http://f5.folha.uol.com.br/voceviu/2016 ... iada.shtmlTamanho de sungas e biquínis choca americanos que assistem à Olimpíada
DE SÃO PAULO
08/08/2016 Publicado às 17h16
Enquanto a maior parte das ações da Olimpíada acontece dentro das arenas e quadras, os americanos encontraram uma diversão fora delas: acompanhar chocados o tamanho das sungas e dos biquínis usados pelos brasileiros.
Em reportagem publicada pelo "Wall Street Journal" nesta segunda-feira (8), telespectadores disseram estar surpresos com o tamanho das roupas de banho e também com o fato de elas serem usadas em todos os lugares e situações, não só nas praias.
"Homens no Rio vestem sungas não só para tomar sol e nadar, mas também para jogar vôlei, pescar, praticar stand-up paddle, surfar, pedalar, andar de skate e patins ou jogar futebol na areia. Enquanto alguns homens vestem camisetas antes de chegar à praia, outros não têm medo de andar pelas ruas mostrando tudo", escreveu o jornal.
Como a NBC, rede americana que faz a cobertura dos Jogos Olímpicos, usa a praia como fundo de reportagens e também do seu estúdio, os telespectadores já se ligaram que alguma coisa incomum pode acontecer ao vivo.
Quer dizer, algo incomum para eles. Em uma transmissão do sábado (6), por exemplo, um homem fez sucesso entre os usuários das redes sociais dos EUA porque, vestindo apenas uma sunga azul, ficou cerca de meio minuto passando protetor solar no corpo.
"Acho que minha parte favorita da Olimpíada até agora é assistir ao repórter, de terno, tentar conduzir entrevistas normalmente, enquanto homens peludos vestindo apenas uma sunga rosa ficam gesticulando atrás dele", escreveu uma usuária do Facebook.
"Eu não conseguiria viver no Brasil, porque eu não usaria uma sunga, mesmo se estivesse sozinho em casa", afirmou outro.
Segundo um representante da NBC ouvido pelo "Wall Street Journal", as cenas filmadas na praia acabam sendo "outro grande elemento da TV ao vivo"
Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Hummm... acha que isso serve para redimir bandido, é?Bolovo escreveu:Verdade.prp escreveu:Parabéns ao Igreja!
À Dilma
E ao Lula
Fizeram a maior abertura de todos os tempos
Agora que está todo mundo achando a olimpíada linda e legal, seria de bom grado agradecer quem nesse país mais brigou por ela.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, segura uma bandeira nacional durante a comemoração da escolha do Rio de como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Copenhague, Dinamarca. 2 de outubro de 2009.
É isso aí, parhrhrhrhceiro. Vota nuxx quadrilheiros, mehrhrhrmão.
Porhrhrhque vale a pena, eu quero viver trepado no saco do Exxtado, abusando de greve como os meus professores das Universidades Federais e FFLCH. Aprendi com eles essas malandragens de não dar aula, quando não estão em greve vivem colocando mestrando e doutorando no lugar e ficam chamando de vagabundas as elites, falando que o empresário brasileiro é acomodado, porque eu quero é sugar o dinheiro deles. Saio com um diploma de graduação em ciências humanas e doutorado em cara de pau.
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Que stress é esse meu amigo? Não te citei, não falei pra redimir ninguém, muito menos para votar em alguém... huahuahua que que isso. Que fervida épica!knigh7 escreveu:Hummm... acha que isso serve para redimir bandido, é?
É isso aí, parhrhrhrhceiro. Vota nuxx quadrilheiros, mehrhrhrmão.
Porhrhrhque vale a pena, eu quero viver trepado no saco do Exxtado, abusando de greve como os meus professores das Universidades Federais e FFLCH. Aprendi com eles essas malandragens de não dar aula, quando não estão em greve vivem colocando mestrando e doutorando no lugar e ficam chamando de vagabundas as elites, falando que o empresário brasileiro é acomodado, porque eu quero é sugar o dinheiro deles. Saio com um diploma de graduação em ciências humanas e doutorado em cara de pau.
Mas como estou com espirito olímpico, vamos mudar de assunto: o que achou da medalha de ouro da Rafaela hoje?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Eu achei ótimo. E principalmente porque foi de uma pessoa pobre que se esforçou demais na vida.
