Pirataria na costa Africana
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Re: Pirataria na costa Africana
21/04/2009
Piratas somalis formam aliança profana com radicais islâmicos
Der Spiegel
Matthias Gebauer, John Goetz, Clemens Höges, Horand Knaup, Marcel Rosenbach, Stefan Simons, Alexande
Os navios de guerra fizeram pouco para deter os piratas somalis. Mas após a mais recente onda de sequestros, o Ocidente planeja adotar uma abordagem mais robusta na proteção da marinha mercante. As agências de inteligência estão alarmadas com os laços cada vez mais estreitos entre os piratas e os radicais islâmicos.
Um saco cheio com US$ 1 milhão em notas de US$ 100 pesa pouco menos de 15 quilos. Ocasionalmente, US$ 3 milhões em dinheiro de resgate é pago a piratas somalis por um cargueiro seqüestrado e sua tripulação. Isso pesa quase 45 quilos.
LEIA MAIS
* ONU alerta que pirataria pode prejudicar combate à fome na África
* "No Brasil, o pirata é um pé-de-chinelo", diz chefe da Polícia Marítima
* Número de ataques piratas no Golfo do Áden e na Somália sobe 150% em um ano
Entregar milhões de dólares para os piratas é um trabalho infernal, diz Jack Cloonan, um especialista em segurança de Nova York. "É preciso lembrar que eles estão sentados lá e estão armados até os dentes", ele diz. "E você está sentado lá em seu bote de borracha: 'Aqui está um para você, e um para você...'"
Ao longo de toda sua carreira, Cloonan lidou com sua cota de pessoas desagradáveis. Como agente especial do FBI, ele perseguia espiões do Pacto de Varsóvia e, após o 11 de Setembro, terroristas da Al Qaeda. Mas, segundo ele, a transferência de dinheiro para piratas frequentemente viciados em drogas é uma manobra "extremamente difícil". "Seria bem mais fácil se os piratas somalis aceitassem uma transferência eletrônica de dinheiro... mas não aceitam."
Cloonan deixou seu emprego no governo e ingressou em um setor que está passando por um boom. As empresas de marinha mercante telefonam para ele à procura de ajuda quando piratas além da costa do Chifre da África sequestram um de seus navios.
Ele e sua equipe organizam negociações... e conhecem todos os truques e armadilhas. Eles encontram um modo de levar o dinheiro do resgate para a África e assegurar que a tripulação e o cargueiro cheguem ao seu porto de destino sãos e salvos. Cloonan já ajudou na libertação de vários navios ao longo dos últimos meses -e há bastante potencial de crescimento em sua linha de trabalho.
Desde que o tempo melhorou no início de março, os piratas descalços da Somália sequestraram sete navios, incluindo o Hansa Stavanger da Alemanha, um navio de transporte de carga com cinco oficiais alemães e 19 marinheiros a bordo.
Com seus pequenos barcos de fibra de vidro, os piratas estão fazendo de tolos os países mais poderosos do mundo. Nada menos que quatro frotas internacionais de navios de guerra de alta tecnologia estão patrulhando as águas além da costa da Somália, e há fragatas e destróiers de países como China e Rússia que estão atuando independentemente. Todos esses navios possuem canhões e mísseis, helicópteros e apoio por satélite; alguns podem devastar cidades inteiras. Mas isso tem feito pouco para deter os piratas, com suas lanchas surradas com motor de popa e rifles Kalashnikov. É uma luta entre Davi e Golias -exceto que neste caso, os bandidos estão fazendo o papel de Davi e os mocinhos o de Golias.
Mas agora Golias está adotando uma linha mais dura. Oficiais militares estão frustrados e seus governos estão fartos de perder para lanchas. Cada resgate de milhão de dólares reforça os piratas. É um dilema: os países que pagam acabam pagando mais e mais.
Os americanos e franceses mudaram de curso e começaram a atirar contra os piratas. Até mesmo os alemães consideraram libertar o Hansa Stavanger com uso de força. Algumas das estratégias que os especialistas em Washington, Londres e Berlim estão desenvolvendo lembram planos de batalha de uma nova campanha militar -e isso em um país devastado pela guerra como a Somália, que já foi palco de vários confrontos militares. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, diz: "Nós podemos estar lidando com um crime do século 17, mas temos que empregar ativos do século 21".
[b]E não há tempo a perder, agora que uma nova ameaça está surgindo. Agências de inteligência conseguiram penetrar profundamente nos clãs piratas. E possuem informação interna de chefes, arsenais, alianças e acordos. Os especialistas também têm motivo para acreditar que os piratas estão cada vez mais trabalhando de mãos dadas com os radicais islâmicos, que são aliados da Al Qaeda de Osama Bin Laden. É uma aliança apavorante: os piratas fornecem dinheiro e armas, enquanto os radicais islâmicos oferecem tropas e poder em terra.
