Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#256 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Fev 07, 2014 2:24 pm

Eu sei, eu devia ter colocado desde o inicio que os Páras que eu estava a referir-me eram os Australianos e não os Brasileiros. Seria no minimo absurdo acabarem com o vosso Corpo de Fuzileiros. Já no caso Australiano, eles não têm Fuzos e como têm três brigadas (Ligeira, Motorizada e Mecanizada), escolheram a primeira para ser a nova força anfibia. Faz sentido, especialmente porque vão aproveitar os recursos humanos e materiais que já existem para formar essa força.

Em Portugal há quem defenda que num país tão pequeno é ridiculo haver três Tropas de Infantaria Ligeira de Assalto. Já no caso Brasileiro, até acho que o vosso Corpo de Fuzileiros e Brigada Pára-quedista podiam ser duplicadas dado a extensão do país e população.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#257 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 07, 2014 2:38 pm

cabeça de martelo escreveu:Eu sei, eu devia ter colocado desde o inicio que os Páras que eu estava a referir-me eram os Australianos e não os Brasileiros. Seria no minimo absurdo acabarem com o vosso Corpo de Fuzileiros. Já no caso Australiano, eles não têm Fuzos e como têm três brigadas (Ligeira, Motorizada e Mecanizada), escolheram a primeira para ser a nova força anfibia. Faz sentido, especialmente porque vão aproveitar os recursos humanos e materiais que já existem para formar essa força.
Em Portugal há quem defenda que num país tão pequeno é ridiculo haver três Tropas de Infantaria Ligeira de Assalto. Já no caso Brasileiro, até acho que o vosso Corpo de Fuzileiros e Brigada Pára-quedista podiam ser duplicadas dado a extensão do país e população.
Cabeça, no caso do CFN ele terá seu efetivo expandido paulatinamente até chegarmos a cerca de 25 mil homens lá pelo fim da próxima década, segundo o PAEMB. Serão em torno de 10 Btls de Inf de FuzNvs e mais 6 GrpOpFuzNvs ao longo do país.



abs.




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#258 Mensagem por Arataca » Sex Fev 07, 2014 7:35 pm

Prezados,

Francamente, ... mas 25.000 homens, 10 batalhões de infantaria!!!!! Não é muita coisa não?

Nos EEUU estão avaliando o papel dos marines, já que desembarques no estilo Iwo Jima são altamente improváveis e não aconteceram desde este desembarque na 2ª GM. Eles tem servido como forças auxiliares do USArmy e guardas de embaixadas. Há um movimento para redução e redirecionamento dos Marines.

Será que ainda estamos com a cabeça no 2ª GM?????

1 abraço




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#259 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 12:35 am

Arataca, o fato de os clássicos desembarques anfíbios nas praias a la GM II quase não existirem mais não significa necessariamente que este tipo de operação não seja mais necessária ou dispensável.
O que se tem visto hoje neste campo é o emprego de meios auxiliares para complementar as opções de desembarque, tal como o uso extensivo de helos e meios anfíbios com capacidade cada vez maior de projetar o poder sobre terra a partir de distâncias maiores e mais seguras das praias.
Além do mais, desembarques anfíbios ainda tem lá sim o seu uso, como notamos em vários conflitos nas duas últimas décadas, desde a primeira guerra do Iraque, passando pela Bósnia e mesmo, um pouco mais atrás, nas Malvinas.
Portanto, em nosso caso, seja em operações ofensivas, ou defensivas, com os nossos quase 8 mil kms de costa litorânea, é mais do que necessário dispormos de um corpo de fuzileiros navais robusto e muito bem adestrado e equipado, a fim de que a MB possa lançar mão sempre que necessário de uma das suas prerrogativas básicas que é a projeção de poder sobre terra.
E isso, em termos de Brasil, só se consegue com um CFN reforçado e ampliado em suas capacidades materiais e humanas.
É só dares uma olhada rápida e verás que, como no EB, o "espalhamento" destes Btl's pelo país afora demonstra que o nosso dispositivo de forças anfíbias é/será adequado ao que nos pretendemos em termos de defesa dos nossos interesses navais.
Por mim, ainda teríamos espaço para mais três Btl's, um em Rio Grande - RS, e dois na região NE - mais um para a FFE II, em São Luis, para fechar a Bgda Anf. que lá será aprestada, e outro para cobrir a região nordeste.
Enfim, 10, ou 13 bt's de fuzileiros navais, não seriam de todo uma força tão grande assim. Mesmo para o Brasil. Até porque, aqui, tradicionalmente, as nossas necessidades de defesa sempre são, e serão, tão maiores ou mais complexas do que nós nos dispusermos a fazer, ter ou compreender.

abs.