Esforço e trabalho.
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Penso o mesmo. Eu só acho que faltou você agradecer a Bolsa Pódio!knigh7 escreveu:Eu achei ótimo. E principalmente porque foi de uma pessoa pobre que se esforçou demais na vida.
Esforço e trabalho.
http://www.youtube.com/watch?v=o38bgVemU6w
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Porque vestem os brasileiros a camisola de Portugal?
A torcida canarinha, nos jogos da seleção, deixou a 'amarelinha' no armário e passou a equipar de vermelho. "É um sentimento muito forte" resumem os adeptos.
http://www.dn.pt/desporto/rio-2016/inte ... 26750.html
A torcida canarinha, nos jogos da seleção, deixou a 'amarelinha' no armário e passou a equipar de vermelho. "É um sentimento muito forte" resumem os adeptos.
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Bolovo escreveu:Penso o mesmo. Eu só acho que faltou você agradecer a Bolsa Pódio!knigh7 escreveu:Eu achei ótimo. E principalmente porque foi de uma pessoa pobre que se esforçou demais na vida.
Esforço e trabalho.
http://www.youtube.com/watch?v=o38bgVemU6w
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Peço a todos um pouco mais de calma e tranquilidade durante o debate.knigh7 escreveu:Hummm... acha que isso serve para redimir bandido, é?Bolovo escreveu: Verdade.
Agora que está todo mundo achando a olimpíada linda e legal, seria de bom grado agradecer quem nesse país mais brigou por ela.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, segura uma bandeira nacional durante a comemoração da escolha do Rio de como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Copenhague, Dinamarca. 2 de outubro de 2009.
É isso aí, parhrhrhrhceiro. Vota nuxx quadrilheiros, mehrhrhrmão.
Porhrhrhque vale a pena, eu quero viver trepado no saco do Exxtado, abusando de greve como os meus professores das Universidades Federais e FFLCH. Aprendi com eles essas malandragens de não dar aula, quando não estão em greve vivem colocando mestrando e doutorando no lugar e ficam chamando de vagabundas as elites, falando que o empresário brasileiro é acomodado, porque eu quero é sugar o dinheiro deles. Saio com um diploma de graduação em ciências humanas e doutorado em cara de pau.
Pois caso, contrário sanções serão aplicadas pela Moderação.
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Rio tem média de três ameaças falsas de bomba por dia
Folha de São Paulo
http://ndonline.com.br/florianopolis/no ... ba por dia
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Belga medalhista do judô é agredido no rosto durante roubo em Copacabana
Judoca belga Dirk Van Tichelt com o olho roxo após ser agredido em roubo no Rio imagem: Twitter/Reprodução
Da AFP, no Rio de Janeiro
O belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze de judô na categoria até 73 kg, foi agredido na noite de segunda-feira (8) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, anunciou o Comitê Olímpico Belga.
"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.
"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.
Van Tichelt voltou nesta terça (9) à Arena Carioca 2 para tirar fotos com a medalha, com seu olho roxo. Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado (6), o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.
http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/r ... cabana.htm
Judoca belga Dirk Van Tichelt com o olho roxo após ser agredido em roubo no Rio imagem: Twitter/Reprodução
Da AFP, no Rio de Janeiro
O belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze de judô na categoria até 73 kg, foi agredido na noite de segunda-feira (8) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, anunciou o Comitê Olímpico Belga.
"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.
"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.
Van Tichelt voltou nesta terça (9) à Arena Carioca 2 para tirar fotos com a medalha, com seu olho roxo. Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado (6), o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.
http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/r ... cabana.htm
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Rio 2016 se transforma na Olimpíada mais gay da história
Na edição com mais atletas fora do armário que se tenha notícia, a foto de um casal de lésbicas ganha o mundo depois de um pedido de casamento em público
São Paulo 10 AGO 2016 - 22:59 CEST
A Austrália tinha acabado de conquistar, na noite de segunda-feira, a primeira medalha de ouro da história do rúgbi de 7 feminino nos Jogos Olímpicos. O estádio de Deodoro já estava quase vazio. Então, uma mulher entrou no campo com um microfone na mão e dirigiu-se a uma jogadora da seleção brasileira. E foi assim que Marjorie Enya, que trabalha como voluntária na Olimpíada, pediu em casamento a sua namorada, Isadora Cerullo. Depois de ouvir o “sim”, Enya, de 28 anos, improvisou uma aliança fazendo um laço no dedo de Isadora, de 25 anos, e o beijo das duas passou a ser uma das imagens mais populares dos Jogos Olímpicos do Rio até agora.