Mas também é uma aliança altamente improvável. Até recentemente, piratas e radicais islâmicos eram inimigos mortais. Quando combatentes leais aos radicais Tribunais do Conselho Islâmico tomaram o poder na Somália em 2006, eles imediatamente tiraram os piratas de circulação porque a pirataria viola a sharia, a lei islâmica.
Meio ano depois, um exército invasor da Etiópia, apoiado pelos Estados Unidos, removeu os radicais islâmicos -e os piratas rapidamente voltaram aos mares em busca de novos espólios.
Os etíopes em grande parte já se retiraram, mas o novo governo em Mogadício, que foi eleito em janeiro, controla apenas uma fração do país. O restante é governado por grupos islâmicos, como as milícias Al-Shabab e uma nova facção chamada Hizbul Islam (Partido do Islã).
[/b]
Os piratas querem dinheiro e os radicais islâmicos querem poder -mas estes interesses às vezes podem se cruzar. Em novembro do ano passado, estourou novamente um conflito após os piratas sequestrarem o Sirius Star. Isso não foi particularmente inteligente. O superpetroleiro pertence aos sauditas, que também são muçulmanos, e os radicais islâmicos naturalmente fizeram objeção ao ataque. Alguns tiros foram disparados.
Entretanto, eles não podiam romper a aliança e, ironicamente, um motivo para isso é que os infiéis estão fazendo incursões nas águas costeiras da Somália. O inimigo de fora está unindo velhos adversários. Os piratas são "mujahedeen porque estão em guerra contra os países cristãos", diz o xeque Hassan Turki, o líder do Hizbul Islam. E Mukhtar Robow, das milícias Al-Shabab, elogia os piratas, dizendo que estão defendendo "a costa contra os inimigos de Alá".
Desde que atiradores de elite americanos mataram três piratas para resgatar o capitão do cargueiro com registro americano Maersk Alabama no domingo de Páscoa, os piratas estão querendo vingança -e de repente passaram a soar bastante como os radicais islâmicos. Os Estados Unidos agora são "nosso inimigo número um", diz Jamac Habeb, um pirata de Eyl. "Agora nós estamos atrás dos americanos", diz um pirata chamado Ismail, de Harardhere. "E quando os pegarmos, vamos matá-los."
Se a "frágil aliança" entre os piratas e os radicais islâmicos se tornar mais forte, como escreve a publicação de inteligência "Jane's Intelligence Review", isso "aumentará a ameaça dos grupos piratas". Segundo uma análise de especialistas em inteligência, os piratas possuem uma melhor estrutura do que antes imaginado.
Um exemplo disso pode ser encontrado na cidade pirata de Harardhere, perto de onde o sequestrado Hansa Stavanger foi forçado a ancorar. Os membros da gangue desta fortaleza incluem homens de todos os principais clãs ao longo da costa, permitindo que o grupo se mova livremente por toda parte. O clã Suleyman manda nesta região, mas um dos comandantes de Harardhere -cuja profissão principal é vender carvão- é um Saleebaan.
A gangue mantém duas bases de operações principais ao longo da costa, e daqui envia unidades de assalto, cada uma dividida em quatro grupos. Os planejadores preparam a caçada -e este grupo também incluiria, segundo relatos, sudaneses e paquistaneses. Ex-pescadores ajudam com sua experiência náutica, enquanto os jovens combatentes embarcam nos navios. O quarto grupo consiste de negociadores que discutem o resgate com adversários como Jack Cloonan.
Lidando com Piratas SA
Para sequestros mais lucrativos, os piratas de Harardhere gostam de se aliar a gangues de outras cidades, principalmente com seus associados de Kismayo, a 800 quilômetros ao sul. A gangue de Kismayo teria sequestrado o Sirius Star, por exemplo. Todas as negociações são então conduzidas pelos homens de Harardhere.
É uma "Piratas SA" regular, diz Cloonan, que os descreve como "crime organizado" em alto-mar. Os proprietários dos navios e os piratas começam com posições de negociação altamente divergentes. Os gângsteres exigem US$ 15 milhões, a companhia de transporte oferece US$ 1 milhão e assim começa a guerra de nervos.
Os piratas freqüentemente usam o telefone por satélite para telefonar para os parentes dos tripulantes e ameaçar executar os reféns. "Nós já tivemos casos em que ameaçaram pessoas pelo telefone, onde certamente fizeram disparos com armas e nos disseram que executaram alguém."
Às vezes os piratas ameaçam lançar o navio em velocidade máxima contra a costa. Ou deixam os marinheiros passando fome porque os estoques de alimentos supostamente se esgotaram. Ou simplesmente interrompem toda comunicação por dias. "É neste momento em que as companhias de transporte enlouquecem", diz Cloonan.
Assim que Cloonan e os piratas concordam em uma soma após semanas ou meses de negociações, é hora do ex-agente realizar a entrega. Inicialmente, ele acerta com os piratas em Mombase para levar os sacos de dinheiro para as coordenadas combinadas. Quando surge o navio sequestrado, um homem desarmado embarca em um bote de borracha para transferir o dinheiro do resgate ao lado do navio. "E então você torce para que os piratas façam a coisa certa." Atualmente os sacos costumam ser lançados de pára-quedas de um avião -porque os piratas costumam até mesmo sequestrar os rebocadores.
