Página 18 de 70

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 10:23 am
por Marino
A divisão entre os países ficou óbvia com a troca de farpas ontem entre o presidente da Costa Rica, Óscar Arias, e Marco Aurélio Garcia. Na crise de Honduras, Garcia bateu de frente com dois Prêmio Nobel da Paz: Barack Obama, o presidente dos EUA, e agora Arias. Este disse que não reconhecer as eleições hondurenhas significa "castigar o povo hondurenho". Sem citar nominalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoiou abertamente a contestada reeleição do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ele disse que "o pior seria atuar com moral dupla".

- Há muitos países na comunidade internacional que aceitam a eleição do Irã, que foi questionada e que se sabe que não foram limpas e que todos sabem que não foram transparentes - atacou.
O texto acima é um extrato de matéria sobre a crise hondurenha.
Nunca pensei em ler semelhante coisa, nunca pensei em ver o Brasil tomando lição de moral de um representante de um país sem representatividade no mundo.
Este é o legado da diplomacia subserviente executada pelo itamaraty de hoje.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 10:26 am
por Marino
ANÁLISE

Política americana se moveu; brasileira parou

DE WASHINGTON



O estranhamento entre a diplomacia americana e a brasileira no caso hondurenho se aprofundou nos dias seguintes ao Acordo Tegucigalpa-San José, ao longo de novembro.

Segundo pessoas envolvidas nas negociações, Brasília soube de antemão pelo então secretário-assistente e embaixador indicado para o Brasil, Thomas Shannon, de todos os termos do tratado e os teria aprovado sem restrições.

Entre eles estavam os dois artigos mais polêmicos, o de que caberia ao Congresso hondurenho a decisão sobre a volta ou não de Zelaya ao poder e o de que caberia aos próprios hondurenhos a adoção de um cronograma.

Na época, em entrevista da qual a Folha participou, Shannon chegou a dizer: "Não há um cronograma para o Congresso tomar sua decisão, e os negociadores foram claros sobre isso. Na verdade, na noite passada [1º de novembro], o principal negociador do sr. Zelaya disse que a comissão não poderia impor um cronograma ao Congresso, por ser [esta] instituição independente".

Na avaliação do Departamento de Estado, aquela era a saída possível naquele momento, levados em conta tanto o contexto político hondurenho como o americano. Em Tegucigalpa, um acordo de cláusulas mais draconianas morreria no nascimento.

Já em Washington, persistir na linha inicial, de que apenas com a volta incondicional de Zelaya ao poder é que o diálogo prosseguiria, estava travando não só a agenda de Obama para a região como outros temas importantes no Congresso. Nesse sentido, avaliou-se que o melhor era ceder em ambas as frentes e seguir adiante.

O Departamento de Estado julga que evoluiu de posição conforme os fatos "em solo" evoluíam, como disse um diplomata, enquanto o Itamaraty ficou parado -e não apresentou soluções factíveis.

A proposta de adiamento da eleição hondurenha, sugerida há duas semanas pelo governo brasileiro ao americano, não foi levada a sério, principalmente pela pouca antecedência com que surgiu.

Por isso, causou espanto quando diplomatas brasileiros começaram a dizer em público que não aceitariam os resultados da eleição, já que antes, em privado, haviam dito que aceitavam todos os termos do Acordo Tegucigalpa-San José.

O estranhamento foi agravado com o episódio da carta que Barack Obama escreveu a Luiz Inácio Lula da Silva, no domingo retrasado, o que coloca o brasileiro num pequeníssimo grupo de destinatários.

Ainda não foram bem digeridos pela Chancelaria americana o vazamento à imprensa e a entrevista dada pelo assessor de assuntos internacionais da Presidência antes mesmo que Lula tivesse respondido ao colega americano.

Agora, Washington observa com atenção a movimentação brasileira pós-eleição hondurenha. A disposição verdadeira de Obama de fazer do Brasil um parceiro estratégico será influenciada também por isso.

