Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil
Enviado: Ter Jul 19, 2011 1:33 pm
Nao, esse projeto e de um reator para um projeto secreto de um NAe nuclear.
O bom seria se fosse remédio anti-corrupção. Estamos precisandoCarlos Mathias escreveu:Sim, e vamos começar a produzir trítio e deutério medicinais também.
Vocês sabem que juntando este bagulho de nêutrons, mais um punhadinho de tritio/deutério dá prá fazer muito mais remédio, né?
Me parece que é no Centro Tecnológico da Marinha em SP que se desenvolve o Programa Nuclear da MB.talharim escreveu:CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA
EM SÃO PAULO
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Contratada: AF-Consult Switzerland Ltd; OBJETO: Serviços de engenharia
para atualização das especificações técnica das bombas de
resfriamento; JUSTIFICATIVA: Inviabilidade de competição; FUNDAMENTO:
artigo 25, Inciso II combinado com o artigo 13, inciso I,
ambos da Lei nº 8.666/93; ORDENADOR DE DESPESAS: CMG
(RM1-IM) FÁBIO FORNAZIER VOLPINI; PROCESSO:
DL/008/2011; VALOR: EUR$ 450.740,00; Ratifica o ato de inexigibilidade
de licitação, nos termos do art. 26 da lei nº 8666/93.
AVISO DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA No- 124/ 2011
Objeto: Execução de serviços de detalhamento de projeto, fabricação
e fornecimento de duas Blindagens para manuseio da Fonte de Nêutrons,Apresentação das propostas e abertura dos envelopes contendo
os documentos de habilitação dia 15 de agosto de 2011, às 10h00
(dez horas). Local: Av. Prof. Lineu Prestes, 2.468, Cidade Universitária,
São Paulo - SP. O edital poderá ser retirado no endereço acima
mediante a apresentação de um dispositivo para gravação de dados,
para que os arquivos sejam copiados, gratuitamente, a partir de 13 de
julho de 2011, das 08h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30 horas.
CMG(EN) ANDRÉ LUIS FERREIRA MARQUES
Presidente da Comissão de Licitação
2. O Programa Nuclear da Marinha (PNM)
2.1. Principais projetos e situação atual
Na atualidade, o principal objetivo do Programa, que está sendo desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), é estabelecer a competência técnica autóctone para projetar, construir, comissionar, operar e manter reatores do tipo Reator de Água Pressurizada - “Pressurized Water Reactor” (PWR) e produzir o seu combustível. Dominada essa tecnologia, ela poderá ser empregada na geração de energia elétrica, quer para iluminar uma cidade, quer para propulsão naval de submarinos.
A conquista da tecnologia necessária à geração de energia núcleo-elétrica, para uso em propulsão naval, passa por complexos estágios de desenvolvimento, merecendo destaque:
- o domínio completo do ciclo do combustível nuclear - já conquistado ; e
- o desenvolvimento e construção de uma planta nuclear de geração de energia elétrica - o que ainda não está pronto .
O PNM é, pois, dividido em dois grandes projetos: o Projeto do Ciclo do Combustível e o Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (LABGENE).
2.2. O Ciclo do Combustível
Ao final da década de 70, foram iniciados os estudos para desenvolver no Brasil a tecnologia da separação isotópica do urânio (enriquecimento), principal desafio tecnológico para a fabricação de combustível nuclear. Os resultados foram obtidos já em 1982, quando foi construída a primeira ultracentrífuga capaz de fazer a referida separação. Seis anos depois, foi inaugurada a primeira cascata de ultracentrífugas para a produção contínua de urânio enriquecido. Decorrente do domínio dessa tecnologia, a MB está fornecendo cascatas de enriquecimento de urânio para que a empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) possa produzir, no País, o combustível para as usinas Angra I e II. À exceção da conversão, cuja tecnologia está dominada e depende, para a produção em escala industrial, da prontificação da Usina de Hexafluoreto de Urânio (USEXA), que encontra-se em fase final de construção, as demais etapas do ciclo do combustível (reconversão, fabricação de pastilhas, fabricação de elementos combustíveis e a capacidade para desenvolver o próprio combustível) também já estão dominadas e em operação. A USEXA estava prevista para ser concluída em dezembro de 2001. Entretanto, em face dos cortes orçamentários no PNM e de dificuldades relativas à obtenção e importação de materiais, a programação atual é para o primeiro semestre de 2010.