Às vezes a equipe de Cloonan também precisa checar a bordo se a tripulação está completa e com saúde antes de pagar por sua libertação. Em uma ocasião, eles sabiam que um marinheiro a bordo estava gravemente ferido. Antes de entregar o dinheiro, eles procuraram por ele -e encontraram seu corpo no refrigerador do navio sequestrado. Ele saltou para a morte do convés superior.
Os piratas não são estúpidos e são autoconfiantes, diz Cloonan. "Eles sabem que se trata de um modelo de negócios bem-sucedido. Eles sabem que podem agir nesta ampla área quase com impunidade."
A maioria dos grupos estabeleceu suas operações logísticas em Garrowe e Gaalkacyo, duas cidades na região separada de Puntland. Este é o local onde muitos maços de dólares desaparecem no sistema financeiro hawala islâmico, que é baseado em contatos pessoais.
Mas, em abril do ano passado, os piratas foram dolorosamente lembrados de que, apesar de sua excelente organização no mar, eles são mal equipados para lutar em terra. Após terem tomado o iate de luxo francês Le Ponant e estarem prestes a desaparecer com um resgate de US$ 2 milhões perto da fortaleza pirata de Eyl, repentinamente helicópteros de ataque franceses vieram sobrevoando a planície e unidades de elite abriram fogo. Seis piratas foram levados sob custódia e estão atualmente detidos na França -e pelo menos uma pequena parte do resgate foi recuperada pelos militares.
Após isso, os piratas pediram ajuda aos radicais islâmicos. Algumas gangues piratas agora pagam para unidades Al-Shabab de 5% a 10% do resgate em troca de serviços de proteção em terra. Há o suficiente para todos. Apenas no ano passado, os piratas somalis arrecadaram de US$ 30 a US$ 100 milhões em dinheiro de resgate.
Outras gangues piratas preferem defender elas mesmas suas bases em terra. Desde julho passado, milicianos do Al-Shebab teriam colocado um grupo de piratas em um campo de treinamento para 45 dias de exercícios, perto da cidade de Hobyo. Os piratas receberam treinamento básico de infantaria e praticaram táticas e comunicações em terra. Os informantes que trabalham para a "Jane's Intelligence Review" estimaram que os piratas pagaram US$ 1 milhão pelo pacote de treinamento.
Os radicais islâmicos receberam mais do que apenas dinheiro dos piratas. Os piratas também contrabandeiam armas para o país para eles -e freqüentemente também trazem equipamento útil para eles mesmos. Durante um ataque em outubro passado, os piratas tomaram quatro armas antiaéreas ZU-23 -armas altamente eficazes que, onde quer que estejam, poderiam tornar a vida extremamente difícil para os pilotos de helicóptero ocidentais.
Os navios cargueiros são praticamente indefesos contra piratas muito melhor equipados. Eles podem navegar a plena velocidade à frente ou adotar uma manobra evasiva, "mas toda lancha é mais veloz do que nós", diz um oficial de um navio de carga alemão. Ele acrescenta que os navios da Operação Liberdade Duradoura liderada pelos americanos na verdade criaram um problema adicional. Os americanos exigem que os navios comerciais forneçam informação por rádio sobre sua origem, curso e destino -e os piratas ouvem toda a conversa.
Uma situação igualmente comprometedora é criada pelo Sistema de Identificação Automática (AIS, na sigla em inglês), que foi introduzido em 2004 para prevenir colisões ao transmitir continuamente informação detalhada de um navio para todos os outros navios nas mesmas águas. Os receptores podem ser comprados no mercado aberto. Fornecedores alemães os vendem com preço a partir de € 360 cada.
Desde o início do ano, os navios de guerra conseguiram proteger os navios que passam por um corredor protegido no Golfo de Áden. Mas os piratas reagiram imediatamente a esta mudança. Eles estão cada vez mais usando navios-base para lançar suas pequenas lanchas de ataque mais adentro no Oceano Índico. Nenhuma marinha do mundo conta com navios suficientes para cobrir aquela área.
Todavia, na última quarta-feira (15), Clinton apresentou um plano de quatro pontos para deter a pirataria. Todos os quatro pontos envolvem a condução de negociações, em outras palavras, apenas reuniões. Mas ela indicou que também seja possível uma "ação" contra as bases piratas em terra.
O vice-almirante americano Kevin Cosgriff, que comandou as forças navais americanas no Oriente Médio até o ano passado, citou duas opções. Uma seria um "desembarque leve na costa", onde os marines americanos destruiriam as embarcações, combustível e bases dos piratas. A outra opção seria um "desembarque pesado", com a realização de operações por terra sustentadas contra os piratas e os líderes de seus clãs -uma tática com riscos incalculáveis, diz o vice-almirante.