(SÉRGIO DÁVILA)

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 10:29 am
por Marino
assessor da discórdia

Ação atrapalhada de Garcia causa rusga com os EUA

Leonardo Attuch / attuch@istoe.com.br



A conhecida inabilidade diplomática do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, criou mais um constrangimento para o Brasil. Desta vez, com repercussão negativa na imagem do País no mundo e nas relações com os Estados Unidos. Na terça-feira 24, num ato de indiscrição, Garcia revelou à imprensa o conteúdo de uma carta de caráter pessoal enviada pelo presidente Barack Obama ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em tom amigável, Obama manifestou a posição da Casa Branca sobre temas de interesse comum, como a crise em Honduras e o programa nuclear do Irã.

A carta de Obama foi interpretada por Garcia como ingerência indevida na política externa brasileira. "Todo o sentimento positivo criado após a eleição de Obama começa a se desintegrar", disse. Garcia também considerou "lamentável" a decisão dos EUA de reconhecerem as eleições de Honduras deste domingo. "Estão encobrindo um golpe de Estado." Suas críticas causaram mal-estar. "Ações dessa natureza revelam imaturidade e não condizem com o papel de potência que o Brasil almeja", avalia o embaixador aposentado Roberto Abdenur. Para o analista americano Peter Hakim, do Diálogo Interamericano, falta "consistência" ao Itamaraty.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 10:30 am
por Marino
Panorama

Internacional

Derrota da diplomacia petista

Ao insistir em restaurar Manuel Zelaya no poder, o governo brasileiro se torna adversário da saída mais democrática para a crise em Honduras: as urnas



Alguma coisa certa Barack Obama fez. E não estamos falando do garbo exibido na primeira recepção de gala de seu governo, visto na foto ao lado. A prova do acerto está nos ataques virulentos que recebeu de Marco Aurélio Garcia, o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais. Tudo o que Garcia fala é errado, na forma e no conteúdo, além de prejudicial aos interesses nacionais. O presidente dos Estados Unidos foi alvo do novo surto de megalonanismo por defender o reconhecimento das eleições em Honduras, neste domingo. Desde que Manuel Zelaya tentou emplacar a própria reeleição e foi punido pela Suprema Corte com a perda do cargo, além de expulso manu militari do país, ao qual retornou com a patola chavista, instalando-se de bigode e chapelão na embaixada brasileira, a diplomacia petista trabalha com o objetivo de restaurá-lo no poder a qualquer preço. A saída pela via eleitoral, com a escolha de um novo presidente, virou um anátema para Garcia e sua turma. A proposta de solução apoiada por Obama parecia razoável: levar observadores internacionais para Honduras e, verificada a lisura da votação, chancelar o resultado, abrindo uma saída pacífica para o impasse. "Isso é muito ruim para os Estados Unidos e sua relação com a América Latina", rugiu Garcia. "Todo aquele clima favorável que se criou com a eleição do presidente Obama começa a se desfazer um pouco."

Em diplomacia, as palavras devem ser escolhidas com cuidado, não por cortesia banal, mas para evitar o agravamento de atritos. Quando um país considera necessário censurar outro, a praxe é plantar declarações indiretas, chamar os representantes diplomáticos do oponente para uma conversa ou fazer comunicações por escrito. A ideia de personalizar as críticas, nomeando um chefe de governo diretamente, só em casos muito graves. Garcia rompeu todas essas regras e, num lapso ofensivo, somou a ofensa à injúria ao dizer que reconhecer a eleição em Honduras seria "legitimar o branqueamento de um golpe" - ah, as peças que o inconsciente prega. A violência de suas declarações tem uma explicação simples: frustração. A diplomacia petista contava com uma vitória política e ideológica com a restituição de Zelaya, que representaria uma prova de força e de prestígio internacional do governo Lula.

Na prática, deu tudo errado. A alegria dos megalonanicos quando Zelaya retornou murchou rapidamente. O sujeito se mostrou disposto a lutar até a última vida dos outros, usou a embaixada brasileira como palanque e decepcionou mesmo quem condenava a forma como foi defenestrado. O governo interino de Roberto Micheletti, que tinha por trás o comando das Forças Armadas, a maioria do establishment político, a Corte Suprema e uma parte possivelmente majoritária da opinião pública, revelou uma capacidade de resistência insuspeita num país pobre, pequeno e suscetível a pressões. "Aqui não temos medo dos Estados Unidos, nem do Brasil, nem do México. Temos medo de Manuel Zelaya", resumiu Micheletti.