Esta é apenas uma das mais recentes imagens dos Jogos Olímpicos com vocação para acolher o coletivo LGBTQ (lésbicas, gays, transexuais, queer). Ainda que as disputas esportivas tenham o protagonismo na Rio 2016, a cada novo episódio do gênero a narrativa de respeito à inclusão se aprofunda.
O número de atletas assumidamente LGBTQ – 43 no total – é o maior da história. Um deles, o britânico Tom Daley ganhou a medalha de bronze no salto sincronizado na segunda-feira. A judoca Rafaela Silva, o primeiro ouro do Brasil, também é lésbica. E, pela primeira vez na história, duas atletas estão casadas: as também britânicas Kate Richardson-Walsh e Helen Richardson-Walsh. Na noite da cerimônia de abertura, cinco dos ciclistas que puxavam as delegações dos países eram transexuais, incluindo a famosa modelo Lea T, que abriu caminho para os atletas brasileiros.
Um contraste com o Brasil, sede das competições, onde a homofobia cresceu nos últimos anos. Na semana passada o time feminino de futebol dos Estados Unidos teve seu primeiro jogo, no Mineirão, em Belo Horizonte. Algumas jogadoras ouviram que o público – de pouco mais de 10 mil pessoas – gritava “bicha” nas arquibancadas _uma prática comum das torcidas de futebol em jogos masculinos no Brasil. O grito se misturou a gritos de "Zika", que acabou se consolidando a cada vez que goleira norte-americana Hope Solo estava com a bola, uma reação às postagens da jogadora sobre a doença antes de vir ao Brasil. O time norte-americano tem pelos menos duas homossexuais, a meio-campista Megan Rapinoe e a treinadora, Jill Ellis.
"Há que se aplaudir a todos os que vivem sua sexualidade livremente. Nunca poderemos agradecer o suficiente a eles"
Fora das arenas, os episódios homofóbicos se multiplicam pelo país. De acordo com o site do Grupo Gay da Bahia, um membro da comunidade LGBTQ é agredido a cada 28 horas. “Os números da violência são enormes”, afirma Antônio Kvalo, um dos fundadores do portal temlocal.com.br, onde as pessoas que já se sentiram agredidas ou ameaçadas pela sua sexualidade podem contar suas histórias. “Os relatos vão de ataques verbais até assassinatos com toques de crueldade. Especialmente contra transexuais”, lamenta. O machismo enraizado na sociedade brasileira se perpetua de muitas maneiras, segundo Kvalo.
Mas o crescimento dos casos de homofobia ultrapassa as fronteiras brasileiras e é testemunhado em outros países do continente, o que gera um efeito colateral importante. “O número de pessoas que aceitam os pedidos por direitos dos grupos LGBT está crescendo na América do Sul. Mas há uma outra tendência, dos grupos homofóbicos, que, se não estão crescendo em número, estão aumentando a intensidade de suas manifestações e, em alguns países, estão mais organizados politicamente”, observa Javier Corrales, professor de Ciência Política da Universidade de Amhrest, em Boston, especialista nos direitos gays na América do Sul. “Houve uma exposição maior (ou uma saída do armário, por assim dizer) da homofobia mais radical, que hoje em dia está mais organizada e se manifesta mais do que antes”, completa o professor.
"Houve uma revelação (ou uma saída do armário, por assim dizer) da homofobia mais radical"
O Brasil esteve sempre aberto à inclusão dos homossexuais em comparação com outros países vizinhos: aceitou a união civil de pessoas do mesmo sexo em 2003 e legalizou o seu casamento em 2013, seguindo o exemplo do Uruguai e da Argentina. Mas a caminhada parece ter chegado a um platô e a explicação para essa paralisia estaria no papel que o Legislativo tem exercido nos últimos tempos, acredita Corrales. “O bloco parlamentar evangélico [mais conservador] é um pouco mais da metade do que qualquer outro grupo político no Congresso”, observa. Os deputados evangélicos têm defendido projetos polêmicos e excludentes, como o Estatuto da Família – que apenas reconhece casais heterossexuais – e até já propôs a cura gay.