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#260 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Fev 08, 2014 8:50 am

Ainda no ano passado a Marinha de Guerra Portuguesa esteve lá para as bandas da Guiné e poderiam muito bem repetir a Operação Crocodilo (evacuação de não combatentes) que fizeram à uns anos atrás. O RU fez a mesma coisa num país africano à uns anos.

Por isso não digam que não é preciso tropas anfíbias se faz favor. :roll:

Arataca o USMC tem 3 Divisões...3! Queres comparar?!




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#261 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 9:54 am

E uma das atividades mais previstas para as forças anfíbias neste início de sec XXI é justamente estas intervenções humanitárias em favor de pessoal civil envolvidos em conflitos. E isto apesar de ser, como de diz no Brasil, uma atividade subsidiária das ffaa's.
Mas a questão é que cada vez mais esse tipo de atividade tem crescido a olhos vistos, e envolvidos força militares de todo o mundo; mesmo nos projetos atuais de navios anfíbios, todos praticamente possuem alguma capacidade de atendimento a serviço humanitário em si, e sua ausência é cada vez menos aceitável neste tipo de embarcação.
O nosso PAEMB, em minha opinião, não dispõe, e nem indica ainda, os números necessários em meios anfíbios, ao pleno atendimento do recursos que se prevê no longo prazo para o CFN. Sequer teremos navios suficientes para embarcar integralmente as duas FFE das esquadras que se pretende. E olha que serão apenas 6 btl's de fuznvs. Isso sem contar os indispensáveis meios de apoio ao CCT e sua logística de apoio.
Enfim, temos muitas coisas para fazer ainda antes de o CFN, quando em plena forma estiver, possa usar efetiva e eficientemente todas as suas capacidades implementadas.
E a capacidade de estar, e lançar-se ao mar para a terra, onde e quando necessário for, não pode ser ignorada neste contexto.
Caso contrário, é melhor nem termos fuzileiros navais.

abs.




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#262 Mensagem por ABULDOG74 » Sáb Fev 08, 2014 4:16 pm

Olá camaradas, vou ter que fazer um meio desabafo.........as vezes tem comentários que parecem de pessoas que querem ver as nossas forças armadas com capacidades pra defesa de um país do tamanho da Bolívia e não do Brasil..........em outros tópicos aqui no fórum já vi comentários como: redução de nossos efetivos, extinção da doutrina de PA`S na MB, extinção ou função burocrática para o CFN, fim da aviação naval, fechamento de bases em prol de mais recursos e etc............ :( :( :(
Senhores, para uma defesa eficiente do país; temos que nos basear em doutrinas e planejamento , como em países que tem extensões geográficas no mínimo parecida com a do Brasil; ex: Rússia, Índia , China e etc; agora se tivermos uma defesa nacional com efetivos e doutrina de países do tamanho territorial de uma Bolívia ou Paraguai............sinceramente, se um dia formos apenas ameaçados, talvez nossa defesa , seja questão de horas...............e vai ter muito fiel defensor do fim das FA`S(SENHORES, NÃO É O CASO DE NINGUÉM AQUI NO TÓPICO!!TEMOS DIFERENTES OPINIÕES MAS TENHO CERTEZA QUE SÓ QUEREMOS A DEFESA MAIS ADEQUADA PARA A NOSSA NAÇÃO ), que vai pegar sua família e passaporte e vai pra outro país, pois podem notar que quem critica as forças armadas é "abastado" e outros sofreram lavagem cerebral política........

PAÍSES GRANDES PRECISAM DE DEFESAS GRANDIOSAS!!