O que pesou, no entanto, foi a mudança na posição dos Estados Unidos. Quando Zelaya foi despachado e sua separação abrupta do poder parecia um golpe clássico, do tipo que assolou a América Latina no passado nem tão distante, o governo Obama apoiou a condenação internacional praticamente unânime. Depois, suspendeu parte da ajuda a Honduras e cancelou os vistos de integrantes do governo interino e dos membros da Corte Suprema. A situação começou a mudar quando Hugo Chávez patrocinou o retorno sub-reptício de Zelaya e se multiplicaram as incitações ao levante popular, com o patente objetivo de criar mártires. "Naquele momento, ficou claro que o presidente deposto era um baderneiro que queria apenas provocar a instabilidade no país", disse a VEJA Doug Bandow, pesquisador do Instituto Cato, com sede em Washington. Quanto mais a diplomacia petista se exibia em manifestações estridentes de autoapreciação, mais baixinho falavam os americanos. Em outubro, o subsecretário de Estado para a América Latina e próximo embaixador em Brasília, Thomas Shannon, foi a Honduras e mediou um acordo que parecia salvar a cara de Zelaya e seus defensores: Micheletti renunciaria, o bigodudo voltaria à Presidência por um breve período, numa espécie de regime de liberdade vigiada, e as eleições resolveriam o assunto. Na realidade, o governo interino enrolou quanto pôde e Zelaya foi virando cada vez mais um personagem irrelevante. Só o último ponto se concretizou.

Muita coisa que aconteceu em Honduras foi indesejável: a adesão de Zelaya ao chavismo, as manobras que fez para alterar a cláusula pétrea da Constituição que proíbe a reeleição, sua posterior expulsão do país, a breve mas condenável decretação do estado de sítio. Numa situação com tantos fatores negativos, a eleição de um novo presidente parece uma evolução positiva. As eleições foram marcadas quando Zelaya ainda estava no poder e, embora tenha passado a rejeitá-las, dos cinco candidatos dois são zelayistas. Micheletti deixou o cargo na semana passada e o Congresso ficou de decidir depois da eleição se Zelaya seria restaurado, hipótese altamente improvável. O favorito nas pesquisas é Porfírio Lobo, do Partido Nacional, de centro-direita. O presidente Lula reiterou que não aceitará de maneira alguma o resultado da eleição. Se a premissa de condições democráticas irrepreensíveis fosse aplicada em todas as situações para validar eleições, muitos países não teriam saído de regimes ditatoriais. É bom até bater na madeira para não lembrar desse passado. Toc, toc, toc. Ou, nas palavras inesquecíveis de Marco Aurélio Garcia, top, top, top.



Noves fora, nada

Tudo o que foi dito pelo governo a respeito da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é cortina de fumaça. O barbudinho sinistro não foi convidado para cultivar relações com um país importante, nem para avançar relações comerciais, nem para dar ao Brasil um papel de mediação na crise do programa nuclear clandestino do regime dos aiatolás. Os dois primeiros objetivos podem e devem ser promovidos com impessoalidade diplomática, sem contemplar um pária como Ahmadinejad com o prêmio de um convite oficial ao Brasil. O terceiro contraria a lógica do esforço diplomático mundial para conseguir uma saída à questão nuclear: o momento é de pressionar e acenar com normalização apenas na hipótese de que o Irã aceite a proposta da ONU, de enriquecer urânio na Rússia, como garantia de que não o usará na fabricação de bombas. O verdadeiro objetivo dos afagos a Ahmadinejad foi o de sempre: conseguir uns votinhos em organismos internacionais, uma área em que a diplomacia lulista tem sido particularmente malsucedida - basta o chanceler Celso Amorim se aproximar de um candidato a qualquer coisa e, catapimba, o infeliz não se elege nem síndico de prédio.