2.3. Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (LABGENE)
Em paralelo ao Projeto do Ciclo do Combustível, mas com alguma defasagem no tempo, foram iniciados os estudos relativos ao Projeto do LABGENE, buscando o desenvolvimento e a construção de uma planta nuclear de geração de energia elétrica, totalmente projetada e construída no País, inclusive o reator. Vale destacar que o Projeto do LABGENE desenvolveu um reator que terá potência de cerca 11 Megawatts elétricos (MWe), o suficiente para iluminar uma cidade de aproximadamente 20.000 habitantes. Essa instalação servirá de base e de laboratório para qualquer outro projeto de reator nuclear no Brasil. Pela característica dual do projeto, o LABGENE é, também, um protótipo em terra do sistema de propulsão naval que, por sua vez, permitirá a obtenção da capacitação necessária para readequá-lo ao submarino nuclear S(N).
As obras de montagem dessa instalação estão em andamento, demandando cerca de oito anos para serem concluídas, prazo que pode ser reduzido, também, em função da disponibilidade de recursos.
O IPEN/MB-01 é um reator nuclear genuinamente brasileiro, concebido por pesquisadores e Engenheiros do IPEN-CNEN/SP, financiado e construído pela Marinha do Brasil, atingiu sua primeira criticalidade às 15 horas e 35 minutos do dia 9 de Novembro de 1988, sendo oficialmente entregue para operação ao IPENCNEN/SP em 28 de Novembro deste mesmo ano.
(...)
O Reator IPEN/MB-01 é uma instalação nuclear que permite a simulação de todas as características nucleares de um reator de grande porte em escala reduzida, sem que haja a necessidade de construir-se um complexo sistema de remoção de calor. Esse tipo de reator é conhecido mundialmente como reator de potência zero ou Unidade Crítica, sendo no nosso caso, projetado para operar a uma potência máxima de 100 watts. Esses reatores representam uma ferramenta básica, que permitem aos pesquisadores estudar não apenas por cálculos teóricos, mas também com medidas experimentais, o desempenho e as características do núcleo de um reator de potência ou de propulsão naval, antes da sua efetiva instalação, simulando as condições de projeto na própria instalação.
(...)
Para se atingir a contagem mínima nos canais lineares e liberar a partida do reator é necessária a utilização de uma fonte de nêutrons de Am-Be de atividade de 1 Ci e intensidade de 2,5.106 nêutrons/s. Esta fonte fica armazenada no segundo subsolo do prédio do reator e durante a partida do mesmo é levada através de um pequeno carrinho preso a um cabo de aço a se posicionar na base inferior do tanque moderador, onde pode então sensibilizar os canais nucleares citados, evitando-se assim que a partida do reator se dê as cegas, ou seja numa faixa operacional em que os detetores dos canais de partida e de segurança não estejam aptos a monitorar a taxa de crescimento da população de nêutrons, quando do início de sua operação (partida do reator).
Guilherme, creio que nesse caso, a praxe é receitar Polônio!!!guilhermecn escreveu:O bom seria se fosse remédio anti-corrupção. Estamos precisandoCarlos Mathias escreveu:Sim, e vamos começar a produzir trítio e deutério medicinais também.
Vocês sabem que juntando este bagulho de nêutrons, mais um punhadinho de tritio/deutério dá prá fazer muito mais remédio, né?
Alcantara escreveu:Guilherme, creio que nesse caso, a praxe é receitar Polônio!!!guilhermecn escreveu: O bom seria se fosse remédio anti-corrupção. Estamos precisando