Vamos parar de achar também que o Brasil não tem dinheiro para ter uma excelente : saúde , educação , saneamento, transportes e etc e para uma Defesa do país adequada..............BASTA VER O PLACAR DO IMPOSTÔMETRO NO CENTRO DE SÃO PAULO :wink: vários países tem qualidade de vida e defesa melhor, com muito menos do que consta naquele placar. :wink: :wink: :wink:


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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#263 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 5:11 pm

Abuldog, ainda temos um caminho bem longo pela frente antes de podermos verificar um nível de consciência outro na sociedade sobre este tema.
O brasileiro médio, apenas outro dia saiu da ignorância e isolamento sócio-econômico em que estava metido até vinte anos atrás.
Somos um país ainda mais iníquo em matéria de educação e consciência politico-social.
Para não falar das mazelas básicas que ainda assolam, ao contrário do que prega a propaganda oficial, a imensa maioria dos brasileiros.
Existem vários Brasis dentro do Brasil, e que infelizmente não se interconectam. Isso pode ser percebido facilmente nas grandes metrópolis do país, onde as divisões entre os mais e menos abastados, em todos os sentidos, se faz cada vez maior.
Estamos melhores em muitas coisas, com certeza. Mas fato é que o bolo cresceu e não foi dividido igualmente entre todos.
Sempre haverá aqueles que vivem num "Brasil potência e socialmente justo", que só existe na cabaça dos defensores das ideologias reinantes neste país, que vão achar que ffaa's é um luxo dispensável ou pouco exigente, enquanto outros, que vivem em um Brasil mais real, e menos idílico, e que todos os dias praticamente dependem do auxílio de alguém vestindo um uniforme com uma bandeirinha verde-amarela, nos mais inóspitos rincões, serão capazes de sentir na pele a importância e a falta que eles fazem. Na paz e na guerra.
Mas como disse, este é um assunto para resolver-se em questão de gerações. Passamos três delas nas ffaa's vendo praticamente o desmonte do pouco que havia na defesa.
Suponho que iremos "gastar" outras três gerações de militares para tentar reconstruir tudo e mais um pouco do que foi posto abaixo.
E quanto as opiniões divergente e/ou a favor, em relação a isso, elas sempre estarão aí. E as ffaa's também. Defendendo a ambas.
Como sempre.

abs.




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#264 Mensagem por Arataca » Sáb Fev 08, 2014 5:47 pm

FCarvalho escreveu:Arataca, o fato de os clássicos desembarques anfíbios nas praias a la GM II quase não existirem mais não significa necessariamente que este tipo de operação não seja mais necessária ou dispensável.
O que se tem visto hoje neste campo é o emprego de meios auxiliares para complementar as opções de desembarque, tal como o uso extensivo de helos e meios anfíbios com capacidade cada vez maior de projetar o poder sobre terra a partir de distâncias maiores e mais seguras das praias.
Além do mais, desembarques anfíbios ainda tem lá sim o seu uso, como notamos em vários conflitos nas duas últimas décadas, desde a primeira guerra do Iraque, passando pela Bósnia e mesmo, um pouco mais atrás, nas Malvinas.
Portanto, em nosso caso, seja em operações ofensivas, ou defensivas, com os nossos quase 8 mil kms de costa litorânea, é mais do que necessário dispormos de um corpo de fuzileiros navais robusto e muito bem adestrado e equipado, a fim de que a MB possa lançar mão sempre que necessário de uma das suas prerrogativas básicas que é a projeção de poder sobre terra.
E isso, em termos de Brasil, só se consegue com um CFN reforçado e ampliado em suas capacidades materiais e humanas.
É só dares uma olhada rápida e verás que, como no EB, o "espalhamento" destes Btl's pelo país afora demonstra que o nosso dispositivo de forças anfíbias é/será adequado ao que nos pretendemos em termos de defesa dos nossos interesses navais.
Por mim, ainda teríamos espaço para mais três Btl's, um em Rio Grande - RS, e dois na região NE - mais um para a FFE II, em São Luis, para fechar a Bgda Anf. que lá será aprestada, e outro para cobrir a região nordeste.
Enfim, 10, ou 13 bt's de fuzileiros navais, não seriam de todo uma força tão grande assim. Mesmo para o Brasil. Até porque, aqui, tradicionalmente, as nossas necessidades de defesa sempre são, e serão, tão maiores ou mais complexas do que nós nos dispusermos a fazer, ter ou compreender.