Uma alternativa inteligente seria o que é conhecido como "confinamento", que foi proposta pela Associação Internacional de Proprietários de Petroleiros Independentes. Os piratas precisam de portos e possuem muito poucos locais adequados na Somália, principalmente Harardhere, Hobyo, Eyl e Boosaaso. Um navio de guerra posicionado em cada porto poderia impedir a partida dos barcos armados. Isso seria muito mais fácil do que monitorar todo o oceano.
Piratas somalis formam aliança profana com radicais islâmicos
Der Spiegel
Matthias Gebauer, John Goetz, Clemens Höges, Horand Knaup, Marcel Rosenbach, Stefan Simons, Alexande
Os navios de guerra fizeram pouco para deter os piratas somalis. Mas após a mais recente onda de sequestros, o Ocidente planeja adotar uma abordagem mais robusta na proteção da marinha mercante. As agências de inteligência estão alarmadas com os laços cada vez mais estreitos entre os piratas e os radicais islâmicos.
Um saco cheio com US$ 1 milhão em notas de US$ 100 pesa pouco menos de 15 quilos. Ocasionalmente, US$ 3 milhões em dinheiro de resgate é pago a piratas somalis por um cargueiro seqüestrado e sua tripulação. Isso pesa quase 45 quilos.
LEIA MAIS
* ONU alerta que pirataria pode prejudicar combate à fome na África
* "No Brasil, o pirata é um pé-de-chinelo", diz chefe da Polícia Marítima
* Número de ataques piratas no Golfo do Áden e na Somália sobe 150% em um ano
Entregar milhões de dólares para os piratas é um trabalho infernal, diz Jack Cloonan, um especialista em segurança de Nova York. "É preciso lembrar que eles estão sentados lá e estão armados até os dentes", ele diz. "E você está sentado lá em seu bote de borracha: 'Aqui está um para você, e um para você...'"
Ao longo de toda sua carreira, Cloonan lidou com sua cota de pessoas desagradáveis. Como agente especial do FBI, ele perseguia espiões do Pacto de Varsóvia e, após o 11 de Setembro, terroristas da Al Qaeda. Mas, segundo ele, a transferência de dinheiro para piratas frequentemente viciados em drogas é uma manobra "extremamente difícil". "Seria bem mais fácil se os piratas somalis aceitassem uma transferência eletrônica de dinheiro... mas não aceitam."
Cloonan deixou seu emprego no governo e ingressou em um setor que está passando por um boom. As empresas de marinha mercante telefonam para ele à procura de ajuda quando piratas além da costa do Chifre da África sequestram um de seus navios.
Ele e sua equipe organizam negociações... e conhecem todos os truques e armadilhas. Eles encontram um modo de levar o dinheiro do resgate para a África e assegurar que a tripulação e o cargueiro cheguem ao seu porto de destino sãos e salvos. Cloonan já ajudou na libertação de vários navios ao longo dos últimos meses -e há bastante potencial de crescimento em sua linha de trabalho.
Desde que o tempo melhorou no início de março, os piratas descalços da Somália sequestraram sete navios, incluindo o Hansa Stavanger da Alemanha, um navio de transporte de carga com cinco oficiais alemães e 19 marinheiros a bordo.
Com seus pequenos barcos de fibra de vidro, os piratas estão fazendo de tolos os países mais poderosos do mundo. Nada menos que quatro frotas internacionais de navios de guerra de alta tecnologia estão patrulhando as águas além da costa da Somália, e há fragatas e destróiers de países como China e Rússia que estão atuando independentemente. Todos esses navios possuem canhões e mísseis, helicópteros e apoio por satélite; alguns podem devastar cidades inteiras. Mas isso tem feito pouco para deter os piratas, com suas lanchas surradas com motor de popa e rifles Kalashnikov. É uma luta entre Davi e Golias -exceto que neste caso, os bandidos estão fazendo o papel de Davi e os mocinhos o de Golias.
Mas agora Golias está adotando uma linha mais dura. Oficiais militares estão frustrados e seus governos estão fartos de perder para lanchas. Cada resgate de milhão de dólares reforça os piratas. É um dilema: os países que pagam acabam pagando mais e mais.
Os americanos e franceses mudaram de curso e começaram a atirar contra os piratas. Até mesmo os alemães consideraram libertar o Hansa Stavanger com uso de força. Algumas das estratégias que os especialistas em Washington, Londres e Berlim estão desenvolvendo lembram planos de batalha de uma nova campanha militar -e isso em um país devastado pela guerra como a Somália, que já foi palco de vários confrontos militares. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, diz: "Nós podemos estar lidando com um crime do século 17, mas temos que empregar ativos do século 21".
[b]E não há tempo a perder, agora que uma nova ameaça está surgindo. Agências de inteligência conseguiram penetrar profundamente nos clãs piratas. E possuem informação interna de chefes, arsenais, alianças e acordos. Os especialistas também têm motivo para acreditar que os piratas estão cada vez mais trabalhando de mãos dadas com os radicais islâmicos, que são aliados da Al Qaeda de Osama Bin Laden. É uma aliança apavorante: os piratas fornecem dinheiro e armas, enquanto os radicais islâmicos oferecem tropas e poder em terra.
