Fórum Defesa Brasil

EDITAL DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO VIATURA MULTITAREFA LEVE DE RODAS
http://www.df.eb.br/arquivos/EDITAL%20P ... 0RODAS.pdf

Colocando os devidos "pingos" nos "i's":

Apesar das reportagens do Globo, Vale Paraibano e DefesaNet darem a entender que é um produto novo, a realidade não é essa...

A AVIBRAS Aeroespacial se associou com a empresa francesa Renault Truck Defence para oferecer o blindado Sherpa Light Scout, que seria montado no Brasil, e que foi renomeado como “Tupi”, para o programa VBMT-LR (Viatura Blindada Multitarefa – Leve de Rodas) do EB, que prevê uma aquisição inicialmente 30 ou 32 desses veículos, porem esse numero poderá chegar a quase duas centenas.

A empresa francesa esta interessada em adentrar no mercado brasileiro já a alguns anos e, a partir daqui,partir para o mercado de blindados sul-americanos. Em setembro de 2011 ela enviou um blindado Sherpa Light APC Police para ser avaliação pelo BOPE da PMERJ e também participou da concorrência da SeSeg para a aquisição de 8 blindados policiais, porem foi desclassificada logo no inicio da abertura dos envelopes com valor, por essa apresentar um preço inicial bem acima dos demais candidatos.

Varias empresas estrangeiras já demonstraram interesse em participar do programa VBMT-LR, principalmente israelenses, e estão buscando parcerias com empresas nacionais. Esperem para breve o surgimento de diversas “soluções nacionais”....


Abraços,
Paulo Bastos

Acho que de brasileiro nesse produto da Avibrás, só mesmo a logomarca dela...
Sou da opinião que nem deveria haver concorrência nesta questão, devia logo encomendar para a Agrale uma solução realmente caseira.
Avibrás deveria focar mais em foguetes e mísseis.

Duka escreveu:Acho que de brasileiro nesse produto da Avibrás, só mesmo a logomarca dela...
Sou da opinião que nem deveria haver concorrência nesta questão, devia logo encomendar para a Agrale uma solução realmente caseira.
Avibrás deveria focar mais em foguetes e mísseis.

Acredito que encomendar "uma solução realmente caseira", a qualquer empresa, corre-se um grande risco de se comprar uma porcaria por uma fortuna!!!

Desculpa, mas em minha opinião, quem realmente vai utilizar a viatura, no caso o EB, é deve apenas definir exatamente os requisitos e a garantia de disponibilidade de componentes para sua manutenção e disponibilidade, e procurar no mercado interno ou externo a melhor solução que lhe atenda.

Esse conceito de "nacional" é algo que deve ser revisto e repensado:

Afinal, o VBTP-MR Guarani, que foi projetado de acordo com os requisitos definidos pelo EB, que alias é proprietário do projeto, mas que tem a sua manufatura pela IVECO, uma empresa italiana com fabrica no Brasil, porem com um índice de componentes fabricados aqui de 20 a 30% no primeiro lotem podendo chegar a 70% em alguns anos. Ele "nacional"?

E os veículos do Sistema ASTROS II, da AVIBRAS, que foi projetado e construído no Brasil, por uma empresa brasileira, porem com quase 90% de seus componentes importados, incluindo chassi e carroceria, também é "nacional"?

Afinal, o que é um "produto nacional"????


Abraços,
Paulo Bastos

É claro que o sistema astro é nacional. Realmente, reflete um trabalho de engenharia e desenvolvido.

O outro é para satisfazer o ego dos velhinhos senis que vivem no mundo paralelo dos anos 1970. Além de satisfazer as multinacionais e empresas que querem cooptar renda da estrutura nacional, sem realmente desenvolver ou criar um produto novo nacional. Depois põem na conta do preço e ganha do mesmo jeito.

A empresa tem que ter liberdade em desenvolver seu produto e procurar os melhores fornecedores possíveis mesmo que não sejam nacionais em todas as áreas. A EMBRAER é o grande exemplo entre empresas brasileiras que deveria se tornar padrão nos financiamento e modelos de negócios nacionais. A filosofia é criar produtos mundiais que necessitam de fornecedores mundiais de alto padrão de qualidade, obrigatoriamente passa por parcerias e fornecedores externos. parte do conceito de integração produtiva. Não por acaso boa parte dos insumos dos equipamentos militares americanos são feitos no exterior, apesar das particularidades de segurança nacional.