abs.
Salve FCarvalho,
Desculpe pela resposta breve e sintética, mas estou num trabalho de consultoria, trabalhando no sábado, desta forma faltando-me tempo para descrever meus pontos de vista de forma mais detalhada, com fontes, etc.
- Fuzileiros navais são primordialmente forças ofensivas e de projeção de poder. Quando se viu o heroico desempenho de unidades dos navais soviéticos nas batalhas de Stalingrado, eles na realidade agiram como forças de infantaria do exército de terra. Nada mais que isto, ainda que o tenham feito de forma heroica e efetiva, neste papel.
- Os exemplos que você deu acima das últimas operações navais, foram todas de pequena a média escala, ofensivas e de projeção de poder.
- Defender a integridade de nosso território será sempre com operações defensivas que, em tese, seriam principalmente tarefas do exército. Com algumas exceções na Amazônia
-Desta forma, em minha modesta e etílica opinião, não vejo a necessidade no futuro previsível deste cambaleante país, de ações ofensivas e de projeção de poder que justifiquem 25.000 fuzileiros e 10 batalhões de FN’s.
- No atual estado de nossa frota de desembarque, com muitas dificuldades vamos transportar e desembarcar os FN’s existentes e, pior ainda, mantê-los supridos com munições, agua, rações, resgate medico etc, etc,.....
- Se a prioridade é defender este país, então a MB precisa de outros meios navais, como fragatas, submarinos, etc. NAe’s não, pois é outra forma de projeção de poder que o Brasil não tem condições econômicas de manter.
Tenho grande admiração e orgulho pelo preparo e pela dedicação dos nossos FN’s da MB, mas a proposta de 25.000 navais e 10 batalhões me parece desproporcional para a nossa realidade econômica e geopolítica.

...apenas minha opinião de pagador de impostos que vai trabalhar até morrer para manter esta republica (?) de mentirinha do Brasil. Meus netos e bisnetos terão melhor sorte, se Deus quiser.

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#265 Mensagem por Arataca » Sáb Fev 08, 2014 6:12 pm

cabeça de martelo escreveu:Ainda no ano passado a Marinha de Guerra Portuguesa esteve lá para as bandas da Guiné e poderiam muito bem repetir a Operação Crocodilo (evacuação de não combatentes) que fizeram à uns anos atrás. O RU fez a mesma coisa num país africano à uns anos.

Por isso não digam que não é preciso tropas anfíbias se faz favor. :roll:

Arataca o USMC tem 3 Divisões...3! Queres comparar?!
Salve Cabeça de Martelo,
Quero comparar sim, guardadas as devidas proporções, necessidades e as ameaças que o Brasil e os EEUU têm que enfrentar.
No Brasil temos quase uma divisão de FN’s. -...é pouco? -...é muito? Depende do ponto de vista.
Fuzileiros Navais são primordialmente forças ofensivas e de projeção de poder. A Operação Crocodilo deve ter sido episódica e não típica deste tipo de força. Se eu entendi bem seu post, foi uma operação de resgate humanitário e, até certo ponto, policial.
Se você leu com atenção meu post, vai ver que eu não disse que não é preciso tropas anfíbias. Eu questionei o numero previsto de fuzileiros vis a vis nossas necessidades e ameaças, e citei a necessidade de reavaliar o papel atual dos FN’s para o futuro. Acho que a MB tem outras prioridades muito mais prementes. Vide o estado e a insuficiência da frota atual.
Eu fico imaginando o tamanho da frota para desembarque destes FN’s e as subsequentes operações de logística para mantê-los supridos e até resgatá-los, se for o caso.

