TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24841 Mensagem por vplemes » Qua Dez 09, 2009 10:34 am

Sintra,

Acho que não entendi bem. Como assim o desenvolvimento já se encontra pago? Até onde eu saiba, para que os gastos do desenvolvimento do caça sejam pagos, eles devem ter sido pagos por alguém que tenha comprado o caça. Pelo menos é este o modelo capitalista, eu gasto n euros desenvolvendo um produto, depois, no momento de vende-lo eu acrescento os custos de desenvolvimento ao preço de fábricação e mais um percentual de margem de lucro. Até onde eu saiba, apenas a França comprou o rafale, e mesmo assim pagando apenas o preço de fabricação, e não o preço cheio ( custos de desenvolvimento+valor de fabricação+margem de lucro). Mesmo levando em consideração que o governo frances pagou 75% do desenvolvimento do caça, com certeza a Dassault gastou alguns bilhões de euros também. Vamos supor que o governo francês dê de mão beijada estes bilhões de euros gastos no desenvolvimento do rafale. Ainda assim falta a Dassault amortizar os seus investimentos que não foram poucos, e que aliás ainda estão sendo feitos (afinal o rafale ainda está em desenvolvimento: F2, F2, F3, Damocles, radar AESA, novo motor). E junto a tudo isso ainda entra a questão que você muito apropriadamente levantou, sobre os custos de se montar uma linha de montagem aqui no Brasil. Se eu estiver errado em relação à amortização dos custos de desenvolvimento, gostaria muito que você fizesse a gentileza de me indicar as fontes onde esta descrito que eles já foram pagos.

Atenciosamente,

Vilton




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24842 Mensagem por vplemes » Qua Dez 09, 2009 10:40 am

orestespf escreveu:
Sintra escreveu: O estado Francês entrou com 75% do desenvolvimento do avião, a industria entrou com os restantes 25%. Quanto a "subsidios", você está a ver a coisa de uma forma errada, o avião já se encontra desenvolvido, e esse desenvolvimento já se encontra pago, o que significa que o estado Brasileiro tem de pagar a construção dos aparelhos, mais as especificações que sejam exclusivamente Brasileiras (como uma linha de montagem no Brasil), mais o lucro que as varias empresas Francesas queiram retirar do negócio. Isto é o normal e a oferta da Boeing é exactamente igual (o caso Sueco é diferente).
Onde a "porca torce o rabo" é dizer que os aparelhos vão sair ao Brasil por valores idênticos aos que a Adla paga, tendo em conta que pelos vistos é necessário criar uma linha de montagem no Brasil e ainda transferir uma data de tecnologia, isto por apenas 36 aparelhos é dose.
Alguém tem alguma duvida que montar umas poucas dezenas de aviões no Brasil fica (muito) mais caro do que receber estes aparelhos dircetamente de Marignane?

Olá Sintra,

lembro-me que durante muito tempo vários DBistas diziam que não existe esta conversa de linha de montagem no Brasil, pois (alegavam) que se trava de míseros 36 caças. O tempo passou e os três concorrentes finalistas insistem que haverá linha de montagem de seus caças no Brasil. Parece que agora ninguém mais duvida disso.

Sobre os custos (caros) de se montar míseros 36 caças no Brasil ainda restam dúvidas. Veja, a resposta está na singela pergunta: por que o governo brasileiro insiste tanto em transferência de tecnologias de caças se ele se compromete em comprar "apenas" 36 míseros caças? Como disse, a resposta a esta pergunta é fundamental (mas precisa de tempo para confirmá-la, afinal São Tomé não existe a toa), eis-la: porque a compra não se limita a 36 caças apenas. Dizem, por especulação, que se trata de 120-130, mas as más línguas já falam em cerca de 200 caças, claro, a longo prazo (e provavelmente do mesmo modelo, supondo que o escolhido "não gere problemas").

Outra pergunta que merece cuidados é a seguinte: por que existe um frenesi por parte dos empresários brasileiros com a compra dos caças para a FAB? Afinal míseros 36 caças não os fará tão mais ricos assim, sem falar que para ganhar é preciso investir. Novamente a resposta explica muita coisa...

