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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sex Nov 14, 2008 5:39 pm
por DDNN
irlan escreveu:sem contar que parece que a lei de porte de armas no paraguai é branda, me lembro de ter visto em uma reportagem na record, de um reporter brasileiro entrando em uma loja de armas na capital com um câmera escondida, se não me engano ele comprou uma pistola de fabricação argentina e munição, o pior foi que ele atravessou a fronteira com a ajuda de um tipo de motoboy, parece que o cidadão tinha escondido a arma ea munição dentro da jaqueta assim acabou passando pela fiscalização, no dia seguinte o cara voltou a loja de armas do mesmo jeito, pelo mesmo caminho,entregou a arma de tinha dito que o "chefe não tinha gostado".

[006]
Alguem ainda acredito o que vem na midia, quando o asunto e referente ao "desarmamento" ?

Alguem falou que para comprar armas no Paraguai precisa apresentar:
Atestado de antecendencia criminal,
Atestado de "vida y residencia",
Atestado Psicologico, .... igualmente "branda" como aqui no Brasil.

Não sei se alguem aqui do forum chegou a tentar ou efetivamente comprou uma arma de fogo LEGALIZADO aqui no Brasil, que para as midias "qualquer um pode comprar". La no Paraguai e praticamente a mesma coisa, so que e mais agil. Geralmente o registro sai em 7 dias.

Ainda no Paraguai, a lei proibe venda de armas para turistas extrangeiras.

Mercado negro e OUTRA historia, não e somente no PY que e "Branda", la no RJ acredito que sabendo com quem falar, compra com a mesma ou ate mais facil do que no PY.

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sex Nov 14, 2008 8:06 pm
por Ifex
Pereira escreveu:
Ifex escreveu:Eu sinceramente não entendo o que esse povo quer...
Farra !

Eu corto a minha garganta se nessa manifestação não tiver uns rindo e se divertindo com faixas de protesto.

EB tem que correr desse povo,se ajuda reclamam se não ajuda reclamam do mesmo jeito.

Falta de paciência viu ...
Assino em baixo!

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sex Nov 14, 2008 10:23 pm
por HIGGINS
Eu tô falando...
É fácil de resolver...

Pega uns dois dos Mi-35 que vão para a FAB. Pinta de preto.
Coloca uns caras com Fuzis Barret e alguns outros com AGLC...
Bons snipers, diga-se.

Manda para os morros com a ordem de "Chover bala em cima de gente vestida de vermelho e preto".
Acaba o problema da criminalidade no Rio!

Propostas Higgins: Um mundo de soluções!
:twisted:

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 11:01 am
por Edu Lopes
:shock: :shock: :shock: :shock: :shock:
Cartão para comprar droga

Polícia encontra, em meio a 500 quilos de maconha, máquinas para venda a crédito no Jacarezinho

Maria Inez Magalhães


Imagem

Rio - No meio de 500 quilos de maconha, quatro mil papelotes de cocaína, um fuzil G-3, uma espingarda calibre 12 e duas granadas, dois aparelhos chamaram particularmente a atenção dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do que todo o restante do material apreendido ontem na Favela do Jacarezinho: duas máquinas de cartão de crédito e de débito automático. Os equipamentos, comuns em qualquer estabelecimento comercial, estavam na boca-de-fumo da comunidade e seriam utilizados para que usuários pagassem pela droga. A descoberta dos aparelhos em um ponto de venda de entorpecentes é inédita, segundo policiais do Bope.

“Foi uma supresa. Afinal, as máquinas estavam ligadas não em um comércio, mas dentro de uma residência que servia como fachada para a boca-de-fumo. Os bandidos devem usá-las de algum comércio da favela, como padarias, mercadinhos, farmácias. Isso é inédito nas nossas operações”, revelou o capitão do Bope, Marcelo Corbage.

A operação começou às 9h e os homens do Bope apoiavam o 3º BPM (Méier). No fim da tarde, quando se preparavam para sair da favela, os ‘caveiras’ receberam a informação sobre o material, que foi encontrado em três casas na localidade conhecido como Pontilhão.