A coisa menos ruim que aconteceu foi que o presidente Lula não escapou do roteiro e não disse absurdos. Por ocasião da eleição fraudulenta que reelegeu Ahmadinejad, ele desqualificou os protestos da oposição, comparando-a a torcida de time perdedor - justamente no momento em que jovens iranianos eram presos, espancados e violentados nas cadeias. As declarações em favor de que o Irã "tenha o direito de desenvolver enriquecimento de urânio para fins pacíficos" foram desmentidas na prática: na sexta-feira, o Brasil se absteve na resolução da Agência Internacional de Energia Atômica condenando os comprovados subterfúgios do programa nuclear do Irã.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 11:38 am
por DELTA22
MAG = megalomaníaco! Essa foi impagável. Muito boa. A partir de agora, quando eu escrever "MegAlomaníaGo" já sabem de quem falo.. :lol: :lol: :lol:

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 11:57 am
por GustavoB
TV Globo quer um Itamaraty de vira-latas

Imagem
O sabujismo diplomático foi formulado pelo Farol de Alexandria

Ontem à noite, consegui ver o Jornal Nacional da tevê Globo. Admito que se continuar cometendo essa imprudência, em poucos dias mais estarei definitivamente convertido ao lulismo de resultados. É inevitável, a estupidez da Globo provoca o efeito contrário ao pretendido por seus editores, joga o espectador nos braços gordinhos de Lula. Se o sujeito não for Homer Simpson ao-pé-da-letra, se tiver o lampejo mais adiantado - pouca coisa - que as governadoras Yeda Rorato e Sarah Palin, se não zurrar agudo e não andar de quatro, vira lulista no ato. Inverte-se, assim, a intenção original da Globo. [Aliás, suspeito que aí mora um dos motivos da popularidade exponencial de Lula.]

A tevê da família Marinho está atacando o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. É que o ministro afirmou que o Brasil não vai reconhecer as eleições de Honduras, marcadas para o próximo domingo. Já o governo dos Estados Unidos defende que o reconhecimento do resultado das eleições presidenciais em Honduras pode ajudar a colocar um fim à crise política que se instalou no país desde a deposição de Zelaya, em 28 de junho passado.

Se vocês desconfiam que o presidente Lula é conciliador, tenham a mais absoluta certeza que o presidente Obama incorpora no fundo cavo de sua nobre alma a quintessência da própria conciliação. Obama está convicto que eleições, qualquer eleição, têm propriedades mágicas de "branquear" (a ótima expressão é de Marco Aurélio Garcia) a sujeira e a vileza de um golpe de Estado, como o golpe que foi desfechado contra Manuel Zelaya em Honduras, meses atrás. Obama acredita nisso porque quer proteger os interesses dos 10 ou 15 bilhões de dólares que empresas norte-americanas têm aplicados em Honduras, especialmente, em suspeitos business de maquiagem de mercadorias. Obama quer combinar variáveis inconciliáveis de interesses multitudinários: democracia formal com golpe sujo com eleições fake com investidores inescrupulosos com pose de detentor de Nobel da paz com anti-Bush com oligarquias fascistas centro-americanas... Quer harmonizar num bolo único dezoito ou setenta fios desencapados. Só isso.

O que a tevê Globo está propondo ao Itamaraty, da forma mais desavergonhada e vira-latas, é que o Brasil siga com subserviência e abnegação a política externa do Departamento de Estado dos EUA.

Quem é o formulador da política sabuja de acompanhar os Estados Unidos em todos os âmbitos da sua política externa? Ora, o nosso Farol de Alexandria, FHC, o príncipe dos sociólogos, o homem que estudou anos a fio o Rio Grande do Sul e jamais suspeitou que aqui tivesse havido um processo de revolução modernizadora, no final do século 19.

Dias atrás esteve no Brasil o chefe de Estado de um país emergente da Ásia, com um mercado de 70 milhões de pessoas, e a tevê Globo orientou os seus Homers espalhados pelo território brasileiro a manifestarem seu protesto contra o tal líder. Em Porto Alegre, eu vi uma dúzia de sionistas, se tanto, e o untuoso vereador Alceu Brasinha, atendendo o chamado da Globo. Fiquei comovido.

Essa é a política externa que a Globo e o Farol querem para o Brasil.

Não vejo mais a Globo. Caso contrário, daqui a pouco irei pendurar no peito um bótom com os dizeres: Volta Zé Dirceu!

Coisas da vida.

Cristóvão Feil

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 1:12 pm
por suntsé
A miopia de algumas pessoas não conseguem enchegar é que a situação do Manuel Zelaya é irreversivel....

As 3 instituições mais poderosas de honduras ...não querem a restituição do Manuel Zelaya. Como empurrar guela a baixo destas instituições um persona-não grata?