Mas também é uma aliança altamente improvável. Até recentemente, piratas e radicais islâmicos eram inimigos mortais. Quando combatentes leais aos radicais Tribunais do Conselho Islâmico tomaram o poder na Somália em 2006, eles imediatamente tiraram os piratas de circulação porque a pirataria viola a sharia, a lei islâmica.
Meio ano depois, um exército invasor da Etiópia, apoiado pelos Estados Unidos, removeu os radicais islâmicos -e os piratas rapidamente voltaram aos mares em busca de novos espólios.
Os etíopes em grande parte já se retiraram, mas o novo governo em Mogadício, que foi eleito em janeiro, controla apenas uma fração do país. O restante é governado por grupos islâmicos, como as milícias Al-Shabab e uma nova facção chamada Hizbul Islam (Partido do Islã).
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Os piratas querem dinheiro e os radicais islâmicos querem poder -mas estes interesses às vezes podem se cruzar. Em novembro do ano passado, estourou novamente um conflito após os piratas sequestrarem o Sirius Star. Isso não foi particularmente inteligente. O superpetroleiro pertence aos sauditas, que também são muçulmanos, e os radicais islâmicos naturalmente fizeram objeção ao ataque. Alguns tiros foram disparados.
Entretanto, eles não podiam romper a aliança e, ironicamente, um motivo para isso é que os infiéis estão fazendo incursões nas águas costeiras da Somália. O inimigo de fora está unindo velhos adversários. Os piratas são "mujahedeen porque estão em guerra contra os países cristãos", diz o xeque Hassan Turki, o líder do Hizbul Islam. E Mukhtar Robow, das milícias Al-Shabab, elogia os piratas, dizendo que estão defendendo "a costa contra os inimigos de Alá".
Desde que atiradores de elite americanos mataram três piratas para resgatar o capitão do cargueiro com registro americano Maersk Alabama no domingo de Páscoa, os piratas estão querendo vingança -e de repente passaram a soar bastante como os radicais islâmicos. Os Estados Unidos agora são "nosso inimigo número um", diz Jamac Habeb, um pirata de Eyl. "Agora nós estamos atrás dos americanos", diz um pirata chamado Ismail, de Harardhere. "E quando os pegarmos, vamos matá-los."
Se a "frágil aliança" entre os piratas e os radicais islâmicos se tornar mais forte, como escreve a publicação de inteligência "Jane's Intelligence Review", isso "aumentará a ameaça dos grupos piratas". Segundo uma análise de especialistas em inteligência, os piratas possuem uma melhor estrutura do que antes imaginado.
Um exemplo disso pode ser encontrado na cidade pirata de Harardhere, perto de onde o sequestrado Hansa Stavanger foi forçado a ancorar. Os membros da gangue desta fortaleza incluem homens de todos os principais clãs ao longo da costa, permitindo que o grupo se mova livremente por toda parte. O clã Suleyman manda nesta região, mas um dos comandantes de Harardhere -cuja profissão principal é vender carvão- é um Saleebaan.
A gangue mantém duas bases de operações principais ao longo da costa, e daqui envia unidades de assalto, cada uma dividida em quatro grupos. Os planejadores preparam a caçada -e este grupo também incluiria, segundo relatos, sudaneses e paquistaneses. Ex-pescadores ajudam com sua experiência náutica, enquanto os jovens combatentes embarcam nos navios. O quarto grupo consiste de negociadores que discutem o resgate com adversários como Jack Cloonan.
Lidando com Piratas SA
Para sequestros mais lucrativos, os piratas de Harardhere gostam de se aliar a gangues de outras cidades, principalmente com seus associados de Kismayo, a 800 quilômetros ao sul. A gangue de Kismayo teria sequestrado o Sirius Star, por exemplo. Todas as negociações são então conduzidas pelos homens de Harardhere.
É uma "Piratas SA" regular, diz Cloonan, que os descreve como "crime organizado" em alto-mar. Os proprietários dos navios e os piratas começam com posições de negociação altamente divergentes. Os gângsteres exigem US$ 15 milhões, a companhia de transporte oferece US$ 1 milhão e assim começa a guerra de nervos.
Os piratas freqüentemente usam o telefone por satélite para telefonar para os parentes dos tripulantes e ameaçar executar os reféns. "Nós já tivemos casos em que ameaçaram pessoas pelo telefone, onde certamente fizeram disparos com armas e nos disseram que executaram alguém."
Às vezes os piratas ameaçam lançar o navio em velocidade máxima contra a costa. Ou deixam os marinheiros passando fome porque os estoques de alimentos supostamente se esgotaram. Ou simplesmente interrompem toda comunicação por dias. "É neste momento em que as companhias de transporte enlouquecem", diz Cloonan.