Por isso, o tom desta Olimpíada ganha ainda mais importância. Neste contexto, a visibilidade dos atletas assumidos tem um ganho incomensurável para o coletivo. “É a única coisa que temos para contribuir pela luta LGBTQ ”, alerta Matthew Rettenmund, autor do livro Boy Culture, que se transformou em um blog sobre as últimas notícias gays. “Se as pessoas têm amigos, família, ou, no caso dos Jogos Olímpicos, ídolos LGBT, isso pode repercutir no mundo inteiro. Há que se aplaudir a todos os que vivem sua sexualidade livremente. Nunca poderemos agradecer o suficiente a eles."
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08 ... 09560.html
Na edição com mais atletas fora do armário que se tenha notícia, a foto de um casal de lésbicas ganha o mundo depois de um pedido de casamento em público
São Paulo 10 AGO 2016 - 22:59 CEST
A Austrália tinha acabado de conquistar, na noite de segunda-feira, a primeira medalha de ouro da história do rúgbi de 7 feminino nos Jogos Olímpicos. O estádio de Deodoro já estava quase vazio. Então, uma mulher entrou no campo com um microfone na mão e dirigiu-se a uma jogadora da seleção brasileira. E foi assim que Marjorie Enya, que trabalha como voluntária na Olimpíada, pediu em casamento a sua namorada, Isadora Cerullo. Depois de ouvir o “sim”, Enya, de 28 anos, improvisou uma aliança fazendo um laço no dedo de Isadora, de 25 anos, e o beijo das duas passou a ser uma das imagens mais populares dos Jogos Olímpicos do Rio até agora.
Esta é apenas uma das mais recentes imagens dos Jogos Olímpicos com vocação para acolher o coletivo LGBTQ (lésbicas, gays, transexuais, queer). Ainda que as disputas esportivas tenham o protagonismo na Rio 2016, a cada novo episódio do gênero a narrativa de respeito à inclusão se aprofunda.
O número de atletas assumidamente LGBTQ – 43 no total – é o maior da história. Um deles, o britânico Tom Daley ganhou a medalha de bronze no salto sincronizado na segunda-feira. A judoca Rafaela Silva, o primeiro ouro do Brasil, também é lésbica. E, pela primeira vez na história, duas atletas estão casadas: as também britânicas Kate Richardson-Walsh e Helen Richardson-Walsh. Na noite da cerimônia de abertura, cinco dos ciclistas que puxavam as delegações dos países eram transexuais, incluindo a famosa modelo Lea T, que abriu caminho para os atletas brasileiros.
Um contraste com o Brasil, sede das competições, onde a homofobia cresceu nos últimos anos. Na semana passada o time feminino de futebol dos Estados Unidos teve seu primeiro jogo, no Mineirão, em Belo Horizonte. Algumas jogadoras ouviram que o público – de pouco mais de 10 mil pessoas – gritava “bicha” nas arquibancadas _uma prática comum das torcidas de futebol em jogos masculinos no Brasil. O grito se misturou a gritos de "Zika", que acabou se consolidando a cada vez que goleira norte-americana Hope Solo estava com a bola, uma reação às postagens da jogadora sobre a doença antes de vir ao Brasil. O time norte-americano tem pelos menos duas homossexuais, a meio-campista Megan Rapinoe e a treinadora, Jill Ellis.
"Há que se aplaudir a todos os que vivem sua sexualidade livremente. Nunca poderemos agradecer o suficiente a eles"
Fora das arenas, os episódios homofóbicos se multiplicam pelo país. De acordo com o site do Grupo Gay da Bahia, um membro da comunidade LGBTQ é agredido a cada 28 horas. “Os números da violência são enormes”, afirma Antônio Kvalo, um dos fundadores do portal temlocal.com.br, onde as pessoas que já se sentiram agredidas ou ameaçadas pela sua sexualidade podem contar suas histórias. “Os relatos vão de ataques verbais até assassinatos com toques de crueldade. Especialmente contra transexuais”, lamenta. O machismo enraizado na sociedade brasileira se perpetua de muitas maneiras, segundo Kvalo.