A solução dos EUA foi ideal para este impasse. O que demostra que a diplomacia dos EUA tem os pes no chão. Não reonhecer as eleições de honduras é prejudicar o povo hondurenho.

A diplomacia do Brail foi amadora, entrei em uma batalha perdida, desde os primeiros instantes que o Manuel se abuletou na nossa embaixada e senti que a restituição dele como mandatário daquela NAÇÂO não era impossivel. Mas os nossos estrategistas diplomaticos não tiveram a sensibilidade de perceber isso.

Eu espero que Hondura não seja expulsa da OEA por causa da arrogancia da diplomacia do Brasil.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 2:28 pm
por Loki
Eu espero que Hondura não seja expulsa da OEA por causa da arrogancia da diplomacia do Brasil.

Só um detalhe, quem expulsou a OEA de Honduras foi o governo de fato, não a diplomacia do Brasil.

O povo hondurenho está sofrendo e vai sofrer sim, acabe ou não o impasse neste momento. O prejuizo econômico já é fato consumado. O tamanho do sofrimento é que pode variar um pouco.

Só não vão conseguir ficar em último PIB das Americas, por que o Haiti é hors concours e a Nicaragua, Bahamas e o Paraguai estão no pareo.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 4:40 pm
por suntsé
Loki escreveu:
Eu espero que Hondura não seja expulsa da OEA por causa da arrogancia da diplomacia do Brasil.

Só um detalhe, quem expulsou a OEA de Honduras foi o governo de fato, não a diplomacia do Brasil.
Tenho que reconhecer que eu não sabia disso.

Muito obrigado pelo esclarecimento.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 8:55 pm
por lelobh
GustavoB escreveu:TV Globo quer um Itamaraty de vira-latas
Ontem à noite, consegui ver o Jornal Nacional da tevê Globo. Admito que se continuar cometendo essa imprudência, em poucos dias mais estarei definitivamente convertido ao lulismo de resultados. É inevitável, a estupidez da Globo provoca o efeito contrário ao pretendido por seus editores, joga o espectador nos braços gordinhos de Lula. Se o sujeito não for Homer Simpson ao-pé-da-letra, se tiver o lampejo mais adiantado - pouca coisa - que as governadoras Yeda Rorato e Sarah Palin, se não zurrar agudo e não andar de quatro, vira lulista no ato. Inverte-se, assim, a intenção original da Globo. [Aliás, suspeito que aí mora um dos motivos da popularidade exponencial de Lula.]
Já ouvi dizer que esse é o verdadeiro objetivo, será?

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 9:00 pm
por Hezekiah
A Aguia e Haia esta se revirando no tumulo e isso ha um bom tempo.
A falta de pragmatismo e a ideologia esta detonando com o Itamaraty sempre 2 pesos duas medidas, basta ver um exemplo Batistti (STF) e os boxeadores cubanos ( presos e enviados pra Cuba bem rapidinho).

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Ter Dez 01, 2009 9:18 pm
por mandalacabla
Nossa diplomacia:

--> deixar que Bolivia nos roube;
--> deixar que Paraguai nos roube;
--> promover o quadro patético de se meter no oriente médio e na hora de votar, decidir não decidir;
--> votar em um candidato egipicio quando existia um brasileiro;
--> fazer esse papelão em Honduras onde perdemos totalmente a capacidade de mediar;

Então eu pergunto, os problemas de nossa politica internacional são culpa da rede globo? ora, por favor.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Qua Dez 02, 2009 10:10 am
por Loki
Nossa diplomacia:

--> deixar que Bolivia nos roube;
--> deixar que Paraguai nos roube;
--> promover o quadro patético de se meter no oriente médio e na hora de votar, decidir não decidir;
--> votar em um candidato egipicio quando existia um brasileiro;
--> fazer esse papelão em Honduras onde perdemos totalmente a capacidade de mediar;

Então eu pergunto, os problemas de nossa politica internacional são culpa da rede globo? ora, por favor.

Ola, como vai!