Foram apreendidas ainda uma réplica de fuzil, munição calibre 7.62, carregadores, uma caderneta com anotações do tráfico, uma balança digital, oito morteiros e material para embalar a droga. O capitão Corbage destacou que não foi preciso entrar em confronto para chegar ao paiol. “A gente sempre se prepara para o pior, mas graças a Deus não houve conflito. A operação foi um sucesso tanto pelo que foi apreendido quanto pela tranqülidade”, avaliou.

O fuzil 7.62, sem numeração, é do mesmo modelo do usado pelo Bope. Na réplica do armamento estava escrito Jaca, referência ao Jacarezinho. Na espingarda calibre 12 havia a inscrição ‘CVRL (Comando Vermelho Rogério Lengruber — fundador da facção criminosa) espalha brasa’.

APARELHOS SERÃO PERICIADOS

As máquinas de cartão de débito e de crédito apreendidas serão encaminhadas à perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Somente a análise poderá dizer que tipo de movimentação financeira era feita nos dois equipamentos e a quem eles pertenceriam.
A operação do Bope, tropa de elite da Polícia Militar, na Favela do Jacarezinho contou com a participação de 25 policiais que foram para a favela em dois carros blindados. Ninguém foi preso.

Para chegar às casas onde o material estava, os policiais vasculharam construções que estavam abandonadas, funcionando apenas como depósitos das drogas e de armas.

Uma ‘parede’ de maconha

Os 500 quilos de maconha estavam prensados e, arrumados na 25ª DP (Engenho Novo), pareciam uma parede de tijolos. Havia também 1.011 sacolés da droga já preparados para a venda aos usuários. Os 4.483 papelotes de cocaína estavam em sacos com 500 sacolés cada. Das duas granadas, uma era artesanal e a outra, defensiva. E o simulacro de fuzil foi feito com canos de PVC.

Em outra operação da PM, ontem de tarde, foram apreendidos 50 quilos de maconha. A droga estava na Favela Parque União, no Complexo da Maré, e foi encontrada por policiais do 22° BPM (Maré) em uma casa na Rua Raul Brunini. Os traficantes fugiram pela laje com a aproximação da polícia. Ninguém foi preso. O material foi levado para a 21ª DP (Bonsucesso).


Fonte: http://odia.terra.com.br/rio/htm/cartao ... 213069.asp

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 1:02 pm
por Kratos
A Policia do RJ tá fazendo apreensões recordes de drogas recentemente, será que isso é melhora na qualidade do serviço deles ou é a outra alternativa?

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 3:40 pm
por Carlos Mathias
Mudança na política de estado, que agora vem apresentando resultados, pois mesmo começando hoje, os resultados demoram um certo tempo para surgir.

Mais ainda faltam milhões de quilômetros nesta jornada.

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 4:18 pm
por Valdemort
Kratos escreveu:A Policia do RJ tá fazendo apreensões recordes de drogas recentemente, será que isso é melhora na qualidade do serviço deles ou é a outra alternativa?

Pode ser combinadinho com os traficantes ...

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 4:20 pm
por Valdemort
HIGGINS escreveu:Eu tô falando...
É fácil de resolver...

Pega uns dois dos Mi-35 que vão para a FAB. Pinta de preto.
Coloca uns caras com Fuzis Barret e alguns outros com AGLC...
Bons snipers, diga-se.

Manda para os morros com a ordem de "Chover bala em cima de gente vestida de vermelho e preto".
Acaba o problema da criminalidade no Rio!

Propostas Higgins: Um mundo de soluções!
:twisted:
Só que vagabundo não anda de vermelho e preto , quem anda assim é a torcida do Flamengo ...

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 5:21 pm
por ZeRo4
Carlos Mathias escreveu:Mudança na política de estado, que agora vem apresentando resultados, pois mesmo começando hoje, os resultados demoram um certo tempo para surgir.