E por falar em investimentos, por que os mesmos empresários, dizem, preferem um caça em desenvolvimento em detrimento de um caça pronto? Simples, porque aprender o que já existe é relativamente razoável, mas ter que fazer "o além" implica em investimentos do próprio bolso (e não querem). Se o governo opta por um caça em desenvolvimento, então terá que pagar pelo mesmo, caso queira o produto voando (literalmente) dentro de prazos razoáveis. Em suma, querem tecnologias, querem ganhar, mas não querem gastar, algo típico do Brasil dos anos 80 e 90. De outra forma, pensam em ganhar antes de ter um produto para o oferecer. Lamentável...

A situação da Dassault é simples também, ou seja, insiste na tese de caça (Rafale) caro simplesmente porque não tem como fazer este caça mais barato, só se for "outro Rafale". Mas como se isto fosse pouco, ela não quer se comprometer com baixos preços se no papel só existem 36 caças e a promessa verbal que este número será bem superior. Ela está certa, o que não está no papel não é confiável, por mais que o Brasil tenha mudado, ainda falta muito para perder o estigma.

E por que os outros dois não agem assim? Bonzinhos? Claro que não! Os EUA prometem e até colocam no papel, mas pouquíssimo tempo depois voltam atrás e até preferem pagar as multas contratuais do que ter que cumprir o que historicamente é impossível pra eles. Já os suecos é mole prometer tudo, e o motivo é simples, não têm caça algum na prática, logo tudo não passa de promessas; governo e FAB sabem disso. Sem falar que, se o Brasil optar por este caça, terá quase 100% de chances de ser o único operador deste vetor, uma espécie de New AMX. Existe gente da FAB que defende este caça (NG)? Sim, da mesma forma que existe defensores do Rafale e do F-18, principalmente deste último.


Abração,

Orestes



PS: só carona em seu post mesmo. :wink:
Orestes,

O pior é que sequer está no papel. A FAB, no momento em que solicitou as BAFO, foi bem clara com os concorrentes. Estas deveriam fazer suas propostas baseadas apenas em uma premissa de 36 caças. Não há compromisso de compra futura além destes 36. Quem quiser apostar e colocar um preço mais baixo, pensando nos 120, terá que faze-lo por sua conta e risco.




PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24843 Mensagem por PRick » Qua Dez 09, 2009 10:46 am

vplemes escreveu:Sintra,

Acho que não entendi bem. Como assim o desenvolvimento já se encontra pago? Até onde eu saiba, para que os gastos do desenvolvimento do caça sejam pagos, eles devem ter sido pagos por alguém que tenha comprado o caça. Pelo menos é este o modelo capitalista, eu gasto n euros desenvolvendo um produto, depois, no momento de vende-lo eu acrescento os custos de desenvolvimento ao preço de fábricação e mais um percentual de margem de lucro. Até onde eu saiba, apenas a França comprou o rafale, e mesmo assim pagando apenas o preço de fabricação, e não o preço cheio ( custos de desenvolvimento+valor de fabricação+margem de lucro). Mesmo levando em consideração que o governo frances pagou 75% do desenvolvimento do caça, com certeza a Dassault gastou alguns bilhões de euros também. Vamos supor que o governo francês dê de mão beijada estes bilhões de euros gastos no desenvolvimento do rafale. Ainda assim falta a Dassault amortizar os seus investimentos que não foram poucos, e que aliás ainda estão sendo feitos (afinal o rafale ainda está em desenvolvimento: F2, F2, F3, Damocles, radar AESA, novo motor). E junto a tudo isso ainda entra a questão que você muito apropriadamente levantou, sobre os custos de se montar uma linha de montagem aqui no Brasil. Se eu estiver errado em relação à amortização dos custos de desenvolvimento, gostaria muito que você fizesse a gentileza de me indicar as fontes onde esta descrito que eles já foram pagos.

Atenciosamente,

Vilton
Acho que está bem claro, o Governo Francês bancou, diretamente, 75% dos gastos com o desenvolvimento do Rafale, além de ser acionista da Dassault, quer dizer deve ter bancado de uma forma e de outra uns 85% do desenvolvimento do Rafale. A Dassault deve ter tirado do bolso o resto.

