Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Qua Fev 02, 2011 2:36 pm
Irresponsabilidade do exercito que cerca a praça, os partidários de Mubarak que encontrassem outra praça, ali era previsível que as coisas não terminariam bem.
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terra.com.br
Enfrentamentos deixam centenas de feridos no Cairo
02 de fevereiro de 2011
Centenas de pessoas que protestavam contra o presidente Hosni Mubarak foram feridas a pedradas em confrontos com partidários do regime nesta quarta-feira. Apoiadores do governante atiraram blocos de pedra sobre os manifestantes da oposição, do telhado de prédios que dão para a praça Tahrir, que se tornou um campo de batalha entre os dois lados.
Os enfrentamentos começaram depois que o exército não impediu que cerca de 500 partidários de Mubarak, alguns em cima de cavalos e camelos, entrassem na praça Tahrir. Eles foram recebidos a pedradas. Alguns foram retirados de cima dos animais e espancados, e por fim expulsos da praça. A oposição acusou policiais à paisana de se infiltrar no protesto.
"O PND (Partido Nacional Democrata) pró-Mubarak e a polícia secreta vestida à paisana invadiram a praça para acabar com o protesto", afirmou o manifestante Mohammed Zomor, 63 anos, de acordo com a agência AFP. Uma testemunha citada pela agência Reuters viu dezenas de feridos sendo removidos do local, alguns com sangue escorrendo da cabeça.
Segundo imagens da rede Al Jazeera, manifestantes contrários a Mubarak tomaram as identidades dos apoiadores de Mubarak mostrando que tratavam-se, na verdade, de policiais à paisana. Já a rede CNN informou que o jornalista Anderson Cooper foi agredido por manifestantes pró-governo. "Anderson disse que ele foi socado dez vezes", relatou Steve Brusk, da rede americana.
Um repórter da Al-Jazeera que relatava os conflitos no Twitter afirmou que calçadas estavam sendo quebradas para que suas pedras fossem utilizadas nos confrontos. "Pessoas na minha frente estavam quebrando o pavimento em pedaços que pudessem utilizados como armas. Outros carregaram pedaços rudimentares de metal", relatou o jornalista Dan Nolan em seu perfil no serviço de microblogs.
Tensão
Havia milhares de partidários de Mubarak cercando os arredores da praça Tahrir, em alguns casos em barcos no rio Nilo. Em uma rua do bairro de Mohandesin, milhares de manifestantes que apoiam Mubarak se reuniram em frente a uma mesquita e bloquearam a região. Eles cantavam slogans como "Não à manifestação, não à destruição", "Abaixo os agentes" e "Mubarak, o piloto, não deixe o fogo se acender".
Só houve um momento de paz, em alguns locais da praça, coincidindo com o chamado à oração, na qual participaram fileiras muitos fiéis, olhando em direção a Meca. Mas em outros setores da praça a chamada à oração não se respeitou. É a primeira vez desde o início dos protestos no Egito que partidários de Mubarak entram na praça Tahrir.
Horas antes, o exército havia feito um apelo pedindo às pessoas que abandonassem as manifestações e voltassem para casa. "O exército pede aos manifestantes que retornem a suas casas para restabelecer a segurança e a estabilidade nas ruas", declarou o porta-voz militar. Durante os confrontos, os militares permaneceram em seus tanques.
Apesar da violência registrada hoje, a oposição egípcia vai manter a mobilização contra Mubarak. "Vamos protestar na sexta-feira, que foi batizado de 'Dia da Saída', e esperamos mais de um milhão de pessoas nas ruas de todo o Egito para exigir a queda do regime", disse à AFP Iman Hasan, de um grupo de apoio ao líder opositor Mohamed ElBaradei.
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Enfrentamentos deixam centenas de feridos no Cairo
02 de fevereiro de 2011
Centenas de pessoas que protestavam contra o presidente Hosni Mubarak foram feridas a pedradas em confrontos com partidários do regime nesta quarta-feira. Apoiadores do governante atiraram blocos de pedra sobre os manifestantes da oposição, do telhado de prédios que dão para a praça Tahrir, que se tornou um campo de batalha entre os dois lados.
Os enfrentamentos começaram depois que o exército não impediu que cerca de 500 partidários de Mubarak, alguns em cima de cavalos e camelos, entrassem na praça Tahrir. Eles foram recebidos a pedradas. Alguns foram retirados de cima dos animais e espancados, e por fim expulsos da praça. A oposição acusou policiais à paisana de se infiltrar no protesto.
"O PND (Partido Nacional Democrata) pró-Mubarak e a polícia secreta vestida à paisana invadiram a praça para acabar com o protesto", afirmou o manifestante Mohammed Zomor, 63 anos, de acordo com a agência AFP. Uma testemunha citada pela agência Reuters viu dezenas de feridos sendo removidos do local, alguns com sangue escorrendo da cabeça.
Segundo imagens da rede Al Jazeera, manifestantes contrários a Mubarak tomaram as identidades dos apoiadores de Mubarak mostrando que tratavam-se, na verdade, de policiais à paisana. Já a rede CNN informou que o jornalista Anderson Cooper foi agredido por manifestantes pró-governo. "Anderson disse que ele foi socado dez vezes", relatou Steve Brusk, da rede americana.
Um repórter da Al-Jazeera que relatava os conflitos no Twitter afirmou que calçadas estavam sendo quebradas para que suas pedras fossem utilizadas nos confrontos. "Pessoas na minha frente estavam quebrando o pavimento em pedaços que pudessem utilizados como armas. Outros carregaram pedaços rudimentares de metal", relatou o jornalista Dan Nolan em seu perfil no serviço de microblogs.
Tensão
Havia milhares de partidários de Mubarak cercando os arredores da praça Tahrir, em alguns casos em barcos no rio Nilo. Em uma rua do bairro de Mohandesin, milhares de manifestantes que apoiam Mubarak se reuniram em frente a uma mesquita e bloquearam a região. Eles cantavam slogans como "Não à manifestação, não à destruição", "Abaixo os agentes" e "Mubarak, o piloto, não deixe o fogo se acender".
Só houve um momento de paz, em alguns locais da praça, coincidindo com o chamado à oração, na qual participaram fileiras muitos fiéis, olhando em direção a Meca. Mas em outros setores da praça a chamada à oração não se respeitou. É a primeira vez desde o início dos protestos no Egito que partidários de Mubarak entram na praça Tahrir.
Horas antes, o exército havia feito um apelo pedindo às pessoas que abandonassem as manifestações e voltassem para casa. "O exército pede aos manifestantes que retornem a suas casas para restabelecer a segurança e a estabilidade nas ruas", declarou o porta-voz militar. Durante os confrontos, os militares permaneceram em seus tanques.
Apesar da violência registrada hoje, a oposição egípcia vai manter a mobilização contra Mubarak. "Vamos protestar na sexta-feira, que foi batizado de 'Dia da Saída', e esperamos mais de um milhão de pessoas nas ruas de todo o Egito para exigir a queda do regime", disse à AFP Iman Hasan, de um grupo de apoio ao líder opositor Mohamed ElBaradei.