Mais ainda faltam milhões de quilômetros nesta jornada.
Ta de brincadeira, né Carlos???? mudança na política de estado??? que mudança? aliás... que política de estado??? o RJ não tem política de segurança desde o final dos anos 90 quando o PMDB tomou o poder.

As apreensões sempre aconteceram, acontece que agora estão dando mais mídia, apenas isso.

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 8:29 pm
por Kratos
Valdemort escreveu:
Kratos escreveu:A Policia do RJ tá fazendo apreensões recordes de drogas recentemente, será que isso é melhora na qualidade do serviço deles ou é a outra alternativa?

Pode ser combinadinho com os traficantes ...
Há, combinar de jogar fora 500kilos de maconha parece pouco plausível pra mim.

Valdemort escreveu: Só que vagabundo não anda de vermelho e preto , quem anda assim é a torcida do Flamengo ...
:twisted: :twisted:

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 9:03 pm
por Carlos Mathias
Zero, a política do Cabral é a mesma da família garotinho?

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Sáb Nov 15, 2008 9:16 pm
por Skyway
Valdemort escreveu:
HIGGINS escreveu:Eu tô falando...
É fácil de resolver...

Pega uns dois dos Mi-35 que vão para a FAB. Pinta de preto.
Coloca uns caras com Fuzis Barret e alguns outros com AGLC...
Bons snipers, diga-se.

Manda para os morros com a ordem de "Chover bala em cima de gente vestida de vermelho e preto".
Acaba o problema da criminalidade no Rio!

Propostas Higgins: Um mundo de soluções!
:twisted:
Só que vagabundo não anda de vermelho e preto , quem anda assim é a torcida do Flamengo ...
Opa! :twisted:
Zuando :mrgreen:

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Dom Nov 16, 2008 4:14 am
por ZeRo4
Carlos Mathias escreveu:Zero, a política do Cabral é a mesma da família garotinho?
Positivo... é a política do "não tem política". Investimento ZERO na polícia investigativa... vou te dar um exemplo, sabe qnts policiais civis hj tem na ativa??? cerca de 9.000! isso contando peritos (criminais e legistas....), técnicos e auxiliriares de necropsia, papiloscopistas e... Delegados... se nós dividirmos 9.000 por 4... que é a escola 24x72, teremos 2250 policiais civis por plantão... isso sem tirar akeles que estão de licença médica, enfim.

N há política alguma.

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Dom Nov 16, 2008 5:29 pm
por Clermont
POLICIAMENTO EM FAVELAS: HISTÓRIA DE FRACASSO – Números mostram que modelo adotado não deu certo: falta de recursos condena PMs à ineficiência ou à cumplicidade.

Sérgio Ramalho – O GLOBO, domingo, 16 de novembro de 2008.

Beco do Mituca, Morro do Pavão-Pavãozinho, 10h30m de 21 de julho passado. Dois PMs lotados no Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (GPAE) do Morro do Cantagalo, em Ipanema, encontram numa sacola abandonada duas pistolas e uma pequena quantidade de maconha. O material é levado à 13ª DP (Posto Seis) e no registro de ocorrência 013/2964/08 as armas são descritas como defeituosas. Instalado numa região dominada pelo tráfico – onde na última quarta-feira policiais civis apreenderam dois fuzis e uma metralhadora .30 capaz de derrubar um helicóptero -, o grupamento registrou apenas duas apreensões de drogas e armas nos últimos dez meses.

Uma ineficiência comprovada em números. Levantamento do GLOBO revela que policiais militares lotados em 15 Postos de Policiamento Comunitário (PPCs) e dois GPAEs realizaram apenas 14 apreensões de drogas e armas de janeiro a outubro deste ano. Para chegar a esse número, a reportagem analisou registros de ocorrência da Polícia Civil. As 17 unidades de policiamento – equivalentes a 35 % dos 48 PPCs em funcionamento na capital – ficam nas favelas da Rocinha, Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, Ladeira dos Tabajaras, Chapéu Mangueira e Dona Marta, na Zona Sul; e na Mangueira e nos complexos do Alemão e Maré, na Zona Norte. Um dos idealizadores do GPAE, o sociólogo Luiz Eduardo Soares, atribui a falência do modelo de policiamento comunitário à falta de investimento e interesse do poder público.