O custo da produção do produto, não é o custo de seu desenvolvimento. Você pode colocar o custo do desenvolvimento no preço final, porém, ninguém faz isso para exportação, porque, o preço ficaria salgado.

Por isso, o Governo Francês tem poder para obrigar a Dassault vender o Rafale pelo preço de produção, porque bancou a fundo perdido o desenvolvimento do Rafale, como fizeram os EUA com o F-18E.

Quanto ao custo da linha de montagem no Brasil, todos os caças terão, não importando quem seja o escolhido.

[]´s




PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24844 Mensagem por PRick » Qua Dez 09, 2009 10:48 am

vplemes escreveu:
orestespf escreveu:
Olá Sintra,

lembro-me que durante muito tempo vários DBistas diziam que não existe esta conversa de linha de montagem no Brasil, pois (alegavam) que se trava de míseros 36 caças. O tempo passou e os três concorrentes finalistas insistem que haverá linha de montagem de seus caças no Brasil. Parece que agora ninguém mais duvida disso.

Sobre os custos (caros) de se montar míseros 36 caças no Brasil ainda restam dúvidas. Veja, a resposta está na singela pergunta: por que o governo brasileiro insiste tanto em transferência de tecnologias de caças se ele se compromete em comprar "apenas" 36 míseros caças? Como disse, a resposta a esta pergunta é fundamental (mas precisa de tempo para confirmá-la, afinal São Tomé não existe a toa), eis-la: porque a compra não se limita a 36 caças apenas. Dizem, por especulação, que se trata de 120-130, mas as más línguas já falam em cerca de 200 caças, claro, a longo prazo (e provavelmente do mesmo modelo, supondo que o escolhido "não gere problemas").

Outra pergunta que merece cuidados é a seguinte: por que existe um frenesi por parte dos empresários brasileiros com a compra dos caças para a FAB? Afinal míseros 36 caças não os fará tão mais ricos assim, sem falar que para ganhar é preciso investir. Novamente a resposta explica muita coisa...

E por falar em investimentos, por que os mesmos empresários, dizem, preferem um caça em desenvolvimento em detrimento de um caça pronto? Simples, porque aprender o que já existe é relativamente razoável, mas ter que fazer "o além" implica em investimentos do próprio bolso (e não querem). Se o governo opta por um caça em desenvolvimento, então terá que pagar pelo mesmo, caso queira o produto voando (literalmente) dentro de prazos razoáveis. Em suma, querem tecnologias, querem ganhar, mas não querem gastar, algo típico do Brasil dos anos 80 e 90. De outra forma, pensam em ganhar antes de ter um produto para o oferecer. Lamentável...

A situação da Dassault é simples também, ou seja, insiste na tese de caça (Rafale) caro simplesmente porque não tem como fazer este caça mais barato, só se for "outro Rafale". Mas como se isto fosse pouco, ela não quer se comprometer com baixos preços se no papel só existem 36 caças e a promessa verbal que este número será bem superior. Ela está certa, o que não está no papel não é confiável, por mais que o Brasil tenha mudado, ainda falta muito para perder o estigma.

E por que os outros dois não agem assim? Bonzinhos? Claro que não! Os EUA prometem e até colocam no papel, mas pouquíssimo tempo depois voltam atrás e até preferem pagar as multas contratuais do que ter que cumprir o que historicamente é impossível pra eles. Já os suecos é mole prometer tudo, e o motivo é simples, não têm caça algum na prática, logo tudo não passa de promessas; governo e FAB sabem disso. Sem falar que, se o Brasil optar por este caça, terá quase 100% de chances de ser o único operador deste vetor, uma espécie de New AMX. Existe gente da FAB que defende este caça (NG)? Sim, da mesma forma que existe defensores do Rafale e do F-18, principalmente deste último.


Abração,

Orestes



PS: só carona em seu post mesmo. :wink:
Orestes,

O pior é que sequer está no papel. A FAB, no momento em que solicitou as BAFO, foi bem clara com os concorrentes. Estas deveriam fazer suas propostas baseadas apenas em uma premissa de 36 caças. Não há compromisso de compra futura além destes 36. Quem quiser apostar e colocar um preço mais baixo, pensando nos 120, terá que faze-lo por sua conta e risco.