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#266 Mensagem por ABULDOG74 » Sáb Fev 08, 2014 6:40 pm

Arataca escreveu:
FCarvalho escreveu:Arataca, o fato de os clássicos desembarques anfíbios nas praias a la GM II quase não existirem mais não significa necessariamente que este tipo de operação não seja mais necessária ou dispensável.
O que se tem visto hoje neste campo é o emprego de meios auxiliares para complementar as opções de desembarque, tal como o uso extensivo de helos e meios anfíbios com capacidade cada vez maior de projetar o poder sobre terra a partir de distâncias maiores e mais seguras das praias.
Além do mais, desembarques anfíbios ainda tem lá sim o seu uso, como notamos em vários conflitos nas duas últimas décadas, desde a primeira guerra do Iraque, passando pela Bósnia e mesmo, um pouco mais atrás, nas Malvinas.
Portanto, em nosso caso, seja em operações ofensivas, ou defensivas, com os nossos quase 8 mil kms de costa litorânea, é mais do que necessário dispormos de um corpo de fuzileiros navais robusto e muito bem adestrado e equipado, a fim de que a MB possa lançar mão sempre que necessário de uma das suas prerrogativas básicas que é a projeção de poder sobre terra.
E isso, em termos de Brasil, só se consegue com um CFN reforçado e ampliado em suas capacidades materiais e humanas.
É só dares uma olhada rápida e verás que, como no EB, o "espalhamento" destes Btl's pelo país afora demonstra que o nosso dispositivo de forças anfíbias é/será adequado ao que nos pretendemos em termos de defesa dos nossos interesses navais.
Por mim, ainda teríamos espaço para mais três Btl's, um em Rio Grande - RS, e dois na região NE - mais um para a FFE II, em São Luis, para fechar a Bgda Anf. que lá será aprestada, e outro para cobrir a região nordeste.
Enfim, 10, ou 13 bt's de fuzileiros navais, não seriam de todo uma força tão grande assim. Mesmo para o Brasil. Até porque, aqui, tradicionalmente, as nossas necessidades de defesa sempre são, e serão, tão maiores ou mais complexas do que nós nos dispusermos a fazer, ter ou compreender.

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Desculpe pela resposta breve e sintética, mas estou num trabalho de consultoria, trabalhando no sábado, desta forma faltando-me tempo para descrever meus pontos de vista de forma mais detalhada, com fontes, etc.
- Fuzileiros navais são primordialmente forças ofensivas e de projeção de poder. Quando se viu o heroico desempenho de unidades dos navais soviéticos nas batalhas de Stalingrado, eles na realidade agiram como forças de infantaria do exército de terra. Nada mais que isto, ainda que o tenham feito de forma heroica e efetiva, neste papel.
- Os exemplos que você deu acima das últimas operações navais, foram todas de pequena a média escala, ofensivas e de projeção de poder.
- Defender a integridade de nosso território será sempre com operações defensivas que, em tese, seriam principalmente tarefas do exército. Com algumas exceções na Amazônia
-Desta forma, em minha modesta e etílica opinião, não vejo a necessidade no futuro previsível deste cambaleante país, de ações ofensivas e de projeção de poder que justifiquem 25.000 fuzileiros e 10 batalhões de FN’s.
- No atual estado de nossa frota de desembarque, com muitas dificuldades vamos transportar e desembarcar os FN’s existentes e, pior ainda, mantê-los supridos com munições, agua, rações, resgate medico etc, etc,.....
- Se a prioridade é defender este país, então a MB precisa de outros meios navais, como fragatas, submarinos, etc. NAe’s não, pois é outra forma de projeção de poder que o Brasil não tem condições econômicas de manter.
Tenho grande admiração e orgulho pelo preparo e pela dedicação dos nossos FN’s da MB, mas a proposta de 25.000 navais e 10 batalhões me parece desproporcional para a nossa realidade econômica e geopolítica.

...apenas minha opinião de pagador de impostos que vai trabalhar até morrer para manter esta republica (?) de mentirinha do Brasil. Meus netos e bisnetos terão melhor sorte, se Deus quiser.

1 abraço
Olá camarada, o poder de dissuasão está ligado a projeção de poder que está na END, a verdade é que nenhuma força militar respeita outra força que só sabe se defender; além do mais, na história militar , confesso que não conheço nenhuma força que tenha adotado uma tática puramente defensiva e tenha logrado êxito sobre uma força atacante; lembre-se da história de Tróia, a melhor defesa que o mundo conheceu; mas após longos anos enfrentando ataques; foi invadida, barbarizada e incendiada.

A MELHOR DEFESA QUE UM PAÍS PODE TER É A CAPACIDADE DE EFETUAR UM "ATAQUE PREVENTIVO"

OBSERVAÇÃO: POSTEI UM COMENTÁRIO NO TÓPICO "CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS",FALANDO JUSTAMENTE SOBRE ISSO

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#267 Mensagem por Arataca » Sáb Fev 08, 2014 7:36 pm

Salve ABULDOG74,

Muito esclarecedores seus posts no CFN. Excelentes.

