rcolistete escreveu:orestespf escreveu:Só um detalhe, PRick: o radar do Rafale só enxerga 90 km e o SPECTRA e o OSF não funciona como o anunciado. Este é o problema.
Viu o Rafale no Afeganistão? Pois é levou bomba inteligente, mas quem iluminou o alvo foi um M-2000. Por que isso aconteceu? Problemas sérios, acredite!.
Abraços,
Orestes
Ihhh, Orestes, não adianta, a discussão é entre o Prick e Carlos Mathias, eheheh...
Sobre 90km do RBE-2 : qual RCS do alvo, look-up, mesmo nível ou look down, rota de colisão ou perseguição ? O RBE-2 tem seus dados restritos, os franceses citam com o Rafale F2 ele tem alcance equivalente ao RDY-2 do Mirage 2000-9, porém com vantagens extras (LPI, modos simultâneos ar-ar e ar-superfície, etc). O RDY-2 é citado como tendo alcance de detecção de 140 a 172 km contra alvos do tipo "caça" (RCS = ?). Dito tudo isso, é reconhecido que o radar RBE-2 abriu mão do alcance para ser um PESA com as tais vantagens (LPI, modos simultâneos, etc). O RBE-2 AESA dará uns 50% a mais de alcance e se espera estará operacional em 2012 ou antes (estou citando de cabeça).
O problema do Rafale F2 e bombas inteligentes : o AASM (Armamento Ar-Solo Modular) atrasou muito por culpa do fabricante (Sagem) em termos de lote de produção, assim mesmo o Rafale F2 tendo sido validado para tal arma, ele não a tem agora em 2007 (acho que ficou para 2008 o recebimento do AASM) para uso operacional. Então fizeram um programa-relâmpago para operar bombas Paveway estrangeiras, que inicialmente seriam integradas ao Rafale para pedidos de exportação.
Todos caças atuais têm pontos fracos : F-22 (sem integração de coisas que nossos F-5EM terão...), Eurofighter, Rafale, Gripen, etc. Principalmente devido à limitação de recursos para integrar sensores, armas, etc que explorem todo o potencial do avião.
Abraços, Roberto
Olá Roberto,
você tem razão, essa briga não é minha, vou deixá-la de lado. rsrsrs
A info que obtive diz que o radar atual do Rafale tem alcance de 90 km para alvos com RCS de 3-5 m, o que é razoável. O radar tem alcance inferior ao RDY e RDY 2, segundo a mesma fonte, justamente por ser um "PESA". E mais, vários modos de operação apresentam problemas, dificultando certas integrações.
O problema estava relacionado com o desenvolvimento de dois radares, o atual PESA e o novo, AESA. Toda grana que seria investida no atual foi transferida para o novo radar com tecnologia AESA, onde esperam resolver todos os problemas.
Tudo isso pode ser constatado dando uma olhada em matérias da mídia francesa, procurando por informações de parlamentares, que acusaram o avião de ser "estrábico", entre outras coisas. Já tem político francês sugerindo que este projeto (Rafale) seja abandonado e que se invista em outro vetor (não chego a tanto, mas isso mostra que problemas existem com este vetor, mesmo se divulgando pouco dados técnicos). Foi para dar uma resposta a este "povo" que a França mandou algumas unidades para o Afeganistão. Mais críticas surgiram, usaram o argumento que os Mirages é que fizeram o serviço, que o Rafale estava lá a passeio. O que não deixa de ser verdade.
Concordo que os caças novas estão tendo problemas sim, isto sempre acontece, principalmente no que diz respeito a integração de certas armas. Algo caro, muito mais que se anuncia. O problema é que o Rafale não é "novo", já tem um tempinho que está voando, mas o que está integrado é muito pouco perto do que foi prometido.
Prometeram um caça verdadeiramente multi-função, e os franceses sempre citaram isso com orgulho, como uma forma de "criticar" o EF-2000. Mas eu pergunto: friamente falando o Rafale é hoje um caça multi-função? No papel no vale... rsrs
Se a resposta for não, este vetor pode não ser mais um caça com o perfil que a FAB deseja. A FAB não está atrás de um caça não desenvolvido e que precisa de muito investimento ainda, e pior, ela deseja integrar seus armamentos também (armamentos nacionais). O mesmo problema pode acontecer com o novo SU-35.
Se a resposta for sim, sem problemas. A FAB vai até a França, testa o Rafale e analisa se o mesmo cumpre o que ela deseja. Se tudo estiver ok, se o mesmo atender satisfatoriamente, se o preço estiver dentro do aceitável, pronto, o Rafale entra pra lista dos "prováveis" da FAB.
Em suma, tudo vai depender da resposta correta e que, em geral, não é revelada ao grande público.
Abraços,
Orestes