Mas o crescimento dos casos de homofobia ultrapassa as fronteiras brasileiras e é testemunhado em outros países do continente, o que gera um efeito colateral importante. “O número de pessoas que aceitam os pedidos por direitos dos grupos LGBT está crescendo na América do Sul. Mas há uma outra tendência, dos grupos homofóbicos, que, se não estão crescendo em número, estão aumentando a intensidade de suas manifestações e, em alguns países, estão mais organizados politicamente”, observa Javier Corrales, professor de Ciência Política da Universidade de Amhrest, em Boston, especialista nos direitos gays na América do Sul. “Houve uma exposição maior (ou uma saída do armário, por assim dizer) da homofobia mais radical, que hoje em dia está mais organizada e se manifesta mais do que antes”, completa o professor.
"Houve uma revelação (ou uma saída do armário, por assim dizer) da homofobia mais radical"
O Brasil esteve sempre aberto à inclusão dos homossexuais em comparação com outros países vizinhos: aceitou a união civil de pessoas do mesmo sexo em 2003 e legalizou o seu casamento em 2013, seguindo o exemplo do Uruguai e da Argentina. Mas a caminhada parece ter chegado a um platô e a explicação para essa paralisia estaria no papel que o Legislativo tem exercido nos últimos tempos, acredita Corrales. “O bloco parlamentar evangélico [mais conservador] é um pouco mais da metade do que qualquer outro grupo político no Congresso”, observa. Os deputados evangélicos têm defendido projetos polêmicos e excludentes, como o Estatuto da Família – que apenas reconhece casais heterossexuais – e até já propôs a cura gay.
Por isso, o tom desta Olimpíada ganha ainda mais importância. Neste contexto, a visibilidade dos atletas assumidos tem um ganho incomensurável para o coletivo. “É a única coisa que temos para contribuir pela luta LGBTQ ”, alerta Matthew Rettenmund, autor do livro Boy Culture, que se transformou em um blog sobre as últimas notícias gays. “Se as pessoas têm amigos, família, ou, no caso dos Jogos Olímpicos, ídolos LGBT, isso pode repercutir no mundo inteiro. Há que se aplaudir a todos os que vivem sua sexualidade livremente. Nunca poderemos agradecer o suficiente a eles."
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Olimpíada "fantasma"? Estrangeiros e redes sociais lamentam assentos vazios
Por BBC | 10/08/2016 14:42
Desde o início dos Jogos, apenas a cerimônia de abertura lotou, afirmaram os organizadores do megaevento
Onde está Wally? Espectador solitário em partida de futebol feminino entre Suécia e África do Sul fica difícil de ver entre lugares vazios
Os maiores e melhores do mundo estão competindo no Rio de Janeiro, mas fora das quadras há imagens de arquibancadas com apenas "reles grupos de espectadores".
Assim os jornais estrangeiros descrevem uma situação que tem intrigado também os internautas nas redes sociais, que se perguntam: por que há tantos assentos vazios na Rio 2016?
"A Olimpíada começou, mas tem alguém assistindo?", ironiza o site Mashable.
"Cidade-fantasma: Atletas da mais alta categoria estão competindo em um palco mundial, então por que tantos assentos vazios?", questiona o tabloide britânico The Sun, o mais lido do Reino Unido.
"A Olimpíada que ninguém viu", tuitou o usuário americano Mike Sington. "Vôlei de praia e superstar da NBA (a liga americana de basquete) jogando para cadeiras vazias."
Desde o início dos Jogos, apenas a cerimônia de abertura lotou, afirmaram os organizadores do megaevento. O porta-voz do comitê organizador da Rio 2016, Mário Andrada, disse à agência Reuters que foram vendidos 82% dos ingressos disponíveis, ou 5 milhões de entradas.
"Ainda temos 1,1 milhão de ingressos para vender", disse Andrada, notando que os brasileiros são conhecidos por comprar entradas para eventos com pouca antecedência.