- O projeto original do GPAE previa unidades com quase 200 policiais treinados e motivados. É o caso do GPAE do Cantagalo, que conseguiu reduzir a zero o número de homicídios nas comunidaes do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Hoje, um GPAE da região funciona com pouco mais de uma dúzia de PMs – argumenta Luiz Eduardo.

”A corrupção passa a ser um imperativo.”

Para o sociólogo, os policiais lotados atualmente em PPCs e GPAEs estão condenados à humilhação ou à cumplicidade, Luiz Eduardo acredita que não há como cobrar uma postura firme de policiais abandonados em meio a regiões dominadas por facções criminosas:

- Essa é uma situação grave, em que esses PMs são desvalorizados como profissionais e como pessoas. Não me surpreende que o número de apreensões feitas por policiais dessas unidades seja tão pequeno. Que estrutura esse policial tem para desenvolver seu trabalho? Num quadro desses a corrupção passa a ser um imperativo para a sobrevivência – lamenta o sociólogo.

Na opinião de Luiz Eduardo, a manutenção precária dos PPCs e dos GPAEs serve apenas para alimentar a promiscuidades entre policiais e bandidos. Autor de projetos na área de segurança pública na Assembléia Legislativa do Rio, o deputado Flávio Bolsonaro (PP) defende a extinção dos PPCs e dos GPAEs:

- Os dados mostram que o policial lotado nesses postos não tem como garantir a própria segurança. Num cenário assim, como podem dar segurança aos moradores e combater os bandidos? – pergunta.

Luiz Eduardo e Flávio Bolsonaro afirmam ter ouvido vários relatos de policiais que sofreram ameaças por tentar desenvolver um trabalho sério nessas comunidades. Alguns dos PMs, inclusive, acabaram admitindo algum tipo de envolvimento com os traficantes, promiscuidade ou omissão evidenciadas nos números de apreensões de drogas e armas.

Policiais admitem falta de recursos.

Policiais ouvidos pela reportagem relatam problemas de infra-estrutura nos PPCs e nos GPAEs, falta de contingente, de carros, mas evitam falar em corrupção. Um dos PMs aceitou fazer um relato da rotina nos PPCs. O policial passou por duas dessas unidades em favelas da Zona Sul. Segundo ele, o serviço nos postos de policiamento comunitário é sinônimo de castigo.

”A SENSAÇÃO É DE COMPLETO ABANDONO.”

X.


Tirar serviço num Posto de Policiamento Comunitário é, em alguns casos, sinônimo de castigo na PM. Já passei por dois desses postos em favelas da Zona Sul e posso garantir que a sensação do policial nessas unidades é de completo abandono. É você, e, no máximo, dois outros policiais no meio de uma favela dominada por traficantes armados. Numa situação dessas, quem vai prender quem? Nenhum PPC hoje trabalha com número de PMs estabelecidos no momento em que a unidade é aberta.

O Comando Geral da corporação vai negar, mas é a pura verdade. Tem PPC onde apenas um PM fica de serviço. Não bastasse o receio de ser alvo de ataques dos bandidos, o policial é obrigado a tirar serviço em unidades insalubres, sujas, sem a menor estrutura. Numa ocasião, eu e outro policial ficamos cercados por traficantes após uma operação da Polícia Civil em que um dos integrantes da quadrilha foi morto. É assim que acontece. Sempre que há uma operação numa favela, o PM do PPC é o principal alvo de retaliação dos bandidos.

Nesse cenário, muito policial passa a “fechar” (negociar) com os bandidos, recebendo uma caixinha semanal para manter os bandidos informados sobre operações. Quando se está no alto de uma favela como a Vila Cruzeiro ou a Rocinha, por exemplo, não dá para esperar ajuda rápida de quem está no batalhão. Todo o comando da PM sabe disso. Quando decidiram implantar o GPAE, a primeira unidade tinha 180 homens, quase o efetivo de uma companhia. Hoje são no máximo 30 homens, para dividir em plantões de 12 horas por 24 horas.