A questão de ter fábrica, porcentagem e mesmo ser dono do projeto não querem dizer nada sem desenvolver a capacidade de firmas inovarem e criarem produtos. Não é fabricar ou mesmo apenas participar do projeto especifico de desenvolvimento. É preciso internalizar a estrutura e interação com mercado. Algo que o BNDES começa a entender, mas ainda tem travas de porcentagem minima feita no brasil. Outras como FINEP e MDCI tem mais liberdade em pensar fora da caixa. Ainda que os velhinhos e novinhos sejam uma trava e não perceberam que o mundo mudou. A prioridade tinha que ser resultado e não porcentagem minima de fabricação nacional e investimento em P&D.

A endogenização a cadeia de produção e outros é uma consequência ou ser simplesmente irrelevante. Isto é, não precisa dar mundos e fundos para uma firma estabelecer uma filial fabricante de microchip para criar empresas que utilizem os microchips. Na verdade deve ser ao contrário. Ou seja, criar as empresas que utilizam os chips e depois pensar em instalar uma fabrica no futuro, desde que as condições sejam interessantes ou mesmo impulsionar uma join-venture de fabricantes nacionais dispostos a esse tipo de empreitada.

O setor de defesa é insignificante nesse aspecto. Outros existem aberrações absurdas como petróleo e automotivo.

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Aguardo as pancadas. Até mais pessoal

Qualquer pancada será menor do que se ouve nos mais conservadores. A batalha é longa, mas um dia venceremos e vamos tocar uma nova política industrial no Brasil. Eles não não tem como resistir. Ao ataque.

Paulo Bastos, realmente a linha entre incentivo e protecionismo é muito vaga. Entretanto, este ciclo vicioso que temos aqui de - compra projeto/corta chapa/solda chapa - tem que ser rompido de alguma forma. Senão, tomando por base o Guarani, daqui a algumas décadas quando o formos substituir, vai ser a mesma coisa. Licitação internacional/EB dono do projeto/corta chapa... - e por aí vai. No frigir dos ovos, o Guarani foi projetado por italianos em uma empresa italiana. Nada de engenharia/conhecimento fica (exceto de processos de fabricação, que já dominamos a décadas). Nesse sentido citei a Agrale, que bem ou mal é o que mais bem se apresenta como indústria brasileira de veículos automotores.

Parece que a Avibras tem uma bela proposta e uma excelente oportunidade para instalar uma linha de produção deste veículo no Brasil. Neste caso o importante é o projeto industrial que advir daí, permitindo maior capacitação, geração de empregos, domínio de tecnologias novas, geração de uma cadeia de fornecedores, etc.

As empresas terão até o dia 31/04 para apresentar seus modelos. Até agora, apenas a Avibrás apareceu na imprensa fazendo propaganda do seu modelo, as outras andam silenciosas. Gostaria de saber da proposta da Agrale, que a um tempo atrás andou de "prosa" com a turca Otokar.

Lywis escreveu:As empresas terão até o dia 31/04 para apresentar seus modelos. Até agora, apenas a Avibrás apareceu na imprensa fazendo propaganda do seu modelo, as outras andam silenciosas. Gostaria de saber da proposta da Agrale, que a um tempo atrás andou de "prosa" com a turca Otokar.

A data consta no edital!

Olá camaradas, me impressionou muito o TUPI! Espero vê-lo no CFN.

ADSUMUS

Renault Sherpa

http://www.youtube.com/watch?v=a85AHAQ-3t8

http://www.youtube.com/watch?v=Zboh_A5gJEw

http://www.youtube.com/watch?v=18Ix3CaJzN4

abs.

arcanjo

Lywis escreveu:Até agora, apenas a Avibrás apareceu na imprensa fazendo propaganda do seu modelo, as outras andam silenciosas.

Isso não é verdade.

Já foi anunciado o IVECO LMV Lince, que inclusive já foi testado, e o UMI/Gaia Thunder, a mais de dois meses...




Abraços,
Paulo Bastos

A KMW também já apresentou intenção.