Quanto ao meu ponto inicial e considerando a sua afirmação, com que concordo 100%, sobre "A MELHOR DEFESA QUE UM PAÍS PODE TER É A CAPACIDADE DE EFETUAR UM "ATAQUE PREVENTIVO"", gostaria de saber sua opinião sobre:

- para fazermos isto precisamos de 25.000 FN's combatentes em 10 batalhões?

- Teríamos uma frota anfíbia para esta dimensão do CFN?

- Numa escala de prioridades, considerando o estado e dimensão da frota atual da MB, como é que você colocaria fragatas e submarinos novos e adicionais em relação ao aumento tão grande do CFN?

- No caso de um ataque preventivo, portanto anterior ao possível ataque do inimigo, onde você acha que isto poderia ocorrer no Brasil?

1 abraço e parabéns pelos excelentes post no CFN.




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#268 Mensagem por ABULDOG74 » Sáb Fev 08, 2014 9:00 pm

Arataca escreveu:Salve ABULDOG74,

Muito esclarecedores seus posts no CFN. Excelentes.

Quanto ao meu ponto inicial e considerando a sua afirmação, com que concordo 100%, sobre "A MELHOR DEFESA QUE UM PAÍS PODE TER É A CAPACIDADE DE EFETUAR UM "ATAQUE PREVENTIVO"", gostaria de saber sua opinião sobre:

- para fazermos isto precisamos de 25.000 FN's combatentes em 10 batalhões?

- Teríamos uma frota anfíbia para esta dimensão do CFN?

- Numa escala de prioridades, considerando o estado e dimensão da frota atual da MB, como é que você colocaria fragatas e submarinos novos e adicionais em relação ao aumento tão grande do CFN?

- No caso de um ataque preventivo, portanto anterior ao possível ataque do inimigo, onde você acha que isto poderia ocorrer no Brasil?

1 abraço e parabéns pelos excelentes post no CFN.
Olá camarada, primeiramente obrigado; parabéns pelas colocações e debate em alto nível!Como FN sei que existem dúvidas sobre o CFN num plano geral de nossa defesa e vou tentar responder aos pontos que colocou; vamos por partes:

-para fazermos isto precisamos de 25.000 FN's combatentes em 10 batalhões?
R: O CFN num assalto anfíbio(ou qualquer unidade de ataque) , para conquistar ou reconquistar uma cabeça de praia, trabalha sempre com uma margem de 3:1; ex: 3 batalhões para atacar 1 batalhão, considerando que a END prevê duas FORÇAS DE FUZILEIROS DA ESQUADRA pois pela extensão do nosso território; se uma força atacante conquistar pelo menos dois pontos(ESTADOS LITORÂNEOS) distintos de nosso litoral precisaremos de no mínimo duas BRIGADAS ANFÍBIAS para reconquistá-las e acho que 25.000 torna-se um efetivo plausível.

- Teríamos uma frota anfíbia para esta dimensão do CFN?
R: Está prevista na END e no PEAMB a aquisição de dois NPM(NAVIO DE PROPÓSITO MÚLTIPLO) ou LHD, se não me engano até 2030, que serão as NAL`s capitânias para as duas FFE`S, consequentemente duas FORÇAS EXPEDICIONÁRIAS para cumprir aquele exemplo da 1ª pergunta, fora os NDCC`S (navios de desembarque de carros de combate que já temos: NDCC ALMIRANTE SABOIA , GARCIA DÀVILA , MATOSO MAIA e os 2 NDD`S(navios de desembarque doca) que deverão ser definidos esse ano para substituir os NDD`S RIO DE JANEIRO E CEARÁ que um já deu baixa(RIO DE JANEIRO) e o CEARÁ que está em reforma para ficar um tempo mais na ativa até a chegada do substituto.