Por isso, quem vai decidir a compra é o GF e o MD, a FAB não é o Governo, faz parte do Governo, porém, é o Órgão técnico, o GF se guia pela END, e ela fala claro, nada mais de compras de pratileiras, somente, em casos muito específicos. O FX-2 é um pacote muito maior que a FAB nesse contexto.

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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24845 Mensagem por soultrain » Qua Dez 09, 2009 10:56 am

vplemes,

Em 1988, o Ministério Francês da Defesa assinou contratos que totalizam 2,46 bilhões dólares para Dassault e SNECMA para o desenvolvimento do Rafale e o motor M88, além da construção de um protótipo.

Os custos de desenvolvimento para o Rafale foram estimados em FFr32 bilhões, dos quais a Dassault e a SNECMA juntos vieram a contribuir com cerca de FFr8 bilhões. Em geral os custos de desenvolvimento aumentaram para FFR 45 bilhões ($ 6,1 bilhões), com 25% provenientes dos contratados. O Desenvolvimento de motores M88 foram custo fixos de US $ 1,68 bilhões, com 420 milhões dólares provenientes SNECMA. (valores para o dólar em 2000)

Estes 25% foram pagos pela encomenda inicial de 120 unidades para a l’Armée de l’air e para a Marine nationale.

[[]]'s





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24846 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Dez 09, 2009 11:19 am

Os Russófilos tendem a usar qualquer alegação e convergi-la com interesses ideológicos. E NÃO ADIANTA FALAR QUE NÃO É PORQUE É SIM!
Ahã... Ahã...
O dia que o Brasil desistir de comprar Rafale, Gripen ou F-18 e fizer uma parceria para comprar um caça Russo eu viro comunista.
Ahã... Ahã...




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24847 Mensagem por BZZ » Qua Dez 09, 2009 11:37 am

Acontece que tem empresas que:
a) tentam produzir o maximo que podem internamente (tipicamente aquelas que tem mercado cativo) e depois repassam os custos para o preco final: custos determinam o preco final; "seguranca" eh, as vezes, alegado como motivo para ter um processo totalmente vertical e, consequentemente, caro; um problema adicional ao custo eh que, dificilmente, uma empresa consegue ser a melhor em tudo que faz, o que tb prejudica a qualidade final;
b) tem empresas que antes de iniciar a producao, estipulam as especificacoes do produto (qualidade) e o preco maximo final que acreditam que serah competitivo no mercado: o preco final estimado e que determina a dinamica dos custos. Assim, se avaliam que produzir internamente a parte “x” irah impedir que alcancem o preco competitivo de mercado, elas buscam fora a parte “x” e incorporam no produto, garantindo a qualidade e o preco final competitivo. Tudo isto eh feito antes do processo de producao ter sido iniciado. As vezes isto eh conhecido por “target costing”.
Os Suecos, e não me refiro especificamente a Saab, mas a industria Sueca em geral, são campeos no modelo “b” citado acima, a Embraer me parece que tb faz assim. Para o modelo “a”, de um chute…
P.S.: pedrohakial, obrigado por ter esclarecido a posicao do VP no outro post.




Carlos Mathias

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24848 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Dez 09, 2009 12:08 pm

a) tentam produzir o maximo que podem internamente (tipicamente aquelas que tem mercado cativo) e depois repassam os custos para o preco final: custos determinam o preco final; "seguranca" eh, as vezes, alegado como motivo para ter um processo totalmente vertical e, consequentemente, caro; um problema adicional ao custo eh que, dificilmente, uma empresa consegue ser a melhor em tudo que faz, o que tb prejudica a qualidade final;
Para o modelo “a”, de um chute…
LOCKHEED MARTIN !!!!




