Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Dez 10, 2009 1:10 pm
realmente parece adequado... 
orestespf escreveu:Olá Wesley,FIGHTERCOM escreveu: Caro Orestes,
Discordo do que foi colocado por você acima. Sempre foi dito aqui que esse processo envolvia duas partes, a avaliação técnica e a política. A primeira, de competência da FAB, foi realizada de forma criteriosa, por mais que alguns não queiram admitir tendo em vista a exclusão na primeira fase dos preferidos. Enquanto a segunda deveria estar sendo discutida pelo governo após a entrega do relatório.
Quem não sabe o que quer e parece cego em meio a um tiroteio é esse governo, já que havia uma pré-disposição pela escolha do Rafale, ele (governo) deveria ter imposto isso já no inicio. Afinal, quem assina o cheque e paga a conta é quem manda. Como disse o presidente Lula:“quem decide sobre FX-2 sou eu”. Somando isso ao episódio de 7 de Setembro ficou claro que o relatório não teria importância. Já a FAB, só restaria aceitar (será?). Repare que as críticas feitas pela imprensa e pelos parlamentares são contra a postura do governo e não ao trabalho da Força. Claro, existem alguns equívocos, mas não em um todo.
O equívoco desse governo foi iniciar um processo e muito antes da finalização já expor sua preferência. Lembrar que antes de 7 setembro, tanto NJ quanto Lula, já tinham tornado públicas suas preferências. Lembrar que NJ cogitou a avaliação da nova proposta russa. Lembrar que após aquele anúncio precipitado, a FAB teve que avaliar uma nova BAFO, de todos os concorrentes. Lembrar que NJ e Lula justificaram a escolha francesa por causa das ToT´s, mas aí os outros concorrentes anunciaram que também transferiam e por um preço menor. Agora é fácil culpar a FAB por toda essa trapalhada.
Quanto ao trabalho realizado pela MB, é digno de reconhecimento sim, mas não podemos esquecer que ela não tinha tantas opções no que diz respeito aos subs. Afinal, ela só tinha uma opção, que era a França. Aí o trabalho fica facilitado e agiliza o processo. Agora imagine que a FAB tivesse como única opção o Rafale. Era ele ou nada.
A cada dia fico mais convicto que tudo isso não passa de política de governo e não de Estado. Depois de toda essa enrolação ainda existem aqueles que criticam quando falamos que esse processo está travado por questões de cunho ideológico. Mas aí temos que pensar, os governos tem prazo de validade e a FAB não. Uma escolha equivocada agora irá se refletir pelos próximos 30 anos e quem será alvo de críticas será a FAB, novamente.
Abraços,
Wesley
PS.: Desculpe-me por apagar seu post e deixar apenas o título, mas ao citá-lo ficou enorme.
não tem que se desculpar por apagar meu post, na verdade alguns têm "apagado" meus posts (intencionalmente?) através de doses cavalares de posts vazios. Tudo bem, lido muito bem com isso, quisera todos apagarem os meus posts como você!
Meu post (relógio quebrado) diz exatamente isso, ou seja, que a decisão é parte técnica e parte política. Chamei a parte técnica de tempo e a parte política de fuso. Disse que o relógio da FAB está atrasado (não conseguiu compreender que a decisão política existe e é muito mais importante do que a técnica; aliás vários aqui ainda não têm a dimensão disso) e que o fuso do governo (a hora de apresentar o vencedor do FX-2) é feito por ele e que pode mudá-lo o quanto e quando quiser, gostando ou não a FAB disso.
Não se pode dizer que o governo não sabe o que quer, jamais! No momento em que ele tem um preferido (político, técnico ou por qualquer motivo) está mais do que claro que ele, não só sabe o que quer, como demonstra claramente que o FX-2 é importante pra ele. Se não fosse importante ele deixaria as coisas fluírem normalmente, sem intervenção, algo do tipo, façam o que quiserem, não estou nem aí. Ele (governo) está empenhado no processo de reaparelhamento militar das FFAA e da reestruturação do parque industrial bélico do Brasil. Isto pode ser visto nas compras da MB e esta, por ter percebido claramente a variável política, se adaptou rapidamente e está aí com seus contratos assinados. A FAB precisa se espelhar na MB, caso contrário, ao invés de novos caças, continuará com seus velhos relógios atrasados (aqueles que não adiantam).