Tenho uma observação sobre o tema:

deixar que Bolivia nos roube
A Bolivia era a prejudicada no contrato, tinhamos um contrato "take or pay" (isso foi no governo Sarney, só para constar) para o fornecimento de gás para o Brasil, nesta modalidade você contrato uma quantidade de fornecimento mínimo e paga no mínimo o contratado, usando ou não, caso exceda paga o resto também. Isso permite um preço unitário diferenciado, já que você assegurou o faturamento mínimo. O nosso era diferenciado, só que mais caro, mais caro até que o preço/m³ argentino por exemplo. E onde entra o prejuizo da Bolivia? Simples esse contrato era entre Petrobras bolivia e a nossa. O dinheiro virtualmente ia e vinha. Para aumentar o consumo, o preço (elevado) era subsidiado por uma parcela do CID, ou seja quem pagava a conta era quem usava gasolina no Brasil.

A tomada das refinarias e o pequeno brilho ufânico boliviano está custando para eles o futuro do Pais. O Brasil não revidou com força. O nosso governo revidou economicamente. E quer saber? Fora de proporção. A cada dia que passa, nos aproximamos do mínimo contratado, pois o subsídio do preço ao consumidor foi cortado, dai a elevação do preço do gás. E estão iniciado as operações de liqüefação e gaseificação de gás tanto das nossas fontes como de importação de outros paises.

Porém não permitimos que a Bolivia venda o excedente que não estamos usando para outros paises, como Argentina, por exemplo. Eles não queriam o gás? agora fiquem com eles.

Ai como resultado, o Acre, São Paulo e outros estados estão cheios de bolivianos em busca de emprego. :?

A anistia para os ilegais este ano deve passar dos meio milhão de estrangeiros.

O assunto é muito complexo, depois, com mais tempo e se interessar o assunto, claro, falo sobre o Paraguai e Honduras. O que aparece na mídia nem sempre é um compendio dos fatos.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Qua Dez 02, 2009 10:27 am
por Penguin
Marino escreveu:assessor da discórdia

Ação atrapalhada de Garcia causa rusga com os EUA

Leonardo Attuch / attuch@istoe.com.br



A conhecida inabilidade diplomática do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, criou mais um constrangimento para o Brasil. Desta vez, com repercussão negativa na imagem do País no mundo e nas relações com os Estados Unidos. Na terça-feira 24, num ato de indiscrição, Garcia revelou à imprensa o conteúdo de uma carta de caráter pessoal enviada pelo presidente Barack Obama ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em tom amigável, Obama manifestou a posição da Casa Branca sobre temas de interesse comum, como a crise em Honduras e o programa nuclear do Irã.

A carta de Obama foi interpretada por Garcia como ingerência indevida na política externa brasileira. "Todo o sentimento positivo criado após a eleição de Obama começa a se desintegrar", disse. Garcia também considerou "lamentável" a decisão dos EUA de reconhecerem as eleições de Honduras deste domingo. "Estão encobrindo um golpe de Estado." Suas críticas causaram mal-estar. "Ações dessa natureza revelam imaturidade e não condizem com o papel de potência que o Brasil almeja", avalia o embaixador aposentado Roberto Abdenur. Para o analista americano Peter Hakim, do Diálogo Interamericano, falta "consistência" ao Itamaraty.
Marco Aurélio Garcia (Rio Grande do Sul, c. 1941) é um político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). É professor licenciado do Departamento de História da Unicamp, idealista de esquerda e atualmente ocupa o cargo de assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais.

Biografia

Marco Aurélio Garcia é formado em filosofia e direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professor licenciado no Departamento de História da Unicamp. Nos anos 60 foi vice-presidente da UNE e vereador na cidade de Porto Alegre. É também comumente conhecido por seu acrônimo MAG.

Entre 1970 e 1979 esteve exilado no Chile e na França. Após a Anistia, voltou para o Brasil e foi um dos que colaboraram na fundação do Partido dos Trabalhadores e, em 1990, na condição de Secretário de Relações Internacionais do PT, um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, pra reunir todos os grupos de esquerda da América Latina e do Caribe. Foi Secretário de Cultura nos municípios de Campinas e São Paulo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Aur%C3%A9lio_Garcia

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Qui Dez 03, 2009 4:43 pm
por Crotalus
O MAG é uma desgraça para nossos interesses. Com a dilma (terrorista) no poder ele poderá subir alguns degraus. Imaginem um homem destes atuando no próximo governo, num ministério... Se for no MD estaremos jodidos... [004]