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24849 Mensagem por soultrain » Qua Dez 09, 2009 1:31 pm

BZZ escreveu:Acontece que tem empresas que:
a) tentam produzir o maximo que podem internamente (tipicamente aquelas que tem mercado cativo) e depois repassam os custos para o preco final: custos determinam o preco final; "seguranca" eh, as vezes, alegado como motivo para ter um processo totalmente vertical e, consequentemente, caro; um problema adicional ao custo eh que, dificilmente, uma empresa consegue ser a melhor em tudo que faz, o que tb prejudica a qualidade final;
b) tem empresas que antes de iniciar a producao, estipulam as especificacoes do produto (qualidade) e o preco maximo final que acreditam que serah competitivo no mercado: o preco final estimado e que determina a dinamica dos custos. Assim, se avaliam que produzir internamente a parte “x” irah impedir que alcancem o preco competitivo de mercado, elas buscam fora a parte “x” e incorporam no produto, garantindo a qualidade e o preco final competitivo. Tudo isto eh feito antes do processo de producao ter sido iniciado. As vezes isto eh conhecido por “target costing”.
Os Suecos, e não me refiro especificamente a Saab, mas a industria Sueca em geral, são campeos no modelo “b” citado acima, a Embraer me parece que tb faz assim. Para o modelo “a”, de um chute…
P.S.: pedrohakial, obrigado por ter esclarecido a posicao do VP no outro post.
Já agora os Suecos foram pioneiros em muitas Áreas, especialmente em gestão, o que hoje temos por adquirido foram os Suecos pioneiros. A primeira implementação de ERP foi feita por corporações Suecas e após pelas grandes Petrolíferas e espalhado pelo mundo.

Estive há pouco tempo a falar com um Sueco e a conversa foi parar por acaso ao Gripen, eu nem sequer sabia que ele conhecia, é de outra área. A opinião dele, de leigo, foi a seguinte: A Suécia já esteve muito à frente na Industria de defesa, hoje é mais um player sem diferenciação, não acredita no Gripen para o Brasil e acha que a SAAB está com as horas contadas.

"vendo o peixe pelo preço que me venderam!"

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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24850 Mensagem por soultrain » Qua Dez 09, 2009 2:03 pm

Já agora, esqueci-me de referir:

As versões F2 e F3 não tiveram nenhuma participação financeira dos fornecedores, a F2 foi um investimento do estado francês, à volta e de memória, na ordem dos 700M.

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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24851 Mensagem por Wardog » Qua Dez 09, 2009 2:18 pm

Carlos Mathias escreveu:
Os Russófilos tendem a usar qualquer alegação e convergi-la com interesses ideológicos. E NÃO ADIANTA FALAR QUE NÃO É PORQUE É SIM!
Ahã... Ahã...
O dia que o Brasil desistir de comprar Rafale, Gripen ou F-18 e fizer uma parceria para comprar um caça Russo eu viro comunista.
Ahã... Ahã...

Ahããããããããããããããã!!!!




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24852 Mensagem por BZZ » Qua Dez 09, 2009 2:26 pm

CM, nao conheco bem a LM, mas pode ser que seja o caso em termos de custo. Afinal nos EUA, licitacao de equipamentos militares tem preferencia para produtos nacionais desde que não excedam, se não me engano, em 40% o preco da concorrencia internacional (falando de memoria, que anda fraca pacas...). Mas não eh soh a LM nao, tem mais …, mas somente escreverei a primeira letra D...... :)
ST, quando aos Suecos, dificilmente vc encontrah um sueco que não conheca o Gripen. Mas os que falei não pensam assim nao; eles pensam que a falta de poder politico internacional da Suecia eh que prejudica as vendas deles, pois consideram o Gripen um tremendo jet (e eu tb). Os suecos são discretos atores politicos internacionais, mas fazem muitas acoes sociais no exterior. Veja soh: acabei de ler uma noticia que a Suecia taxa oficiais que viajam ao exterior de aviao e usam o dinheiro arrecadado para projetos ecologicos no exterior que reduzam a emissao de carbono.
P.S.: se o Sueco que vc falou nao conhece bem o assunto, porque diria que nao seria melhor opcao pelo Brasil? 8-]
P.P.S.: http://www2.camara.gov.br/internet/agen ... efault.asp (ministro NJ falando no Congresso)