História mais complicada
Mas seria essa toda a história? A imprensa estrangeira tem feito esforços para investigar.
O correspondente da BBC no Rio, Wyre Davies, percorreu os locais de competição - muitos dos quais são de difícil acesso, como o Parque Olímpico na Barra.
"A maioria desses espectadores precisaria ter pegado dois ônibus ou trens, caminhado mais um quilômetro e agora estão em uma fila enorme, do lado de fora, para entrar antes de ver sequer qualquer ação olímpica", conta o repórter.
Rafaela Silva levou bastante gente ao judô
Outro fator é a baixa popularidade de grande parte dos esportes olímpicos no país. Nesse quesito, os organizadores dizem, porém, que as vendas de ingressos melhoraram desde o ouro de Rafaela Silva no judô.
"Não tem nada melhor para as vendas de ingressos que quando o país ganha seu primeiro ouro", disse Andrada à agência Press Association.
Segundo a PA, os 5 milhões de ingressos vendidos até agora no Rio equivalem à metade dos vendidos em Londres 2012.
As histórias assustadores em relação ao vírus da Zika e a criminalidade também podem ter afetado o entusiasmo dos turistras estrangeiros em ver de perto as competições no Brasil, dizem as reportagens.
Patrocinadores ou escolinhas?
Mas não são apenas esses os grandes fatores a afastar o público da ação na Rio 2016, dizem os jornalistas.
"Na verdade, é o desafio enfrentado pelos patrocinadores olímpicos, que recebem toneladas de entradas, muitas das quais - até 43% - não são usadas", previa Ken Hanscom em um artigo escrito em julho para o site HealthZette.
As empresas recebem até 10% do percentual dos ingressos olímpicos, escreve Hanscom. "Em Londres 2012, não houve crise de saúde e ainda assim assistimos a atletas competindo em locais meio vazios, com a cidade procurando uma solução rápida."
De fato, como afirmou Hanscom, a organização de Londres 2012 sofreu críticas semelhantes: enquanto o site oficial de ingressos dizia que diversas competições tinham entradas esgotadas, muitas provas foram realizadas em arenas quase vazias ou repletas de assentos desocupados.
Algumas soluções emergenciais apresentadas pelos organizadores britânicos foram convocar funcionários olímpicos e estudantes locais para preencher os assentos, vender mais ingressos de última hora e criar um sistema pelo qual espectadores que estivessem deixando a arena antes do final das competições do dia pudessem entregar seus ingressos às pessoas que estivessem do lado de fora.
E grandes patrocinadores - que tinham em mãos centenas e centenas de ingressos corporativos, muitos dos quais inutilizados - anunciaram à época que cederiam suas entradas por meio de concursos e promoções.
De volta à Rio 2016, na internet, muitos usuários das redes sociais se apressaram em endossar a saída que está sendo considerada pela organização: doar os ingressos não usados para crianças de escolas.
"Tantos assentos vazios é uma vergonha de chorar", tuitou um usuário. "Deixem as crianças de escola e clubes de jovens preenchê-los. Inspirem uma geração."
http://esporte.ig.com.br/olimpiadas/201 ... -2016.html
Por BBC | 10/08/2016 14:42
Desde o início dos Jogos, apenas a cerimônia de abertura lotou, afirmaram os organizadores do megaevento
Onde está Wally? Espectador solitário em partida de futebol feminino entre Suécia e África do Sul fica difícil de ver entre lugares vazios
Os maiores e melhores do mundo estão competindo no Rio de Janeiro, mas fora das quadras há imagens de arquibancadas com apenas "reles grupos de espectadores".
Assim os jornais estrangeiros descrevem uma situação que tem intrigado também os internautas nas redes sociais, que se perguntam: por que há tantos assentos vazios na Rio 2016?
"A Olimpíada começou, mas tem alguém assistindo?", ironiza o site Mashable.
"Cidade-fantasma: Atletas da mais alta categoria estão competindo em um palco mundial, então por que tantos assentos vazios?", questiona o tabloide britânico The Sun, o mais lido do Reino Unido.
"A Olimpíada que ninguém viu", tuitou o usuário americano Mike Sington. "Vôlei de praia e superstar da NBA (a liga americana de basquete) jogando para cadeiras vazias."