Imagine se o PM decide cumprir o seu papel e prende um “vapor” (traficante), com uma carga de cocaína e uma arma. Assim que voltar da delegacia, o policial fatalmente será atacado pelos demais integrantes do bando.

Já o PM que recebe caixinha dos bandidos, costuma levar à delegacia droga estragada e armas velhas, que os bandidos jogam fora depois de retirar peças.


____________________________

X. é policial militar.
Problemas estruturais à parte, os números indicam a necessidade de reavaliar o trabalho nos PPCs. Na Rocinha, onde existem três dessas unidades, por exemplo, foram feitas apenas duas apreensões em dez meses. Numa delas, registrada dia 7 de julho na 15ª DP (Gávea), cerca de 40 quilos de maconha foram encontradas em sacos de lixo abandonados numa localidade da favela.

A droga foi levada à delegacia pelos PMs, que relataram ter descoberto a maconha com auxílio de um morador. Nenhum traficante foi preso na ocasião e, posteriormente, a análise do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) mostrou que a droga estava mofada.

O GLOBO tentou ouvir o Comando Geral da PM sobre os baixos números de apreensões realizados por policiais de PPCs e GPAEs, a falta de homens e de investimento nas unidades. A assessoria de imprensa da corporação solicitou que as perguntas fossem enviadsa por e-mail, mas até a noite de sexta-feira nenhnuma resposta foi dada.

Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO

Enviado: Qua Nov 19, 2008 6:45 pm
por Matheus
'Operação Lótus' prende empresário no Ceará

Autor: NUCOM/CE
Data de Inserção: 18/11/2008

Empresário era um dos que injetavam dinheiro no esquema de corrupção do DETRAN/CE

Fortaleza (CE) (18/11/2008) – Dando continuidade à “Operação Lótus”, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu hoje, no Ceará, José Silveira Filho, 51 anos. Ele é mais um integrante da quadrilha formada por despachantes, funcionários públicos e empresários acusados de falsificar carteiras de habilitação e licenciamento de veículos.

No dia 06 de novembro, a PRF em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE/CE) e a Polícia Civil, desencadeou a operação, onde foram cumpridos 24 mandados de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão em residências, pontos comerciais e na própria sede do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN/CE).

Trajetória da Corrupção
José Silveira Filho é empresário e dono de uma revenda de caminhões às margens da BR-116. Ele adquiria veículos irregulares em outros estados, por vezes roubados, por preços menores que os de mercado. Ele então adulterava os sinais identificadores dos veículos, como números de motor e chassi, contratava despachantes corruptos e iniciava o procedimento de 'esquentar' o veículo adquirindo documentos legítimos e vendendo-os pelo preço praticado no mercado.

Os despachantes contratados subornavam funcionários públicos do órgão de trânsito estadual que trabalhavam nas áreas de registro e vistoria de veículos. Muitas vezes a vistoria era feita na própria revenda do empresário. José Silveira comprava os laudos em branco, mas já com o carimbo e assinatura do vistoriador. Dessa forma a quadrilha conseguia documentos legítimos para efetuar a venda dos caminhões.

Fuga Frustrada / Material Apreendido
No cumprimento do mandado de prisão, o empresário tentou fugir por um terreno abandonado existente nos fundos de sua residência, mas a PRF já havia cercado todo o quarteirão e conseguiu capturá-lo, frustrando sua fuga. Em sua residência foram encontrados 03 revólveres calibre 38, todos carregados; diversas munições vazias para recarga; 10 aparelhos de telefonia celular; 01 máquina digital contendo fotos de diversos veículos; arames para lacrar placas; 13 placas de veículos; tarjetas de municípios e também dezenas de Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV).

José Filho é acusado de Receptação, Formação de Quadrilha, Adulteração de Sinal Identificador de Veículos, Corrupção Ativa e Porte Ilegal de Arma de Fogo.