- Numa escala de prioridades, considerando o estado e dimensão da frota atual da MB, como é que você colocaria fragatas e submarinos novos e adicionais em relação ao aumento tão grande do CFN?
R: O aumento de CFN é previsto a longo prazo, não será de um ano para o outro, esta previsto esse aumento final para mais ou menos 2035, os submarinos e o PROSUPER continuam correndo normalmente; pois toda a END se baseia em razos para cada plano; dentro de um orçamento previsto.

- No caso de um ataque preventivo, portanto anterior ao possível ataque do inimigo, onde você acha que isto poderia ocorrer no Brasil?
R: Existe cadeias de ilhas no litoral brasileiro que podem ser usados por forças atacantes para diversas funções logísticas, antes de um ataque em massa e geral as plataformas ou ao litoral , e é missão do CFN ir lá e expulsá-los usando uma operação anfíbia; mas isso é um exemplo de uma característica de emprego do CFN; vai depender muito do Planejamento estratégico o uso da Força Anfíbia.

Espero ter ajudado um pouco meu amigo,
Um Abraço

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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#269 Mensagem por Bravo » Sáb Fev 08, 2014 9:19 pm

ABULDOG74 escreveu:
Olá camarada, o poder de dissuasão está ligado a projeção de poder que está na END, a verdade é que nenhuma força militar respeita outra força que só sabe se defender; além do mais, na história militar , confesso que não conheço nenhuma força que tenha adotado uma tática puramente defensiva e tenha logrado êxito sobre uma força atacante; lembre-se da história de Tróia, a melhor defesa que o mundo conheceu; mas após longos anos enfrentando ataques; foi invadida, barbarizada e incendiada.

A MELHOR DEFESA QUE UM PAÍS PODE TER É A CAPACIDADE DE EFETUAR UM "ATAQUE PREVENTIVO"

OBSERVAÇÃO: POSTEI UM COMENTÁRIO NO TÓPICO "CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS",FALANDO JUSTAMENTE SOBRE ISSO

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"A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante."

Sun Tzu.




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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

#270 Mensagem por ABULDOG74 » Dom Fev 09, 2014 11:35 am

Arataca escreveu:Salve ABULDOG74,

Muito esclarecedores seus posts no CFN. Excelentes.

Quanto ao meu ponto inicial e considerando a sua afirmação, com que concordo 100%, sobre "A MELHOR DEFESA QUE UM PAÍS PODE TER É A CAPACIDADE DE EFETUAR UM "ATAQUE PREVENTIVO"", gostaria de saber sua opinião sobre:

- para fazermos isto precisamos de 25.000 FN's combatentes em 10 batalhões?

- Teríamos uma frota anfíbia para esta dimensão do CFN?

- Numa escala de prioridades, considerando o estado e dimensão da frota atual da MB, como é que você colocaria fragatas e submarinos novos e adicionais em relação ao aumento tão grande do CFN?

- No caso de um ataque preventivo, portanto anterior ao possível ataque do inimigo, onde você acha que isto poderia ocorrer no Brasil?

1 abraço e parabéns pelos excelentes post no CFN.
Olá camarada, esqueci de citar também que uma Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, também executa a chamada EVACUAÇÃO DE NÃO COMBATENTES ou de Nacionais; o que seria isso:

É a retirada de Brasileiros ou de países aliados de áreas de conflitos ou de desastres naturais, normalmente no Brasil são utilizados aviões da FAB ou fretados vôos particulares; porém devido a grande capacidade de carga dos navios anfíbios de hoje, é capaz de se retirar um número gigantesco de Brasileiros e aliados ao mesmo tempo para esses navios(hangares e conveses internos, tornan-se locais de leitos, evitando a demora desses não combatentes das áreas conflagradas ; e se no caso de esse país tiver perdido o poder constituído ou simplesmente o controle da situação e houver Brasileiros isolados em algum ponto desse país; com autorização do presidente(ou da presidente) do Brasil é função do CFN com o uso de nossos blindados e helicópteros que estarão embarcados nesses navios anfíbios , executar uma incursão nesses pontos para retirada do nosso povo e povos de países amigos previamente determinados.
Veja o vídeo sobre um navio anfíbio tipo LHD da classe Francesa MISTRAL(essa classe concorre para ser o modelo daqueles dois para serem adquiridos para as duas FFE`S, formando as duas FORÇAS EXPEDICIONÁRIAS DO CFN) , realizando essa evacuação:






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