Editado pela última vez por BZZ em Qua Dez 09, 2009 4:12 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24853 Mensagem por Carlos Lima » Qua Dez 09, 2009 3:39 pm

orestespf escreveu:
Sintra escreveu: O estado Francês entrou com 75% do desenvolvimento do avião, a industria entrou com os restantes 25%. Quanto a "subsidios", você está a ver a coisa de uma forma errada, o avião já se encontra desenvolvido, e esse desenvolvimento já se encontra pago, o que significa que o estado Brasileiro tem de pagar a construção dos aparelhos, mais as especificações que sejam exclusivamente Brasileiras (como uma linha de montagem no Brasil), mais o lucro que as varias empresas Francesas queiram retirar do negócio. Isto é o normal e a oferta da Boeing é exactamente igual (o caso Sueco é diferente).
Onde a "porca torce o rabo" é dizer que os aparelhos vão sair ao Brasil por valores idênticos aos que a Adla paga, tendo em conta que pelos vistos é necessário criar uma linha de montagem no Brasil e ainda transferir uma data de tecnologia, isto por apenas 36 aparelhos é dose.
Alguém tem alguma duvida que montar umas poucas dezenas de aviões no Brasil fica (muito) mais caro do que receber estes aparelhos dircetamente de Marignane?

Olá Sintra,

lembro-me que durante muito tempo vários DBistas diziam que não existe esta conversa de linha de montagem no Brasil, pois (alegavam) que se trava de míseros 36 caças. O tempo passou e os três concorrentes finalistas insistem que haverá linha de montagem de seus caças no Brasil. Parece que agora ninguém mais duvida disso.

Sobre os custos (caros) de se montar míseros 36 caças no Brasil ainda restam dúvidas. Veja, a resposta está na singela pergunta: por que o governo brasileiro insiste tanto em transferência de tecnologias de caças se ele se compromete em comprar "apenas" 36 míseros caças? Como disse, a resposta a esta pergunta é fundamental (mas precisa de tempo para confirmá-la, afinal São Tomé não existe a toa), eis-la: porque a compra não se limita a 36 caças apenas. Dizem, por especulação, que se trata de 120-130, mas as más línguas já falam em cerca de 200 caças, claro, a longo prazo (e provavelmente do mesmo modelo, supondo que o escolhido "não gere problemas").

Outra pergunta que merece cuidados é a seguinte: por que existe um frenesi por parte dos empresários brasileiros com a compra dos caças para a FAB? Afinal míseros 36 caças não os fará tão mais ricos assim, sem falar que para ganhar é preciso investir. Novamente a resposta explica muita coisa...

E por falar em investimentos, por que os mesmos empresários, dizem, preferem um caça em desenvolvimento em detrimento de um caça pronto? Simples, porque aprender o que já existe é relativamente razoável, mas ter que fazer "o além" implica em investimentos do próprio bolso (e não querem). Se o governo opta por um caça em desenvolvimento, então terá que pagar pelo mesmo, caso queira o produto voando (literalmente) dentro de prazos razoáveis. Em suma, querem tecnologias, querem ganhar, mas não querem gastar, algo típico do Brasil dos anos 80 e 90. De outra forma, pensam em ganhar antes de ter um produto para o oferecer. Lamentável...

A situação da Dassault é simples também, ou seja, insiste na tese de caça (Rafale) caro simplesmente porque não tem como fazer este caça mais barato, só se for "outro Rafale". Mas como se isto fosse pouco, ela não quer se comprometer com baixos preços se no papel só existem 36 caças e a promessa verbal que este número será bem superior. Ela está certa, o que não está no papel não é confiável, por mais que o Brasil tenha mudado, ainda falta muito para perder o estigma.

E por que os outros dois não agem assim? Bonzinhos? Claro que não! Os EUA prometem e até colocam no papel, mas pouquíssimo tempo depois voltam atrás e até preferem pagar as multas contratuais do que ter que cumprir o que historicamente é impossível pra eles. Já os suecos é mole prometer tudo, e o motivo é simples, não têm caça algum na prática, logo tudo não passa de promessas; governo e FAB sabem disso. Sem falar que, se o Brasil optar por este caça, terá quase 100% de chances de ser o único operador deste vetor, uma espécie de New AMX. Existe gente da FAB que defende este caça (NG)? Sim, da mesma forma que existe defensores do Rafale e do F-18, principalmente deste último.