Assim que Cloonan e os piratas concordam em uma soma após semanas ou meses de negociações, é hora do ex-agente realizar a entrega. Inicialmente, ele acerta com os piratas em Mombase para levar os sacos de dinheiro para as coordenadas combinadas. Quando surge o navio sequestrado, um homem desarmado embarca em um bote de borracha para transferir o dinheiro do resgate ao lado do navio. "E então você torce para que os piratas façam a coisa certa." Atualmente os sacos costumam ser lançados de pára-quedas de um avião -porque os piratas costumam até mesmo sequestrar os rebocadores.
Às vezes a equipe de Cloonan também precisa checar a bordo se a tripulação está completa e com saúde antes de pagar por sua libertação. Em uma ocasião, eles sabiam que um marinheiro a bordo estava gravemente ferido. Antes de entregar o dinheiro, eles procuraram por ele -e encontraram seu corpo no refrigerador do navio sequestrado. Ele saltou para a morte do convés superior.
Os piratas não são estúpidos e são autoconfiantes, diz Cloonan. "Eles sabem que se trata de um modelo de negócios bem-sucedido. Eles sabem que podem agir nesta ampla área quase com impunidade."
A maioria dos grupos estabeleceu suas operações logísticas em Garrowe e Gaalkacyo, duas cidades na região separada de Puntland. Este é o local onde muitos maços de dólares desaparecem no sistema financeiro hawala islâmico, que é baseado em contatos pessoais.
Mas, em abril do ano passado, os piratas foram dolorosamente lembrados de que, apesar de sua excelente organização no mar, eles são mal equipados para lutar em terra. Após terem tomado o iate de luxo francês Le Ponant e estarem prestes a desaparecer com um resgate de US$ 2 milhões perto da fortaleza pirata de Eyl, repentinamente helicópteros de ataque franceses vieram sobrevoando a planície e unidades de elite abriram fogo. Seis piratas foram levados sob custódia e estão atualmente detidos na França -e pelo menos uma pequena parte do resgate foi recuperada pelos militares.
Após isso, os piratas pediram ajuda aos radicais islâmicos. Algumas gangues piratas agora pagam para unidades Al-Shabab de 5% a 10% do resgate em troca de serviços de proteção em terra. Há o suficiente para todos. Apenas no ano passado, os piratas somalis arrecadaram de US$ 30 a US$ 100 milhões em dinheiro de resgate.
Outras gangues piratas preferem defender elas mesmas suas bases em terra. Desde julho passado, milicianos do Al-Shebab teriam colocado um grupo de piratas em um campo de treinamento para 45 dias de exercícios, perto da cidade de Hobyo. Os piratas receberam treinamento básico de infantaria e praticaram táticas e comunicações em terra. Os informantes que trabalham para a "Jane's Intelligence Review" estimaram que os piratas pagaram US$ 1 milhão pelo pacote de treinamento.
Os radicais islâmicos receberam mais do que apenas dinheiro dos piratas. Os piratas também contrabandeiam armas para o país para eles -e freqüentemente também trazem equipamento útil para eles mesmos. Durante um ataque em outubro passado, os piratas tomaram quatro armas antiaéreas ZU-23 -armas altamente eficazes que, onde quer que estejam, poderiam tornar a vida extremamente difícil para os pilotos de helicóptero ocidentais.
Os navios cargueiros são praticamente indefesos contra piratas muito melhor equipados. Eles podem navegar a plena velocidade à frente ou adotar uma manobra evasiva, "mas toda lancha é mais veloz do que nós", diz um oficial de um navio de carga alemão. Ele acrescenta que os navios da Operação Liberdade Duradoura liderada pelos americanos na verdade criaram um problema adicional. Os americanos exigem que os navios comerciais forneçam informação por rádio sobre sua origem, curso e destino -e os piratas ouvem toda a conversa.
Uma situação igualmente comprometedora é criada pelo Sistema de Identificação Automática (AIS, na sigla em inglês), que foi introduzido em 2004 para prevenir colisões ao transmitir continuamente informação detalhada de um navio para todos os outros navios nas mesmas águas. Os receptores podem ser comprados no mercado aberto. Fornecedores alemães os vendem com preço a partir de € 360 cada.
Desde o início do ano, os navios de guerra conseguiram proteger os navios que passam por um corredor protegido no Golfo de Áden. Mas os piratas reagiram imediatamente a esta mudança. Eles estão cada vez mais usando navios-base para lançar suas pequenas lanchas de ataque mais adentro no Oceano Índico. Nenhuma marinha do mundo conta com navios suficientes para cobrir aquela área.
Todavia, na última quarta-feira (15), Clinton apresentou um plano de quatro pontos para deter a pirataria. Todos os quatro pontos envolvem a condução de negociações, em outras palavras, apenas reuniões. Mas ela indicou que também seja possível uma "ação" contra as bases piratas em terra.