O Lula não disse que o relatório (da FAB) não tem importância, pelo contrário, ele e o NJ têm insistentemente dito que para a parte técnica (dos caças) é imprescindível tal relatório. Por outro lado, ele (Lula) tem dito igualmente que a parte da variável política é do governo (quando ele fala que é dele, apenas forma de falar) e não da FAB. O governo está corretíssimo, ele adotou este modelo com a MB e esta aceitou muito bem, aceitou porque compreendeu que este é o jeito certo e que não cabe a ela peitar o que não é de seu direito. O EB caminha na direção da MB, se distancia da FAB. Será por quê????
O governo não errou em nada ao anunciar o Rafale em 7 de setembro, acertou em cheio. Deixo claro que esta análise (minha) vale para qualquer um dos caças. A FAB sabia da decisão (do anúncio), tanto que seu representante maior no governo (Cmd. Saito) fez parte da reunião realizada até altas horas na véspera do anúncio. Pode-se se questionar a forma que o Lula anunciou o Rafale, porém, jamais se pode questionar que a FAB não sabia e muito menos não se deve questionar a essência do escolhido (Rafale), visto que este contou com o ok do comandante da FAB. Em suma, a FAB não foi atropelada, ela topou o acordo e até mesmo o anúncio (feito pelo Lula em relação ao caça francês).
Sobre o NJ ter cogitado nova proposta dos russos, acredite, apenas um jogo tardio para pressionar os atuais concorrentes para diminuírem seus preços. Os russos nunca tiveram chances reais, eram bois de piranha. Existe muito preconceito em relação aos caras, não necessariamente em relação ao SU-35. Se este caça estivesse na disputa (short list), acredite, ele seria o vencedor, pois é um excelente vetor de combate e com preços lá no chão, não daria nem mesmo para o Gripen NG. Só que hoje as chances deste caça ser comprado é zero, nada mais do que isso. Então, tudo isso (nova proposta dos russos) não passou de um jogo. E é fácil ver isto, basta responder esta pergunta: o que diria o governo a imprensa e a população que ficou mais de ano analisando três caças, que desclassificou (bem ou mal) o SU-35 e que depois de tudo isso iria escolhê-lo para a FAB? Se fizer isso, o governo vai apanhar igual puta na chuva.
Ledo engano dizer que a MB não tinha tantas opções assim, este argumento não funciona como tolamente (desculpem-me pelo termo) acreditam. A Rússia tem sub, a França tem sub e a tradicional Alemanha tem sub para vender. A lógica nos empurrava para a compra do sub alemão, mas não, mudamos da água para o vinho, optamos por um novo submarino. E não pensem que é devido, apenas, ao fato da França ter sub nuclear. Sim, poderíamos comprar sub alemão e negociar o casco do nuclear com os EUA e/ou Inglaterra, até porque estes dois países nos pressionaram a comprar o sub alemão (poucos comentam sobre isso).
Saber diferenciar política de governo e política de Estado realmente não é fácil, simplesmente porque quem faz a política de Estado é sempre um dado governo. São as atitudes e ações que diferenciam tais coisas, mas para a grande maioria só o tempo (aquele não atrasado) para mostrar os fatos em si. Não se acanhe por isso, em algum momento terá clareza sobre tudo o que está acontecendo; é assim mesmo, uns mais rápidos, outros na média, outros mais lentos. E isto não ofende ninguém, é a lei natural da vida humana na prática, no mundo real.
Forte abraço,
Orestes
Orestes meu (preto) velho, PARABÉNS e obrigado.
Pela clareza e porque vamos nos contaminando com esses posts negativistas e aí o seu foi um verdadeiro bálsamo (preto véio tem receita de cura!
). Foi um verdadeiro elixir no meio desse mar de derrotismo. Vou até aproveitar e dar um tempo (por hora) na leitura e ficar nesse astral melhor. ![[000]](./images/smilies/000.gif "Maneiro"){kind=small}
VALEU
Paulo Cesar
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