Desde o início dos Jogos, apenas a cerimônia de abertura lotou, afirmaram os organizadores do megaevento. O porta-voz do comitê organizador da Rio 2016, Mário Andrada, disse à agência Reuters que foram vendidos 82% dos ingressos disponíveis, ou 5 milhões de entradas.
"Ainda temos 1,1 milhão de ingressos para vender", disse Andrada, notando que os brasileiros são conhecidos por comprar entradas para eventos com pouca antecedência.
História mais complicada
Mas seria essa toda a história? A imprensa estrangeira tem feito esforços para investigar.
O correspondente da BBC no Rio, Wyre Davies, percorreu os locais de competição - muitos dos quais são de difícil acesso, como o Parque Olímpico na Barra.
"A maioria desses espectadores precisaria ter pegado dois ônibus ou trens, caminhado mais um quilômetro e agora estão em uma fila enorme, do lado de fora, para entrar antes de ver sequer qualquer ação olímpica", conta o repórter.
Rafaela Silva levou bastante gente ao judô
Outro fator é a baixa popularidade de grande parte dos esportes olímpicos no país. Nesse quesito, os organizadores dizem, porém, que as vendas de ingressos melhoraram desde o ouro de Rafaela Silva no judô.
"Não tem nada melhor para as vendas de ingressos que quando o país ganha seu primeiro ouro", disse Andrada à agência Press Association.
Segundo a PA, os 5 milhões de ingressos vendidos até agora no Rio equivalem à metade dos vendidos em Londres 2012.
As histórias assustadores em relação ao vírus da Zika e a criminalidade também podem ter afetado o entusiasmo dos turistras estrangeiros em ver de perto as competições no Brasil, dizem as reportagens.
Patrocinadores ou escolinhas?
Mas não são apenas esses os grandes fatores a afastar o público da ação na Rio 2016, dizem os jornalistas.
"Na verdade, é o desafio enfrentado pelos patrocinadores olímpicos, que recebem toneladas de entradas, muitas das quais - até 43% - não são usadas", previa Ken Hanscom em um artigo escrito em julho para o site HealthZette.
As empresas recebem até 10% do percentual dos ingressos olímpicos, escreve Hanscom. "Em Londres 2012, não houve crise de saúde e ainda assim assistimos a atletas competindo em locais meio vazios, com a cidade procurando uma solução rápida."
De fato, como afirmou Hanscom, a organização de Londres 2012 sofreu críticas semelhantes: enquanto o site oficial de ingressos dizia que diversas competições tinham entradas esgotadas, muitas provas foram realizadas em arenas quase vazias ou repletas de assentos desocupados.
Algumas soluções emergenciais apresentadas pelos organizadores britânicos foram convocar funcionários olímpicos e estudantes locais para preencher os assentos, vender mais ingressos de última hora e criar um sistema pelo qual espectadores que estivessem deixando a arena antes do final das competições do dia pudessem entregar seus ingressos às pessoas que estivessem do lado de fora.
E grandes patrocinadores - que tinham em mãos centenas e centenas de ingressos corporativos, muitos dos quais inutilizados - anunciaram à época que cederiam suas entradas por meio de concursos e promoções.
De volta à Rio 2016, na internet, muitos usuários das redes sociais se apressaram em endossar a saída que está sendo considerada pela organização: doar os ingressos não usados para crianças de escolas.
"Tantos assentos vazios é uma vergonha de chorar", tuitou um usuário. "Deixem as crianças de escola e clubes de jovens preenchê-los. Inspirem uma geração."
http://esporte.ig.com.br/olimpiadas/201 ... -2016.html
- cabeça de martelo
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Ó meus amigos, desculpem-me lá qualquer coisinha, mas isto até mete dó!
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Maior que a lista de problemas, só a lista de desculpas.
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Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Excelente sugestão.akivrx78 escreveu:De volta à Rio 2016, na internet, muitos usuários das redes sociais se apressaram em endossar a saída que está sendo considerada pela organização: doar os ingressos não usados para crianças de escolas.
"Tantos assentos vazios é uma vergonha de chorar", tuitou um usuário. "Deixem as crianças de escola e clubes de jovens preenchê-los. Inspirem uma geração."