O vice-almirante americano Kevin Cosgriff, que comandou as forças navais americanas no Oriente Médio até o ano passado, citou duas opções. Uma seria um "desembarque leve na costa", onde os marines americanos destruiriam as embarcações, combustível e bases dos piratas. A outra opção seria um "desembarque pesado", com a realização de operações por terra sustentadas contra os piratas e os líderes de seus clãs -uma tática com riscos incalculáveis, diz o vice-almirante.
Uma alternativa inteligente seria o que é conhecido como "confinamento", que foi proposta pela Associação Internacional de Proprietários de Petroleiros Independentes. Os piratas precisam de portos e possuem muito poucos locais adequados na Somália, principalmente Harardhere, Hobyo, Eyl e Boosaaso. Um navio de guerra posicionado em cada porto poderia impedir a partida dos barcos armados. Isso seria muito mais fácil do que monitorar todo o oceano.
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Re: Pirataria na costa Africana
27 Abril 2009 - 09h55
Três piratas mortos e dois feridos
Petroleiro iemenita libertado
Um comando das forças especiais de segurança do Iémen libertou um navio petroleiro sequestrado domingo, numa operação em que morreram três piratas somalis e outros 11 foram detidos.
O barco ‘Qana', com bandeira iemenita e capacidade para transportar 3.000 toneladas de petróleo, dirigia-se para o porto de Nishtwan, na costa do Mar Arábico, no Golfo de Áden.
Na embarcação, que viajava sem carga, seguiam 23 marinheiros. Antes da libertação do navio, as forças de segurança iemenitas e os piratas envolveram-se numa troca de tiros, que para além das vítimas mortais, causou ferimentos em dois piratas somalis.
Três piratas mortos e dois feridos
Petroleiro iemenita libertado
Um comando das forças especiais de segurança do Iémen libertou um navio petroleiro sequestrado domingo, numa operação em que morreram três piratas somalis e outros 11 foram detidos.
O barco ‘Qana', com bandeira iemenita e capacidade para transportar 3.000 toneladas de petróleo, dirigia-se para o porto de Nishtwan, na costa do Mar Arábico, no Golfo de Áden.
Na embarcação, que viajava sem carga, seguiam 23 marinheiros. Antes da libertação do navio, as forças de segurança iemenitas e os piratas envolveram-se numa troca de tiros, que para além das vítimas mortais, causou ferimentos em dois piratas somalis.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Pirataria na costa Africana
Russian warships arrive in Gulf of Aden for anti-piracy mission
VLADIVOSTOK, April 27 (RIA Novosti) - A new task force from Russia's Pacific Fleet has joined operations against Somali piracy off the Horn of Africa, a fleet spokesman said on Monday.
The Admiral Panteleyev destroyer, a salvage tug and two tankers have replaced a task force led by the Admiral Vinogradov destroyer, which has been involved in the anti-piracy operation off the coast of Somalia since the beginning of January.
"The task force led by the Admiral Panteleyev destroyer has arrived in a designated area in the Gulf of Aden and started to form a convoy of commercial ships to be escorted to a secure shipping lane," Capt. 1st Rank Roman Martov said.
During its recent mission in the Gulf of Aden, the Admiral Vinogradov destroyer escorted 12 convoys comprising a total of 54 ships from 17 countries, and thwarted several pirate attacks on various vessels.
Both ships are Udaloy-class missile destroyers, armed with anti-ship missiles, 30-mm and 100-mm guns, and Ka-27 Helix helicopters.
Around 20 warships from the navies of at least a dozen countries are involved in anti-piracy operations off Somalia. According to the United Nations, Somali pirates carried out at least 120 attacks on ships in 2008, resulting in combined ransom payouts of around $150 million.
http://en.rian.ru/russia/20090427/121321254.html
VLADIVOSTOK, April 27 (RIA Novosti) - A new task force from Russia's Pacific Fleet has joined operations against Somali piracy off the Horn of Africa, a fleet spokesman said on Monday.
The Admiral Panteleyev destroyer, a salvage tug and two tankers have replaced a task force led by the Admiral Vinogradov destroyer, which has been involved in the anti-piracy operation off the coast of Somalia since the beginning of January.
"The task force led by the Admiral Panteleyev destroyer has arrived in a designated area in the Gulf of Aden and started to form a convoy of commercial ships to be escorted to a secure shipping lane," Capt. 1st Rank Roman Martov said.
During its recent mission in the Gulf of Aden, the Admiral Vinogradov destroyer escorted 12 convoys comprising a total of 54 ships from 17 countries, and thwarted several pirate attacks on various vessels.
Both ships are Udaloy-class missile destroyers, armed with anti-ship missiles, 30-mm and 100-mm guns, and Ka-27 Helix helicopters.
Around 20 warships from the navies of at least a dozen countries are involved in anti-piracy operations off Somalia. According to the United Nations, Somali pirates carried out at least 120 attacks on ships in 2008, resulting in combined ransom payouts of around $150 million.
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Re: Pirataria na costa Africana
La fragata "Numancia" de la Armada Española interceptó a dos embarcaciones sospechosas de atacar en las últimas horas a un buque de crucero italiano, deteniendo a sus nueve ocupantes.
