? Onde? Quando? Que dinheiro? Quais indústrias? Quanto tempo?
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Uma tentativa de resposta mais simples:gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 27, 2019 10:50 pm A pergunta continua sem ser respondida: quem vai desenvolver esse blindado? Onde? Quando? Que dinheiro? Quais indústrias? Quanto tempo?
quem vai desenvolver esse blindado?
R: a BID, obrigatoriamente em parceria com indústria(s) estrangeira(s); até onde se sabe, não temos capacidade técnica de engenharia para elaborar e desenvolver todo o processo do projeto de bldos SL por aqui. o exemplo a seguir deve ser o da parceira Iveco/EB. Entramos com os requisitos e a empresa com a expertise em engenharia e projeto.
Onde?
R: se a oferta para o desenvolvimento aqui de uma nova família de VBTP-SL feita pela KMW anos atrás for selecionada, em Santa Maria. Acho muito provável que isto tenha sido levado em consideração pelo GT Nova Couraça. Não se tem notícias que outras empresas tenham feito ofertas neste sentido. e como não existe um ROB para tal família de bldos, penso que ninguém vai se mexer até saber exatamente o que o EB quer. E por enquanto, ao que parece, nem ele sabe.
Quando?
R: Provavelmente a partir de 2024, sendo estipulado no PEEx 2024-2027; o desenvolvimento leva muito tempo, pelo menos dez anos entre concepção e entrada em serviço. Isso se não houver contingenciamento de verbas. Compras de eventuais Marders devem oportunizar a criação de doutrina e ajudar a elaborar o ROB para este futuro bldo.
Que dinheiro?
R: Financiamento externo, ou via FINEP/BNDES como P&D em sistema de defesa. existe legislação regulando sobre este assunto hoje.
Quais indústrias?
R: a BID e a indústria nacional obrigatoriamente terá de participar. é uma exigência da END, e de várias leis federais aprovadas nos últimos anos sobre investimento em defesa e o apoio ao parque industrial e de P&D nacional, e que os militares seguem à risca; e também fruto das experiências com os bldos atuais, no caso Guarani, Leo A15 e M-113 e variantes. Logística irá determinar a parcela de contribuição da BID e indústria nacional neste processo. Eliminar o mais que possível dependências externas quanto aos novos bldos SL é uma demanda clara e inequívoca de vários documentos do EB sobre o assunto, inclusive referenciais do trabalho do Nova Couraça.
Quanto tempo?
R: Como disse acima, é um projeto para cerca de 10 anos, entre conceito e entrada em serviço. Provavelmente o projeto de desenvolvimento deve ser listado nas prioridades dos PEEx 2024-2027 e PEEx 2028-2031. São 8 anos. Se tudo der certo, até a primeira metade da próxima década devemos começar a receber os primeiros veículos base novos; o resto da família deve ficar para os anos subsequentes.
abs
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Nenhuma empresa estrangeira vai vir aqui e desenvolver uma viatura SL, vão oferecer produtos já existentes. Ninguém vai perder tempo com uma bobagem que é desenvolver uma viatura sob lagartas, sem motivo algum, enquanto existem outras por ai, já prontas, que cobrem bem nossas necessidades. É pura perda de dinheiro e de tempo!
A KMW em momento algum ofereceu VBTP e muito menos desenvolver um, ofereceu um VBCI e foi o Puma.
Financiamento externo pra desenvolver uma viatura do zero? Boa sorte!
A Indústria Nacional está capacitada em oferecer componentes complementares, não o blindado.
10 anos é uma estimativa muuuito otimista. Considere falta de ROB, falta de fábricas e indústria capacitada, depois considere o tempo de desenvolvimento.
A KMW em momento algum ofereceu VBTP e muito menos desenvolver um, ofereceu um VBCI e foi o Puma.
Financiamento externo pra desenvolver uma viatura do zero? Boa sorte!
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10 anos é uma estimativa muuuito otimista. Considere falta de ROB, falta de fábricas e indústria capacitada, depois considere o tempo de desenvolvimento.
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Construir sob licença é a melhor alternativa pro EB em questão de blindados SL , iria capacitar a indústria nacional e poderíamos nacionalizar o blindado com o passar dos anos, igual o projeto Prosub , e quem sabe com a capacitação ,poderíamos num futuro não muito distante desenvolver novos blindados .
A questão de recursos para desenvolver blindados , continuava no Guarani e suas inúmeras versões que ainda nem se quer tem protótipo
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Gogogas !
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Além de ser a melhor, nós já teríamos viaturas prontas a um custo menor, além de conseguir crédito mais fácil - negócio de baixissimo risco.
Essa ideia de desenvolver nacional tem que ser jogada fora, pois não temos indústria capacitada pra isso, nenhuma estrangeira virá aqui pra desenvolver do zero - KMW irá oferecer Lynx/Puma, BAE oferecerá CV90 e a GDLS oferecerá Ascod - e ainda perderemos tempo e dinheiro com isso.
Escolhe um MBT por ai e um VBCI, escolhe um banco do país citado e coloca o BNDES como fiador.
Iremos poupar no mínimo uns 10 anos e ainda capacitaria a indústria para desenvolver viaturas SL da próxima geração, com canhões ETC, nanomateriais...
O Marder seria apenas para formação de doutrina e suportar o gap. Deixa-los até surgir solução nacional não é colocar como paliativo, mas sim substituto definitivo do M113.
Essa ideia de desenvolver nacional tem que ser jogada fora, pois não temos indústria capacitada pra isso, nenhuma estrangeira virá aqui pra desenvolver do zero - KMW irá oferecer Lynx/Puma, BAE oferecerá CV90 e a GDLS oferecerá Ascod - e ainda perderemos tempo e dinheiro com isso.