Abração,

Orestes



PS: só carona em seu post mesmo. :wink:
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24854 Mensagem por gaitero » Qua Dez 09, 2009 5:15 pm

cb_lima escreveu:
orestespf escreveu:
Olá Sintra,

lembro-me que durante muito tempo vários DBistas diziam que não existe esta conversa de linha de montagem no Brasil, pois (alegavam) que se trava de míseros 36 caças. O tempo passou e os três concorrentes finalistas insistem que haverá linha de montagem de seus caças no Brasil. Parece que agora ninguém mais duvida disso.

Sobre os custos (caros) de se montar míseros 36 caças no Brasil ainda restam dúvidas. Veja, a resposta está na singela pergunta: por que o governo brasileiro insiste tanto em transferência de tecnologias de caças se ele se compromete em comprar "apenas" 36 míseros caças? Como disse, a resposta a esta pergunta é fundamental (mas precisa de tempo para confirmá-la, afinal São Tomé não existe a toa), eis-la: porque a compra não se limita a 36 caças apenas. Dizem, por especulação, que se trata de 120-130, mas as más línguas já falam em cerca de 200 caças, claro, a longo prazo (e provavelmente do mesmo modelo, supondo que o escolhido "não gere problemas").

Outra pergunta que merece cuidados é a seguinte: por que existe um frenesi por parte dos empresários brasileiros com a compra dos caças para a FAB? Afinal míseros 36 caças não os fará tão mais ricos assim, sem falar que para ganhar é preciso investir. Novamente a resposta explica muita coisa...

E por falar em investimentos, por que os mesmos empresários, dizem, preferem um caça em desenvolvimento em detrimento de um caça pronto? Simples, porque aprender o que já existe é relativamente razoável, mas ter que fazer "o além" implica em investimentos do próprio bolso (e não querem). Se o governo opta por um caça em desenvolvimento, então terá que pagar pelo mesmo, caso queira o produto voando (literalmente) dentro de prazos razoáveis. Em suma, querem tecnologias, querem ganhar, mas não querem gastar, algo típico do Brasil dos anos 80 e 90. De outra forma, pensam em ganhar antes de ter um produto para o oferecer. Lamentável...

A situação da Dassault é simples também, ou seja, insiste na tese de caça (Rafale) caro simplesmente porque não tem como fazer este caça mais barato, só se for "outro Rafale". Mas como se isto fosse pouco, ela não quer se comprometer com baixos preços se no papel só existem 36 caças e a promessa verbal que este número será bem superior. Ela está certa, o que não está no papel não é confiável, por mais que o Brasil tenha mudado, ainda falta muito para perder o estigma.

E por que os outros dois não agem assim? Bonzinhos? Claro que não! Os EUA prometem e até colocam no papel, mas pouquíssimo tempo depois voltam atrás e até preferem pagar as multas contratuais do que ter que cumprir o que historicamente é impossível pra eles. Já os suecos é mole prometer tudo, e o motivo é simples, não têm caça algum na prática, logo tudo não passa de promessas; governo e FAB sabem disso. Sem falar que, se o Brasil optar por este caça, terá quase 100% de chances de ser o único operador deste vetor, uma espécie de New AMX. Existe gente da FAB que defende este caça (NG)? Sim, da mesma forma que existe defensores do Rafale e do F-18, principalmente deste último.


Abração,

Orestes



PS: só carona em seu post mesmo. :wink:
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o Orestes sabe muito e sabe a hora certa de dizer, tenho que aprender com ele...




Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
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gaitero
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#24855 Mensagem por gaitero » Qua Dez 09, 2009 5:17 pm

vplemes escreveu: Orestes,

O pior é que sequer está no papel. A FAB, no momento em que solicitou as BAFO, foi bem clara com os concorrentes. Estas deveriam fazer suas propostas baseadas apenas em uma premissa de 36 caças. Não há compromisso de compra futura além destes 36. Quem quiser apostar e colocar um preço mais baixo, pensando nos 120, terá que faze-lo por sua conta e risco.
A FAB esta certa.

Não serão 120. Serão 36.

Os demais serão diferentes, não teria como especificar preços agora.

Mas o numero deve passar de 150, se considerar as 48 unidades para a MB...




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