Los detenidos fueron entregados a las autoridades de Sheychelles
http://www.elpais.com/articulo/espana/f ... unac_7/Tes
Los detenidos fueron entregados a las autoridades de Sheychelles
http://www.elpais.com/articulo/espana/f ... unac_7/Tes
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Re: Pirataria na costa Africana
enquanto os americas fazem turismo....
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx ... tId=285119Somália
28-04-2009 23:31
29 piratas capturados pela Marinha russa
Um navio de guerra russo capturou uma embarcação ao largo da Somália, com 29 alegados piratas a bordo, avançam a agências de notícias Interfax.
No barco foram encontradas sete metralhadoras Kalashnikov, várias pistolas, uma escada de alumínio, um telefone por satélite e uma grande quantidade de munições.
Os piratas terão realizado duas tentativas falhadas para capturar um petroleiro russo, na segunda-feira.
A Rússia está entre os países que fazem parte da força naval enviada para patrulhar as águas do Golfo de Aden, onde no último ano os piratas da Somália sequestraram dezenas de navios para exigir resgates.
RV
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Re: Pirataria na costa Africana
cabeça de martelo escreveu:Conseguiram? Dasssssssssssssss quantos meses foi preciso?
menos que os americanos.....
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Re: Pirataria na costa Africana
Desculpa?! Então quem é que resgatou o oficial da Marinha Mercante? Os marcianos?
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Re: Pirataria na costa Africana
isso foi só porque esse oficial era americano.cabeça de martelo escreveu:Desculpa?! Então quem é que resgatou o oficial da Marinha Mercante? Os marcianos?
Tirando esse acontecimento, QUANTOS PIRATAS PRENDERAM e/ou NAVIOS CAPTURARAM????
zero.
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Re: Pirataria na costa Africana
E fora este acontecimento em que o navio um dos navios atacados era Russo, que mais a marinha Russa fez?
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Re: Pirataria na costa Africana
ver noticia acima p.ex.
"During its recent mission in the Gulf of Aden, the Admiral Vinogradov destroyer escorted 12 convoys comprising a total of 54 ships from 17 countries, and thwarted several pirate attacks on various vessels."
"During its recent mission in the Gulf of Aden, the Admiral Vinogradov destroyer escorted 12 convoys comprising a total of 54 ships from 17 countries, and thwarted several pirate attacks on various vessels."
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Re: Pirataria na costa Africana
E quem disse que a US Navy não fez o mesmo? Até a Marinha de Guerra Portuguesa fez o mesmo e nem sequer está lá à muito tempo.
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Re: Pirataria na costa Africana
tá bem pronto, a minha piroca é maior que a tua e não se fala mais nisso
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Re: Pirataria na costa Africana
Pois, mas eu faço-o melhor...
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Re: Pirataria na costa Africana
01 Maio 2009 - 22h05
No Golfo de Adén
Marinha portuguesa captura piratas somalis (COM VÍDEO)
Uma equipa de fuzileiros portugueses a bordo da fragata portuguesa Corte-Real - que lidera a esquadra de 5 navios da NATO em viagem pela Ásia - impediu ontem o ataque de piratas somalis a um petroleiro com bandeira das Bahamas no Golfo de Adén, perto da Somália.
“O helicóptero Linx da fragata estava a fazer uma missão de patrulha quando recebemos o alerta para um ataque de piratas a bordo de uma pequena embarcação. Deslocámos de imediato para o local uma equipa de Fuzileiros, que seguiram o bote até à embarcação mãe”, disse ao CM o comandante João Barbosa, das Relações Públicas da Marinha. Os militares portugueses usaram um semi-rígido para chegar ao navio, onde estavam 19 piratas. Interrogaram os suspeitos e retiraram-lhes as armas, mas foram libertados: “a lei portuguesa não prevê o crime de pirataria, pelo que não os podemos deter”, explica João Barbosa.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 8ECCED91D2
No Golfo de Adén
Marinha portuguesa captura piratas somalis (COM VÍDEO)
Uma equipa de fuzileiros portugueses a bordo da fragata portuguesa Corte-Real - que lidera a esquadra de 5 navios da NATO em viagem pela Ásia - impediu ontem o ataque de piratas somalis a um petroleiro com bandeira das Bahamas no Golfo de Adén, perto da Somália.
“O helicóptero Linx da fragata estava a fazer uma missão de patrulha quando recebemos o alerta para um ataque de piratas a bordo de uma pequena embarcação. Deslocámos de imediato para o local uma equipa de Fuzileiros, que seguiram o bote até à embarcação mãe”, disse ao CM o comandante João Barbosa, das Relações Públicas da Marinha. Os militares portugueses usaram um semi-rígido para chegar ao navio, onde estavam 19 piratas. Interrogaram os suspeitos e retiraram-lhes as armas, mas foram libertados: “a lei portuguesa não prevê o crime de pirataria, pelo que não os podemos deter”, explica João Barbosa.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 8ECCED91D2
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