Escolhe um MBT por ai e um VBCI, escolhe um banco do país citado e coloca o BNDES como fiador.
Iremos poupar no mínimo uns 10 anos e ainda capacitaria a indústria para desenvolver viaturas SL da próxima geração, com canhões ETC, nanomateriais...
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Essas perguntas, para quem tem os pés no chão e conhecem como foi, é e será o Brasil, são apenas as que nos mostram que sonhar não é para amadores!gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 27, 2019 10:50 pm A pergunta continua sem ser respondida: quem vai desenvolver esse blindado? Onde? Quando? Que dinheiro? Quais indústrias? Quanto tempo?
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
absgabriel219 escreveu: ↑Sáb Dez 28, 2019 3:08 pm Nenhuma empresa estrangeira vai vir aqui e desenvolver uma viatura SL, vão oferecer produtos já existentes. Ninguém vai perder tempo com uma bobagem que é desenvolver uma viatura sob lagartas, sem motivo algum, enquanto existem outras por ai, já prontas, que cobrem bem nossas necessidades. É pura perda de dinheiro e de tempo!
Mas foi exatamente isso que a Iveco fez quando o EB lançou o ROB do Guarani. Queriam um veículo de desenho próprio. E conseguiram. Tanto é que a propriedade intelectual do bldo é do exército. Se vai ser assim novamente, o tempo dirá. Eu acho que não.
A KMW em momento algum ofereceu VBTP e muito menos desenvolver um, ofereceu um VBCI e foi o Puma.
Bem, falei de memória sobre comentários aqui no DB de muito tempo atrás. De PPT que teriam sido mostrados ao EB pela KMW relativos a nova família VBTP-SL, e que até o presente momento, pelo que sei, não houve modificação nos planos do EB, salvo erro, para o seu desenvolvimento aqui. Mas obviamente os planos mudam com o tempo. Ou não. Acho que vai demorar um pouco ainda para a gente saber com certeza.
Financiamento externo pra desenvolver uma viatura do zero? Boa sorte!
Eu só mostrei as opções. Se serão usadas, cabe ao MD decidir qual/quais as melhores alternativas.
A Indústria Nacional está capacitada em oferecer componentes complementares, não o blindado.
Não falei nada diferente. A participação da BID será no exato tamanho da sua capacidade de alocar soluções, produtos e recursos ao projeto. Simples assim. A gestão será do CTEx e da empresa selecionada. Haverá obrigatoriamente uma percentagem nacional em qualquer bldo que seja escolhido, seja desenvolvido ou importado para montagem sob licença. Da mesma forma como ocorre hoje com o Guarani.
10 anos é uma estimativa muuuito otimista. Considere falta de ROB, falta de fábricas e indústria capacitada, depois considere o tempo de desenvolvimento.
O ROB deve ser emitido, avalio, até 2027, conforme o PEEx à época. Depois disso, no PEEx seguinte, entre 2028 - 2031 deve acontecer a escolha e/ou desenvolvimento propriamente dito do bldo.
Tenho cá para mim que com a experiência do Guarani já temos bastante informações técnicas sobre o que é uma VBCI, como utilizar, na teoria, e principalmente, o que ela deve possuir em termos de características. Tendo todos estes referenciais, adicionados a colaboração em termos de troca de informações com outros exércitos que dispõe destes tipo de bldos, é possível montar um ROB sem maiores problemas. A aquisição eventual de Marders pode ajudar mais ainda neste aspecto. Então, como disse antes, se tudo der certo, a partir de 2035 poderemos começar a receber as primeiras unidades do novo bldo. Se a escolha for pela adoção de um bldo pronto e sua produção sob licença aqui, com certeza este tempo pode ser bastante diminuído. Mesmo assim, não acredito em nenhuma VBCI SL nova antes de 2030.
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Sob o meu ponto de vista, o maior entrave para uma nova família VBTP-SL e versões não é técnico, logístico ou industrial, mas antes, é justamente a sua manutenção financeira.gogogas escreveu: ↑Sáb Dez 28, 2019 3:59 pm Construir sob licença é a melhor alternativa pro EB em questão de blindados SL , iria capacitar a indústria nacional e poderíamos nacionalizar o blindado com o passar dos anos, igual o projeto Prosub , e quem sabe com a capacitação ,poderíamos num futuro não muito distante desenvolver novos blindados .
A questão de recursos para desenvolver blindados , continuava no Guarani e suas inúmeras versões que ainda nem se quer tem protótipo
O exemplo do projeto Guarani deixa isso bem claro.
Sem fundos regulares e longevos, é impossível sequer começar a pensar em um novo vetor, qualquer que seja, para a cav blda.
E o exército infelizmente não tem repostas hoje para esta questão fulcral. E nem se sabe se amanhã ou depois será diferente.
abs
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Re: NOVA FAMÍLIA VBTP-SL GUARANI II
Concordo. Mas será que EB, demais forças e o MD pensam neste mesmo sentido?Energys escreveu: ↑Dom Dez 29, 2019 10:30 amEssas perguntas, para quem tem os pés no chão e conhecem como foi, é e será o Brasil, são apenas as que nos mostram que sonhar não é para amadores!gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 27, 2019 10:50 pm A pergunta continua sem ser respondida: quem vai desenvolver esse blindado? Onde? Quando? Que dinheiro? Quais indústrias? Quanto tempo?
Att.
Nós somos amadores ou a gente até entende alguma coisa do negócio?
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